A Phelcom Technologies acaba de lançar o EyerMaps, um inovador sistema de Inteligência Artificial (IA) que roda embarcado no retinógrafo portátil Eyer e detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja detectada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina. Sincronizada ao EyerCloud, sistema em nuvem da Phelcom para gerenciamento de dados e exames dos pacientes, a ferramenta classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos nas imagens e exames:
Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).
O Co-Founder e CTO da Phelcom, Diego Lencione, explica como o EyerMaps auxilia na prática clínica oftalmológica. “É importante ressaltar que o EyerMaps não tem o objetivo de realizar diagnóstico ou o encaminhamento de pacientes. O sistema foi desenvolvido para ser uma ferramenta que assiste o médico no processo de análise e investigação de alterações retinianas para que o atendimento oftalmológico seja mais ágil e preciso. Na perspectiva de que todos podemos cometer erros, o EyerMaps se propõe a ser uma ferramenta que auxilia na detecção de qualquer anormalidade retiniana”, ressalta.
A IA consegue auxiliar na detecção de doenças como glaucoma, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, tortuosidade vascular, oclusões, papiledema, retinose pigmentar e nevus, dentre outras.
“Pequenas alterações podem passar despercebidas. E um sistema de auxílio, como o EyerMaps, vem justamente para trabalhar junto ao médico no diagnóstico precoce”, pontua Lencione.
Alta sensibilidade e especificidade
Lencione conta que o EyerMaps é resultado de cinco anos de trabalho da Phelcom na área de inteligência artificial. “Desde a fundação da Phelcom, nós mantemos altos investimentos na área de Pesquisa e Desenvolvimento. Está no nosso DNA. Desde 2018 trabalhamos no desenvolvimento do EyerMaps e acredito que, um dos principais méritos do nosso time foi, após muito esforço, chegar a um modelo de IA de alta acurácia e que roda praticamente em tempo real no Eyer, utilizando a alta capacidade de processamento dos smartphones”, explica.
Os resultados foram analisados e publicados em diversos artigos, como o do Journal of Diabetes Science and Technology. “Em alguns estudos focados na detecção de retinopatia diabética, já atingimos sensibilidade e especificidade com o EyerMaps acima de 90%”, afirma Lencione.
O Co-Founder e CTO da Phelcom ressalta a importância do imageamento e investigação da retina, não apenas para a saúde visual, mas também pelo poder de revelar doenças sistêmicas, neurológicas e cardíacas, dentre outras. “Nós criamos o Eyer para que a retina seja mais analisada e estudada pelos médicos, pois acreditamos nos benefícios que isso pode trazer em nossa sociedade. Quando observo que quase duas milhões de pessoas já foram examinadas com o Eyer e, parte delas também com o EyerMaps, vejo que estamos no caminho certo, cumprindo nossa missão como empresa e como pessoas ao ajudar, direta e indiretamente, a levar os exames de fundo de olho a lugares e pessoas que talvez antes não fosse possível”.
Phelcom Eyer
O Phelcom Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Está disponibilizada no Brasil, Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e, em breve, em outros países.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.
A Phelcom Technologies conquistou mais um mercado internacional. Agora, foi a vez do Japão receber o Eyer, retinógrafo portátil não-midriático acoplado a um smartphone que realiza exames de retina de alta qualidade e em poucos minutos.
“Estamos muito orgulhosos em ter um equipamento sendo comercializado em um país reconhecido por ser referência em tecnologia e inovação”, ressalta o CEO da empresa, José Augusto Stuchi.
O processo regulatório japonês para entrada de tecnologias estrangeiras é considerado um dos mais desafiadores do mundo. Isso porque há vários players acessados durante o trâmite, como DMAH – Designated Marketing Authorization Holder (representante legal), RCB (organismo certificador terceirizado), Foreigner Manufacturer (fabricante estrangeiro), PMDA (agência reguladora); além de fluxos de certificação específicos para cada classe de produto. Outra dificuldade foi a barreira linguística, visto que toda documentação de referência estava em japonês.
O coordenador de Desenvolvimento de Produtos da Phelcom Technologies, José Roberto Santiciolli Filho, explica que o processo de certificação começou no final de 2021, quando a empresa foi homologada no Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) na categoria Fabricante Estrangeira. Nesta etapa, foram avaliados toda a infraestrutura fabril e o sistema de Gestão de Qualidade.
“Em seguida, desenvolvemos o dossiê técnico do produto de acordo com os padrões do PMDA e submetemos toda documentação técnica e de qualidade à avaliação terceirizada e isenta para, então, recebermos o certificado”, explica Santiciolli.
Ao longo desse processo, a Phelcom contou com o apoio e parceria da Allm Inc., investidora com sede no Japão, para interlocução com os agentes locais. Em novembro do ano passado, o Eyer recebeu a certificação de dispositivos médicos com o número 304AIBZI00005000.
Eyer nos Estados Unidos, Colômbia e Chile
Além do Brasil e Japão, o Eyer está presente no Chile, Colômbia e Estados Unidos, onde a Phelcom também possui um escritório em Boston. “Essa nova unidade confirma o movimento de internacionalização da empresa, iniciado há um ano, e deve apoiar a oferta de equipamentos no mercado norte-americano”, observa Stuchi.
O CEO ressalta que a presença física nos Estados Unidos confirma a disposição da Phelcom em trabalhar para tornar os exames visuais mais simples, conectados e inteligentes, sem vislumbrar fronteiras.
“Em 2022, participamos como expositores dos principais congressos de oftalmologia dos Estados Unidos, como o American Society of Retina Specialists Annual Meeting, realizado em Nova Iorque, e o American Academy of Ophthalmology sediado em Chicago. A acolhida do Eyer pelos profissionais americanos tem sido extremamente positiva”, afirma Stuchi.
Em março de 2023, a empresa também esteve presente na exposição comercial Vision Expo East, em Nova Iorque. Neste mês, participará do ARVO (23 a 27 de abril), em Nova Orleans, e do ASCRS (5 a 8 de maio), em San Diego.
Para Stuchi, ser uma empresa brasileira operando em importantes mercados mundiais é motivo de orgulho e grande responsabilidade para a Phelcom. “É certo que a internacionalização amplia nosso potencial de atuação. Mas, também, aumenta nosso compromisso com a oferta de produtos de excelente qualidade e que contribuam de fato para a prática dos profissionais”, complementa.
Phelcom Eyer
O Phelcom Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile e Colômbia.
A portabilidade e o valor mais acessível da tecnologia democratizam o acesso a exames de retina. Pois ele custa aproximadamente seis vezes menos que um retinógrafo de mesa convencional, que ainda necessita de integração com o computador.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil baseado em tecnologia embarcada em um smartphone.
O projeto do primeiro equipamento nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu retina e visão de forma severa desde a infância.
Em 2018, a Phelcom lançou no mercado o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de 1,2 milhão de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
De fato, o imposto de renda para médicos funciona de forma semelhante ao de outros profissionais liberais. Entretanto, existem algumas particularidades a serem consideradas.
Por exemplo, qual é o regime tributário em que está enquadrado? Atualmente, as opções mais comuns são o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. E cada uma delas tem suas regras em relação ao IR.
Existem médicos que optam por enquadramento de atividades como pessoa jurídica. Neste caso, vale muito a pena se informar para optar corretamente.
Mas, independentemente do regime tributário, o médico deve declarar todos os seus rendimentos à Receita Federal, claro. Além disso, podem deduzir algumas despesas do seu imposto de renda, como aluguel de consultório, insumos e impostos, e solicitar restituição, em caso de retenção na fonte.
Em seguida, vamos dar o passo a passo para facilitar a declaração do imposto de renda, que deve ser feita até 31 de maio de 2023. Independente, é sempre recomendável buscar a orientação de um contador para garantir o cumprimento correto das obrigações fiscais. Confira!
Passo 1 – Organizar os documentos
Tenha em mãos todos os dados necessários para a declaração, como comprovantes de pagamentos e recebimentos dos planos de saúde e de consultas particulares, de despesas com a clínica, faturas, notas fiscais, plantões e holerites, caso preste serviço em outros locais, e as declarações dos anos anteriores.
Como é um volume enorme de informações, o ideal é deixar tudo organizado com meses de antecedência ou contar com softwares de gestão financeira de clínicas e consultórios.
Passo 2 – Verificar no site da Receita Federal quais são os dados necessários
A Receita Federal disponibiliza em seu site as fichas de identificação, disponíveis para download. Nelas, são solicitadas algumas informações específicas sobre sua atividade profissional e gestão financeira.
Confira:
Código da natureza de ocupação do profissional da saúde;
Código referente à ocupação principal (médicos utilizam o código 225);
Número do Registro Profissional (CRM);
CPF de cada paciente;
Rendimento referente a cada paciente;
Plantões médicos (informe de rendimentos anuais é disponibilizado pela fonte pagadora);
Rendimentos de investimentos (valor total investido, lucro obtido, imposto a pagar ou retido na fonte e possíveis perdas);
Dívidas contraídas;
Bens adquiridos (além de imóveis e veículos, também pode incluir sociedades em clínicas e aporte financeiro do seu próprio bolso no seu negócio, por exemplo);
CPF do cônjuge;
CPF dos dependentes;
Rendimentos do pró-labore e retirada de lucros (casoseja proprietário de uma clínica. Não esqueça de descontar a previdência e o imposto retido e registrar toda retirada de lucro que foi escriturada na contabilidade).
Os médicos podem deduzir alguns gastos no imposto de renda da clínica, como:
Despesas com funcionários: salários, benefícios, encargos trabalhistas, especializações e capacitações;
Custos com fornecedores: produtos e serviços como medicamentos, materiais de escritório, exames laboratoriais, marketing e publicidade etc.;
Depreciação de equipamentos;
Aluguel e manutenção do imóvel: aluguel, energia elétrica, água etc.
Gastos com CRM e sindicatos;
Previdência social e previdência privada;
Doações para causas sociais.
É importante ressaltar que cada dedução fiscal tem suas regras específicas. Neste sentido, é importante consultar um contador ou advogado tributarista para garantir que a clínica esteja seguindo corretamente todas as regras e requisitos legais.
Simples equívocos, como o de digitação, podem ser vistos como tentativa de fraude. Então, fique atento na hora de inserir as informações. Evite também:
Só inserir valores arredondados;
Omitir rendimentos – lembre-se que é necessário declarar pensões, resgate de investimentos, indenizações recebidas e até a bolsa estágio ou outro tipo de rendimento do filho;
Incluir dependente inexistente – o filho, por exemplo, só pode ser incluído na declaração de um dos pais.
Cometer um desses erros pode levar a uma multa de até 20% do imposto de renda para médicos e um processo criminal, em caso de confirmação de tentativa de fraude. Fique atento!
Se necessário, faça uma declaração retificadora.
Passo 4 – declarando o pró-labore
O pró-labore, que nada mais é do que os rendimentos que recebeu da sua própria clínica, deve ser declarado por meio da opção “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”. Para isso:
Abra a ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”;
Preencha a “Fonte Pagadora” com as informações solicitadas, como o CNPJ da clínica, a descrição do serviço prestado, o valor total do pró-labore recebido durante o ano-calendário, contribuição previdenciária e o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte (se houver).
Em seguida, o médico deve clicar em “Salvar” e repetir o processo para cada fonte pagadora, caso tenha mais de uma.
Clique em “Salvar” e revise todas as informações antes de enviar a declaração.
Lembre-se de guardar todos os comprovantes de pagamento e recibos do pró-labore para eventuais comprovações junto à Receita Federal.
Carnê-leão e Declaração de Serviços Médicos (DMED)
O Carnê-Leão serve para calcular e pagar o imposto de renda de pessoas físicas que recebem rendimentos de fontes não pagadoras, como é o caso dos profissionais autônomos e liberais, como médicos.
Esse imposto é uma forma do contribuinte antecipar o pagamento do imposto que será devido ao final do ano-calendário. Junto com carnê, é preciso pagar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).
Já a Declaração de Serviços Médicos (DMED) é necessária quando há prestação de serviços a pessoas físicas ou jurídicas. É uma declaração eletrônica que contém informações sobre os serviços prestados, como nome e CPF do paciente, valor dos serviços e data de pagamento.
A DMED é obrigatória para médicos que recebem mais de R$ 28.559,70 por ano de pessoas físicas ou jurídicas.
Mas, caso recebam valores menores, podem optar por fazer a declaração para comprovar renda e facilitar o processo de declaração do imposto de renda para médicos.
Essa declaração deve ser feita mensalmente. Por isso, é fundamental manter um controle rigoroso de todos os serviços prestados e valores recebidos para evitar erros e possíveis problemas com a Receita Federal.
É importante lembrar que, mesmo fazendo isso, ainda precisará declarar todos os rendimentos na declaração anual do Imposto de Renda.
Em resumo, o imposto de renda para médicos segue as mesmas regras básicas que de outros profissionais liberais. Mas, é importante estar ciente das particularidades da profissão e escolher o regime tributário mais adequado para o seu negócio.
Além disso, é sempre recomendável buscar a orientação de um profissional especializado em contabilidade e tributação para garantir o cumprimento correto das obrigações fiscais.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
Acompanhe o blog da Phelcom e saiba tudo sobre imposto de renda para médicos.
Há 10 anos, pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, dos Estados Unidos, desenvolveram uma maneira de cultivar aglomerados organizados de células, chamados organoides, que se assemelham à estrutura da retina.
Para isso, eles obtiveram células da pele humana e as reprogramaram para atuar como células-tronco e, posteriormente, se desenvolverem em camadas de vários tipos de células da retina que detectam a luz e, finalmente, transmitir o impulso para fibras nervosas.
Agora, essas células conseguiram alcançar e se conectar com vizinhos, completando um “aperto de mão” que pode mostrar que estão prontas para testes em humanos com distúrbios oculares degenerativos.
Em seguida, saiba mais sobre a pesquisa e quais serão os próximos passos.
A partir desde momento, a última peça do quebra-cabeça era ver se esses cordões tinham a capacidade de se conectar ou “apertar a mão” de outros tipos de células da retina para se “comunicar”.
Vale relembrar que as células da retina e do cérebro se comunicam por meio de sinapses, pequenas lacunas nas pontas de seus axônios. Para confirmar que as células retinianas cultivadas em laboratório têm a capacidade de substituir as células doentes e transportar informações sensoriais como as saudáveis, os pesquisadores precisavam mostrar que podiam fazer sinapses.
Então, usaram um vírus da raiva modificado para identificar pares de células que poderiam formar os meios de comunicação entre si. Em seguida, separaram células individuais a partir dos organoides dessa “retina” dando a esses, uma semana para estender seus axônios e fazer novas conexões.
Os resultados
Muitas células da retina foram marcadas por uma cor fluorescente, indicando que uma infecção pelo vírus da raiva penetrou as mesmas através de uma sinapse formada com sucesso entre vizinhos.
Depois de confirmarem a presença de conexões sinápticas, os pesquisadores analisaram as células envolvidas e descobriram que os tipos de células da retina mais comuns formando sinapses eram os fotorreceptores (bastonetes e cones), que são perdidos em doenças como retinite pigmentosa, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e em certas lesões oculares.
O próximo tipo de célula mais comum, as células ganglionares da retina, são degeneradas em distúrbios de fibras e do nervo óptico, como o glaucoma.
Os organoides foram patenteados e a instituição Opsis Therapeutics, com sede em Madison, está adaptando a tecnologia para tratar distúrbios oculares humanos com base nas descobertas dessa pesquisa.
Agora, o próximo passo deve ser os testes clínicos em pessoas.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Uma pesquisa realizada por investigadores de várias instituições, incluindo a Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que o vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, pode eventualmente ser identificado em lágrimas por meio de testes com swab. Os resultados foram publicados em artigo no Journal of Clinical Medicine.
Diversos estudos já apontavam uma possível correlação entre a covid-19 e olhos. Agora, esse novo trabalho mostra uma correlação com a gravidade da doença.
Em seguida, entenda como foi feita a pesquisa e como os resultados podem trazer uma nova forma de detecção da covid-19, além de um novo meio de proteção aos profissionais da saúde.
A pesquisa
A pesquisa avaliou amostras de pacientes internados no Hospital das Clínicas de Bauru (SP) com diagnóstico da doença confirmado por métodos convencionais. De 61 pacientes internados, foram analisadas amostras de 33 com diagnóstico de covid-19 e de outros 14 sem o vírus, obtidas durante o primeiro semestre de 2021, quando as principais variantes que circulavam no Estado de São Paulo eram a gama e a delta.
Os cientistas utilizaram duas formas para coletar as lágrimas: o swab conjuntival e as tiras de Schirmer (exame para avaliar se o olho produz quantidade suficiente de lágrimas). As análises foram realizadas entre julho e novembro do mesmo ano.
Os resultados
Do total, o SARS-CoV-2 foi detectado em 18,2% das amostras coletadas por swab e em 12,1% das obtidas por meio de tiras de Schirmer de pacientes positivos. Por outro lado, como esperado, nenhum dos pacientes negativados para covid-19 em exames feitos com swab nasofaríngeo teve amostra de lágrima positiva.
Para avaliar as comorbidades, o grupo adotou o Índice de Comorbidade de Charlson (ICC), composto por 20 fatores e desenvolvido como forma de padronizar e ajustar indicadores de risco, discriminando o prognóstico de um paciente em termos da mortalidade no período de até um ano.
Segundo a pesquisa, os indivíduos cujas lágrimas testaram positivo para o SARS-CoV-2 tiveram ICC inferior em relação ao restante (apontando maior probabilidade de óbito em dez anos) e taxas de mortalidade mais altas.
Independentemente do diagnóstico, a maioria dos indivíduos apresentou baixa produção lacrimal e desconforto ocular, indicando a necessidade do uso de lágrima artificial durante a internação.
Além de dados demográficos, clínicos e de sintomas oculares, os cientistas trabalharam com análises de RT-qPCR (sigla em inglês para Reação em Cadeia de Polimerase de Transcrição Reversa). O método requer a extração do material genético; um processo de transcrição do RNA em DNA e, por fim, a multiplicação do DNA.
Considerado padrão-ouro para diagnóstico da covid-19 e amplamente usado em vários laboratórios pelo mundo, o exame é capaz de detectar a presença de até mesmo uma única cópia do material genético do vírus na amostra.
Ao contrário de estudos anteriores, em que genes virais (N e RdRp) não foram considerados nas análises de RT-qPCR, nesse caso a pesquisa identificou diferentes partes do vírus, resultando em uma melhor taxa de detecção.
Maior conforto
O resultado indica uma possível alternativa ao swab nasal e oral, que causa desconforto no nariz e na garganta, e sinaliza a necessidade de medidas de proteção para os profissionais de saúde já que, apesar de baixo, pode haver risco de transmissão do vírus pela lágrima.
Além disso, a combinação de dois fatores – mais comorbidades e maior taxa de mortalidade – entre pacientes com teste positivo na lágrima sugere que a detecção viral pode trazer algum insight no prognóstico da doença.
“No início da pesquisa, pensamos em buscar um método de diagnóstico fácil, com a coleta de material sem tanto incômodo para os pacientes. O swab nasal, além de provocar desconforto, nem sempre é usado da maneira correta. Para pessoas com desvio de septo nasal, por exemplo, pode ser um problema. Achávamos que a lágrima seria mais fácil de executar, mais tolerável. Conseguimos mostrar que é um caminho. Uma limitação nesse estudo é que não sabemos se a quantidade de lágrima coletada influencia na positividade ou não”, afirma o autor correspondente do artigo, o professor Luiz Fernando Manzoni Lourençone.
Segundo o pesquisador, é possível inferir que a probabilidade de detectar o vírus em amostras lacrimais é maior em pacientes com carga viral alta, que pode levar a um quadro de viremia disseminada por diversos fluidos corporais.
Próximos passos
Agora, o grupo de pesquisadores iniciou uma nova linha com foco na detecção de doenças por meio de testes e exames ligados aos olhos. O objetivo é trabalhar com outros tipos de vírus, além do SARS-CoV-2.
“Existem outros vírus ainda pouco estudados no Brasil. Pretendemos nos dedicar a encontrar soluções e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Vamos analisar também outras condições virais que se tornam sistêmicas”, diz o professor.
Fonte: Luciana Constantino | Agência FAPESP
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Cientistas do National Eye Institute (NEI), dos Estados Unidos, usaram células-tronco de pacientes e bioimpressão 3D para criar tecido ocular que deve ajudar a compreender os mecanismos de doenças que causam cegueira. Dentre elas, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).
A equipe imprimiu uma combinação de células que formam a barreira externa sangue-retina. De acordo com o estudo, publicado na Nature, essa técnica fornece um suprimento teoricamente ilimitado de tecidos derivados do paciente.
Em seguida, entenda como ocorreu a pesquisa e como os resultados podem levar a muitos usos potenciais em aplicações translacionais, incluindo o desenvolvimento terapêutico.
A pesquisa
Segundo os pesquisadores, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) se desenvolve inicialmente na barreira sangue-retina externa. No entanto, os mecanismos de iniciação e progressão da doença tanto na forma seca como úmida permanecem pouco compreendidos devido à falta de modelos humanizados fisiologicamente relevantes.
A barreira sangue-retina externa consiste no epitélio pigmentar da retina (RPE), separado pela membrana de Bruch dos coriocapilares ricos em vasos sanguíneos. A membrana de Bruch regula a troca de nutrientes e resíduos entre os coriocapilares e o RPE.
A barreira sangue-retina externa é a interface da retina e da coróide, incluindo a membrana de Bruch e os coriocapilares. Crédito da imagem: National Eye Institute.
Na DMRI, depósitos de lipoproteínas, chamados drusas, se formam na porção externa da membrana de Bruch, impedindo sua função. Com o tempo, o RPE se rompe localmente, levando à degeneração dos fotorreceptores e à perda da visão.
Os cientistas combinaram três tipos de células coroideanas imaturas em um hidrogel: pericitos e células endoteliais, que são componentes-chave dos capilares; e fibroblastos, que dão estrutura aos tecidos. Então, imprimiram o gel em um esqueleto biodegradável e, em poucos dias, as células começaram a amadurecer em uma densa rede capilar.
Os resultados
No nono dia, o time semeou células epiteliais de pigmento da retina no outro lado do esqueleto. O tecido impresso atingiu a maturidade total no dia 42. Análises de tecido e testes genéticos e funcionais mostraram que o tecido impresso parecia e se comportava de maneira semelhante à barreira hematorretiniana externa nativa.
Sob estresse induzido, o tecido impresso exibiu padrões de DMRI precoce, como depósitos de drusas sob o RPE e progressão para DMRI em estágio seco tardio, onde foi observada a degradação do tecido.
A barreira sangue-retina externa do olho compreende o epitélio pigmentar da retina, a membrana de Bruch e os coriocapilares. Crédito da imagem: National Eye Institute.
Também perceberam a aparência de DMRI úmida induzida por baixo oxigênio, com hiperproliferação de vasos coróides, que migraram para a zona sub-RPE. Os medicamentos anti-VEGF, usados para tratar a DMRI, suprimiram o supercrescimento e a migração desse vaso e restauraram a morfologia do tecido.
Os cientistas observaram que a presença de células RPE induz mudanças na expressão gênica em fibroblastos que contribuem para a formação de Membrana de Bruch – algo que foi sugerido há muitos anos, mas não tinha sido comprovado até o modelo desenvolvido por essa pesquisa.
Próximos passos
Crescimento de vasos sanguíneos através de linhas impressas de uma mistura de células endoteliais-pericito-fibroblásticas. No dia 7, os vasos sanguíneos preenchem o espaço entre as fileiras, formando uma rede de capilares. Crédito da imagem: Kapil Bharti.
A equipe enfrentou alguns desafios técnicos, como a geração de um esqueleto biodegradável adequado e a obtenção de um padrão de impressão consistente por meio do desenvolvimento de um hidrogel sensível à temperatura, que deveria alcançar linhas distintas quando frio e se dissolver quando o gel esquentava.
A boa consistência das fileiras permitiu um sistema mais preciso de quantificação das estruturas dos tecidos. Eles também otimizaram a proporção de mistura celular de pericitos, células endoteliais e fibroblastos.
Todo o trabalho resultou em modelos de tecido de retina com muitos usos potenciais em aplicações translacionais, incluindo o desenvolvimento terapêutico. Agora, os cientistas seguem utilizando modelos de barreira sangue-retina impressos para estudar a DMRI.
Além disso, também estão experimentando acrescentar tipos de células adicionais ao processo de impressão, como células imunológicas para modelar melhor o tecido nativo.
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