Um estudo realizado em São José do Rio Preto (SP) usou retinografia portátil para identificar alterações retinianas em pacientes internados com covid-19. O trabalho ocorreu em junho de 2021, no Hospital de Base, e ganhou como melhor pôster do Congresso de Oftalmologia da USP, no ano passado.
Os pesquisadores utilizaram o smartdevice Phelcom Eyer para fazer o exame em 51 pacientes, sendo 30 homens e 21 mulheres, com idade entre 21 e 83 anos. Acoplado a um smartphone, o aparelho realiza exames de fundo do olho em alta qualidade e em poucos minutos. Por ser conectado à uma plataforma on-line, o Eyer Cloud, permite o diagnóstico remoto e garante a segurança dos dados na nuvem.
Ao todo, 41,2% sofriam com hipertensão arterial sistêmica e 23,5%, com diabetes mellitus. Além disso, 11,7% alegaram piora da acuidade visual, mas não foi detectado nenhum achado nestes pacientes. Dentre as principais modificações na retina detectadas, estão:
Hemorragias intrarretinianas – 19,6%;
Exsudatos algodonosos – 1,9%;
Dilatação venosa – 13,7%;
Tortuosidade vascular – 25,4%;
Cruzamento arteriovenoso patológico – 11,7%.
Todos os pacientes estavam em uso de dexametasona 6 mg/dia, anticoagulação profilática e necessitaram de oxigênio.
Dos 10 pacientes com hemorragias intrarretinianas, 80% tinham hipertensão arterial e/ou diabetes. O paciente com exsudatos algodonosos é portador de diabetes. Apenas 14,2% dos com dilatação venosa apresentavam hipertensão arterial e/ou diabetes. O cruzamento arteriovenoso patológico também pode justificar esses achados.
“Alguns pacientes, mesmo sem queixas, tinham alterações vasculares no fundo de olho. Como não temos registro prévio, não é possível atribuir a causa dessas alterações à doença, pois podem ter sido provocadas por outros problemas, como hipertensão ou diabetes, por exemplo. No entanto, alguns pacientes sem comorbidades também tiveram essas alterações. Portanto, existe a possibilidade de terem sido causadas pelo covid-19”, explica um dos autores do trabalho, o médico residente em oftalmologia Antônio Augusto de Andrade Cunha Filho.
Retinografia portátil e covid-19
Filho afirma que a retinografia portátil é útil na avaliação de pacientes internados com covid-19. “Os pacientes estavam isolados em quarto de enfermaria. Portanto, não poderiam sair para realizar o exame no retinógrafo de mesa. O Eyer, pela sua portabilidade e fácil higienização, foi a solução perfeita para a realização do estudo”, conta.
O médico ressalta que mais estudos são necessários para melhor entendimento dos resultados. “Isso pode incluir uma maior amostragem, o acompanhamento longitudinal de pacientes e avaliação multimodal por métodos como retinografia aufluorescente, angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica”, aponta.
Phelcom Eyer
Como uma das vantagens do equipamento, Filho destaca a plataforma on-line Eyer Cloud. “Os exames ficam extremamente organizados por data e é possível criar clínicas para organizar os pacientes examinados em um serviço ou em outro”, fala.
Sobre o aparelho, Filho afirma que é surpreendente, inovador, rápido e de fácil manuseio. “A qualidade de imagem é muito boa, tanto que nos permitiu ver detalhes na avaliação”, finaliza.
Phelcom Technologies
O Eyer é o primeiro equipamento da Phelcom Technologies, startup que une tecnologia e saúde, com sede em São Carlos (SP). Lançado em abril de 2019, a tecnologia já alcançou 500 mil pessoas em todo o Brasil e em países como Estados Unidos, Chile e Japão.
A startup cria dispositivos portáteis, conectados e vestíveis com o propósito de democratizar o acesso à saúde, oferecendo mais com menos e para mais pessoas.
Para mais informações sobre o estudo, entre em conato com o autor pelo e-mail augustoacunha@gmail.com
Recentemente, o apresentador Tiago Leifert e sua esposa, a jornalista Daiana Garbin, anunciaram que a filha Lua, de apenas um ano, foi diagnosticada com retinoblastoma, um tipo de câncer ocular raro que afeta exclusivamente crianças. De acordo com a Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (TUCCA), 400 novos casos são diagnosticados por ano no Brasil.
A doença é classificada em dois tipos, germinal e somático, e apresenta alta taxa de cura quando identificada no início: 90%. Entretanto, 50% dos pacientes são diagnosticados já em estágio avançado – como é o caso da pequena Lua. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce.
Neste artigo, entenda mais sobre o retinoblastoma, os sinais, como identificar a doença e os tratamentos indicados.
Retinoblastoma – o que é
O retinoblastoma é um câncer ocular infantil, sendo mais comum em crianças no primeiro ano de vida. Também pode ser diagnosticado como neoplasia, ou seja, uma massa de tecido anormal que possui crescimento de forma organizada.
A enfermidade pode ser classificada comogerminal, o que significa que a criança pode haver herdado de um dos pais, como também, e mais frequente, haver sofrido uma mutação logo nas primeiras divisões do zigoto.
O retinoblastoma germinal corresponde a ⅓ dos casos e usualmente é classificado como múltiplo. Em outras palavras, afeta ambos os olhos ou apresenta mais de um foco tumoral no mesmo olho. Crianças com esse tipo geralmente são diagnosticadas no primeiro ano de vida.
A segunda classificação é a somática e corresponde a ⅔ dos casos. Nesse tipo, ocorre sempre como um único tumor e sua mutação é a mesma que o germinal. Entretanto, sucede mais tardiamente durante a vida embrionária e seu diagnóstico e sintomatologia é tardio, ao redor dos dois anos. Dentro das classificações da doença, há o retinoblastoma unilateral, que afeta apenas um dos olhos, e o retinoblastoma bilateral, que pode atingir um ou os dois olhos.
Retinoblastoma – sinais
O principal sinal do retinoblastoma é o reflexo, área branca e opaca na pupila que ocorre pela massa dentro do olho, que tem porções claras e devolve a luz ao observador. É popularmente conhecida como “olho de gato” e pode ser vista em fotos tiradas com flash – quando não utilizado o modo redutor de olhos vermelhos – em determinadas posições e iluminações.
Dessa forma, o olho alterado apresenta reflexo brilhante e não reflexo vermelho ou não brilhante. Identificando tais alterações, um oftalmologista deve ser acionado com urgência e, ainda que o diagnóstico não seja retinoblastoma, os sinais apresentados podem causar perda de visão, já que essa está em desenvolvimento na infância.
Além desse, outros indícios podem surgir, como:
Estrabismo;
Inflamação;
Dor;
Inchaço;
Perda de visão;
Vermelhidão da parte branca do olho;
Sangramento na parte anterior do olho;
Alteração na coloração da íris;
Globo ocular maior que o normal.
Retinoblastoma – exames
O Teste do Olhinho, realizado na maternidade assim que o bebê nasce, pode ajudar a perceber anomalias nos olhos. O exame é obrigatório no Brasil e é realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Além dele, é fundamental que os pais levem seus filhos ao oftalmologista para acompanhamento preventivo, pois algumas doenças, como a ambliopia, podem passar despercebidas pelo exame.
Exames como retinografia, ultrassonografia bidimensional e ressonância magnética identificam o retinoblastoma, além de outras enfermidades, e são necessários para um diagnóstico preciso.
Retinoblastoma – tratamento
Com o diagnóstico precoce, os tumores podem ser tratados com métodos como laserterapia e crioterapia, salvando o olho afetado e proporcionando visão útil para a criança. Em casos mais graves, como a enucleação (remoção da massa ocular), é possível colocar uma prótese de aparência similar ao olho, proporcionando um resultado estético satisfatório.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein e Eduardo Ferrari Marback, médico oftalmologista, Professor Associado II na Universidade Federal da Bahia (UFBA) com treinamento em Cirurgia da Catarata, Oncologia Ocular e Patologia Ocular.
Acompanhe o blog da Phelcom e conheça mais detalhes sobre doenças raras que afetam os olhos.
Com o avanço da tecnologia, a interoperabilidade na saúde torna-se cada vez mais essencial na otimização de processos, redução de custos e melhora na qualidade do atendimento. Isso porque a integração dos dados clínicos gera mais segurança ao paciente e aos profissionais da área, além de permitir que o atendimento ocorra em qualquer lugar.
Entretanto, esse processo pode ser um verdadeiro desafio no Brasil. De fato, não basta apenas trabalharmos com ferramentas e sistemas de gestão de ponta. É preciso padronização para que falem a mesma língua.
Em seguida, entenda mais o que é interoperabilidade na saúde, os benefícios e como implementá-la.
Interoperabilidade na saúde – o que é
Basicamente, interoperabilidade na saúde é a capacidade de comunicação, troca de informações e o emprego dos dados compartilhados pelos vários sistemas de informação e aplicativos de software sem a intervenção humana.
Isto é, após receber as informações, os próprios sistemas processam os dados e conversam entre si depois da implantação de algumas normas-padrão. Desse modo, é possível trabalharem simultaneamente, independentemente das características digitais de cada um, como arquitetura de software, template, funcionalidades etc.
Com isso, é possível trocar informações clínicas entre as diferentes ferramentas usadas, produzindo mais dados e cuidados melhores do paciente.
Assim, permite a comunicação e integração entre sistemas de gestão de clínicas, consultórios e hospitais que atuam em todos os níveis de atenção ao paciente. Dessa forma, a instituição pode fazer o rastreamento dos serviços usados pelo paciente, por exemplo, e até um levantamento mais amplo da população.
Dentre diversas outras ferramentas, o prontuário eletrônico também é uma ótima tecnologia para o compartilhamento, com segurança, dos dados do paciente com outros profissionais envolvidos no atendimento, por exemplo.
Para isso, é preciso disponibilizar os dados de forma que outros sistemas também consigam acessá-los e integrá-los. Atualmente, essa é uma grande barreira para a implantação da interoperabilidade, já que cada sistema possui linguagem e lógica próprias.
Sem dúvida, a tecnologia empregada na saúde traz diversas vantagens. A visão completa da saúde do paciente é uma das principais devido à união das informações vindas de vários sistemas. Por exemplo, os dados levantados em consulta por um médico podem ser analisados pelo laboratório, hospital ou outro especialista.
Com certeza, isso aumenta significativamente o sucesso no tratamento e diagnósticos precoces. Dessa maneira, também contribui com o a maior assertividade dos profissionais.
Outro benefício é a agilidade nos processos, pois preenche os dados apenas uma vez no sistema e as demais pontas têm acesso ao sistema completo. Com isso, permite uma comunicação mais fluída entre todos os envolvidos e a realização de uma terapia multidisciplinar mais efetiva. Ainda por cima, em uma local prático e seguro.
Ao ter acesso facilitado e completo às suas próprias informações de saúde, o paciente também pode se comprometer mais com o tratamento. Além do resultado melhor ao paciente, o médico também ganha tempo para outros cuidados.
Por fim, a interoperabilidade na saúde garante mais agilidade nos procedimentos, integra melhor às equipes, melhora a gestão de processos internos, melhora a qualidade de dados, diminui atividades repetitivas e facilita a transmissão de informações.
Interoperabilidade na saúde – sistemas
A implantação da interoperabilidade na saúde precisa da utilização de protocolos específicos. São eles que converterão os dados automaticamente, sem a necessidade de intervenção humana.
Há várias organizações que unificam esses protocolos, como por exemplo o TISS e o HL7 International.
O sistema TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar) é o padrão utilizado entre as instituições de saúde suplementar e os planos de saúde. Ele obedece aos critérios de interoperabilidade indicados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Dentre suas principais vantagens, estão uniformizar as ações administrativas, aperfeiçoar os registros de dados, facilitar o financiamento de medidas de avaliação e a gestão financeira de operadores de planos de saúde.
Já HL7 (Health Level Seven International), por meio do sistema FHIR, permite a criação de protocolos de transmissão de mensagens entre aparelhos, base de dados e sistemas de gestão em saúde.
Em relação aos padrões de terminologia ou dados em saúde, foram produzidos vocabulários e códigos para padronizar conceitos clínicos, como doenças, diagnósticos, fármacos, técnicas e procedimentos, dentre outros.
Como exemplo, há a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, revisão 11), que começou a valer a partir de 1º de janeiro de 2022. O documento é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. Ou seja, essencial para o trabalho de médicos em todo o mundo.
A tabela fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais da área compartilhar informações de saúde em nível global de modo padronizado.
Além disso, o próprio número SUS, muitas vezes, não é único para o mesmo paciente. Além do indexador do número SUS, existem inúmeros outros, como CPF, RG, nome etc. Ou seja, o Brasil não possui uma política única que consiga facilitar a interoperabilidade.
Para implementar o processo na sua clínica, é preciso investir em sistemas de gestão assistenciais, treinamento da equipe e na humanização do atendimento por meio dessas ferramentas.
Por fim, vale ressaltar que a interoperabilidade na saúde é um meio para um fim. Entretanto, há uma quantidade significativa de padrões que podem dificultar as escolhas dentre os vários sistemas com os quais uma instituição de saúde deve interagir, por exemplo.
Desse modo, é fundamental determinar corretamente as políticas, as guias e os padrões a serem implantados.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
Fique por dentro das principais novidades em gestão de saúde. Acompanhe o blog da Phelcom.
Lançada em 2019 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID 11) começou a valer a partir de 1º de janeiro de 2022. O documento é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. Ou seja, essencial para o trabalho de médicos em todo o mundo.
A tabela fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais da área compartilhar informações de saúde em nível global de modo padronizado. A última atualização, a CID 10, ocorreu na década de 90 e já não engloba mais diversas doenças da atualidade.
Por isso, é fundamental acompanhar as novas diretrizes. Em seguida, confira quais foram as principais mudanças na CID 11.
Autismo
Agora, todos os transtornos inseridos no espectro de autismo estão reunidos em apenas um diagnóstico: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) – código 6A02. Isso inclui autismo infantil, transtorno com hipercinesia, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett e transtorno desintegrativo da infância.
De acordo com a OMS, as subdivisões passaram a ser apenas relacionadas a prejuízos na linguagem funcional e deficiência intelectual. Dessa forma, a intenção é facilitar o diagnóstico e simplificar a codificação para acesso a serviços de saúde.
Transexualidade
Até 2021, a transexualidade era enquadrada como doença mental, sendo considerada distúrbio de identidade de gênero. Com a CID 11, foi recategorizada como incongruência de gênero e realocada na categoria de saúde sexual.
A OMS explica que cientistas e médicos comprovaram que a transexualidade não é um distúrbio mental. Devido a isso, trazia mais estigmatização aos que se identificavam como transgêneros.
Com a alteração, esse grupo garante acesso aos procedimentos cirúrgicos e terapêuticos assegurados pelo SUS.
Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout é um exemplo das doenças da atualidade. Agora, a doença integra problemas de saúde gerados ou associados ao emprego e desemprego. Isso porque, segundo a OMS, é uma síndrome gerada devido ao estresse crônico no local de trabalho e que não foi tratada corretamente.
Dentre seus principais sintomas, estão a sensação de esgotamento mental e/ou físico, sentimentos negativos relacionados ao trabalho e a redução da eficiência profissional.
Vale ressaltar que a doença está relacionada apenas ao trabalho, não sendo aplicado às outras partes da vida.
Gaming disorder
Sem dúvida, uma das principais novidades da CID 11 é a criação do Game Disorder, que significa “distúrbio em jogos eletrônicos”. Isto é, o uso abusivo pode causar vício e passa a ser entendido como doença.
A patologia é definida como “padrão de comportamento persistente ou recorrente” e é tão grave que pode comprometer as áreas de funcionamento pessoal e social.
Dentre os principais sintomas, estão prioridade aos jogos perante outras áreas da vida, perda de controle sobre aspectos relacionados aos jogos, como duração e frequência das sessões, e a continuidade do vínculo com jogos mesmo com consequências negativas como o impacto na vida profissional, educacional, social e familiar.
Resistência antimicrobiana
Na CID 11, a OMS realinhou os códigos relacionados à resistência antimicrobiana porque diversos micro-organismos estão cada vez mais resistentes às terapias, não reagindo mais às drogas indicadas.
Confira todas as atualizações da CID 11 aqui. Para quem trabalha com prontuários eletrônicos na nuvem, diversos sistemas já foram atualizados com o novo protocolo. Vale a pena conferir.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Selecionar corretamente a CNAE para consultório médico é essencial para abrir seu negócio longe de irregularidades e dores de cabeça com problemas como multas, por exemplo.
Vale ressaltar que toda organização deve ser enquadrada em algum código CNAE, que serve para cadastro e registros de órgãos federais, estaduais e municipais.
Portanto, é preciso escolher a CNAE certa para seu consultório. Em seguida, entenda mais sobre o que é CNAE e os principais códigos relacionados ao seu modelo de negócio.
CNAE: o que é
A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos tributários do Brasil. Desse modo, facilita a fiscalização e a cobrança de impostos das diversas organizações.
Cada código contém 7 algarismos e determina a natureza dos serviços prestados conforme 5 grupos: Seção, Divisão, Grupo, Classe e Subclasse.
Além disso, ao escolher o CNAE, o seu negócio também estará ligado a uma alíquota de imposto. Portanto, é preciso cuidado para não pagar mais e também para não pagar menos e sofrer com consequências como multas pela Receita Federal, por exemplo.
CNAE para consultório médico: qual escolher?
Na maioria dos casos, os consultórios e clínicas médicas se encaixam na Classe 86.30-5. Essa classe envolve as atividades de atenção ambulatorial realizadas por médicos e odontólogos.
Dentro dessa categoria, existem 7 subclasses:
8630-5/01: Atividade médica ambulatorial com recursos para realização de procedimentos cirúrgicos.
8630-5/02: Atividade médica ambulatorial com recursos para realização de exames complementares.
8630-5/03: Atividade médica ambulatorial restrita a consultas
8630-5/04: Atividade odontológica
8630-5/06: Serviços de vacinação e imunização humana
8630-5/07: Atividades de reprodução humana assistida
8630-5/99: Atividades de atenção ambulatorial não especificadas anteriormente.
Sem dúvida, as três primeiras subclasses listadas acima são as que mais se enquadram com as atividades de clínicas e consultórios médicos. Dessa forma, o CNAE para consultório médico mais selecionado é 8630-5/01, 8630-5/02 ou 8630-5/03.
De fato, seu negócio pode ter mais de uma CNAE, dependendo do tipo de serviço realizado.
Esse código será definido logo após selecionar uma dentre as 54 categorias para organizações de atendimento médico. Somente após essas etapas é possível fazer opedido de alvará de funcionamento e outros documentos indispensáveis para o estabelecimento.
CNAE para consultório médico: para que serve?
A CNAE é necessária para obter o CNPJ e abrir a empresa. O código é requisitado na Ficha Cadastral de Pessoa Jurídica (FCPJ), preenchida como requerimento para o CNPJ.
Além disso, o registro melhora o controle fiscal feito pelos órgãos governamentais, impedindo assim fraudes no recolhimento de impostos. Também é uma ferramenta importante para o enquadramento do negócio em determinada classe, estabelecendo as obrigações tributárias.
De fato, esse é um dos benefícios da CNAE, pois evita o pagamento de impostos indevidos. Isso porque o código insere o consultório em um grupo específico, determinando documentos, licenças e tributos pertinentes à área.
Caso seja escolhido o CNAE errado ou apenas um código sendo que o consultório oferece outros serviços, podem ocorrer problemas como dificuldade na obtenção de licenças e alvarás de funcionamento, inconformidade do local em que funciona a clínica, perda de incentivos fiscais, cobrança indevida de impostos, multas em caso de irregularidades constatadas e danos para a imagem do consultório, dentre outros problemas.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
Acompanhe o blog da Phelcom e saiba mais sobre gestão de consultórios e clínicas médicas.
Muitos estudos investigam a relação da perda de visão com problemas como demência, depressão e doença de Alzheimer. Isso porque as disfunções oftalmológicas afetam a qualidade de vida do paciente, provocando isolamento social, dificuldades psicossociais, redução de atividade física e falta de estímulo mental, todos fatores associados ao declínio cognitivo.
Agora, um estudo publicado no JAMA Internal Medicine descobriu que idosos submetidos à operação de catarata têm menores chances de sofrer com demência no futuro.
Em seguida, entenda como foi feita a pesquisa, os resultados e como a catarata pode estar ligada diretamente aos casos de demência.
Catarata e demência – a pesquisa
Pesquisadores da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, avaliaram informações de aproximadamente três mil adultos, acima de 65 anos, que participam do estudo The Adult Changes in Thought (ACT) de 1994 a 2018.
Os participantes não apresentavam demência no início do estudo e foram acompanhados a cada dois anos até a ocorrência de demência. Somente os voluntários com diagnóstico de catarata ou glaucoma, antes da inscrição ou durante o acompanhamento, foram inclusos nas investigações.
A média de idade no primeiro diagnóstico de catarata foi de 74,4 anos. Desse total, 59% eram mulheres, 41% homens e 91%, caucasianos.
Resultados
Os pacientes que realizaram a extração da catarata apresentaram 30% menos chances de desenvolver demência posterior. Por pelo menos 10 anos, os voluntários não sofreram com a doença. A coordenadora da pesquisa, Cecilia S. Lee, afirmou que “nenhuma outra intervenção sinalizou uma associação tão forte com a redução do risco de demência em indivíduos mais velhos”.
Ao considerar as associações relativas de: extração de catarata, educação adicional, raça branca, história de tabagismo, sexo e a presença de um gene denominado APOE e4, a única covariável que foi mais protetora do que a cirurgia de catarata foi a presença do gene.
Os cientistas acreditam que a melhoria da qualidade sensorial das pessoas operadas contribua para o prognóstico favorável. Outra possibilidade é o fato de os indivíduos receberem mais luz azul. “Há células na retina, relacionadas à cognição e que regulam os ciclos de sono, que respondem bem à luz azul. A catarata bloqueia a luz azul e a cirurgia pode reativar essas células”, afirma Lee.
Os cientistas ressaltam que vários mecanismos hipotéticos podem estar subjacentes à associação entre a extração de catarata e o risco de demência. Porém, os resultados podem auxiliar no cuidado de pessoas idosas com visão ruim devido à catarata e com cognição prejudicada por causa de demência.
Mesmo assim, são necessários mais estudos para investigar a relação entre a extração de catarata e o risco de demência.
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