O nevus de coroide é uma mancha escura que surge no fundo do olho e só pode ser detectado com exames de rotina, como o mapeamento da retina. Geralmente, o tratamento inclui apenas o acompanhamento anual.
Há também nevus na pele, que são acompanhados pelo dermatologista por meio de dermatoscopia para verificação de possíveis mudanças nas características, como aumento. O mesmo acompanhamento ocorre com as machas no fundo do olho, por exemplo.
Caso apresente crescimento, pode evoluir para estágios muito avançados, como o melanoma de coroide, doença muito rara que atinge menos de 1% dos pacientes diagnosticados com o problema. Esse número equivale a cinco pessoas a cada um milhão.
O melanoma (um tipo de câncer) é assintomático na fase inicial. A estimativa é que 85% dos casos surjam no trato uveal – íris, corpo ciliar e coroide. Quando não identificado no início, pode se alastrar para o fígado como uma metástase.
Para a verificação do tamanho do nevus de coroide, é indicado o exame de retinografia. A seguir, veja como esse exame pode auxiliar no diagnóstico precoce e acompanhamento da doença.
Nevus da coroide – diagnóstico
São nos exames de rotina que o oftalmologista pode identificar o nevus de coroide, já que o distúrbio não é visto a olho nu e, geralmente, não apresenta sintomas iniciais.
O mapeamento de retina é um deles. Ao observar o nevus, o médico pode realizar mais exames para fechar o diagnóstico, como tomografia de coerência óptica (OCT) e retinografia.
Caso o nevus cresça, o primeiro diagnóstico pode ser de lesão melanocítica indeterminada, que terá protocolo de exames e acompanhamento definidos pelo médico. Se for observado novo aumento, confirma-se o diagnóstico de melanoma de coroide.
Melanoma de coroide – tratamento
De fato, o melanoma de coroide não tem cura, mas há tratamento e deve ser monitorado pelo resto da vida. Desse modo, a terapia será estabelecida conforme o estado de visão e idade do paciente e a localização e extensão do câncer. Se o diagnóstico ocorreu de forma precoce, há um melhor prognóstico, assim como de todas as doenças.
Em tamanhos pequenos e médios, a braquiterapia é a mais recomendada. Essa cirurgia apresenta taxa de controle de aproximadamente 95% e mantém o olho e, em algumas situações, a capacidade de visão.
Antigamente, o método de controle era a retirada do globo ocular. A enucleação ainda pode ocorrer se o tumor for grande e provocar sintomas como dor intensa, visão ruim e desorganização das estruturas internas. Em alguns casos, também é indicada radioterapia, laserterapia e termoterapia transpupilar.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Diversos países estão investigando se a covid-19 potencializa infecções por outros patógenos, como fungos. No Brasil, um trabalho da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) analisou os dois primeiros casos de Candida auris em um hospital de Salvador (BA), em dezembro. Atualmente, já foram confirmados mais nove ocorrências no mesmo hospital.
O “superfungo” desenvolve rapidamente resistência aos principais medicamentos utilizados em seu combate. O relato foi divulgado recentemente no Journal of Fungi.
Já na Índia, cresce cada vez mais o número de pacientes que contraíram mucormicose durante ou após a recuperação do novo coronavírus. A infecção, muito rara, é provocada pelo “fungo negro”.
De acordo com o ministro da Saúde do estado de Maharashtra, Rajesh Tope, pelo menos 90 pessoas morreram e 800 estão hospitalizadas só no estado devido ao problema. Além disso, as autoridades locais também confirmaram aproximadamente dois mil casos confirmados até o momento. A informação foi fornecida para a CNN.
Há também relatos de pacientes que precisaram ter um dos olhos removidos devido ao agravamento da doença. Somente em abril, o oftalmologista Akshay Nair disse em entrevista à BBC ter atendido por volta de 40 pacientes com o problema. Onze deles perderam um dos olhos.
Em seguida, veja os relatos dos médicos indianos sobre a possibilidade do desenvolvimento de mucormicose em pacientes após covid-19, principalmente nos diabéticos, e como isso afeta os olhos.
Olhos e covid-19: mucormicose após doença
A mucormicose é uma doença rara que afeta o nariz, face, olhos, cérebro e pulmão. É provocada pelo “fungo negro”, muito comum em locais úmidos, como solo plantas, esterco, frutas e vegetais em decomposição e até no nariz e muco de pessoas saudáveis. Porém, quando ataca imunodeprimidos, como pacientes com diabetes, HIV e câncer, pode gerar sequelas e até ser fatal.
De 58 casos da infecção fúngica investigados na Índia, a maior parte contraiu entre 12 e 15 dias após a recuperação da covid-19. É o que demonstra a reportagem da BBC.
Além dessas ocorrências e das divulgadas por Nair, houve mais relatos da doença.
O oftalmologista Raghuraj Hegde também contou à BBC ter atendido 19 casos em duas semanas, sendo na maioria jovens. O Hospital Sion, de Mumbai, comunicou 24 ocorrências em dois meses, quatro vezes mais em comparação com o mesmo período do ano passado.
A maioria portava diabetes e havia sido infectada duas semanas depois da recuperação da covid-19. Desse total, 11 perderam um olho e seis faleceram.
Os médicos acreditam que o problema ocorre devido à queda de imunidade durante o tratamento com esteroides para combater o novo coronavírus em pacientes graves. Outro agravante que pode ser causado pela droga é o aumento do açúcar no sangue, o que piora ainda mais o quadro de diabéticos positivos para covid-19.
Tratamento dos olhos
A opção em retirar um dos olhos – ou até os dois, em alguns casos – é para evitar que o fungo atinja o cérebro. Na maioria desses casos, os pacientes só buscaram ajuda quando já estavam perdendo a visão.
Dentre os sintomas apresentados, estavam sangramento e entupimento do nariz, inchaço e dor nos olhos, pálpebras caídas, visão turva e perda de visão. Além disso, pode ocorrer manchas pretas na pele ao redor do nariz.
A única opção eficaz de tratamento é a aplicação de uma injeção intravenosa antifúngica (anfotericina B) todos os dias, por até oito semanas.
Entretanto, Nair afirma que há como prevenir: aplicar a dose correta de esteroides, seguindo a duração indicada. Depois, é preciso monitorar a possível alta nos níveis de glicose dos pacientes recuperados.
Conclusão
Especialistas do mundo todo estão acompanhando entre olhos e covid-19. Neste sentido, há diversas pesquisas que investigam desde o desenvolvimento de conjuntivite como um dos sintomas até se a doença afeta a retina.
Agora, é fundamental acompanhar a evolução dos casos de mucormicose na Índia e estudar a correlação com a covid-19 e os olhos.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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O que é glaucoma? Você sabia que quase metade da população não sabe responder a essa pergunta?
É o que aponta a pesquisa “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, feita pelo Ibope Inteligência. Para ser mais exato, 41% dos brasileiros desconhecem a doença. Além disso, 53% não sabem que é a segunda maior causa de perda de visão no mundo.
O levantamento ainda revelou mais dados alarmantes. Em seguida, entenda mais sobre a pesquisa, como ela foi feita e veja os resultados.
A pesquisa
Aplicada pelo IBOPE Inteligência, a pesquisa “Um olhar para o glaucoma no Brasil” entrevistou 2,7 mil internautas brasileiros, a partir de 18 anos, das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco.
O levantamento faz parte de uma ampla investigação sobre o cenário do glaucoma no Brasil e a necessidade de uma nova visão sobre a doença. Além disso, a iniciativa contempla também o lançamento da campanha de conscientização “Não perca seu mundo de vista, tenha um novo olhar para o glaucoma”, conduzida pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) e pela Upjohn, divisão da Pfizer focada em doenças crônicas não transmissíveis.
Os resultados
Resumidamente, a maior parte da população brasileira não está ciente sobre a importância da frequência às consultas ao oftalmologista, sabe pouco sobre o glaucoma e desconhece seu risco de cegueira.
Em seguida, veja os principais resultados da pesquisa:
41% não conhecem o glaucoma;
53% desconhecem que é a maior causa de cegueira irreversível no mundo;
10% nunca foram ao oftalmologista;
25% vão raramente a uma consulta, só quando sentem algum incômodo nos olhos;
30% acreditam que devem procurar o oftalmologista somente depois de começar a usar óculos;
23% procuram o especialista após perceberem alguma perda de visão;
86% entendem que a exposição ao sol também requer cuidados com os olhos, que precisam ser protegidos da radiação ultravioleta por meio de óculos escuros;
83% sabem que o uso excessivo de eletrônicos, como TV, computador, tablet e smartphone, pode ressecar os olhos e atrapalhar o sono;
82% acreditam que coçar os olhos pode causar irritações, lesões oculares ou até problemas na córnea;
13% visitam o médico apenas quando têm alguma dor nos olhos;
52% desconhecem se já mediram a pressão intraocular, não sabiam do exame ou se o oftalmologista já aferiu, por exemplo;
37% entendem que a ida ao oftalmologista com frequência é uma medida que ajuda a diminuir os riscos de perda de visão;
15% associam a perda da visão apenas com o desconforto nos olhos, não entendendo sobre grupo de risco;
47% acredita ser mito ou desconheciam a hereditariedade como grupo de risco;
90% não associavam a patologia com a afrodescendência;
83% dos internautas da classe A vão ao oftalmologista pelo menos uma vez ou mais por ano;
46% dos respondentes da classe C vão ao oftalmologista pelo menos uma vez ou mais por ano;
51% desconhecem sobre a possibilidade de tratamento do glaucoma;
28% discordam da necessidade de consulta médica para uso de colírios ou não têm opinião formada sobre isso.
Afinal, o que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença crônica e degenerativa que afeta os olhos. É caracterizado por um aumento da pressão intraocular e por uma alteração do nervo óptico. Desse modo, as fibras nervosas são afetadas e ocorre a perda parcial da visão.
Os principais fatores de risco são a genética (filhos têm de 6 até 10 vezes de chances de desenvolver a disfunção, por exemplo) e o envelhecimento (a incidência cresce a partir dos 40 anos, atingindo 7,5% aos 80 anos).
Além disso, outros possíveis desencadeadores são o uso excessivo de colírios com corticoide, lesões nos olhos, diabetes, cardiopatia e pessoas de etnia africana ou asiática.
Mesmo sendo a segunda causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata, o glaucoma representa um desafio maior para a saúde pública, pois provoca perda de visão irreversível.
Somado ao fato da doença ser geralmente assintomática na fase inicial, é bastante preocupante que quase metade dos entrevistados ignora o que é glaucoma e a maioria desconhece que é a maior causa de cegueira irreversível no mundo.
Além disso, a pesquisa mostrou o desconhecimento da sociedade sobre alguns grupos de risco, como hereditariedade, afrodescendência e pressão intraocular elevada.
Outro dado alarmante é o entendimento da população, principalmente dos jovens, que a visita ao oftalmologista só é necessária no caso da presença de sintomas ou quando na faixa etária de risco.
Entretanto, sabemos que ter uma rotina de consultas é fundamental para o diagnóstico precoce e para prevenção de problemas que afetam a visão.
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Há poucos dias, os jornais de todo mundo noticiaram a possibilidade dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina (um derivado menos tóxico da droga) serem eficientes no combate ao novo coronavírus.
Isso porque pesquisas e testes realizados em todo o mundo apontam que o medicamento pode prevenir, evitar e até mesmo reduzir a severidade da covid-19 – doença causada pelo novo agente do vírus. Entretanto, os estudos são preliminares e ainda estão na fase experimental.
Mesmo assim, houve um boom na busca pelo remédio nas farmácias. Resultado: prateleiras vazias e falta no mercado, prejudicando diretamente quem realmente precisa para tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide, dentre outros problemas.
Além disso, o uso indiscriminado e sem acompanhamento médico do medicamento pode provocar diversos efeitos colaterais. Portanto, entenda a seguir como a cloroquina e hidroxicloroquina podem afetar o organismo.
Cloroquina e Hidroxicloroquina
Em primeiro lugar, vamos entender como funciona a cloroquina e a hidroxicloroquina. Atualmente, os medicamentos são empregados no tratamento de doenças reumatológicas, dermatológicas e de malária.
Por exemplo, as drogas são recomendadas para profilaxia e tratamento de ataque agudo de malária causado por Plasmodium vivax, P. ovale e P. malarie. Além disso, são indicadas para amebíase hepática e, em conjunto com outros fármacos, tem eficácia clínica na artrite reumatoide, no lúpus eritematoso sistêmico e lúpus discoide, na sarcaidose e nas doenças que provocam sensibilidade à luz.
Cloroquina e Hidroxicloroquina – efeitos colaterais
De fato, o uso de cloroquina e hidroxicloroquina pode acarretar diversos efeitos colaterais. Por isso, deve ser acompanhado por um médico para não gerar toxicidade.
Dentre os mais comuns, estão dor de cabeça, enjoo, vômitos, diarreia, dor de barriga, coceira, irritação e manchas avermelhadas na pele. Há relatos também de confusão mental, convulsões, queda da pressão sanguínea, alterações no electrocardiograma, visão dupla ou borrada, miopatia, arritmia e sangramento – este último quando combinado com outros fármacos, como anticoagulantes.
Além disso, o consumo prolongado pode também causar danos aos olhos, como alterações visuais e até perda de visão. Apesar da incidência baixa, estudos de caso mostram que as drogas podem afetar a mácula e a retina de maneira irreversível.
Porém, a incidência de danos na retina e na mácula são baixíssimas. Por isso, é fundamental o uso desses medicamentos com prescrição e acompanhamento médico.
Contudo, especialistas reforçam que todos os testes ainda estão em fase de experimento. Portanto, ainda é muito cedo para afirmar a eficácia das drogas na cura do novo coronavírus e determinar como protocolo de atendimento.
A Anvisa e diversas entidades médicas, como o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), reforçam que todos os testes ainda estão em período experimental. Portanto, a população não deve fazer o uso indiscriminado dos medicamentos com o objetivo de combater a doença.
Em nota, a Anvisa diz que “apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação. Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.”
Além de ressaltarem os efeitos colaterais, as entidades estão alertando sobre o perigo do fármaco para pacientes com doenças como epilepsia e psoríase. A droga também deve ser consumida com cautela por pessoas com doenças hepáticas, distúrbios gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.
Ou seja, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina, sem prescrição e monitoramento médico, pode provocar diversos outros problemas. E, com os hospitais lotados, ainda prejudicará o atendimento de pacientes com coronavírus.
Para reverter esse quadro, a Anvisa também enquadrou a cloroquina e hidroxicloroquina como medicamentos de controle especial. “A medida é para evitar que pessoas que não precisam desses medicamentos provoquem um desabastecimento no mercado. A falta dos produtos pode deixar os pacientes com malária, lúpus e artrite reumatoide sem os tratamentos adequados”, afirmou.
Logo abaixo, veja na íntegra a nota da Anvisa.
Esclarecimentos sobre hidroxicloroquina e cloroquina
Diante das notícias veiculadas sobre medicamentos que contém hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento da COVID-19, a Anvisa tem os seguintes esclarecimentos:
Esses medicamentos são registrados pela Anvisa para o tratamento da artrite, lupus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.
Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação.
Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.
Conclusão
Por fim, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina pela população contra o novo coronavírus, sem prescrição e acompanhamento médico, pode provocar diversos efeitos colaterais.
Dos mais comuns e leves, como dor de cabeça, enjoo, vômitos e diarreia, até confusão mental, convulsões e visão dupla ou borrada.
Apesar dos resultados positivos alcançados por algumas pesquisas, os testes ainda são preliminares e estão na fase experimental. Portanto, o uso incorreto dessas drogas pode mais gerar problemas do que solução. Como, por exemplo, toxicidade ao organismo e falta do medicamento para quem realmente precisa, como portadores de lúpus, malária e artrite reumatoide.
Acompanhe as notícias sobre o novo coronavírus no blog da Phelcom.
A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção anterior do septo orbitário, que atinge com mais frequência crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade – sobretudo menores de 5 anos.
Por apresentar sintomas similares à conjuntivite bacteriana e viral e ao edema alérgico, tem difícil diagnóstico. Além disso, também compartilha os mesmos sinais de enfermidade com a celulite orbitária. Porém, são doenças diferentes e que necessitam de tratamentos distintos.
Portanto, entenda neste post o que é a celulite periorbitária, as causas, a diferença em relação à celulite orbitária, os sintomas, o diagnóstico e os tratamentos recomendados.
O que é celulite periorbitária
A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção do septo orbitário. Desse modo, não envolve a órbita ou outras estruturas oculares, como gordura e músculos.
Como aproximadamente 80% dos casos ocorrem em crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade (a maioria, menores de 5 anos), é considerada uma doença pediátrica.
Dentre suas principais causas, estão infecção facial ou palpebral devido a traumas, picadas de inseto, mordidas de animais, varicela, calázio, conjuntivite, dacriocistite ou sinusite.
Em relação à etiologia, os agentes podem variar. Por exemplo, a infecção dos seios está mais associada ao Streptococcus pneumoniae. Já quando a causa é um trauma local, Staphylococcus aureus e S. pyogenes prevalecem. Atualmente, eventos com Haemophilus influenzae e fungos são raros.
Há também outros fatores, porém mais incomuns: espécies de Acinetobacter, Nocardia brasiliensis, Bacillus anthracis, Pseudomonas aeruginosa, Neisseria gonorrhoeae, Proteus spp, Pasteurella multocida e Mycobacterium tuberculosis e Trichophyton spp.
Celulite periorbitária x orbitária
Sem dúvida, é fundamental conhecer as diferenças entre a celulite periorbitária e a orbitária. Basicamente, é a infecção ser anterior ou posterior ao septo orbitário. Enquanto a periorbitária ocorre na porção anterior, a orbitária atinge os tecidos da órbita posterior.
Outra distinção é que a primeira é superficial na fase inicial. Já a segunda, começa profunda ao septo orbitário.
De fato, ambas apresentam as mesmas causas, sintomas e tratamentos parecidos. Contudo, na celulite orbitária, podem haver ainda exoftalmia, mal-estar, limitação da mobilidade ocular e perda da visão.
Sintomas
Em seguida, conheça os sintomas mais frequentes de celulite periorbitária:
Dor ocular;
Dor ao toque;
Edema na pálpebra, que pode dificultar a abertura do olho;
Calor;
Rubor ou pigmentação da pálpebra;
Nos casos mais raros, pode acontecer edema conjuntival. Por outro lado, é importante ressaltar que não há comprometimento da acuidade visual, do movimento dos olhos e nem quadro de proptose. Porém, se o paciente apresentar esses sinais, provavelmente a doença se espalhou para a órbita.
Diagnóstico
De fato, o diagnóstico de celulite periorbitária é feito por meio de uma avaliação clínica. O médico avaliará edema derivado de traumas locais, mordidas de insetos ou animais, corpos estranhos retidos, reações alérgicas, tumores e pseudotumor orbitário inflamatório. Por exemplo, se o edema for profundo, a análise contará com o auxílio de um blefarostato.
Além disso, há a possibilidade de realizar exame de imagem no caso de dúvidas. Dessa forma, é indicado a realização de tomografia computadorizada (TC) com contraste das órbitas e seios da face. Para fechar o diagnóstico, o médico deve observar edema da(s) pálpebra(s) e a falta de proptose, infiltração da gordura orbitária e edema dos músculos extraoculares.
Tratamento
O tratamento indicado para celulite periorbitária é com antibióticos.
De fato, na maioria dos casos, o patógeno não será identificado. Por isso, é essencial analisar os fatores predisponentes e prescrever o antibiótico para os organismos mais prováveis e o padrão de sensibilidade habitual na região.
Por exemplo, nas áreas em que existe predomínio de S. aureus resistente à meticilina, os médicos devem acrescentar os antibióticos indicados, como clindamicina, sulfametoxazol-trimetoprima ou doxiciclina para tratamento oral e vancomicina para tratamento ambulatorial.
O método inicial deve focar no combate aos patógenos causadores de sinusite (S. pneumoniae, H. influenzae, S. aureus, Moraxella catarrhalis não tipáveis).
Nos casos resultantes de um trauma local, o tratamento deve incluir cobertura para S. pyogenes. Em pacientes com feridas sujas, deve-se considerar infecção Gram-negativa.
O tratamento não hospitalizado do paciente pode ser uma opção depois de excluído o risco de celulite orbitária e para crianças sem sinais de infecção sistêmica com pais presentes e responsáveis.
Os pacientes devem ser acompanhados de perto por um oftalmologista.
Com informações de Breno Nery, para o portal PED, e James Garrity, para o site Manual MSD.
Conclusão
Neste post, você viu o que é a celulite periorbitária, as causas, as diferenças com a celulite orbitária, os sintomas mais comuns, como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos indicados.
De fato, a celulite periorbitária é uma doença que merece total atenção. Isso porque atinge preferencialmente crianças, de até 10 anos, e pode evoluir caso não tratada precocemente.
Como possui semelhanças com celulite orbitária, conjuntivite bacteriana e viral e edema alérgico, é uma enfermidade superdiagnosticada. Portanto, precisa de conhecimentos mais profundos e atualizados.
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus é uma ameaça muito grave para o mundo. E não é por menos: a doença Covid-19 – causada pelo vírus – já afetou aproximadamente 90 mil pessoas e foi responsável pela morte de mais de 3 mil. Isso principalmente na China, onde surgiu o novo vírus. Porém, há infectados por todo o planeta. Inclusive, no Brasil.
Recentemente, a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) levantou a possibilidade de contágio da doença por meio dos olhos. Ou seja, não apenas pelas mucosas da boca e do nariz. Dessa forma, o paciente apresentaria, além dos sintomas respiratórios, também conjuntivite.
O alerta vem após um médico chinês afirmar que contraiu a Covid-19 pelos olhos.
Portanto, entenda neste post como o coronavírus pode ser adquirido pelos olhos e o que os oftalmologistas devem fazer para se protegerem da doença.
Coronavírus e olhos
Segundo a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), o novo coronavírus pode ser contraído por meio dos olhos. A suspeita surgiu após o médico chinês Wang Guangfa afirmar que adquiriu a Covid-19 – doença transmitida pelo vírus – dessa forma.
Guangfa, especializado em distúrbios respiratórios, disse que não usou a proteção ocular corretamente ao consultar pacientes de Wuhan, cidade epicentro da epidemia. O relato foi publicado pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong.
Até então, o problema era adquirido apenas pelas mucosas da boca e do nariz, provocando os já conhecidos sintomas respiratórios. Porém, agora também pode causar conjuntivite.
Isso ocorre porque as doenças virais respiratórias podem ser contraídas por meio da secreção da pessoa infectada em contato com mucosas como boca, nariz e olhos.
Dicas para os oftalmologistas
De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não há certeza de como o novo coronavírus é transmitido. Contudo, acredita-se que as principais fontes de contágio são o contato com pacientes doentes e com objetos infectados. Dessa forma, a doença é contraída após posterior toque nos olhos, nariz e boca.
Por isso, é importante que os médicos e profissionais da saúde protejam-se. Em relação aos oftalmologistas, a AOO indica que cuidem dos olhos, boca e nariz adequadamente ao atender pacientes com:
Sintomas respiratórios, como tosse e taquipneia;
Febre, aliada aos sintomas respiratórios;
Conjuntivite, aliado aos sintomas respiratórios;
Viagem recente para a China;
Contato recente com pessoas vindas da China.
Fique atento: os sinais Covid-19 podem surgir no início ou até 14 dias após contaminação.
Como prevenir-se do coronavírus
A oftalmologista Juliana Rosa, em seu artigo para o Portal PEBMED, aconselha seguir as medidas de precaução padrão, como o uso de máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção. Além disso, sempre higienizar as mãos.
Em seguida, confira todas as recomendações:
Evite contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
Faça lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
Utilize lenço descartável para higiene nasal;
Cubra nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Higienize as mãos após tossir ou espirrar;
Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
Mantenha os ambientes bem ventilados;
Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
Não faça contato com animais selvagens e/ou doentes em fazendas ou criações.
Conclusão
Agora, você sabe que o novo coronavírus também pode ser transmitido pelos olhos. Desse modo, proteja-se ao atender pacientes. Para isso, é só seguir as orientações desse post.
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