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Imposto de renda para médicos: passo a passo para facilitar a declaração 

Imposto de renda para médicos: passo a passo para facilitar a declaração 

De fato, o imposto de renda para médicos funciona de forma semelhante ao de outros profissionais liberais. Entretanto, existem algumas particularidades a serem consideradas.

Por exemplo, qual é o regime tributário em que está enquadrado? Atualmente, as opções mais comuns são o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. E cada uma delas tem suas regras em relação ao IR.

Existem médicos que optam por enquadramento de atividades como pessoa jurídica. Neste caso, vale muito a pena se informar para optar corretamente.

Mas, independentemente do regime tributário, o médico deve declarar todos os seus rendimentos à Receita Federal, claro. Além disso, podem deduzir algumas despesas do seu imposto de renda, como aluguel de consultório, insumos e impostos, e solicitar restituição, em caso de retenção na fonte.

Em seguida, vamos dar o passo a passo para facilitar a declaração do imposto de renda, que deve ser feita até 31 de maio de 2023. Independente, é sempre recomendável buscar a orientação de um contador para garantir o cumprimento correto das obrigações fiscais. Confira!

Passo 1 – Organizar os documentos

Tenha em mãos todos os dados necessários para a declaração, como comprovantes de pagamentos e recebimentos dos planos de saúde e de consultas particulares, de despesas com a clínica, faturas, notas fiscais, plantões e holerites, caso preste serviço em outros locais, e as declarações dos anos anteriores.

Como é um volume enorme de informações, o ideal é deixar tudo organizado com meses de antecedência ou contar com softwares de gestão financeira de clínicas e consultórios.

Passo 2 – Verificar no site da Receita Federal quais são os dados necessários

A Receita Federal disponibiliza em seu site as fichas de identificação, disponíveis para download. Nelas, são solicitadas algumas informações específicas sobre sua atividade profissional e gestão financeira.

Confira:

  • Código da natureza de ocupação do profissional da saúde;
  • Código referente à ocupação principal (médicos utilizam o código 225);
  • Número do Registro Profissional (CRM);
  • CPF de cada paciente;
  • Rendimento referente a cada paciente;
  • Plantões médicos (informe de rendimentos anuais é disponibilizado pela fonte pagadora);
  • Rendimentos de investimentos (valor total investido, lucro obtido, imposto a pagar ou retido na fonte e possíveis perdas);
  • Dívidas contraídas;
  • Bens adquiridos (além de imóveis e veículos, também pode incluir sociedades em clínicas e aporte financeiro do seu próprio bolso no seu negócio, por exemplo);
  • CPF do cônjuge;
  • CPF dos dependentes;
  • Rendimentos do pró-labore e retirada de lucros (casoseja proprietário de uma clínica. Não esqueça de descontar a previdência e o imposto retido e registrar toda retirada de lucro que foi escriturada na contabilidade).  

Os médicos podem deduzir alguns gastos no imposto de renda da clínica, como:

  • Despesas com funcionários: salários, benefícios, encargos trabalhistas, especializações e capacitações;
  • Custos com fornecedores: produtos e serviços como medicamentos, materiais de escritório, exames laboratoriais, marketing e publicidade etc.;
  • Depreciação de equipamentos;
  • Aluguel e manutenção do imóvel: aluguel, energia elétrica, água etc.
  • Gastos com CRM e sindicatos;
  • Previdência social e previdência privada;
  • Doações para causas sociais.

É importante ressaltar que cada dedução fiscal tem suas regras específicas. Neste sentido, é importante consultar um contador ou advogado tributarista para garantir que a clínica esteja seguindo corretamente todas as regras e requisitos legais.

Passo 3 – Cuidado com erros

Entrepreneur Working With Bills
Foto: Freepik

Simples equívocos, como o de digitação, podem ser vistos como tentativa de fraude. Então, fique atento na hora de inserir as informações. Evite também:

  • Só inserir valores arredondados;
  • Omitir rendimentos – lembre-se que é necessário declarar pensões, resgate de investimentos, indenizações recebidas e até a bolsa estágio ou outro tipo de rendimento do filho;
  • Incluir dependente inexistente – o filho, por exemplo, só pode ser incluído na declaração de um dos pais.

Cometer um desses erros pode levar a uma multa de até 20% do imposto de renda para médicos e um processo criminal, em caso de confirmação de tentativa de fraude. Fique atento!

Se necessário, faça uma declaração retificadora.

Passo 4 – declarando o pró-labore

O pró-labore, que nada mais é do que os rendimentos que recebeu da sua própria clínica, deve ser declarado por meio da opção “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”. Para isso:

  1. Abra a ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”;
  2. Preencha a “Fonte Pagadora” com as informações solicitadas, como o CNPJ da clínica, a descrição do serviço prestado, o valor total do pró-labore recebido durante o ano-calendário, contribuição previdenciária e o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte (se houver).
  3. Em seguida, o médico deve clicar em “Salvar” e repetir o processo para cada fonte pagadora, caso tenha mais de uma.
  4. Clique em “Salvar” e revise todas as informações antes de enviar a declaração.

Lembre-se de guardar todos os comprovantes de pagamento e recibos do pró-labore para eventuais comprovações junto à Receita Federal.

Carnê-leão e Declaração de Serviços Médicos (DMED)

Imposto De Renda Para Medicos 3
Foto: Freepik

O Carnê-Leão serve para calcular e pagar o imposto de renda de pessoas físicas que recebem rendimentos de fontes não pagadoras, como é o caso dos profissionais autônomos e liberais, como médicos.

Esse imposto é uma forma do contribuinte antecipar o pagamento do imposto que será devido ao final do ano-calendário. Junto com carnê, é preciso pagar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).

Já a Declaração de Serviços Médicos (DMED) é necessária quando há prestação de serviços a pessoas físicas ou jurídicas. É uma declaração eletrônica que contém informações sobre os serviços prestados, como nome e CPF do paciente, valor dos serviços e data de pagamento.

A DMED é obrigatória para médicos que recebem mais de R$ 28.559,70 por ano de pessoas físicas ou jurídicas.

Mas, caso recebam valores menores, podem optar por fazer a declaração para comprovar renda e facilitar o processo de declaração do imposto de renda para médicos.

Essa declaração deve ser feita mensalmente. Por isso, é fundamental manter um controle rigoroso de todos os serviços prestados e valores recebidos para evitar erros e possíveis problemas com a Receita Federal.

É importante lembrar que, mesmo fazendo isso, ainda precisará declarar todos os rendimentos na declaração anual do Imposto de Renda.

Em resumo, o imposto de renda para médicos segue as mesmas regras básicas que de outros profissionais liberais. Mas, é importante estar ciente das particularidades da profissão e escolher o regime tributário mais adequado para o seu negócio.

Além disso, é sempre recomendável buscar a orientação de um profissional especializado em contabilidade e tributação para garantir o cumprimento correto das obrigações fiscais.

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

Acompanhe o blog da Phelcom e saiba tudo sobre imposto de renda para médicos.

Células da retina cultivadas em laboratório abrem portas para ensaios clínicos com foco no tratamento da cegueira

Células da retina cultivadas em laboratório abrem portas para ensaios clínicos com foco no tratamento da cegueira

Há 10 anos, pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, dos Estados Unidos, desenvolveram uma maneira de cultivar aglomerados organizados de células, chamados organoides, que se assemelham à estrutura da retina.

Para isso, eles obtiveram células da pele humana e as reprogramaram para atuar como células-tronco e, posteriormente, se desenvolverem em camadas de vários tipos de células da retina que detectam a luz e, finalmente, transmitir o impulso para fibras nervosas.

Agora, essas células conseguiram alcançar e se conectar com vizinhos, completando um “aperto de mão” que pode mostrar que estão prontas para testes em humanos com distúrbios oculares degenerativos.

Em seguida, saiba mais sobre a pesquisa e quais serão os próximos passos.

 

A pesquisa

 

No ano passado, os cientistas publicaram estudos mostrando que as células retinianas cultivadas horizontalmente, aqui também chamadas de fotorreceptores, respondem como os fotorreceptores de uma retina saudável a diferentes comprimentos de onda e intensidades de luz e que, uma vez separadas das células adjacentes em um organoide, podem alcançar novos vizinhos com cordões biológicos característicos, também chamados axônios.

A partir desde momento, a última peça do quebra-cabeça era ver se esses cordões tinham a capacidade de se conectar ou “apertar a mão” de outros tipos de células da retina para se “comunicar”.

Vale relembrar que as células da retina e do cérebro se comunicam por meio de sinapses, pequenas lacunas nas pontas de seus axônios. Para confirmar que as células retinianas cultivadas em laboratório têm a capacidade de substituir as células doentes e transportar informações sensoriais como as saudáveis, os pesquisadores precisavam mostrar que podiam fazer sinapses.

Então, usaram um vírus da raiva modificado para identificar pares de células que poderiam formar os meios de comunicação entre si. Em seguida, separaram células individuais a partir dos organoides dessa “retina” dando a esses, uma semana para estender seus axônios e fazer novas conexões.

 

Os resultados

 

Muitas células da retina foram marcadas por uma cor fluorescente, indicando que uma infecção pelo vírus da raiva penetrou as mesmas através de uma sinapse formada com sucesso entre vizinhos.

Depois de confirmarem a presença de conexões sinápticas, os pesquisadores analisaram as células envolvidas e descobriram que os tipos de células da retina mais comuns formando sinapses eram os fotorreceptores (bastonetes e cones), que são perdidos em doenças como retinite pigmentosa, degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e em certas lesões oculares. 

O próximo tipo de célula mais comum, as células ganglionares da retina, são degeneradas em distúrbios de fibras e do nervo óptico, como o glaucoma.

Os organoides foram patenteados e a instituição Opsis Therapeutics, com sede em Madison, está adaptando a tecnologia para tratar distúrbios oculares humanos com base nas descobertas dessa pesquisa. 

Agora, o próximo passo deve ser os testes clínicos em pessoas.

 

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

 

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades sobre células da retina cultivadas em laboratórios.

Covid-19 e olhos: estudo aponta que vírus pode ser detectado na lágrima por meio de teste com swab

Covid-19 e olhos: estudo aponta que vírus pode ser detectado na lágrima por meio de teste com swab

Uma pesquisa realizada por investigadores de várias instituições, incluindo a Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que o vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, pode eventualmente ser identificado em lágrimas por meio de testes com swab. Os resultados foram publicados em artigo no Journal of Clinical Medicine.

Diversos estudos já apontavam uma possível correlação entre a covid-19 e olhos. Agora, esse novo trabalho mostra uma correlação com a gravidade da doença.

Em seguida, entenda como foi feita a pesquisa e como os resultados podem trazer uma nova forma de detecção da covid-19, além de um novo meio de proteção aos profissionais da saúde.

 

A pesquisa

 

A pesquisa avaliou amostras de pacientes internados no Hospital das Clínicas de Bauru (SP) com diagnóstico da doença confirmado por métodos convencionais. De 61 pacientes internados, foram analisadas amostras de 33 com diagnóstico de covid-19 e de outros 14 sem o vírus, obtidas durante o primeiro semestre de 2021, quando as principais variantes que circulavam no Estado de São Paulo eram a gama e a delta.

Os cientistas utilizaram duas formas para coletar as lágrimas: o swab conjuntival e as tiras de Schirmer (exame para avaliar se o olho produz quantidade suficiente de lágrimas). As análises foram realizadas entre julho e novembro do mesmo ano.

 

Os resultados

 

Do total, o SARS-CoV-2 foi detectado em 18,2% das amostras coletadas por swab e em 12,1% das obtidas por meio de tiras de Schirmer de pacientes positivos. Por outro lado, como esperado, nenhum dos pacientes negativados para covid-19 em exames feitos com swab nasofaríngeo teve amostra de lágrima positiva.

Para avaliar as comorbidades, o grupo adotou o Índice de Comorbidade de Charlson (ICC), composto por 20 fatores e desenvolvido como forma de padronizar e ajustar indicadores de risco, discriminando o prognóstico de um paciente em termos da mortalidade no período de até um ano.

Segundo a pesquisa, os indivíduos cujas lágrimas testaram positivo para o SARS-CoV-2 tiveram ICC inferior em relação ao restante (apontando maior probabilidade de óbito em dez anos) e taxas de mortalidade mais altas.

Independentemente do diagnóstico, a maioria dos indivíduos apresentou baixa produção lacrimal e desconforto ocular, indicando a necessidade do uso de lágrima artificial durante a internação.

Além de dados demográficos, clínicos e de sintomas oculares, os cientistas trabalharam com análises de RT-qPCR (sigla em inglês para Reação em Cadeia de Polimerase de Transcrição Reversa). O método requer a extração do material genético; um processo de transcrição do RNA em DNA e, por fim, a multiplicação do DNA.

Considerado padrão-ouro para diagnóstico da covid-19 e amplamente usado em vários laboratórios pelo mundo, o exame é capaz de detectar a presença de até mesmo uma única cópia do material genético do vírus na amostra.

Ao contrário de estudos anteriores, em que genes virais (N e RdRp) não foram considerados nas análises de RT-qPCR, nesse caso a pesquisa identificou diferentes partes do vírus, resultando em uma melhor taxa de detecção.

 

Maior conforto

 

O resultado indica uma possível alternativa ao swab nasal e oral, que causa desconforto no nariz e na garganta, e sinaliza a necessidade de medidas de proteção para os profissionais de saúde já que, apesar de baixo, pode haver risco de transmissão do vírus pela lágrima.

Além disso, a combinação de dois fatores – mais comorbidades e maior taxa de mortalidade – entre pacientes com teste positivo na lágrima sugere que a detecção viral pode trazer algum insight no prognóstico da doença.

“No início da pesquisa, pensamos em buscar um método de diagnóstico fácil, com a coleta de material sem tanto incômodo para os pacientes. O swab nasal, além de provocar desconforto, nem sempre é usado da maneira correta. Para pessoas com desvio de septo nasal, por exemplo, pode ser um problema. Achávamos que a lágrima seria mais fácil de executar, mais tolerável. Conseguimos mostrar que é um caminho. Uma limitação nesse estudo é que não sabemos se a quantidade de lágrima coletada influencia na positividade ou não”, afirma o autor correspondente do artigo, o professor Luiz Fernando Manzoni Lourençone.

Segundo o pesquisador, é possível inferir que a probabilidade de detectar o vírus em amostras lacrimais é maior em pacientes com carga viral alta, que pode levar a um quadro de viremia disseminada por diversos fluidos corporais.

 

Próximos passos

 

Agora, o grupo de pesquisadores iniciou uma nova linha com foco na detecção de doenças por meio de testes e exames ligados aos olhos. O objetivo é trabalhar com outros tipos de vírus, além do SARS-CoV-2.

“Existem outros vírus ainda pouco estudados no Brasil. Pretendemos nos dedicar a encontrar soluções e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Vamos analisar também outras condições virais que se tornam sistêmicas”, diz o professor.

 

Fonte: Luciana Constantino | Agência FAPESP

 

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

 

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Pesquisa usa bioimpressão 3D para criar tecido ocular

Pesquisa usa bioimpressão 3D para criar tecido ocular

Cientistas do National Eye Institute (NEI), dos Estados Unidos, usaram células-tronco de pacientes e bioimpressão 3D para criar tecido ocular que deve ajudar a compreender os mecanismos de doenças que causam cegueira. Dentre elas, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).

A equipe imprimiu uma combinação de células que formam a barreira externa sangue-retina. De acordo com o estudo, publicado na Nature, essa técnica fornece um suprimento teoricamente ilimitado de tecidos derivados do paciente.

Em seguida, entenda como ocorreu a pesquisa e como os resultados podem levar a muitos usos potenciais em aplicações translacionais, incluindo o desenvolvimento terapêutico.  

 

A pesquisa

 

Segundo os pesquisadores, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) se desenvolve inicialmente na barreira sangue-retina externa. No entanto, os mecanismos de iniciação e progressão da doença tanto na forma seca como úmida permanecem pouco compreendidos devido à falta de modelos humanizados fisiologicamente relevantes.

A barreira sangue-retina externa consiste no epitélio pigmentar da retina (RPE), separado pela membrana de Bruch dos coriocapilares ricos em vasos sanguíneos. A membrana de Bruch regula a troca de nutrientes e resíduos entre os coriocapilares e o RPE. 

 

Bioimpressão 3d Para Criar Tecido Ocular

A barreira sangue-retina externa é a interface da retina e da coróide, incluindo a membrana de Bruch e os coriocapilares. Crédito da imagem: National Eye Institute.

 

Na DMRI, depósitos de lipoproteínas, chamados drusas, se formam na porção externa da membrana de Bruch, impedindo sua função. Com o tempo, o RPE se rompe localmente, levando à degeneração dos fotorreceptores e à perda da visão. 

Os cientistas combinaram três tipos de células coroideanas imaturas em um hidrogel: pericitos e células endoteliais, que são componentes-chave dos capilares; e fibroblastos, que dão estrutura aos tecidos. Então, imprimiram o gel em um esqueleto biodegradável e, em poucos dias, as células começaram a amadurecer em uma densa rede capilar.

 

Os resultados

 

No nono dia, o time semeou células epiteliais de pigmento da retina no outro lado do esqueleto. O tecido impresso atingiu a maturidade total no dia 42. Análises de tecido e testes genéticos e funcionais mostraram que o tecido impresso parecia e se comportava de maneira semelhante à barreira hematorretiniana externa nativa. 

Sob estresse induzido, o tecido impresso exibiu padrões de DMRI  precoce, como depósitos de drusas sob o RPE e progressão para DMRI em estágio seco tardio, onde foi observada a degradação do tecido. 

 

Bioimpressão 3d Para Criar Tecido Ocular 2

A barreira sangue-retina externa do olho compreende o epitélio pigmentar da retina, a membrana de Bruch e os coriocapilares. Crédito da imagem: National Eye Institute.

 

Também perceberam a aparência de DMRI úmida induzida por baixo oxigênio, com hiperproliferação de vasos coróides, que migraram para a zona sub-RPE. Os medicamentos anti-VEGF, usados ​​para tratar a DMRI, suprimiram o supercrescimento e a migração desse vaso e restauraram a morfologia do tecido. 

Os cientistas observaram que a presença de células RPE induz mudanças na expressão gênica em fibroblastos que contribuem para a formação de Membrana de Bruch – algo que foi sugerido há muitos anos, mas não tinha sido comprovado até o modelo desenvolvido por essa pesquisa.

 

Próximos passos

 

Bioimpressão 3d Para Criar Tecido Ocular 3

Crescimento de vasos sanguíneos através de linhas impressas de uma mistura de células endoteliais-pericito-fibroblásticas. No dia 7, os vasos sanguíneos preenchem o espaço entre as fileiras, formando uma rede de capilares. Crédito da imagem: Kapil Bharti.

 

A equipe enfrentou alguns desafios técnicos, como a geração de um esqueleto biodegradável adequado e a obtenção de um padrão de impressão consistente por meio do desenvolvimento de um hidrogel sensível à temperatura, que deveria alcançar linhas distintas quando frio e se dissolver quando o gel esquentava. 

A boa consistência das fileiras permitiu um sistema mais preciso de quantificação das estruturas dos tecidos. Eles também otimizaram a proporção de mistura celular de pericitos, células endoteliais e fibroblastos. 

Todo o trabalho resultou em modelos de tecido de retina com muitos usos potenciais em aplicações translacionais, incluindo o desenvolvimento terapêutico. Agora, os cientistas seguem utilizando modelos de barreira sangue-retina impressos para estudar a DMRI.

Além disso, também estão experimentando acrescentar tipos de células adicionais ao processo de impressão, como células imunológicas para modelar melhor o tecido nativo.   

 

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

 

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades sobre bioimpressão 3D para criar tecido ocular.

Congressos de Oftalmologia 2023

Congressos de Oftalmologia 2023

O ano está repleto de eventos de oftalmologia por todo o Brasil. Confira as informações dos congressos 2023 – datas, locais e horários. Aproveite e anote a localização dos estandes da Phelcom Technologies e faça-nos uma visita!

CALENDÁRIO OFTALMOLOGIA 2023 – PRÓXIMOS EVENTOS

CBO 2023 (67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia)

Data: 23 a 26 de agosto de 2023
Local: Centro de Eventos do Ceará
Cidade: Fortaleza/CE
Estande da Phelcom: 23
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

BH Retina Summit

Data: 21 a 23 de setembro de 2023
Local: Hotel Ouro Minas
Cidade: Belo Horizonte/MG
Estande da Phelcom:
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

SOBLEC

Data: 27 e 28 de outubro de 2023
Local: Tivoli Mofarrej São Paulo Hotel
Cidade: São Paulo/SP
Estande da Phelcom: 2
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

A Phelcom não participa apenas de congressos de oftalmologia, mas também de diferentes especialidades nas quais o Retinógrafo Eyer pode entregar valor no diagnóstico. Confira outros congressos nos quais estaremos presente:

XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE AVC

Data: 12 a 15 de outubro de 2023
Local: Viasoft Experience
Cidade: Curitiba/PR
Estande da Phelcom: 18
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

CONGRESSOS QUE A PHELCOM ESTEVE PRESENTE EM 2023

45º SIMASP (Simpósio Internacional Moacyr Alvaro)

Data: 22 a 25 de março de 2023
Local: Transamerica Expo Center
Cidade: São Paulo/SP
Estande da Phelcom: 55
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

REFRATIVA R.I.O.

Data: 29 de março a 02 de abril de 2023
Local: Windsor Barra Hotel
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Estande da Phelcom: 12
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

CNNO (Congresso Norte-nordeste de Oftalmologia)

Data: 30 de março a 01 de abril de 2023
Local: Centro de Convenções de Salvador
Cidade: Salvador/BA
Estande da Phelcom: 3
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

RETINA (BRAVS Meeting)

Data: 28 de abril a 01 de maio de 2023
Local: Windsor Barra Hotel
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Estande da Phelcom: 24
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

XIV CONGRESSO PAULISTA DE NEUROLOGIA

Data: 31 de maio a 03 de junho de 2023
Local: Blue Med Convention Center
Cidade: Santos/SP
Estande da Phelcom: 34
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

XXIX SIMPÓSIO INTERNACIONAL JACQUES TUPINAMBÁ

Data: 11 a 13 de maio de 2023
Local: Centro de Convenções Rebouças
Cidade: São Paulo/SP
Estande da Phelcom: 12
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

BRASCRS

Data: 24 a 27 de maio de 2023
Local: Transamerica Expo Center
Cidade: São Paulo/SP
Estande da Phelcom: 3
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

SULBRA (XVII Congresso Sul-brasileiro de Oftalmologia)

Data: 22 a 24 de junho de 2023
Local: Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort
Cidade: Foz do Iguaçu/PR
Estande da Phelcom: 8
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

XXII CONGRESSO DA SOCIEDADE CAIPIRA DE OFTALMOLOGIA

Data: 29, 30 de junho e 1 de julho de 2023
Local: Expo Dom Pedro
Cidade: Campinas/SP
Estande da Phelcom: 29
Clique aqui e acesse o site oficial do evento

Esperamos poder nos encontrar nos congressos ao longo do ano e trocarmos experiências sobre como a retinografia portátil pode fazer a diferença na vida dos pacientes em todo o mundo! Até lá!

Chatbot para clínicas: como funciona e como implementar?

Chatbot para clínicas: como funciona e como implementar?

O chatbot para clínicas funciona como um atendente virtual que ajuda os pacientes a realizar tarefas mais simples. Por exemplo, marcar uma consulta, perguntar sobre horários de atendimento, solicitar informações sobre tratamentos e exames, dentre outros.

A tecnologia é fácil de usar, pois oferece uma interface de conversação natural, como se o paciente estivesse realmente falando com uma pessoa.

Com isso, a ferramenta promete trazer mais agilidade ao atendimento e satisfação ao paciente, além de aumentar a produtividade da recepção, que conseguirá dedicar mais tempo para demandas mais importantes.  

Em seguida, entenda como funciona o chatbot para clínicas, os benefícios e como implementá-lo no seu negócio.

 

Chatbot para clínicas: como funciona

 

O chatbot usa tecnologia de inteligência artificial e processamento de linguagem natural para entender e responder às perguntas dos pacientes. Tudo isso para adequar a linguagem com o padrão-médio das conversas que os pacientes estão tendo com ele.

Para isso, é necessário oferecer as informações à ferramenta, que podem ser:

  • Perguntas frequentes: horários de atendimento, localização da clínica, informações sobre médicos e especialidades, planos de saúde que aceita, valores etc;
  • Agendamento de consultas: solicitar datas disponíveis e agendar o atendimento diretamente pelo chatbot;
  • Atualização de informações do paciente: endereço, telefone, histórico médico etc.

É claro que algumas questões feitas pelos usuários são diferentes àquelas estabelecidas na primeira programação. Desse jeito, ao notar essa frequência, o próprio chatbot pode sugerir respostas.

Assim, conforme o tempo passa, a programação ficará ainda mais completa e sem a necessidade de intervenção humana.

Os pacientes podem interagir com o chatbot por meio de uma página da web, aplicativo móvel ou através de mensagens nas redes socias, como o Facebook. A ferramenta também pode ser configurada para enviar lembretes automáticos sobre consultas agendadas ou exames programados.

 

 

Chatbot baseado em regras

 

Um chatbot baseado em regras é mais simples, mas também pode ser bastante eficaz. Ele funciona a partir de um conjunto pré-definido de regras ou padrões. Se a pergunta do paciente corresponder a uma dessas regras, ele responde corretamente. Caso contrário, pode pedir por mais informações ou fornecer uma resposta padrão.

Neste caso, recebem uma linguagem de programação específica e podem ser treinados para reconhecer novas regras ou atualizar as existentes. Por isso, é fundamental que essas regras sejam bem pensadas e aprimoradas.

Resumindo, um chatbot baseado em regras é útil para tarefas simples e repetitivas, como responder a perguntas frequentes ou realizar agendamentos. No entanto, têm restrições e podem se tornar rapidamente complexos e difíceis de manter à medida que o número de regras aumenta.

De fato, o chatboot pode ser mais barato em relação aos de inteligência artificial, mas precisa de mais intervenção humana e um bom nível de programação, com mais regras condicionais e verificações extras de funcionamento.

 

Chatbot para clínicas: benefícios

 

As clínicas médicas podem se beneficiar bastante ao automatizar tarefas operacionais. Algumas das principais vantagens são:

 

Aumento da eficiência

Os chatbots respondem rapidamente perguntas comuns dos pacientes, como horários de consulta e informações sobre pagamentos. Isso permite que os funcionários da clínica se concentrem em tarefas mais importantes.

 

Melhoria na experiência do paciente

Ao fornecer informações imediatas e precisas sobre suas consultas, resultados de exames e tratamento, a tecnologia melhora a satisfação dos pacientes e fidelidade ao consultório.

 

Acessibilidade 24/7

A ferramenta funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, o que significa que os pacientes podem obter informações e suporte quando precisarem.

 

Redução de custos

Ao automatizar operações, como agendamento e envio de pedidos de consulta, as clínicas podem reduzir os custos de mão de obra e melhorar a eficiência geral.

 

Melhoria da segurança dos dados

Ao fornecer informações sensíveis por meio de um canal seguro, como um chatbot, os consultórios protegem a privacidade e a segurança dos dados dos pacientes.

Em resumo, o chatbot para clínicas podem ser uma solução eficiente, acessível e segura para melhorar a experiência dos pacientes e aumentar a eficiência operacional.

 

Chatbot para clínicas: como implementar

 

Chatbot Para Clinicas

Foto: Freepik

 

A implementação de um chatbot na clínica médica pode ser um processo simples ao seguir esses passos:

 

1.Identifique as necessidades da clínica

Antes de implementar o chatbot, é importante identificar as necessidades da clínica e as tarefas que o chatbot pode automatizar, como agendamento de consultas, resposta a perguntas comuns dos pacientes e envio de lembretes.

 

2.Escolha uma plataforma de chatbot

Existem várias plataformas de chatbot disponíveis no mercado. É importante escolher a que melhor se adapte às necessidades do negócio.

 

3.Treine o chatbot

Depois de escolher a plataforma, é necessário treinar o chatbot com as regras e as respostas apropriadas. É importante fornecer à ferramenta informações precisas e atualizadas sobre a clínica e seus serviços para garantir que as respostas sejam úteis para os pacientes.

 

4.Integre o chatbot com os sistemas da clínica

É importante integrar a tecnologia com os softwares de gestão, como os de agendamento, pagamentos e o prontuário eletrônico. Assim, você garante que as informações estejam sempre atualizadas e precisas.

 

5.Teste e ajuste o chatbot

Após a implementação, é importante testar o chatbot e ajustá-lo de acordo com as necessidades do consultório. É importante monitorar as conversas com os pacientes e ajustar as respostas quando preciso para garantir que as informações fornecidas sejam úteis.

 

6.Promover o chatbot

Por fim, é importante promover a ferramenta para que os pacientes saibam que ele está disponível para responder às suas perguntas e fornecer informações sobre a sua clínica.

 

Pronto! Sem dúvida, um chatbot para clínica médica é uma ferramenta útil para melhorar a comunicação com os pacientes e tornar o atendimento mais eficiente e conveniente para eles.

 

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

 

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades sobre chatbot para clínicas.

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