Há poucos dias, os jornais de todo mundo noticiaram a possibilidade dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina (um derivado menos tóxico da droga) serem eficientes no combate ao novo coronavírus.
Isso porque pesquisas e testes realizados em todo o mundo apontam que o medicamento pode prevenir, evitar e até mesmo reduzir a severidade da covid-19 – doença causada pelo novo agente do vírus. Entretanto, os estudos são preliminares e ainda estão na fase experimental.
Mesmo assim, houve um boom na busca pelo remédio nas farmácias. Resultado: prateleiras vazias e falta no mercado, prejudicando diretamente quem realmente precisa para tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide, dentre outros problemas.
Além disso, o uso indiscriminado e sem acompanhamento médico do medicamento pode provocar diversos efeitos colaterais. Portanto, entenda a seguir como a cloroquina e hidroxicloroquina podem afetar o organismo.
Cloroquina e Hidroxicloroquina
Em primeiro lugar, vamos entender como funciona a cloroquina e a hidroxicloroquina. Atualmente, os medicamentos são empregados no tratamento de doenças reumatológicas, dermatológicas e de malária.
Por exemplo, as drogas são recomendadas para profilaxia e tratamento de ataque agudo de malária causado por Plasmodium vivax, P. ovale e P. malarie. Além disso, são indicadas para amebíase hepática e, em conjunto com outros fármacos, tem eficácia clínica na artrite reumatoide, no lúpus eritematoso sistêmico e lúpus discoide, na sarcaidose e nas doenças que provocam sensibilidade à luz.
Cloroquina e Hidroxicloroquina – efeitos colaterais
De fato, o uso de cloroquina e hidroxicloroquina pode acarretar diversos efeitos colaterais. Por isso, deve ser acompanhado por um médico para não gerar toxicidade.
Dentre os mais comuns, estão dor de cabeça, enjoo, vômitos, diarreia, dor de barriga, coceira, irritação e manchas avermelhadas na pele. Há relatos também de confusão mental, convulsões, queda da pressão sanguínea, alterações no electrocardiograma, visão dupla ou borrada, miopatia, arritmia e sangramento – este último quando combinado com outros fármacos, como anticoagulantes.
Além disso, o consumo prolongado pode também causar danos aos olhos, como alterações visuais e até perda de visão. Apesar da incidência baixa, estudos de caso mostram que as drogas podem afetar a mácula e a retina de maneira irreversível.
Porém, a incidência de danos na retina e na mácula são baixíssimas. Por isso, é fundamental o uso desses medicamentos com prescrição e acompanhamento médico.
Contudo, especialistas reforçam que todos os testes ainda estão em fase de experimento. Portanto, ainda é muito cedo para afirmar a eficácia das drogas na cura do novo coronavírus e determinar como protocolo de atendimento.
A Anvisa e diversas entidades médicas, como o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), reforçam que todos os testes ainda estão em período experimental. Portanto, a população não deve fazer o uso indiscriminado dos medicamentos com o objetivo de combater a doença.
Em nota, a Anvisa diz que “apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação. Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.”
Além de ressaltarem os efeitos colaterais, as entidades estão alertando sobre o perigo do fármaco para pacientes com doenças como epilepsia e psoríase. A droga também deve ser consumida com cautela por pessoas com doenças hepáticas, distúrbios gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.
Ou seja, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina, sem prescrição e monitoramento médico, pode provocar diversos outros problemas. E, com os hospitais lotados, ainda prejudicará o atendimento de pacientes com coronavírus.
Para reverter esse quadro, a Anvisa também enquadrou a cloroquina e hidroxicloroquina como medicamentos de controle especial. “A medida é para evitar que pessoas que não precisam desses medicamentos provoquem um desabastecimento no mercado. A falta dos produtos pode deixar os pacientes com malária, lúpus e artrite reumatoide sem os tratamentos adequados”, afirmou.
Logo abaixo, veja na íntegra a nota da Anvisa.
Esclarecimentos sobre hidroxicloroquina e cloroquina
Diante das notícias veiculadas sobre medicamentos que contém hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento da COVID-19, a Anvisa tem os seguintes esclarecimentos:
Esses medicamentos são registrados pela Anvisa para o tratamento da artrite, lupus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.
Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação.
Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.
Conclusão
Por fim, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina pela população contra o novo coronavírus, sem prescrição e acompanhamento médico, pode provocar diversos efeitos colaterais.
Dos mais comuns e leves, como dor de cabeça, enjoo, vômitos e diarreia, até confusão mental, convulsões e visão dupla ou borrada.
Apesar dos resultados positivos alcançados por algumas pesquisas, os testes ainda são preliminares e estão na fase experimental. Portanto, o uso incorreto dessas drogas pode mais gerar problemas do que solução. Como, por exemplo, toxicidade ao organismo e falta do medicamento para quem realmente precisa, como portadores de lúpus, malária e artrite reumatoide.
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A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção anterior do septo orbitário, que atinge com mais frequência crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade – sobretudo menores de 5 anos.
Por apresentar sintomas similares à conjuntivite bacteriana e viral e ao edema alérgico, tem difícil diagnóstico. Além disso, também compartilha os mesmos sinais de enfermidade com a celulite orbitária. Porém, são doenças diferentes e que necessitam de tratamentos distintos.
Portanto, entenda neste post o que é a celulite periorbitária, as causas, a diferença em relação à celulite orbitária, os sintomas, o diagnóstico e os tratamentos recomendados.
O que é celulite periorbitária
A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção do septo orbitário. Desse modo, não envolve a órbita ou outras estruturas oculares, como gordura e músculos.
Como aproximadamente 80% dos casos ocorrem em crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade (a maioria, menores de 5 anos), é considerada uma doença pediátrica.
Dentre suas principais causas, estão infecção facial ou palpebral devido a traumas, picadas de inseto, mordidas de animais, varicela, calázio, conjuntivite, dacriocistite ou sinusite.
Em relação à etiologia, os agentes podem variar. Por exemplo, a infecção dos seios está mais associada ao Streptococcus pneumoniae. Já quando a causa é um trauma local, Staphylococcus aureus e S. pyogenes prevalecem. Atualmente, eventos com Haemophilus influenzae e fungos são raros.
Há também outros fatores, porém mais incomuns: espécies de Acinetobacter, Nocardia brasiliensis, Bacillus anthracis, Pseudomonas aeruginosa, Neisseria gonorrhoeae, Proteus spp, Pasteurella multocida e Mycobacterium tuberculosis e Trichophyton spp.
Celulite periorbitária x orbitária
Sem dúvida, é fundamental conhecer as diferenças entre a celulite periorbitária e a orbitária. Basicamente, é a infecção ser anterior ou posterior ao septo orbitário. Enquanto a periorbitária ocorre na porção anterior, a orbitária atinge os tecidos da órbita posterior.
Outra distinção é que a primeira é superficial na fase inicial. Já a segunda, começa profunda ao septo orbitário.
De fato, ambas apresentam as mesmas causas, sintomas e tratamentos parecidos. Contudo, na celulite orbitária, podem haver ainda exoftalmia, mal-estar, limitação da mobilidade ocular e perda da visão.
Sintomas
Em seguida, conheça os sintomas mais frequentes de celulite periorbitária:
Dor ocular;
Dor ao toque;
Edema na pálpebra, que pode dificultar a abertura do olho;
Calor;
Rubor ou pigmentação da pálpebra;
Nos casos mais raros, pode acontecer edema conjuntival. Por outro lado, é importante ressaltar que não há comprometimento da acuidade visual, do movimento dos olhos e nem quadro de proptose. Porém, se o paciente apresentar esses sinais, provavelmente a doença se espalhou para a órbita.
Diagnóstico
De fato, o diagnóstico de celulite periorbitária é feito por meio de uma avaliação clínica. O médico avaliará edema derivado de traumas locais, mordidas de insetos ou animais, corpos estranhos retidos, reações alérgicas, tumores e pseudotumor orbitário inflamatório. Por exemplo, se o edema for profundo, a análise contará com o auxílio de um blefarostato.
Além disso, há a possibilidade de realizar exame de imagem no caso de dúvidas. Dessa forma, é indicado a realização de tomografia computadorizada (TC) com contraste das órbitas e seios da face. Para fechar o diagnóstico, o médico deve observar edema da(s) pálpebra(s) e a falta de proptose, infiltração da gordura orbitária e edema dos músculos extraoculares.
Tratamento
O tratamento indicado para celulite periorbitária é com antibióticos.
De fato, na maioria dos casos, o patógeno não será identificado. Por isso, é essencial analisar os fatores predisponentes e prescrever o antibiótico para os organismos mais prováveis e o padrão de sensibilidade habitual na região.
Por exemplo, nas áreas em que existe predomínio de S. aureus resistente à meticilina, os médicos devem acrescentar os antibióticos indicados, como clindamicina, sulfametoxazol-trimetoprima ou doxiciclina para tratamento oral e vancomicina para tratamento ambulatorial.
O método inicial deve focar no combate aos patógenos causadores de sinusite (S. pneumoniae, H. influenzae, S. aureus, Moraxella catarrhalis não tipáveis).
Nos casos resultantes de um trauma local, o tratamento deve incluir cobertura para S. pyogenes. Em pacientes com feridas sujas, deve-se considerar infecção Gram-negativa.
O tratamento não hospitalizado do paciente pode ser uma opção depois de excluído o risco de celulite orbitária e para crianças sem sinais de infecção sistêmica com pais presentes e responsáveis.
Os pacientes devem ser acompanhados de perto por um oftalmologista.
Com informações de Breno Nery, para o portal PED, e James Garrity, para o site Manual MSD.
Conclusão
Neste post, você viu o que é a celulite periorbitária, as causas, as diferenças com a celulite orbitária, os sintomas mais comuns, como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos indicados.
De fato, a celulite periorbitária é uma doença que merece total atenção. Isso porque atinge preferencialmente crianças, de até 10 anos, e pode evoluir caso não tratada precocemente.
Como possui semelhanças com celulite orbitária, conjuntivite bacteriana e viral e edema alérgico, é uma enfermidade superdiagnosticada. Portanto, precisa de conhecimentos mais profundos e atualizados.
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus é uma ameaça muito grave para o mundo. E não é por menos: a doença Covid-19 – causada pelo vírus – já afetou aproximadamente 90 mil pessoas e foi responsável pela morte de mais de 3 mil. Isso principalmente na China, onde surgiu o novo vírus. Porém, há infectados por todo o planeta. Inclusive, no Brasil.
Recentemente, a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) levantou a possibilidade de contágio da doença por meio dos olhos. Ou seja, não apenas pelas mucosas da boca e do nariz. Dessa forma, o paciente apresentaria, além dos sintomas respiratórios, também conjuntivite.
O alerta vem após um médico chinês afirmar que contraiu a Covid-19 pelos olhos.
Portanto, entenda neste post como o coronavírus pode ser adquirido pelos olhos e o que os oftalmologistas devem fazer para se protegerem da doença.
Coronavírus e olhos
Segundo a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), o novo coronavírus pode ser contraído por meio dos olhos. A suspeita surgiu após o médico chinês Wang Guangfa afirmar que adquiriu a Covid-19 – doença transmitida pelo vírus – dessa forma.
Guangfa, especializado em distúrbios respiratórios, disse que não usou a proteção ocular corretamente ao consultar pacientes de Wuhan, cidade epicentro da epidemia. O relato foi publicado pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong.
Até então, o problema era adquirido apenas pelas mucosas da boca e do nariz, provocando os já conhecidos sintomas respiratórios. Porém, agora também pode causar conjuntivite.
Isso ocorre porque as doenças virais respiratórias podem ser contraídas por meio da secreção da pessoa infectada em contato com mucosas como boca, nariz e olhos.
Dicas para os oftalmologistas
De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não há certeza de como o novo coronavírus é transmitido. Contudo, acredita-se que as principais fontes de contágio são o contato com pacientes doentes e com objetos infectados. Dessa forma, a doença é contraída após posterior toque nos olhos, nariz e boca.
Por isso, é importante que os médicos e profissionais da saúde protejam-se. Em relação aos oftalmologistas, a AOO indica que cuidem dos olhos, boca e nariz adequadamente ao atender pacientes com:
Sintomas respiratórios, como tosse e taquipneia;
Febre, aliada aos sintomas respiratórios;
Conjuntivite, aliado aos sintomas respiratórios;
Viagem recente para a China;
Contato recente com pessoas vindas da China.
Fique atento: os sinais Covid-19 podem surgir no início ou até 14 dias após contaminação.
Como prevenir-se do coronavírus
A oftalmologista Juliana Rosa, em seu artigo para o Portal PEBMED, aconselha seguir as medidas de precaução padrão, como o uso de máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção. Além disso, sempre higienizar as mãos.
Em seguida, confira todas as recomendações:
Evite contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
Faça lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
Utilize lenço descartável para higiene nasal;
Cubra nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Higienize as mãos após tossir ou espirrar;
Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
Mantenha os ambientes bem ventilados;
Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
Não faça contato com animais selvagens e/ou doentes em fazendas ou criações.
Conclusão
Agora, você sabe que o novo coronavírus também pode ser transmitido pelos olhos. Desse modo, proteja-se ao atender pacientes. Para isso, é só seguir as orientações desse post.
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Você sabia que a pressão alta também pode afetar os olhos? É isso mesmo. Além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas no coração, essa disfunção pode ocasionar retinopatia hipertensiva. Essa doença ocorre quando a pressão arterial elevada afeta os vasos sanguíneos da retina.
Dentre os sintomas mais comuns, estão a perda de visão, sensibilidade à luz e dores de cabeça frequentes. Nos casos mais graves, o distúrbio pode evoluir para catarata, glaucoma e trombose.
Infelizmente, a doença é assintomática no início. Por isso, é essencial que todo paciente hipertenso conheça tudo sobre retinopatia hipertensiva – além, claro, de fazer o acompanhamento com um oftalmologista.
Portanto, entenda neste post o que é retinopatia hipertensiva, as classificações e os tipos, os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais tratamentos indicados. Aliás, conheça um novo equipamento no mercado que vem auxiliando médicos e pacientes ao possibilitar diagnósticos mais rápidos e precisos de problemas nos olhos.
Retinopatia hipertensiva – o que é
A retinopatia hipertensiva é quando o aumento da pressão arterial atinge os vasos sanguíneos da retina. Ou seja, é uma lesão vascular da retina provocada pela hipertensão. Desse modo, pode causar estreitamento vascular (vasoconstrição), espessamento da parede de pequenas artérias (arteríolas) ou pequenas veias (vênulas), obstrução e até mesmo rompimento dos vasos.
Retinopatia hipertensiva moderada. Imagem: Ralph C. Eagle, Jr. /Science Photo LIBRAR
Classificação
A retinopatia hipertensiva tem 5 graus de classificação:
0: sem alterações;
1: estreitamento arteriolar mínimo;
2: estreitamento arteriolar com irregularidades focais;
3: somado ao grau 2, ocorre hemorragias retinianas e/ou exsudados;
4: somado ao grau 3, ocorre edema da papila.
Tipos
Há dois tipos de retinopatia hipertensiva. Em seguida, conheça cada uma delas:
1. Crônica
É causada pela hipertensão crônica. Aqui, ocorre o estreitamento arteriolar, alteração no reflexo arteriolar e sinal de cruzamento arteriovenoso, no qual a artéria passa anteriormente à veia. É assintomática na fase inicial. Apesar de rara, podem apresentar sintomas como hemorragias retinianas, microaneurismas e sinais de oclusão vascular.
2. Maligna
No caso da retinopatia hipertensiva maligna, há a um aumento brusco da pressão arterial. O que pode causar problemas oculares, cardíacos, renais e cerebrais.
Nesse tipo, há sintomas como dor de cabeça, visão turva, visão dupla e aparecimento de uma mancha escura no olho. Podem surgir também alterações de pigmentação no olho, edema macular e descolamento do neuroepitélio da região macular e edema papilar de tipo isquémico, com hemorragias e manchas.
Sintomas
Retinopatia hipertensiva exudatos em forma de estrela e papiledema. Imagem: Springer Science+Business Media
Dentre os seus principais sintomas, estão a acuidade visual (perda da qualidade da visão), fotofobia (sensibilidade à luz) e dores de cabeça frequentes. Infelizmente, os sinais de retinopatia diabética só surgem quando o problema já está em estágio avançado.
Já nos casos mais graves, o distúrbio pode evoluir para catarata, glaucoma, hemorragia vítrea, descolamento de retina e trombose venosa da retina.
Além do mais, hemorragias e acúmulo de líquido na retina podem causar edema na mácula, que é a parte da retina responsável pelo detalhamento da visão, no nervo ou no disco óptico.
Quando diagnosticado tardiamente, pode ocorrer também perda da visão.
Por isso, é fundamental que o paciente hipertenso seja acompanhado por um oftalmologista.
Diagnóstico
Como a doença é silenciosa na fase inicial, apenas a realização de exames preventivos consegue diagnosticar a retinopatia hipertensiva. Dentre eles, está a fundoscopia. Como as modificações vasculares acontecem de maneira parecida em outros órgãos do corpo, esse exame permite analisar de perto os vasos sanguíneos. Dessa forma, possibilita um diagnóstico mais preciso da gravidade da doença.
Porém, podem ser necessários mais exames, como retinografia, tomografia de coerência óptica e angiofluoresceinografia.
De fato, o diagnóstico precoce é primordial para impedir ou retardar a evolução da doença. Para isso, também é importante rapidez e precisão nos exames.
E é esse o propósito de um novo equipamento recém-lançado no mercado: Phelcom Eyer. Desenvolvido pela startup brasileira Phelcom Technologies, o retinográfo portátil é acoplado a um smartphone e faz exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos.
Automaticamente, os dados são enviados para uma plataforma online – Eyer Cloud, possibilitando assim o diagnóstico por meio da telemedicina. Ou seja, a análise pode ser feita por um especialista alocado em qualquer lugar do mundo.
Atualmente, a tecnologia oferece uma precisão em torno de 80% na detecção da retinopatia diabética sem o diagnóstico de médicos. Mas, com o crescimento cada vez maior da base de dados do Eyer Cloud, logo esse número deve aumentar para 95% de precisão, segundo a startup.
Tratamento
Infelizmente, a retinopatia hipertensiva não tem cura, pois não há um tratamento específico para restaurar as lesões vasculares na retina. Assim como para os problemas decorrentes da retinopatia hipertensiva. Por isso, a indicação dos médicos é controlar a pressão arterial e prevenir-se. Em seguida, veja algumas dicas:
Manter o peso corporal dentro do recomendado;
Diminuir os níveis de colesterol ruim;
Controlar a diabetes;
Realizar exercícios físicos regularmente;
Ter uma alimentação balanceada.
Contudo, em casos mais sérios, como edema macular, o médico pode prescrever injeções de anti-angiogênico intravítreo ou fotocoagulação a laser. Já nos casos de hemorragias intravítreas por oclusões vasculares, é indicado a cirurgia de vitrectomia posterior.
Conclusão
Agora, você sabe tudo sobre retinopatia hipertensiva: o que é, as classificações e os tipos, os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais tratamentos indicados. Também conheceu o Phelcom Eyer, o novo equipamento no mercado que vem auxiliando médicos e pacientes ao possibilitar diagnósticos mais rápidos e precisos de problemas nos olhos.
Lembre-se: mantenha a rotina de consultas com o seu oftalmologista em dia para prevenir-se não apenas da retinopatia hipertensiva, mas de diversas doenças oculares.
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De fato, a conjuntivite neonatal, também conhecida como oftalmia neonatal, é uma doença ocular perigosa em recém-nascidos com até 1 mês de vida. Isso porque é diferente da que surge em crianças, adolescentes e adultos. Nos bebês, além dos sintomas locais, o problema apresenta risco de disseminação para outros órgãos do corpo.
As principais causas da doença são inflamação química, infecção viral e contaminação bacteriana. Nesta última, a clamídia é a mais comum, sendo responsável por 40% dos casos do mundo todo. Até metade dos bebês de mães infectadas ativamente são contaminados. Além disso, de 5 a 20% também desenvolvem pneumonia.
Por outro lado, os sinais e sintomas são comuns mesmo com diferentes fatores etiológicos. Desse modo, o diagnóstico é realmente difícil.
Portanto, é essencial saber diagnosticar corretamente a doença. Para isso, vamos explicar neste post como identificar a conjuntivite neonatal por clamídia, os principais sintomas e quais os tratamentos indicados.
Conjuntivite neonatal por clamídia – sintomas
De fato, os sinais de uma infecção por clamídia podem surgir só depois de 14 dias do nascimento. Em seguida, veja os sintomas relatados:
Conjuntivite leve, com pouca secreção mucopurulenta;
Conjuntivite severa, com edema nas pálpebras, bastante secreção e formação de pseudomembrana;
Os folículos conjuntivais
Cegueira
Opacificação central da córnea;
Pneumonite;
Otite;
Colonização faríngea e retal.
Conjuntivite neonatal por clamídia – diagnóstico
Conforme falamos, os sinais são parecidos em todos os tipos de conjuntivite neonatal. Mesmo assim, há diferenciais. Contudo, é difícil definir a causa exata apenas pelos sintomas e histórico familiar.
Dessa forma, é preciso realizar alguns exames para fechar o diagnóstico de infecção por clamídia. Neste caso, sugere-se fazer raspagem conjuntival com coloração Gram ou Giemsa e raspagem conjuntival para reação em cadeia da polimerase (PCR).
Conjuntivite neonatal por clamídia – tratamento
Como 50% dos pacientes também desenvolvem infecção nasofaríngea e até 20%, pneumonia, o tratamento indicado é a terapia sistêmica. Com isso, é prescrito etilsuccinato de eritromicina, 12,5 mg/kg, VO, a cada 6h por 2 semanas. Ou azitromicina, 20 mg/kg, VO, 1 vez ao dia, por 3 dias.
O tratamento deve ser repetido mais uma vez.
Atenção: há relatos que associam o uso de eritromicina ao surgimento de estenose hipertrófica do piloro (EHP) nos recém-nascidos. Por isso, é necessário monitorar possíveis sinais e sintomas dessa doença.
Dentre os principais resultados, foram encontrados altíssimos índices de cura, como no tratamento com eritromicina 50 mg/kg/ dia por 14 dias. Apesar de parecer que a cura clínica e microbiológica é menor com a azitromicina que a dose padrão de eritromicina, esse resultado ainda é incerto.
Conclusão
Por fim, você viu neste post como reconhecer e cuidar da conjuntivite neonatal por clamídia. Mostramos quais são os sintomas, como fazer o diagnóstico e qual o tratamento indicado.
Sem dúvida, é difícil diagnosticar o agente etiológico causador da doença por haver vários possíveis. Porém, com o auxílio de exames, o médico consegue fazer o diagnóstico e tratar corretamente o problema.
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De fato, o transplante lamelar de córnea não é uma técnica nova – a cirurgia surgiu em 1840. Porém, o procedimento passou a ser uma opção mais frequente entre os oftalmologistas há pouco tempo.
Isso porque a técnica apresentou grandes avanços nos últimos anos devido à evolução de pesquisas laboratoriais, diagnósticos eficazes da córnea, novos exames e a melhora constante do próprio método em si. Além disso, é uma cirurgia menos invasiva e com baixos riscos de complicações.
Além do mais, novos estudos e métodos estão em desenvolvimento. Como a utilização de interfaces aquosas para resolver as irregularidades da superfície da córnea devido ao laser e a diminuição ou até o fim da necessidade de doação e preservação do tecido corneano por bancos de olhos. Tudo isso deve garantir ainda mais a segurança e resultados melhores.
Portanto, veja neste post como é feito o transplante lamelar de córnea, as principais técnicas utilizadas, as possíveis complicações e as vantagens.
Transplante lamelar de córnea – como é feito
O transplante lamelar de córnea substitui as camadas anteriores da córnea, preservando as camadas internas, onde se encontra o endotélio. Atenção: esse procedimento é recomendado para doenças corneanas restritas ao estroma. Isto é: o endotélio precisa estar saudável.
Desse modo, é dividido em dois tipos:
Anterior
Remoção apenas do estroma corneano, mantendo a membrana de Descemet e o endotélio, que são as camadas mais profundas.
Posterior
Técnica mais recente e moderna em que o endotélio, camada mais profunda da córnea, é retirado e substituído por novo tecido saudável.
Dentre esses métodos, estão as técnicas Falk, Halk e Dalk. Em seguida, entenda como cada uma funciona:
Falk (Femtosecond Anterior Lamellar Keratoplasty)
Neste procedimento, é feito uma ceratoplastia anterior lamelar superficial (SALK) com laser de femtosegundo. Dessa forma, é produzido cortes transversais em substituição ao corte com trépano e a dissecção lamelar.
Assim sendo, ela retira opacidades encontradas nos 300 µm inicias do estroma da córnea. Vale ressaltar que os cortes realizados com o laser deixam irregularidades na superfície, o que pode atrapalhar o resultado final da cirurgia.
Halk (Hemi-Automatized Lamellar Keratoplasty)
Já para tratar embaciamento e cicatrizes mais profundas, a técnica híbrida HALK é a mais indicada. Para isso, ela utiliza o método ALTK com microcerátomo para elaborar a lamela doada e um procedimento manual com dissecção com uma crescente afiada. O objetivo é que a nova lamela supra de maneira bem próxima o estroma original.
Mas, em quadros de ceratocone, essa técnica não é indicada, pois pode prejudicar a qualidade da refração do paciente.
Dalk (Deep Anterior Lamellar Keratoplasty)
O DALK é indicado para os casos em que é necessário a substituição total do estroma, mas com a permanência do endotélio. Pode ser feito de diferentes formas, como com a ajuda de paquimetria, tomografia de coerência ótica (OCT), trepanação com trépano milimetrado ou com laser de femtosegundo.
Em relação ao intraoperatório, os principais problemas que podem surgir são falha na formação do plano de dissecção, na técnica DALK, e perfurações. Por exemplo, em caso de não-formação, o médico precisará realizar a dissecção manual camada por camada.
Já sobre as possíveis perfurações, é necessário manter estável a câmara anterior nas situações de microperfurações. Entretanto, perfurações maiores carecem de conversão.
No caso de complicações pós-operatórias, as principais são a formação de dupla-câmara, na DALK, e problemas na interface, como haze, infecção e neovascularização. Com referência aos cuidados após a cirurgia, estão consultas frequentes para análise da pressão intraocular e exames para observar as suturas e possível neovascularização.
Transplante lamelar de córnea – vantagens
Sem dúvida, a minimização de riscos é a principal vantagem do transplante lamelar de córnea. Por exemplo, essa cirurgia preserva o endotélio. Dessa maneira, reduz episódios de rejeição. Mesmo em situações em que há recusa, não há falência secundária.
Há também sobrevida maior dos enxertos na técnica DALK. Até em casos de falência, não ocorreu queda das taxas de sobrevida dos retransplantes seguintes.
Além disso, impede complicações por conservar inteiros a câmara anterior e o ângulo camerular; tem a possibilidade de usar tecidos acelulares que podem ser criopreservados (ainda em fase de pesquisas); e utilizar a mesma córnea para dois procedimentos distintos (transplante lamelar anterior e DMEK/DSAEK/Isolamento de células do endotélio para estudos com cultivo).
Outro benefício desse método é poder ser empregado em situações de emergência, como úlceras infecciosas ou meltings que ainda não perfuraram. Desse modo, diminui risco de contiguidade da infecção, endoftalmite e sinéquias.
Teoricamente, existe a possibilidade de encerrar o uso de corticoides mais cedo, em alguns casos. Assim sendo, reduz alguns riscos como infecções, aumento da pressão intraocular e catarata corticogênica.
Com informações do artigo “Evolução dos transplantes lamelares de córnea”, publicado na revista Universo Visual, de autoria do médico oftalmologista Francisco Bandeira e Silva, especialista em córnea, doenças externas, catarata e cirurgia refrativa.
Conclusão
Agora, você conhece as principais técnicas utilizadas no transplante lamelar de córnea. Dentre elas, estão a Falk, Halk e Dalk. De fato, esse procedimento vem ganhando cada mais espaço entre os oftalmologistas devido aos baixos riscos que apresenta.
Além do mais, novas pesquisas mostram que o método só tende a se aperfeiçoar ainda mais.
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