Devido ao constante uso do equipamento, a Phelcom convidou a médica para testar o Eyer2, uma verdadeira plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
“O aumento do Campo de Visada Instantâneo (FOV) das retinografias de 45º para 55º na horizontal permite agora fotodocumentar a superfície ocular e periocular em apenas uma foto. Antes, eram necessárias três imagens, por exemplo. Além disso, o flash do aparelho é mais confortável para o paciente, tornando o processo de exame mais agradável”, ressalta Brandão, especialista em plástica ocular.
Com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas, o novo equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, terçol, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Casos
Recentemente, Brandão diagnosticou uma queimadura por solda. “Tirei a foto com o Eyer2 e mostrei ao paciente de como o olho ficou ao não utilizar os óculos de proteção durante a soldagem”, conta.
Em outro caso, uma paciente relatou que bateu uma folha no olho, mas que não se machucou. A oftalmologista fez o exame e detectou uma lesão ocular, para a surpresa da paciente. Em outra situação, um paciente desenvolveu uma úlcera após o filho jogar água nos olhos dele durante uma brincadeira na piscina.
Exame feito com o Eyer2 de paciente com úlcera no olho após brincadeira na piscina com filho.
A médica utiliza o retinógrafo portátil em todas as consultas e permite que os pacientes visualizem o próprio fundo de olho durante o exame. “Essa possibilidade de ver as imagens em tempo real é educativa e motivadora, pois eles compreendem melhor sua condição ocular, se comprometem mais com o tratamento e acompanham o processo de recuperação”, explica.
Os exames são documentados instantaneamente na plataforma em nuvem EyerCloud, diretamente no prontuário do paciente. Nas consultas subsequentes, a médica refaz as imagens e mostra o antes e depois do tratamento. “Após uma operação, uma paciente disse que a sutura feita no olho era imperceptível. Fiz a foto e conseguimos ver perfeitamente o fio 10-0, que é mais fino do que um fio de cabelo”, relembra.
Para Brandão, a plataforma agiliza o processo de emissão de laudos e permite o acesso rápido e o compartilhamento dos exames, facilitando a comunicação com outros profissionais de saúde, alunos e com o próprio paciente. “Uma vez, uma colega solicitou os exames da minha paciente que estava internada no Hospital Escola de São Carlos. Eu acessei remotamente, emiti o laudo e enviei para ela”.
No consultório, antes do Eyer, a oftalmologista costumava buscar imagens no Google para explicar melhor a situação ao paciente. Agora, acessa o EyerCloud e exemplifica com fotos reais como deve ser um olho saudável ou com uma determinada doença.
Novas funcionalidades
A médica também destaca a praticidade do módulo por conexão imantada do Eyer2, que facilita a troca de módulos durante os exames e não se desencaixa do equipamento, tornando o processo mais eficiente e preciso.
A luz infravermelha e a luz cobalto também são novidades no retinógrafo portátil, já utilizadas pela oftalmologista. “Por exemplo, às vezes em um pós-operatório de blefaroplastia, podem ocorrer complicações como ceratites. Eu aplico a fluoresceína e tiro a foto com a luz cobalto para que o paciente compreenda o quadro. Além disso, essa combinação de técnicas permite uma avaliação mais precisa e detalhada das condições oculares, auxiliando no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes”, reforça.
Exame com luz cobalto feito com o Eyer2 de paciente com úlcera no olho após brincadeira na piscina com filho.
A luz infravermelha auxilia na detecção de alterações na coróide, como o nevus, pois penetra mais profundamente nas estruturas do fundo do olho, e na realização da meibografia. Esse exame, que avalia as glândulas de meibômio localizadas na pálpebra, é fundamental na investigação da síndrome do olho seco, doença que afeta 26 milhões de pessoas só no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).
Atendimento domiciliar
Para Brandão, outra vantagem do Eyer2 é a qualidade da imagem do segmento anterior e posterior em situações desfavoráveis, como no atendimento domiciliar. “Tenho uma paciente acamada e fui fazer os exames na casa dela. Com o Eyer2, você tem praticamente uma lâmpada de fenda manual, pois possibilitou uma visualização clara e detalhada da região de pálpebra, da conjuntiva e dos cílios, mesmo em um quarto onde a claridade não era a ideal”.
Além do atendimento domiciliar, a oftalmologista utiliza o aparelho no hospital escola e na universidade. “Após os alunos realizarem diversos exames, precisei contatar a assistência técnica da Phelcom para resolver uma questão específica. Imediatamente, a equipe acessou remotamente, mas o equipamento teve que voltar para a fábrica. Fiquei alguns dias sem e ali percebi que já não vivo mais sem o Eyer”, brinca.
Ela explica que, além da qualidade, a tecnologia acelerou suas consultas por não necessitar de midríase na maioria dos casos. “Agora, uso esse tempo extra para explicar os resultados e tratamentos aos pacientes, que também não precisam mais ficar horas no consultório aguardando o colírio fazer efeito ou ir em outro local fazer a retinografia e depois retornar com o resultado”.
Exame feito com o Eyer2 pela dra Brandão mostra verruga de borda de PSE.
Eyer2
O retinógrafo portátil Eyer2 oferece potência, versatilidade e inteligência para simplificar a rotina do consultório, proporcionando atendimentos mais ágeis, exames completos e tecnologias impactantes para o diagnóstico e tratamento ocular.
Dentre as principais funcionalidades do novo portátil, destacam-se:
Registros com apenas um clique;
Ergonomia projetada para proporcionar maior comodidade durante as capturas;
Plataforma portátil de imageamento ocular capaz de realizar seis registros em um único equipamento, sem necessidade de midríase;
Retinografia colorida de alta qualidade: 55º em uma única imagem para detecção de lesões periféricas na retina;
Red free gerado instantaneamente após o registro colorido;
Registro de segmento posterior com luz infravermelha, importante para avaliação de áreas mais profundas da retina sem desconforto ao paciente, como diagnóstico de nevus de coróide e olho seco evaporativo;
Estereofoto de papila para visualização 3D da escavação;
Retinografias panorâmicas com até 120°;
Edição e gráficos para análise de cup-to-disk ratio (CDR);
Fotodocumentação em alta definição da superfície ocular para acompanhamento da progressão de patologias;
Avaliação e fotodocumentação de lesões de córnea com luz azul cobalto;
Mobilidade para atendimento em diversas clínicas, locais remotos que requerem atenção primária e exames em pacientes acamados e recém-nascidos;
Possibilidade de integração com o EyerMaps, inteligência artificial que sinaliza em segundos as áreas da retina com possíveis anomalias;
Integração com o EyerCloud, plataforma online para gerenciamento dos exames.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
As glândulas de Meibômio, localizadas nas placas tarsais das pálpebras, desempenham um papel fundamental na produção da lipídica do filme lacrimal, que corresponde à sua camada mais externa. Essa camada é essencial para estabilizar o filme lacrimal prevenindo a evaporação da lágrima e contribuindo para a homeostase da superfície ocular. A disfunção das glândulas de meibomius (MGD), por sua vez, leva à instabilidade do filme lacrimal, causando um desequilíbrio na fisiologia da superfície ocular.
A MGD se dá pela alteração da qualidade da secreção de meibomius, pela perda das glândulas de meibomius (“dropout”) e/ou pela obstrução dos ductos das glândulas, por onde a secreção se exterioriza. Um dos testes mais úteis para avaliação da morfologia das glândulas de Meibômio é chamado de Meibografia, um método que permite a visualização destas glândulas in vivo.
Avaliação propedêutica de olho seco: a principal, mas não a única aplicação da meibografia
Os testes diagnósticos para avaliação de olho seco incluem a observação de estabilidade e volume do filme lacrimal, avaliação de danos da superfície ocular a partir de exames utilizando corantes vitais, como fluoresceína ou rosa bengala, e a avaliação das pálpebras, incluindo o exame das glândulas de meibômio.
Meibografia realizada com luz infravermelha do retinógrafo portátil Eyer2Meibografia realizada com o retinógrafo portátil Eyer2 utilizando módulo de segmento anterior
Devido ao alto custo dos aparelhos que realizam a meibografia, este exame, apesar de relevante para o diagnóstico e monitoramento de casos de olho seco evaporativo, ainda não é tão popular nos consultórios oftalmológicos. Recentemente, a Phelcom inovou trazendo o registro por luz infravermelha para o portátil Eyer2, novo produto da empresa, tornando a realização da meibografia mais prática e acessível.
O módulo de segmento anterior do Eyer2 permite realizar tanto a meibografia quanto exame para identificar alterações nas células epiteliais na córnea e conjuntiva, por meio da luz azul cobalto interagindo com a fluoresceína.
Registro de lesão de córnea utilizando o retinógrafo Eyer2 associado a fluoresceína
É recomendável que outras análises clínicas sejam realizadas no processo de diagnóstico de olho seco, como por exemplo o teste de Schirmer, para diferenciação entre olho seco por deficiência de produção e olho seco evaporativo.
Outros usos relevantes da meibografia
A meibografia também é recomendada no pré-operatório de cirurgias refrativas, pois o olho seco, muitas vezes associado à MGD, é uma complicação comum após esses procedimentos. Neste cenário, o exame serve como documentação pré-operatória e monitoramento das glândulas, além de servir para fins educativos junto ao paciente.
O médico também pode fazer uso da meibografia para avaliação de possíveis comprometimentos das pálpebras pelo uso de lentes de contato, reações por conjuntivite alérgica, por tratamento antiglaucomatoso e outras condições clínicas.
O Eyer2
A Phelcom acaba de lançar o Eyer2, uma verdadeira plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem. Além da meibografia por meio de luz infravermelha, o novo equipamento conta com retinografias coloridas e red free com campo visual de 55º e ferramentas para capturas do segmento anterior utilizando diferentes tipos de luz para exames de superfície ocular, incluindo a luz azul cobalto, que permite avaliar lesões de córnea e conjuntiva.
Eyer2 com novo módulo para capturas de segmento anterior
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
Hoje, a tecnologia dos produtos da Phelcom já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Fontes: Wolffsohn et al. TFOS DEWS II Diagnostic Methodology report 2017 Magno et al. Hot towels: The bedrock of Meibomian gland dysfunction treatment – A review Arita. Meibography: A Japanese Perspective Reiko. 2018
A Clínica Lavinsky, em Porto Alegre (RS), utiliza o retinógrafo portátil Eyer para tirar fotografias do fundo do olho para registro e acompanhamento dos pacientes. O equipamento é usado com mais frequência em uma das unidades em que a tomografia de coerência óptica (OCT) não conta com essa opção.
“Por exemplo, em casos de glaucoma, o exame de OCT fornece informações estruturais fundamentais para o diagnóstico e progressão, mas apenas a foto mostra achados como a hemorragia do disco óptico. Combinando os dois exames, conseguimos diagnosticar melhor e acompanhar o progresso da doença. Dessa forma, a retinografia é imprescindível no glaucoma”, afirma o especialista em glaucoma e coordenador da Unidade Diagnóstica da Clínica Lavinsky, Fábio Lavinsky.
Fábio Lavinsky é especialista em glaucoma, pesquisador e coordenador da Unidade Diagnóstica da Clínica Lavinsky.
As imagens feitas com o Eyer são disponibilizadas na plataforma online EyerCloud, permitindo a documentação completa, acompanhamento dos pacientes e laudos remotos.
Do mesmo modo, a imagem do fundo do olho auxilia na identificação de outros problemas na retina. “Por isso, o Eyer pode ser um diferencial para o diagnóstico do glaucoma, já que faz uma fotografia excepcional”, ressalta.
Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.
Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.
Lavinsky também utiliza o sistema de inteligência artificial (IA) EyerMaps, embarcado no Eyer, que detecta possíveis alterações retinianas em tempo real. Caso uma suspeita de alteração seja identificada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina. “Para as clínicas que não tem a OCT, isso pode ser um direcionador para solicitar o exame”.
O oftalmologista pontua que a IA ainda não identifica com precisão alterações do nervo óptico como a escavação. Entretanto, o Eyer oferece ferramentas específicas para o diagnóstico da doença.
Estereofoto e CDR – Cup to Disk Ratio
A estereofoto é um vídeo produzido pelo Eyer a partir da sobreposição das retinografias com nervo e mácula no centro da imagem. Desse modo, o médico pode ter uma visualização mais nítida da região de interesse para diagnóstico do glaucoma.
Estereofoto produzido pelo Eyer.
Já a ferramenta CDR – Cup to Disk Ratio apresenta a relação percentual entre nervo óptico e escavação, medida que, junto a outros achados clínicos e diagnósticos, pode indicar a presença ou risco da doença.
Com poucos cliques e a partir da seleção dos círculos que contornam o nervo e a escavação, na tela do próprio equipamento, o Eyer, além do cálculo do CDR, apresenta também as medidas da RIMA neural e o gráfico ISNT, métricas que apoiam a interpretação diagnóstica do exame de forma rápida e mais precisa.
Ferramenta CDR – Cup to Disk Ratio embutida no Eyer.
Educação
Atualmente, Lavinsky está nos Estados Unidos atuando como pesquisador em imagem e oftalmologia no Wills Eye Hospital, na Filadélfia, Pensilvânia. Mas, também integra o corpo docente do curso de medicina da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS).
Além de trazer melhores resultados clínicos para os pacientes, o professor acredita que o Eyer pode auxiliar no ensino dos futuros médicos. “O Eyer deveria ser como um estetoscópio para a medicina. Os cursos deveriam possuir alguns aparelhos em equipes de medicina interna e em especialidades afins para realização de fotos de pacientes com patologias sistêmicas com repercussão ocular e em sala de aula, além de promoverem a discussão com os alunos dos achados na retina e suas repercussões nos olhos”, reflete.
Lavinsky explica que o oftomoscópio direto tem o campo de visão muito pequeno. Apesar de apresentar algumas vantagens, como a tridimensionalidade e mostrar o nervo óptico com nitidez, o Eyer sai na frente por ter uma ótica excelente e imagens de alta qualidade que podem ser visualizadas digitalmente por vários alunos. “Mais especificamente, o Eyer deveria fazer parte da matéria de semiologia. Seria fantástico, algo quase revolucionário na educação”.
Para o médico, a tecnologia não deveria ser usada apenas na área de oftalmologia, mas também naquelas em que as doenças apresentam manifestações oculares, como endocrinologia, cardiologia e neurologia. “Utilizando o EyerCloud, oftalmologistas poderiam dar suporte diagnóstico aos colegas das especialidades afins. Isto agilizaria muito o diagnóstico e manejo de complicações oculares importantes, impactando positivamente para o resultado clínico dos pacientes”, avalia.
Fábio Lavinsky não possui qualquer relação comercial ou recebe honorários da Phelcom. A entrevista para este artigo se deve à sua expertise e experiência na área médica, visando compartilhar informações relevantes sobre glaucoma e tecnologias oftalmológicas.
Na infância, o Co-Founder e CTO da Phelcom, Diego Lencione, sonhava em ser oftalmologista. O objetivo era ajudar pessoas que sofriam de comprometimento da retina e da visão como o seu irmão mais velho, Welber Lencione.
Welber foi diagnosticado com alta miopia aos sete meses de vida. Durante a infância, chegou a ter 17 graus. A principal dificuldade da doença é conseguir enxergar objetos distantes com nitidez. Contudo, para quem tem alto grau, os sintomas são ainda mais graves e impactam significativamente a qualidade de vida.
Na escola, enxergar as letras pequenas na lousa era um verdadeiro desafio para Welber. “Para eu conseguir ver bem, preciso me aproximar bastante do celular, computador ou da televisão, por exemplo. Sem os óculos não consigo nem sair de casa”, explica.
A miopia elevada pode causar uma série de complicações oculares e danos significativos à visão. Aos 11 anos, Welber sofreu descolamento da retina em ambos os olhos. Na época, ficou internado em um hospital durante dois meses para realizar o tratamento.
Aos 18 anos, teve um novo episódio de descolamento de retina, também nos dois olhos. Porém, já existia a técnica de cirurgia a laser. No mesmo dia, voltou para casa. Desde então, não teve mais complicações e a miopia caiu para 11 graus nos últimos anos. “Tudo isso fez eu crescer bastante interiormente. No final, o tempo vai passando e as coisas vão se acertando”, reflete.
Atualmente, Welber leva uma vida produtiva e repleta de conquistas. Trabalha como vigilante na Universidade de São Paulo (USP) há 18 anos, tem um filho, o jovem Andrew, de 12 anos, é um leitor assíduo e, recentemente, se tornou maratonista.
Welber Lencione durante uma competição.
Corrida
Welber conta que sempre gostou muito de esporte. Há sete anos, começou a correr. “Não tenho nenhuma dificuldade relacionada à minha visão. Me sinto 100% eu na corrida”.
O atleta participa de competições em São Carlos (SP) e região há três anos. Para se preparar, treina no próprio bairro, dia sim e dia não, na companhia de alguns colegas. Em janeiro, conquistou algo inédito: completou uma maratona, em Ribeirão Preto (SP).
Welber ganhou a companhia do filho, Andrew, nos últimos 100 metros da Maratona de Ribeirão Preto.
Welber revela que tem vontade de repetir a dose, mas na famosa Corrida Internacional de São Silvestre, que ocorre anualmente em 31 de dezembro, na cidade de São Paulo. O empecilho? “É uma data muito ruim”, brinca.
Inspiração
Na primeira cirurgia de Welber, Diego tinha quatro anos de idade. Ele precisou passar dias longe do tão querido irmão e da mãe, que ficou com o primogênito por dois meses no hospital.
Durante a infância e adolescência, Diego acompanhou toda a jornada do irmão. “Quando cresci, a vida foi me levando para outras áreas e acabei cursando Física. Na faculdade, me especializei em óptica e, quando me dei conta, já estava trabalhando com pesquisa e desenvolvimento de equipamentos oftalmológicos”, relembra Diego.
O Co-Founder e CTO da Phelcom, Diego Lencione, com o irmão, Welber Lencione.
Daí surgiu a Phelcom e a ideia de criar o Eyer –um retinógrafo portátil que visa auxiliar no combate à deficiência visual grave e à cegueira.Os primeiros exames, dos primeiros protótipos, aconteceram nos olhos de Welber. “Foi um momento inesquecível. Criamos algo que possibilitou vermos com nitidez as alterações na retina dele e que, em breve, seria útil para muitas outras pessoas. Muitas vezes, ao longo da história da Phelcom, me vi voltando a essa essência, especialmente nos momentos mais difíceis da empresa”, revela.
E o irmão continua sendo fonte de inspiração para Diego. Há pouco tempo, o caçula fez uma nova retinografia em Welber com o auxílio do EyerMaps, sistema de Inteligência Artificial (IA) que roda embarcado no Eyer e detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
A IA apontou a presença de algo novo no fundo do olho de Welber. “Meu irmão até desconfiou de um novo descolamento de retina. Mas, com mais exames, o oftalmologista concluiu que é uma espécie de membrana que nasceu no local e que não afeta a visão”, conta, aliviado.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
Em 2019, o Co-Founder e COO da Phelcom Technologies, Flávio Pascoal Vieira, participou pela primeira vez do Mutirão do Diabetes de Itabuna, na Bahia. A empresa havia disponibilizado o retinógrafo portátil Eyer, recém-lançado no mercado, para os exames de retina dos pacientes.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, além de disponibilizar as fotografias na plataforma online EyerCloud, facilitando o diagnóstico remoto.
Ao chegar no mutirão, Vieira presenciou uma cena que não saiu mais da sua cabeça: em uma sala pequena, duas voluntárias estavam rodeadas de montanhas de papel. “Eram os prontuários dos pacientes. Elas passavam as informações dos arquivos, um por um, para uma planilha de Excel”, relembra.
Para se ter uma ideia, a International Diabetes Federation (IDF) classificou o Mutirão de Itabuna como um dos maiores eventos de prevenção e tratamento da doença no mundo. Aproximadamente 500 pessoas são atendidas por edição.
No ano seguinte, a mesma situação, mas com o agravo da pandemia de covid-19. Diante desse cenário, Vieira começou a pensar em formas de ajudar nesse processo. A primeira ação foi pré-preencher as fichas dos pacientes que já haviam participado de outras edições. Isso diminuiu o tempo necessário para a triagem.
Com a experiência e os aprendizados de quatro anos de ações realizadas, a equipe da Phelcom, em parceria com a ONG Unidos pelo Diabetes, organizadora do evento, desenvolveu um aplicativo para tornar digital toda a jornada do paciente no mutirão.
COO da Phelcom, Flávio Pascoal Vieira, e o presidente da ONG Unidos pelo Diabetes, Rafael Andrade, no Mutirão do Diabetes de Itabuna 2023.
O aplicativo
O aplicativo, batizado temporariamente de Gestão de Prontuário Eletrônico em Mutirões de Diabetes, foi utilizado pela primeira vez no Mutirão de Itabuna em 2023, que ocorreu em novembro.
Confira abaixo como funciona:
Triagem
Cadastro dos dados do paciente. Se ele participou de outras edições, a ficha já está pré-preenchida. Em seguida, o paciente ganha um crachá com QRCode para o exame de retinografia. “Isso economiza tempo, pois não é mais necessário digitar nome, idade e outros dados. Dessa forma, atende-se mais pessoas com o mesmo número de equipamentos”, explica Vieira.
Com Eyer, voluntário faz a leitura do QR Code com prontuário eletrônico da paciente.
Anamnese
Perguntas sobre saúde de modo geral, como prática de exercícios físicos, alimentação, tabagismo, comorbidades, se possui diabetes e há quanto tempo etc. “O cardiologista e o nefrologista não precisam mais perguntar sobre isso, por exemplo, pois as informações já estão preenchidas. Tudo o que puder ser automatizado libera os médicos para cuidar apenas da parte humana” ressalta Vieira.
Retinografia
Exame feito com o Eyer e com o uso da inteligência artificial EyerMaps, que detecta possíveis alterações retinianas em poucos minutos. Dois oftalmologistas, um presencial e outro remoto, confirmavam se a indicação da IA estava correta.
Imagem do aplicativo com perguntas sobre os resultados do exame de retinografia.
“A telemedicina com retinografia digital e inteligência artificial trouxe um grande diferencial na amplificação e agilidade na capacidade de atendimento com menor necessidade de recursos humanos especializados presentes. Isto vem mudando nossos mutirões, tornando-os cada vez melhores com a evolução exponencial da IA”, conta o presidente da ONG e coordenador do mutirão, Rafael Andrade.
Exame de fundo de olho feito com Eyer. No lado esquerdo, retina saudável. No lado direito, mapa de atenção gerado pela inteligência artificial EyerMaps indica possíveis alterações retinianas.
Exames adicionais
Caso o Eyer indique possíveis alterações na retina, o paciente é encaminhado para exames cardiológicos, dos rins e do pé diabético.
Imagem do aplicativo com perguntas para o exame de rim.
Orientações finais
No final da jornada, todos os pacientes recebiam orientações sobre os cuidados necessários e, os que apresentavam complicações da diabetes, como retinopatias e outros problemas, eram encaminhados para o tratamento adequado.
Imagem do aplicativo com resultados e orientações finais ao paciente.
Por meio do aplicativo, todos os dados clínicos coletados foram compilados por uma ficha digital inteligente adaptada ao fluxo multidisciplinar de avaliação da retina, cardíaca, renal e do pé diabético, construindo um banco de dados complexo em tempo real.
Mutirômetro
No mutirão de 2023, os dados coletados eram exibidos em tempo real no “mutirômetro”, um dashboard na televisão, que mostrava a quantidade de pessoas e o tempo médio de permanência em cada etapa de atendimento. Por exemplo, se a fila da cardiologia estava pequena e a da anamnese grande, os organizadores conseguiam remanejar a equipe rapidamente.
Mutirômetro exibiu dados coletados pelo aplicativo em tempo real.
O uso do aplicativo no Mutirão do Diabetes de Itabuna também permitiu:
Economia no uso de papel;
Diminuir falhas ao longo do processo, como assinalar opções erradas ou pular perguntas – o app não salva a ficha do paciente se estiver algum item sem preencher;
Rastrear o paciente em cada etapa;
Compilar os dados em poucas horas após o fim do mutirão. Antes, esse processo demorava entre três e quatro meses.
“Tudo isso agilizou muito o processo e permitiu fazer mais pacientes por hora”, ressalta Vieira.
Além do mutirão de Itabuna, as tecnologias foram utilizadas no mutirão de diabetes em Blumenau (SC), em dezembro. “Por terem a mesma jornada do paciente, foi fácil adaptarmos o aplicativo de um evento para o outro”, fala Vieira.
Resultados gerais, em tempo real, exibidos no mutirômetro no Mutirão do Diabetes de Blumenau.
Mutirômetro mostrava em tempo real a jornada do paciente.
Comorbidades detectadas durante o Mutirão do Diabetes de Blumenau.
Resultados dos exames de pé diabético realizados no mutirão.
Exames de rim realizados no mutirão.
Diretoria de Inovação
O aplicativo e o mutirômetro são as primeiras ferramentas da recém-criada Diretoria de Inovação da Phelcom. A nova diretoria da Phelcom é dividida em três pilares:
Innovation for Phelcom – ferramentas feitas pela Phelcom para a Phelcom;
Phelcom for Education – apoio para pesquisa e artigos acadêmicos;
Phelcom Social – ações de saúde voltadas para a comunidade.
“A inovação faz parte do nosso DNA. Desde os primeiros meses, quando nos reunimos para criar um retinógrafo portátil que pudesse revolucionar a maneira como a saúde visual é acessada e tratada, sabíamos que estávamos embarcando em uma jornada de constante evolução e descoberta. E a Diretoria de Inovação é uma manifestação concreta desse compromisso”, afirma Vieira.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
De olho na temporada 2024, o time do Flamengo passou por uma bateria de exames e testes físicos nos dias 8 e 9 de janeiro, no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, os jogadores também fizeram um check-up dos olhos. “É o primeiro clube profissional de futebol da América Latina que inclui, dentro do centro de treinamento, exames oftalmológicos na rotina de avaliação médica dos atletas”, afirma o oftalmologista do Flamengo, Almyr Sabrosa.
Dentre os principais exames realizados, estão o teste de acuidade visual, aferição da pressão intraocular, fundoscopia e retinografia. Esses dois últimos foram feitos com o auxílio do retinógrafo portátil Eyer. Acoplado a um smartphone, o equipamento realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem midríase, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, permitindo a documentação completa e acompanhamento dos pacientes.
Sabrosa conta que muitos jogadores ainda não haviam feito uma avaliação completa dos olhos. “O Eyer disponibiliza a foto do fundo de olho do paciente no próprio aparelho, instantes após a captura. Isso fez tanto sucesso entre o time que até a comissão técnica e demais funcionários quiseram fazer os exames ali na hora”, revela.
O oftalmologista também atende em seu consultório os atletas olímpicos do Flamengo, por meio da parceria entre o Centro Unificado de Identificação e Desenvolvimento de Atleta de Rendimento (Cuidar) e o Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro (IORJ).
Mas, é a primeira vez que o médico conseguiu levar parte do seu consultório para avaliações no centro de treinamento (CT). “É muito difícil tirar os jogadores de alta performance da rotina, sem atrapalhar o rendimento. Por isso, fazer os exames no CT é muito importante”, ressalta.
Sabrosa explica que a portabilidade do Eyer facilitou a realização de parte dos exames oftalmológicos necessários aos atletas. O médico optou pelo equipamento por utilizá-lo há seis anos no mutirão “RJ contra a diabetes”, feito anualmente no Hospital da Gamboa, no Rio de Janeiro.
“Além da portabilidade, as imagens feitas pelo Eyer possibilitam uma avaliação bem detalhada da parte central do nervo óptico e de parte da vascularização do fundo do olho. Além disso, é um exame que não causa dor e não precisa necessariamente de midríase. Dessa forma, ganhamos mais tempo para avaliar todos no Flamengo”, afirma.
Com o armazenamento dos exames no EyerCloud, o oftalmologista já planeja usá-los para a próxima temporada. “Poderemos comparar com as imagens anteriores. Com isso, esperamos contribuir com a melhora constante da performance dos atletas”, ressalta.
Flamengo é o primeiro clube da América Latina a realizar exames dos olhos no centro de treinamento.
Eyer
O Eyer apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, ROP, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
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