A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) está gerando riscos também aos diabéticos. Além da doença, principalmente o tipo 2, ser uma das mais suscetíveis a complicações da Covid-19, pesquisas mostram piora nos níveis glicêmicos dos pacientes devido à mudança de hábitos durante o isolamento social. Dentre os relatos mais frequentes, estão a dificuldade no acesso aos medicamentos de controle e a falta ou adiamento de consultas médicas e/ou exames de rotina.
Algumas ações de prevenção e combate, como os mutirões, também sofreram impactos. Mas, os organizadores buscaram alternativas para realizar os atendimentos ainda neste ano. Uma delas é a adoção de tecnologias de ponta para a triagem e encaminhamento de pacientes.
O Mutirão de Diabetes de Itabuna (BA), o maior do Brasil há 16 anos e recriado por diversos países, é um deles. Cancelado por causa da pandemia, a campanha deu lugar ao projeto Unidos Pelo Diabetes em Ação. “Não pudemos realizar o mutirão no formato original por causa da grande aglomeração de pessoas. Com isto, tivemos que nos reinventar e reformular a forma de atendimento para um modelo com distanciamento social e seguindo critérios sanitários rígidos”, explica o oftalmologista Rafael Ernane Almeida Andrade, fundador e presidente da ONG Unidos pelo Diabetes, responsável pela organização do evento.
Unidos pelo Diabetes em Ação
O projeto Unidos pelo Diabetes em Ação atendeu 400 pacientes de 13 a 16 de outubro, em Itabuna (BA). Nesta primeira fase, a teletriagem contou com exames de retinografia digital e do pé diabético por meio de aplicativo.
Ao todo, 100 pessoas apresentaram retinopatia diabética mais grave ou edema macular. Em alguns casos, também ocorreu dúvida diagnóstica. Com isso, foram encaminhados para avaliação bioquímica presencial pelas equipes de nefrologia, angiologia e cardiologia e também para tratamento gratuito com laser da retina.
Esta segunda fase ocorrerá em 7 de novembro, no Hospital de Olhos Beira Rio. No total, cerca de 600 pessoas devem ser beneficiadas nas duas fases da ação.
Os pacientes que participaram do evento foram escolhidos com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna. Os grupos foram marcados em horários diferentes, distribuídos em quatro manhãs, para evitar aglomeração.
Tecnologia
O projeto recorreu a tecnologias avançadas para garantir a triagem sem aglomerações. O exame de pé diabético, feito em todos os atendimentos, contou com o uso de aplicativo.
Já a fotografia do fundo do olho foi realizada com o auxílio do retinógrafo portátil Phelcom Eyer. O equipamento é acoplado ao celular e faz o exame em poucos segundos, sem a necessidade de dilatação da pupila. Simultaneamente, disponibiliza as imagens na plataforma on-line Eyer Cloud. “Os exames foram laudados à distância, por especialistas em retina”, explica Andrade.
O Eyer, desenvolvido pela startup Phelcom Technologies, já havia sido utilizado na última campanha e, neste ano, foi o principal instrumento de triagem. “A Phelcom foi fundamental para o sucesso do projeto, pois disponibilizou os aparelhos, forneceu treinamento prévio, ajudou na estratégia de montagem de laudos usando seu programa Eyer Cloud e colocou à disposição a sua equipe de engenheiros para suporte durante a ação”, conta Andrade. “Além disso, de maneira inovadora no Brasil, criou um algoritmo de inteligência artificial para ajudar na separação dos pacientes que provavelmente seriam graves e os sem alterações, facilitando na logística de poder laudar à distância”, complementa.
Resultados
Andrade avalia o primeiro Unidos pelo Diabetes em Ação como um verdadeiro marco, devido ao desafio e alcance de excelentes resultados. “Foi o primeiro evento em formato de campanha para rastreamento de complicações de diabetes realizado no Brasil, com o cumprimento de todos os critérios e protocolos sanitários para evitar a Covida-19”, ressalta.
De fato, é preciso democratizar o acesso à saúde no país. Atualmente, milhões de brasileiros vivem em regiões com déficits em infraestrutura, especialistas, exames, tratamentos e medicamentos.
Por outro lado, o uso da tecnologia na área já promove um maior alcance desses serviços, tornando-os mais rápidos e com menor custo. Há ainda mais benefícios como redução de filas, otimização de tempo e recursos, deslocamento menor e desafogamento dos principais centros especializados de atendimento, dentre outros.
Sem dúvida, a crescente utilização da tecnologia agrega valor, melhora o acesso da população e pode provocar um avanço no controle de doenças e em diagnósticos mais rápidos e assertivos.
Entretanto, para isso, é necessário investir cada vez mais no atendimento descentralizado. Ou seja, levar à saúde até o paciente.
Em seguida, conheça ações que contam com a tecnologia para auxiliar na melhora da acessibilidade em saúde no Brasil.
Atendimento descentralizado: unidades móveis do Hospital do Amor
O Hospital do Amor, em Barretos, é referência nacional no tratamento de câncer pelo SUS. Além do atendimento na sede e regionais, a entidade filantrópica oferece unidades móveis de saúde que atuam em todo o estado de São Paulo.
Uma delas é focada em acompanhar a população de risco para câncer de pulmão, o terceiro tipo mais incidente da doença no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para isso, a carreta é equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose.
O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde. Atualmente, atende 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
Segundo dados levantados pelo programa, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%. Só em Barretos, são cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V, mais de 13 mil com alto risco para desenvolver câncer de pulmão.
Outro diferencial é o laudo elaborado para tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali.
Exames para câncer de mama e bucal
Outras unidades móveis do Hospital do Amor também atuam no combate ao câncer de mama e câncer bucal, dentre outros tipos da doença. Alguns dos exames realizados pelas carretas são mamografia, papanicolau e FIT.
O veículo equipado para prevenção ao câncer de mama conta com mamógrafo e uma sala com mesa ginecológica, para realização de exames preventivos do câncer de colo do útero.
As mulheres com idade entre 40 e 69 anos, sem diagnóstico prévio de câncer, realizam o agendamento nas unidades de saúde dos municípios atendidos. Depois de fazer o exame preventivo, se tiver algum tipo de alteração, o Hospital do Amor entra em contato com a paciente para agendar uma consulta na instituição.
Já a van odontológica conta com cadeira, aparelhos, dentistas e enfermeiros, que participam de ações de prevenção e visitam as Unidades Básicas de Saúde (UBS), domicílios, indústrias, usinas, áreas rurais, alojamentos e outros locais propícios onde encontram-se os pacientes com fatores de risco.
Atendimento descentralizado: projetos sociais em comunidades remotas
Além das unidades móveis de saúde, entidades sociais também realizam ações para levar atendimento médico de qualidade para regiões mais afastadas.
O hospital flutuante conta com consultórios médicos, odontológicos, centro cirúrgico, sala oftalmológica completa, laboratório de análises, sala de medicação, sala de vacinação e leitos de enfermaria. Além disso, possui equipamentos para exames como raio-X, ultrassom, eletrocardiograma, mamógrafo, esteira ergométrica e eletrocardiograma.
Para cumprir a sua missão, conta com voluntários em todas as áreas da saúde, como enfermeiros, técnicos de equipamentos, dentistas e médicos de diversas especialidades, como oftalmologia, pediatria, ginecologia, oncologia, psiquiatria, dermatologia dentre outros.
Em outubro de 2019, a oftalmologista Mariana Lafetá foi uma das voluntárias nessa viagem. Para realizar os exames necessários, a médica utilizou o retinógrafo portátil Phelcom Eyer.
Médicos do Departamento de Medicina Social, da Faculdade de Medicina da USP (Ribeirão Preto), e do Departamento de Endocrinologia, da Escola Paulista de Medicina, da Unifesp, realizam expedições periódicas com o intuito de levar atendimento médico gratuito a reservas indígenas do Estado do Mato Grosso.
As excursões contam com voluntários de diferentes especialidades, como oftalmologia, endocrinologia, medicina preventiva e social, dentre outras.
O oftalmologista Fernando Korn Malerbi embarcou em uma dessas expedições em janeiro desse ano. Para realizar exames como retinografia e tonometria de aplanação, o médico também optou pelo Phelcom Eyer.
Equipamentos portáteis de alta tecnologia auxiliam no atendimento descentralizado
Para um atendimento descentralizado de qualidade, há uma crescente oferta de tecnologias de ponta embarcadas em equipamentos portáteis de fácil manuseio e custo acessível.
O Eyer funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Integrado a uma plataforma online, o Eyer Cloud, os dados são enviados automaticamente e podem ser analisados por um especialista em qualquer lugar do mundo. Ou seja, permite o diagnóstico remoto.
Além disso, a inteligência artificial embarcada fornece funções inteligentes para auxílio ao diagnóstico médico e a captura dos exames de retina. Por outro lado, a portabilidade e o valor mais acessível da tecnologia democratiza o acesso a exames de retina. Pois ele custa aproximadamente US$ 5 mil contra US$ 120 mil do retinógrafo atual, que ainda necessita de integração com o computador.
Conclusão
De fato, a tecnologia pode abrir caminho para o aumento do atendimento descentralizado em saúde. Desse modo, permitir o acesso de milhares de pessoas a consultas, exames e tratamentos essenciais. Além disso, diminuir custos, encurtar distâncias, reduzir filas e desafogar hospitais e instituições especializadas.
Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades e tendências em tecnologia na saúde.
De fato, a recomendação de isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) tornou o atendimento médico mais restrito. Isso porque a orientação é adiar consultas, procedimentos e/ou cirurgias eletivas para garantir a saúde de pacientes e profissionais.
Pensando em auxiliar a população neste momento, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lançou o projeto “Brasil que Enxerga”. Com uma equipe de mais de 100 especialistas voluntários, a plataforma oferece teleorientação em oftalmologia gratuitamente para todo o país.
Em seguida, conheça mais sobre o serviço, os objetivos e como ser um voluntário.
Teleorientação em oftalmologia – Brasil que Enxerga
No final de abril, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lançou a plataforma on-line “Brasil que Enxerga”. O programa busca levar assistência à saúde ocular dos brasileiros por meio de teleorientação em oftalmologia durante a pandemia da Covid-19.
O vice-presidente do CBO, Cristiano Caixeta, explica que a iniciativa é uma política de saúde que engloba ações de assistência, educação e acesso à saúde ocular. Ou seja, essencial no atual cenário que vivemos.
Vale ressaltar que o serviço não é teleconsulta. Por exemplo, não há prescrição de receitas ou solicitações de exames. Mas sim uma orientação para aqueles que enfrentam problemas oculares atualmente.
Dessa maneira, o paciente pode até ser encaminhado para uma consulta presencial, de acordo com o local em que reside.
Para você entender melhor, o oftalmologista e coordenador do projeto Alexandre Chater Taleb explica que “a teleorientação consiste na interação direta entre o médico e o paciente através de tecnologias de comunicação e informação para que o médico possa orientar medidas gerais de saúde em relação às diversas condições”.
Voluntariado
O serviço é completamente voluntário. Atualmente, mais de 100 oftalmologistas atuam na plataforma. Porém, a expectativa do CBO é que esse número cresça cada vez mais.
Para utilizar o serviço, os interessados devem agendar a teleorientação por meio de um formulário simples disponível no site www.brasilqueenxerga.cbo.com.br.
Após informar os dados, você escolherá o dia e horário disponível no sistema. Depois disso, receberá as orientações para acesso a sala virtual para a conversa com o médico.
Durante o bate-papo, o oftalmologista pode avaliar que você precisa ser atendido presencialmente. Dessa forma, ele te orientará a acessar uma lista de especialistas de urgências e emergências da sua região disponível no site do programa.
Conclusão
De acordo com o último levantamento realizado pelo CBO, em 2019, apenas 29% dos municípios brasileiros contam com oftalmologistas. Por outro lado, essas localidades abrigam 79% da população do país.
Mesmo assim, estamos falando em mais de 44 milhões de brasileiros sem especialista em suas cidades. A Região Norte, por exemplo, tem a pior proporção oftalmologista/habitantes preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para países desenvolvidos, de 1/17.000. Atualmente, a área possui uma relação de 19.742 cidadãos para cada oftalmologista.
Por isso, iniciativas como a do CBO são importantíssimas para levar o acesso à saúde ocular em locais com pouca infraestrutura e falta de médicos, demais profissionais, exames, medicamentos, dentre outros.
Acompanhe as principais novidades na área de oftalmologia no blog da Phelcom.
Em janeiro deste ano, o oftalmologista Fernando Korn Malerbi embarcou em uma expedição com um objetivo especial: levar atendimento médico gratuito a três reservas indígenas do Estado do Mato Grosso. “Fui convidado para me juntar a um time de médicos que já realiza ações periódicas nesses locais”, conta Malerbi.
O grupo é composto por médicos do Departamento de Medicina Social, da Faculdade de Medicina da USP (Ribeirão Preto), e do Departamento de Endocrinologia, da Escola Paulista de Medicina, da Unifesp.
Nessa expedição, participaram quatro especialistas nas áreas de oftalmologia, endocrinologia e medicina preventiva e social.
Malerbi explica que as reservas Sangradouro, Meruri e São Marcos apresentam altas taxas de diabetes mellitus. “Essa doença pode desencadear vários outros problemas de saúde, como retinopatia diabética. Caso não detectada e tratada adequadamente a tempo, essa alteração oftalmológica pode levar a cegueira”, esclarece.
Para identificar a doença e também outras possíveis disfunções, o médico realizou exames de retinografia e tonometria de aplanação. Ao todo, foram avaliados 193 índios, das tribos Xavantes e Bororos, durante oito dias de trabalho.
Além de retinopatia diabética, também foram constatados casos de catarata.
Eyer
O oftalmologista utilizou o retinógrafo portátil Phelcom Eyer para realizar os exames.
O equipamento é o que há de mais moderno em retinografia portátil para prevenção e diagnóstico de doenças relacionadas à visão.
Ele funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Por ser integrado à nuvem, disponibiliza automaticamente os dados na plataforma online EyerCloud para serem analisados por um especialista em qualquer lugar do mundo. Ou seja, permite o diagnóstico remoto.
“A experiência com o equipamento foi muito boa, principalmente pela portabilidade e facilidade de uso”, avalia Malerbi.
Ele relembra que já esteve envolvido em outros projetos com o retinógrafo, também para diagnóstico de retinopatia diabética. “Acredito que o Eyer seja muito relevante para esse tipo de ação, representando uma alternativa importante para rastreamento de populações que vivem em áreas remotas”, conclui.
Phelcom Technologies
“O objetivo principal do Eyer é democratizar e levar acesso à saúde para locais que hoje sofrem com déficit em infraestrutura na área, como especialistas e equipamentos. Com a portabilidade, preço acessível e a possibilidade de diagnóstico remoto, pela nuvem, conseguimos ajudar os profissionais da saúde a cuidarem de mais pessoas”, contam os fundadores da startup Phelcom Technologies, José Augusto Stuchi, Flávio Pascoal Vieira e Diego Lencione.
De acordo com o primeiro Relatório Mundial sobre Visão, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia.
Oftalmologista utilizou o Eyer para realizar exames e tirar dúvidas diagnósticas.
Imagine um hospital flutuante com consultórios médicos, odontológicos, centro cirúrgico, sala oftalmológica completa, laboratório de análises, sala de medicação, sala de vacinação e leitos de enfermaria. Além disso, com equipamentos para exames como raio-X, ultrassom, eletrocardiograma, mamógrafo, esteira ergométrica e eletrocardiograma.
Esse é o Barco Hospital São Francisco, construído com o intuito de levar saúde e assistência para mais de 1 mil comunidades ribeirinhas na Região Amazônica. A embarcação foi idealizada pela Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus e realizou dezenas de expedições em 2019.
Uma delas foi na região do município de Terra Santa, no Pará, de 21 a 30 de outubro. A expedição contou com diversos voluntários em diferentes áreas da saúde como oftalmologia, pediatria, oncologia, psiquiatria, dermatologia, plástica e ortodontia, dentre outros.
A oftalmologista Mariana Lafetá foi uma das voluntárias nessa viagem. “Cada um tem o seu consultório no barco e viajamos de cidade em cidade para oferecer atendimento a essa população. Ao todo, consultamos 4.052 pessoas”, conta.
Em relação aos olhos, a médica ressalta que a principal doença diagnosticada foi a síndrome do olho seco. Além disso, havia muitos casos de erros de refração, catarata, presbiopia (conhecida como vista cansada), pterígio (conhecida como carne no olho), blefarite e meibomite – estas duas últimas atingem as glândulas em torno da pálpebra. Também havia casos de glaucoma e, em pouquíssima quantidade, retinopatia diabética.
Eyer
Para essa expedição, a médica levou o retinógrafo portátil Phelcom Eyer. “Devido ao número alto de pacientes, optei por usar o aparelho apenas nos casos de dúvidas diagnósticas e em portadores de glaucoma. O interessante foi a possibilidade de enviar os exames por e-mail, para aqueles que tinham o endereço eletrônico. Desse modo, eles poderiam usar em consultas futuras”, ressalta Lafetá.
A oftalmologista afirma que o equipamento é simples de usar e prático. “É fácil realizar os exames, tirar as fotos, encontrá-las nos arquivos e armazenar depois. Podemos também enviar ou imprimir as imagens, o que considero muito interessante, além de conseguirmos acessar de qualquer lugar com internet. Gostei muito”, analisa.
Phelcom
“O objetivo principal do Eyer é democratizar e levar acesso à saúde para locais que hoje sofrem com déficit em infraestrutura na área, como especialistas e equipamentos. Com a portabilidade, preço acessível e a possibilidade de diagnóstico remoto, pela nuvem, conseguimos ajudar os profissionais da saúde a cuidarem de mais pessoas”, contam os fundadores da startup Phelcom Technologies, José Augusto Stuchi, Flávio Pascoal Vieira e Diego Lencione.
De acordo com o primeiro Relatório Mundial sobre Visão, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia.
Em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Diabetes, uma data para reafirmar a importância da prevenção e controle dessa doença que afeta 250 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, são 13 milhões de casos, estima a Sociedade Brasileira de Diabetes.
Durante todo o mês ocorrem diversos mutirões por todo o país com o objetivo de conscientizar, orientar e prevenir as complicações causadas pela doença. Milhares de voluntários se unem para realizar diversos tipos de exames, como avaliação do fundo do olho, pé diabético, avaliação renal e bioquímica e encaminhamento para tratamentos.
Ao oferecer orientação, prevenção e tratamento, os mutirões promovem a melhoria da qualidade de vida de milhares de pacientes de uma doença silenciosa e perigosa, responsável por milhares de mortes e casos de falência renal, cegueira e amputações no Brasil.
Mutirão do Diabético de Itabuna
Um dos maiores mutirões acontece em Itabuna (BA), promovido pela ONG Unidos pelo Diabetes com o apoio de diversas instituições de todo o Brasil. O Mutirão do Diabético de Itabuna ocorre desde 2004. Neste ano, atendeu mais de 5 mil pessoas com o auxílio de aproximadamente 1 mil voluntários, incluindo médicos, estudantes de medicina, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, odontólogos e outros profissionais de saúde.
Ao todo, foram realizados mais de 35 mil procedimentos, entre exames médicos, avaliações e orientações multidisciplinares em diabetes e detecção de novos casos.
Diabetes e os olhos
A diabetes exige vários cuidados, pois pode causar diversas complicações quando está fora de controle. Uma delas é nos olhos. Hoje, cerca de 40% dos diabéticos apresentam alterações oftalmológicas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).
Os altos níveis de glicose no sangue podem provocar doenças oculares como glaucoma, catarata e retinopatia diabética – a mais frequente nesse quadro. Todas elas, se não tratadas, podem evoluir para cegueira.
Por isso, é fundamental fazer o acompanhamento da diabetes o ano todo por meio de exames e consultas regulares com o médico.
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