Você sabia que a pressão alta também pode afetar os olhos? É isso mesmo. Além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas no coração, essa disfunção pode ocasionar retinopatia hipertensiva. Essa doença ocorre quando a pressão arterial elevada afeta os vasos sanguíneos da retina.
Dentre os sintomas mais comuns, estão a perda de visão, sensibilidade à luz e dores de cabeça frequentes. Nos casos mais graves, o distúrbio pode evoluir para catarata, glaucoma e trombose.
Infelizmente, a doença é assintomática no início. Por isso, é essencial que todo paciente hipertenso conheça tudo sobre retinopatia hipertensiva – além, claro, de fazer o acompanhamento com um oftalmologista.
Portanto, entenda neste post o que é retinopatia hipertensiva, as classificações e os tipos, os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais tratamentos indicados. Aliás, conheça um novo equipamento no mercado que vem auxiliando médicos e pacientes ao possibilitar diagnósticos mais rápidos e precisos de problemas nos olhos.
Retinopatia hipertensiva – o que é
A retinopatia hipertensiva é quando o aumento da pressão arterial atinge os vasos sanguíneos da retina. Ou seja, é uma lesão vascular da retina provocada pela hipertensão. Desse modo, pode causar estreitamento vascular (vasoconstrição), espessamento da parede de pequenas artérias (arteríolas) ou pequenas veias (vênulas), obstrução e até mesmo rompimento dos vasos.
Classificação
A retinopatia hipertensiva tem 5 graus de classificação:
- 0: sem alterações;
- 1: estreitamento arteriolar mínimo;
- 2: estreitamento arteriolar com irregularidades focais;
- 3: somado ao grau 2, ocorre hemorragias retinianas e/ou exsudados;
- 4: somado ao grau 3, ocorre edema da papila.
Tipos
Há dois tipos de retinopatia hipertensiva. Em seguida, conheça cada uma delas:
1. Crônica
É causada pela hipertensão crônica. Aqui, ocorre o estreitamento arteriolar, alteração no reflexo arteriolar e sinal de cruzamento arteriovenoso, no qual a artéria passa anteriormente à veia. É assintomática na fase inicial. Apesar de rara, podem apresentar sintomas como hemorragias retinianas, microaneurismas e sinais de oclusão vascular.
2. Maligna
No caso da retinopatia hipertensiva maligna, há a um aumento brusco da pressão arterial. O que pode causar problemas oculares, cardíacos, renais e cerebrais.
Nesse tipo, há sintomas como dor de cabeça, visão turva, visão dupla e aparecimento de uma mancha escura no olho. Podem surgir também alterações de pigmentação no olho, edema macular e descolamento do neuroepitélio da região macular e edema papilar de tipo isquémico, com hemorragias e manchas.
Sintomas
Dentre os seus principais sintomas, estão a acuidade visual (perda da qualidade da visão), fotofobia (sensibilidade à luz) e dores de cabeça frequentes. Infelizmente, os sinais de retinopatia diabética só surgem quando o problema já está em estágio avançado.
Já nos casos mais graves, o distúrbio pode evoluir para catarata, glaucoma, hemorragia vítrea, descolamento de retina e trombose venosa da retina.
Além do mais, hemorragias e acúmulo de líquido na retina podem causar edema na mácula, que é a parte da retina responsável pelo detalhamento da visão, no nervo ou no disco óptico.
Quando diagnosticado tardiamente, pode ocorrer também perda da visão.
Por isso, é fundamental que o paciente hipertenso seja acompanhado por um oftalmologista.
Diagnóstico
Como a doença é silenciosa na fase inicial, apenas a realização de exames preventivos consegue diagnosticar a retinopatia hipertensiva. Dentre eles, está a fundoscopia. Como as modificações vasculares acontecem de maneira parecida em outros órgãos do corpo, esse exame permite analisar de perto os vasos sanguíneos. Dessa forma, possibilita um diagnóstico mais preciso da gravidade da doença.
Porém, podem ser necessários mais exames, como retinografia, tomografia de coerência óptica e angiofluoresceinografia.
De fato, o diagnóstico precoce é primordial para impedir ou retardar a evolução da doença. Para isso, também é importante rapidez e precisão nos exames.
E é esse o propósito de um novo equipamento recém-lançado no mercado: Phelcom Eyer. Desenvolvido pela startup brasileira Phelcom Technologies, o retinográfo portátil é acoplado a um smartphone e faz exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos.
Automaticamente, os dados são enviados para uma plataforma online – Eyer Cloud, possibilitando assim o diagnóstico por meio da telemedicina. Ou seja, a análise pode ser feita por um especialista alocado em qualquer lugar do mundo.
Sem dúvida, o equipamento permite que diversas doenças do fundo do olho, como a retinopatia hipertensiva, sejam detectadas a um custo muito menor. Isso porque o Eyer pode ser até 24 vezes mais barato do que o retinógrafo tradicional.
Atualmente, a tecnologia oferece uma precisão em torno de 80% na detecção da retinopatia diabética sem o diagnóstico de médicos. Mas, com o crescimento cada vez maior da base de dados do Eyer Cloud, logo esse número deve aumentar para 95% de precisão, segundo a startup.
Tratamento
Infelizmente, a retinopatia hipertensiva não tem cura, pois não há um tratamento específico para restaurar as lesões vasculares na retina. Assim como para os problemas decorrentes da retinopatia hipertensiva. Por isso, a indicação dos médicos é controlar a pressão arterial e prevenir-se. Em seguida, veja algumas dicas:
- Manter o peso corporal dentro do recomendado;
- Diminuir os níveis de colesterol ruim;
- Controlar a diabetes;
- Realizar exercícios físicos regularmente;
- Ter uma alimentação balanceada.
Contudo, em casos mais sérios, como edema macular, o médico pode prescrever injeções de anti-angiogênico intravítreo ou fotocoagulação a laser. Já nos casos de hemorragias intravítreas por oclusões vasculares, é indicado a cirurgia de vitrectomia posterior.
Conclusão
Agora, você sabe tudo sobre retinopatia hipertensiva: o que é, as classificações e os tipos, os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais tratamentos indicados. Também conheceu o Phelcom Eyer, o novo equipamento no mercado que vem auxiliando médicos e pacientes ao possibilitar diagnósticos mais rápidos e precisos de problemas nos olhos.
Lembre-se: mantenha a rotina de consultas com o seu oftalmologista em dia para prevenir-se não apenas da retinopatia hipertensiva, mas de diversas doenças oculares.
Acompanhe o blog da Phelcom para conhecer mais sobre saúde dos olhos.