A cada dez pacientes atendidos na clínica da oftalmologista Juliana Barbi, em Belo Horizonte (MG), três vêm do Instagram. E alguns deles, inclusive, residem em outros estados brasileiros e até fora do país.
“Esses pacientes criam laços comigo antes mesmo da primeira consulta devido ao conteúdo que faço no meu perfil. Eles vão ao consultório só para me conhecerem pessoalmente porque já decidiram que o tratamento será comigo. Então, é muito legal esse poder de identificação que o Instagram gera”, avalia Barbi.
A médica investe na produção de conteúdo para redes sociais desde 2018. Toda a comunicação — pauta, roteiro, gravação, edição e postagem — é feita por ela mesma.
E não, não precisa fazer dancinhas para atrair o público certo (mas também pode, se você quiser). Barbi fala sobre procedimentos médicos, mostra o antes e depois de pacientes e divide a sua rotina profissional — e, algumas vezes, pessoal — com os seus mais de 10 mil seguidores.
Instagram da oftalmologista Juliana Barbi. Médica investe na rede social há 5 anos.
A médica produz conteúdo diariamente. Geralmente, vídeos para os Stories e que, muitas vezes, ganham espaço no feed como Reels. “Eu procuro desmembrar um assunto em vários vídeos curtos para prender a atenção do seguidor e não ficar maçante. Por exemplo, posso dividir o tema de cirurgia de pálpebra em cuidados pós-operatório, pontos, cicatriz etc.”, explica.
No dia em que esta reportagem estava sendo escrita (5 de outubro de 2023), ela postou no feed um Reels com uma paciente em que demonstra como termina uma blefaroplastia superior e inferior. Nos Stories, compartilhou a participação em uma entrevista, um Reels próprio sobre rugas ao sorrir e a gravação do próximo episódio do seu videocast “ENTRE(vistas)”, que vai ao ar quinzenalmente em seu Instagram.
Nele, a oftalmologista convida profissionais da saúde e até de outras áreas, mas que tenham vínculo com o seu trabalho. Por exemplo, um professor de tênis ressaltou a importância de saber qual é o olho dominante para fazer o ponto de contato com a bola em um jogo. Já uma maquiadora ensinou truques para melhorar a aparência dos olhos. “A ideia é trazer assuntos diferentes para também ser um respiro entre as pautas mais abordadas no meu perfil”, explica.
TikTok e site
Recentemente, Barbi também abriu uma conta no TikTok, uma rede social para compartilhamento de vídeos curtos que faz muito sucesso entre os jovens, principalmente. “Podem ser meus futuros pacientes”, reflete.
Além das redes sociais, a médica tem um site em que apresenta suas especialidades, serviços e cursos (inclusive, sobre Instagram profissional).
Para Barbi, é fundamental investir em tecnologias de comunicação para alcançar bons resultados com marketing médico. Um perfil profissional no Instagram pode ser o pontapé inicial. O segundo passo é um site e uma conta no TikTok. “Site para os mais velhos, Instagram para os mais jovens e TikTok para os mais jovens ainda”, brinca. Mas enfatiza: “quem não faz isso, acaba ficando para trás”.
E não precisa ser desinibido como a oftalmologista para “viralizar” nas redes sociais, como alguns colegas de profissão acreditam. É só ser você mesmo. “Para o perfil ser bom, é essencial ser autêntico. Eu não mostro nada daquilo que não sou. Eu falo em frente às câmeras exatamente como atendo o paciente no meu consultório”, afirma.
Novas regras para publicidade médica
Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou as regras para a publicidade médica. O novo texto, mais alinhado com as necessidades atuais de se comunicar, inclusive da classe médica, ratifica que o médico pode divulgar seu trabalho nas redes sociais, fazer publicidade de equipamentos disponibilizados em seu local de trabalho e, em caráter educativo, utilizar imagens de seus pacientes ou de banco de fotos.
A proposta, de acordo com a entidade, é assegurar ao médico o direito de mostrar à população a amplitude de seus serviços, respeitando as regras de mercado, mas preservando a medicina como atividade meio. A nova resolução autoriza ainda a divulgação dos preços das consultas e a realização de campanhas promocionais.
“Antes, eu mostrava bem pouco os procedimentos e resultados dos tratamentos. Agora posso postar o ‘antes e depois’, claro que respeitando os pacientes que autorizaram a divulgação da sua imagem, além de ter muito cuidado na padronização de luz e incidências das mesmas. Isso é importante para o paciente conhecer melhor cada etapa de uma blefaroplastia, por exemplo”, explica.
Jornada do paciente
O marketing médico é um dos passos da jornada do paciente. Para consolidar todo o investimento realizado para trazê-lo ao consultório, é fundamental oferecer uma ótima experiência.
Por exemplo, Barbi buscou melhorar o atendimento com a aquisição do retinógrafo portátil Eyer. O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade em poucos minutos. Segundos após capturar a imagem, a inteligência artificial embarcada no aparelho, o EyerMaps, identifica possíveis alterações retinianas.
Barbi utiliza retinógrafo portátil Eyer desde 2019.
“Explico o que é o nervo óptico e a mácula e, se for o caso, qualquer alteração que possa sugerir alguma patologia como glaucoma, retinopatia diabética, dentre outros diagnósticos que podem ser feitos primariamente pela fundoscopia. Eles acham o máximo, ficam impressionados com essa tecnologia e se sentem acolhidos”, conta.
Não-midriático, o Eyer oferece mais conforto ao paciente e agiliza o fluxo de atendimento da clínica. “Hoje, o Eyer é o meu exame de fundo de olho. Eu nem uso mais a lâmpada de fenda. Eu faço a retinografia e já armazeno as imagens do paciente no EyerCloud para acompanhamento futuro”, conta. O EyerCloud é o sistema em nuvem sincronizado com o Eyer para gerenciamento de dados e exames dos pacientes.
Barbi examina todos os pacientes com o auxílio do Eyer, exceto os que já têm laudo. São mais de 1 mil exames feitos com o equipamento desde 2019. “Já identifiquei nevus de coroide a partir de um exame de rotina no pré-operatório de uma consulta preventiva. Encaminhei a um retinólogo para avaliação. Ele descobriu uma rotura retiniana em extrema periferia, que foi devidamente tratada com laser antes da cirurgia. O Eyer conseguiu detectar e senti segurança para encaminhá-los ao retinólogo antes de prosseguir com a cirurgia”, relembra.
Em relação ao custo-benefício da tecnologia, Barbi acredita que vale a pena. “Para quem atende convênio, pode ser repassado ao plano o custo do exame de retinografia”, finaliza.
Sobre o Eyer
Barbi com o retinógrafo portátil Eyer.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes, como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível, permite que o Eyer contribua para o aumento do acesso aos exames de retina.
O equipamento apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Na ocasião, os visitantes também conheceram o projeto Retina Prática. A partir do registro e compartilhamento de casos, o Retina Prática tem como objetivo estudar, documentar e sensibilizar sobre a etiologia das patologias e condições que acometem os diferentes perfis etários de pacientes, entre eles os recém-nascidos, para os quais imagens de retina estão raramente disponíveis.
A iniciativa conta com os médicos oftalmologistas Daiane Memória Ribeiro Ferreira, Daniel da Rocha Lucena, Davyson Sampaio Braga, Karlos Ítalo Souza Viana e Samuel Montenegro Pereira e com o apoio da Phelcom.
Da esquerda para a direita: Karlos Ítalo, Samuel Montenegro, Daiane Memória e Daniel Lucena na mostra Retina Prática, no estande da Phelcom no CBO 2023.
Os casos da mostra apresentados no CBO foram documentados por imagens capturadas com o Eyer e fazem parte do acervo do projeto. Para conhecer mais sobre a iniciativa, visite a página @retinapratica no Instagram.
O oftalmologista Fernando Korn Malerbi recebeu o prêmio de melhor trabalho do CBO 2023 na categoria Região Sul.
“A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira. Nosso objetivo foi avaliar o desempenho de um sistema de inteligência artificial incorporado em uma câmera retinal portátil baseada em smartphone – o Eyer – para triagem de RD com base na avaliação de apenas uma imagem retinal por olho”, explica.
Para isso, operadores treinados coletaram imagens de pacientes com diabetes durante uma iniciativa de triagem em massa de RD em Blumenau (SC). A análise automática da foto foi realizada pelo EyerMaps.
Mais da metade dos pacientes realizaram o primeiro exame de retina durante o evento. A maioria (82,5%) contando exclusivamente com o sistema público de saúde.
Ao todo, 86,9% foram diagnosticados com RD leve ausente ou não proliferativa. Já 13,1%, com RD mais que leve. As taxas percentuais de IA de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valores preditivos negativos para mtmDR foram (IC 95%) 93,6 (87,8-97,2), 71,7 (67,8-75,4), 42,7 (39,3-46,2) e 98,0 (96,2- 98,9), respectivamente.
“Foi obtida alta sensibilidade para triagem de RD com o Eyer e EyerMaps com apenas uma imagem por olho, um protocolo mais simples em comparação ao protocolo tradicional de duas imagens por olho. A simplificação do processo de rastreio de RD pode contribuir para aumentar as taxas de adesão e a cobertura global dos programas”, avalia Malerbi.
CBO 2023
O 67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO) reuniu aproximadamente quatro mil médicos e pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, França, Argentina, Colômbia, Canadá, Bulgária e Portugal. Atualmente, é o maior e mais importante evento de oftalmologia da América Latina.
Conta com uma grade científica ampla e aprofundada, oportunidades de aprendizado e reciclagem em diferentes formatos, possibilidades de networking, atualização científica e com as principais novidades do mercado.
O 68º CBO já tem data marcada: 04 a 07 de setembro de 2024, em Brasília (DF).
Sobre o Eyer
Exame sendo realizado com o retinógrafo portátil Eyer.
O Eyer é um retinógrafo portátil não midriático que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade em poucos minutos.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
O equipamento apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
O médico Gustavo Rosa Gameiro, doutorando em oftalmologia pela Unifesp, foi selecionado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para participar do 8º Fórum de Jovens Cientistas do BRICS. O evento ocorreu de 31 de julho a 08 de agosto em Gqeberha, na África do Sul.
O BRICS é um grupo composto por cinco países em desenvolvimento focado em cooperação econômica mútua: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Gameiro foi um dos seis cientistas brasileiros indicados para compor a plenária “O futuro da educação, skills e conjunto de habilidades”. O doutorando ressalta que a educação entrou na pauta do BRICS com muita força neste ano. “Na minha apresentação, discutimos sobre aplicações de modelos básicos e o uso do retinógrafo portátil com inteligência artificial Eyer para o ensino de oftalmologia a partir dos resultados de nossos workshops”, conta o médico, o mais jovem da delegação brasileira no evento: 27 anos de idade.
O médico Gustavo Gameiro utilizou o retinógrafo portátil Eyer em seu projeto apresentado no 8º Fórum de Jovens Cientistas do BRICS. Foto: arquivo pessoal.
“Entretanto, estudos revelam que eles manifestam um enorme déficit no ensino de oftalmologia durante a graduação, comprometendo a correta abordagem e o prognóstico desses casos. E isso pode refletir na insegurança em encaminhar ou atender pacientes com queixas oftalmológicas”, explica.
Workshops
Os workshops ocorreram com os estudantes de graduação da Unifesp e do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e contou com o apoio dos oftalmologistas Thiago Gonçalves Martins e Paulo Schor, orientador do doutorado de Gameiro. O retinógrafo portátil Eyer e o sistema de IA EyerMaps foram disponibilizados gratuitamente pela Phelcom Technologies para o projeto.
“Com o recurso de IA EyerMaps, que destaca com um mapa de calor as áreas da retina com possíveis alterações provocadas por diferentes patologias, conseguimos ensinar e corrigir a interpretação dos achados pelo aluno no mesmo instante em que capturamos o fundo do olho”, ressalta o médico.
“A nitidez das imagens é absurdamente incrível. Nós fizemos exames nos colegas e conseguimos ver cada detalhe da retina, do nervo óptico e dos vasos. Transformar aparelhos grandes e pesados como um retinógrafo em portáteis facilita muito a vida do médico, pois conseguimos ir até os pacientes e alcançar melhores resultados”, conta a estudante de medicina da Unifesp, Suellyn Alves, participante do workshop.
Gameiro vai além. “Talvez precisemos mudar o paradigma de apenas ensinar aos alunos como adquirir imagens por meio dos equipamentos oftalmológicos. É necessário focar em como interpretá-las e fazer a gestão desses exames, organizando-os na nuvem, por exemplo. E com o Eyer dá para ensinar tudo isso na prática”, fala.
Com os resultados satisfatórios dos workshops, o médico revela a vontade de expandir o projeto e transformá-lo em um material de apoio para o ensino de oftalmologia em todo o Brasil.
Delegação Brasileira durante o 8º Fórum de Jovens Cientistas do BRICS. Foto: arquivo pessoal.
Concurso “De Olhos para o Futuro”
Gameiro também está trabalhando em um novo projeto simultaneamente: a avaliação do impacto e seguimento dos projetos apresentados no concurso “De Olhos para o Futuro”, realizado pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), em parceria com a Phelcom e com apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
A competição busca ensinar os estudantes e estimular as ligas a desenvolverem atividades de extensão que visem a criação de projetos educativos e/ou assistenciais com o objetivo de redução da cegueira por patologias do segmento posterior. Para isso, a Phelcom disponibilizou 20 unidades do Eyer com acesso ao recurso EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud.
O concurso selecionou 10 projetos e os três primeiros colocados ganharão um Eyer. “Seria muito interessante se conseguíssemos deixar definitivamente um retinógrafo portátil com cada uma das 10 ligas. Vamos trabalhar para conseguir patrocínio para a aquisição dos sete aparelhos que faltam”, afirma o médico.
“Após a seleção das Ligas Acadêmicas, conversando com o presidente da ABLAO Luís Sabage, percebemos a necessidade de avaliação e seguimento dos projetos apresentados. Nosso objetivo futuro é ampliar o número de ligas de oftalmologia, de estudantes de medicina e de pacientes alcançados pelos projetos de extensão desenvolvidos”, explica.
Além disso, com base nos resultados obtidos no concurso “De Olhos para o Futuro” e nos pontos de melhoria encontrados, Gameiro pretende estruturar um curso online de oftalmologia para estudantes de medicina e médicos generalistas, abrangendo técnicas básicas de exame oftalmológico, uso de plataformas de inteligência artificial e interpretação de imagens de retinografia.
O médico ressalta que os equipamentos tradicionais para a avaliação de fundo de olho, como a fundoscopia realizada com oftalmoscópio indireto e lente condensadora, são de relativo difícil manuseio, necessitam de uma capacitação prévia prolongada, possuem uma curva de aprendizagem e dependem do examinador para avaliação. Além disso, não permite, na maioria das vezes, registro fotográfico da retina para posterior discussão com outro profissional.
Como alternativa, há o retinógrafo convencional. Entretanto, tem elevado custo para aquisição. “A captura de imagens da retina é de extrema importância para avaliação com maior precisão e para o acompanhamento da doença e do tratamento. Também exerce papel fundamental na formação de novos profissionais por meio da exposição e discussão dos achados em grupo, permitindo ao estudante e ao médico comparação com seu exame e revisão dos resultados”, pontua.
O retinógrafo portátil Eyer apresenta-se como uma opção extremamente vantajosa em diversos aspectos:
Facilita a captura de imagens de alta qualidade da retina sem muito treinamento prévio;
Leve e pequeno (cabe na palma da mão);
Não depende de mão de obra especializada;
Preço relativamente mais acessível que o retinógrafo tradicional;
Não midriático, encurtando o tempo do exame e evitando possíveis efeitos adversos (desconforto visual, fotofobia, ceratite e aumento da pressão intraocular);
Por meio da telemedicina, envia as imagens para a nuvem, possibilitando o diagnóstico remoto.
Para Gameiro, o Eyer pode ter um impacto significativo na educação médica. “O aparelho pode ser usado pelos estudantes de medicina como uma oportunidade de aprendizado prático, na demonstração de casos clínicos e no acompanhamento da progressão de doenças oculares ao longo do tempo, além de estimular discussões interativas entre alunos e professores, favorecer a realização de projetos de pesquisas e cases e facilitar o acesso e registro de uma ampla variedade de casos”, ressalta.
O equipamento também tem inteligência artificial embarcada, o que pode ser uma opção confiável e de custo efetivo para o rastreio de patologias da retina e do nervo óptico por meio de algoritmos construídos com extensas bases de dados.
“Esses modelos de algoritmos conseguem predizer risco de alteração e, assim, notificar o examinador da necessidade de acompanhamento com especialista mais capacitado. Dessa forma, o uso de IA, em conjunto com deep learning e telemedicina, pode representar uma eficaz solução a longo prazo para o screening e monitoramento de pacientes na atenção primária em saúde”, finaliza.
Sobre o Eyer
Retinógrafo portátil Eyer.
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile e Colômbia.
A portabilidade e o valor mais acessível da tecnologia democratizam o acesso a exames de retina. Pois ele custa aproximadamente seis vezes menos que um retinógrafo de mesa convencional, que ainda necessita de integração com o computador.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Recentemente, a Phelcom esteve na região do MENA (Middle East and North Africa) para ministrar treinamentos sobre o uso e apresentação comercial do retinógrafo portátil Eyer ao parceiro e distribuidor local Allm MEA. O equipamento não-midriático funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade e em poucos minutos.
A capacitação ocorreu no escritório da Allm MEA, em Dubai, nos Emirados Árabes. “Fizemos um trabalho de onboarding com nossos distribuidores, que já estão altamente capacitados para demonstrar as vantagens do Eyer para os clientes da região”, ressalta o gerente de negócios internacionais da Phelcom, Mário Costa.
Além disso, o time da Phelcom visitou importantes hospitais nos Emirados Árabes, como o Al Maerid Health Center MOH, em Ras Al Khaimah, e o Al Qassimi Hospital, em Sharjah. Neste último, o Eyer foi apresentado para toda a equipe de oftalmologia.
Phelcom ministra treinamentos sobre o uso e apresentação comercial do retinógrafo portátil Eyer ao parceiro e distribuidor local Allm MEA.
Projeto piloto no Egito
A Phelcom também ministrou treinamentos sobre o uso do Eyer no Ain Shams University Virtual Hospital (AVH), em Cairo, no Egito. “Estamos participando de um projeto piloto focado em teleoftalmologia no AVH, responsável por um dos maiores programas de telemedicina no país”, conta Costa.
O hospital desenvolve sistemas de saúde habilitados para tecnologia no Egito, Oriente Médio e África. O projeto conta com colaboradores e beneficiários internacionais especialistas em telemedicina, pesquisa em e-saúde, inteligência artificial, realidade virtual e modelos inovadores de saúde.
Equipe da Phelcom durante treinamento sobre o uso do Eyer no Ain Shams University Virtual Hospital.
Eyer presente em 6 países
O Eyer foi aprovado nos Emirados Árabes no segundo trimestre deste ano. Dessa forma, a Phelcom passa a atuar em seis países: Brasil, Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes.
Além disso, a empresa está com processos regulatórios para a comercialização do Eyer em outras localidades, como México, Egito e Arábia Saudita.
Para o CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, ser uma empresa brasileira operando em importantes mercados mundiais é motivo de orgulho e grande responsabilidade. “É certo que a internacionalização amplia nosso potencial de atuação. Mas, também, aumenta nosso compromisso com a oferta de produtos de excelente qualidade e que contribuam de fato para a prática dos profissionais”, afirma.
Eyer
Exame de retina feito com o Eyer.
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile e Colômbia.
A portabilidade e o valor mais acessível da tecnologia democratizam o acesso a exames de retina. Pois ele custa aproximadamente seis vezes menos que um retinógrafo de mesa convencional, que ainda necessita de integração com o computador.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.
Os olhos são o espelho da alma, já diz a popular frase. Quando a empregamos na área da saúde, talvez possamos adaptá-la um pouco para “os olhos são o espelho do corpo”. Isso porque várias doenças que afetam o nosso organismo se manifestam também pelos olhos.
Desse modo, os exames oftalmológicos conseguem identificar indícios de comportamentos anormais no nosso corpo. Com isso, podem ajudar na formação do diagnóstico final do paciente. Por exemplo, a retinografia e a fundoscopia podem detectar distúrbios infecciosos, crônicos, vasculares, hematológicos, reumáticos, neurológicos e, claro, também dos olhos.
Na neurologia, algumas doenças também podem afetar as estruturas da órbita e do globo ocular, como alguns tipos de cefaleias, aneurismas cerebrais, esclerose múltipla e hipertensão intracraniana — esta última pode estar relacionada a tumores cerebrais.
Desde o ano passado, o neurologista Marcos Christiano Lange utiliza o retinógrafo portátil Eyer para mapear a retina do paciente logo na primeira consulta. O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
“O Eyer ajuda bastante na triagem. Além de ser mais prático, quando o mapa de atenção aponta possíveis alterações que não são da minha área, indico ao paciente procurar o seu oftalmologista ou encaminho o exame para um oftalmologista parceiro”, conta.
Foi assim que uma paciente de Lange foi diagnosticada com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). “Ela relatou piora na visão e atribuiu isso a uma possível catarata. Ao fazer o exame, vi acúmulo proteico na mácula e encaminhei ao oftalmologista, que diagnosticou a DMRI e já iniciou o tratamento. Se eu tivesse feito um fundo de olho tradicional do neurologista, para avaliação apenas do nervo óptico, não teria encontrado esses achados”, conta.
Mapa de Calor
Recentemente, o Eyer ganhou uma nova funcionalidade: o EyerMaps, um inovador sistema de Inteligência Artificial (IA) que detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja detectada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina.
Sincronizada ao EyerCloud, sistema em nuvem da Phelcom para gerenciamento de dados e exames dos pacientes, a ferramenta classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos nas imagens e exames:
Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).
A IA apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, papiledema e cefaleia. “Gosto de acompanhar as novas tecnologias e já conhecia o Eyer. Em um curso que administrei sobre cefaleia, a Phelcom disponibilizou o equipamento para realizarmos as avaliações de fundo de olho. Depois de utilizar na prática, decidi investir na aquisição do aparelho”, recorda.
De lá para cá, o neurologista já fez mais de 400 exames com o Eyer, que estão armazenados no EyerCloud para laudo e acompanhamento. “Assim que capturo a imagem, subo na plataforma e já abro no computador para mostrar ao paciente e explicar os detalhes em caso de suposta patologia”, conta.
Eyer para Neurologistas
Para Lange, investir em um retinógrafo portátil como o Eyer é importante para o neurologista ter uma visão ampliada da retina. “Por mais que doenças da retina não sejam nossa especialidade, conseguimos auxiliar o paciente. E isso não tem preço”, ressalta.
Outra vantagem é fazer o seguimento do paciente que apresenta papiledema e alterações degenerativas, como retinopatia diabética e retinopatia hipertensiva. Além disso, o médico observa que o Eyer é uma ferramenta que está em constante avanço tecnológico.
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia está presente no Brasil, Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e, em breve, em outros países.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Até 2030, mais de meio bilhão de pessoas devem ser diagnosticadas com diabetes. Atualmente, o Brasil é o sexto país com a maior população de diabéticos do mundo.
Hoje, não há estratégia nacional de rastreamento de retinopatia diabética pelo SUS. Por isso, ações sociais para o diagnóstico da doença em comunidades com infraestrutura deficitária em saúde são tão importantes.
Como exemplo, temos o Mutirão do Diabetes de Itabuna (BA) e oIluminar, no interior do estado de Sergipe, apoiado pela ONG Retina Global. A instituição norte-americana atua na criação de soluções sustentáveis para o controle de doenças da retina em áreas carentes do mundo todo.
De setembro de 2021 a março de 2022, o Iluminar utilizou o retinógrafo portátil Eyer para triagem de retinopatia diabética em Itabi, Graccho Cardoso, Canindé de São Francisco e Poço Redondo.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, com alta qualidade, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, facilitando laudos remotos.
Os resultados do projeto piloto foram apresentados no ARVO 2023, um dos congressos internacionais mais renomados da oftalmologia, que ocorreu em abril nos Estados Unidos.
O estudo
Um dos líderes do projeto Iluminar, o oftalmologista Fernando Malerbi, explica que o objetivo do estudo clínico observacional retrospectivo foi avaliar a capacidade de graduação da imagem da retina obtida com uma câmera retiniana portátil de baixo custo e não midriática — no caso, o Eyer — e o uso de inteligência artificial e telemedicina na triagem de retinopatia diabética (RD).
Ao todo, 968 pessoas com diabetes foram avaliadas:
65,9% eram mulheres;
Idade média de 60,3 ± 14,2 anos;
Duração do diabetes de 8,0 ± 7,2 anos;
64,2% tinham hipertensão sistêmica;
17,7% faziam uso de insulina;
28,5% haviam realizado exame de fundo de olho no passado;
20,6% eram analfabetos;
50,6% tinham apenas o ensino fundamental;
3,4% tinham plano de saúde.
Um técnico treinado obteve as imagens oculares sem dilatação da pupila e depois avaliou a qualidade da imagem. A RD encaminhável, definida como não proliferativa grave ou proliferativa ou a presença de maculopatia diabética, foi detectada automaticamente por um sistema de inteligência artificial (IA) embutido no dispositivo, o EyerMaps. Na ocasião, a IA foi disponibilizada para validação clínica.
O EyerMaps apontou possibilidade de retinopatia com alta taxa de sensibilidade em alguns segundos. Todos os exames foram posteriormente avaliados por oftalmologistas.
Os pacientes com imagens inadequadas foram submetidos à dilatação pupilar e, a seguir, nova avaliação. Aqueles com imagens não graduáveis mesmo após midríase, juntamente com casos de RD encaminháveis, foram conduzidos para avaliação oftalmológica.
Já os critérios de exclusão foram opacidades da córnea que impediam a classificação de RD. A principal medida de resultado foi a gradabilidade da imagem.
Os resultados
A classificação foi possível para 858 indivíduos (88,6%), sendo que 85 destes (9,9%) apresentaram RD encaminhável. A não classificação foi associada à idade avançada e maior duração do diabetes.
Dentre os pacientes com imagens graduáveis, 81% não precisaram de dilatação pupilar. A necessidade de midríase esteve associada à idade avançada, maior duração do diabetes, maiores taxas de hipertensão e RD mais grave.
A estratégia de usar uma câmera portátil de baixo custo com sistema de IA embutido e midríase, quando necessário, obteve imagens adequadas em 90% dos casos em um ambiente real com poucos recursos. “Evitar a dilatação pupilar desnecessária contribui para aumentar a adesão aos programas de triagem de retinopatia diabética”, pontua Malerbi.
Portabilidade facilitou triagem
A triagem, inédita na região, foi realizada em clínicas de atenção primária localizadas próximas às residências dos pacientes para incentivar a adesão.
Malerbi aponta que a portabilidade do Eyer foi um dos facilitadores para isso, assim como a conectividade. “Contamos com especialistas remotos avaliando as imagens, às vezes em tempo real”, explica. Todos os exames foram enviados para o EyerCloud.
Por fim, Malerbi também ressalta a disponibilidade do EyerMaps para uso na ação social. “Os oftalmologistas parceiros eram notificados instantaneamente toda vez que o EyerMaps identificava alta chance de retinopatia. Assim, podíamos direcionar os pacientes prioritários para exame de confirmação e, quando indicado, o tratamento”, conta.
A IA detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas. Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja detectada, o sistema gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina.
Sincronizada ao EyerCloud, classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos:
Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).
Todos os pacientes diagnosticados com retinopatia diabética foram encaminhados para tratamento de laser gratuito.
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