Cirurgia de catarata diminui risco de demência em 30%, aponta pesquisa

Cirurgia de catarata diminui risco de demência em 30%, aponta pesquisa

Muitos estudos investigam a relação da perda de visão com problemas como demência, depressão e doença de Alzheimer. Isso porque as disfunções oftalmológicas afetam a qualidade de vida do paciente, provocando isolamento social, dificuldades psicossociais, redução de atividade física e falta de estímulo mental, todos fatores associados ao declínio cognitivo.

Agora, um estudo publicado no JAMA Internal Medicine descobriu que idosos submetidos à operação de catarata têm menores chances de sofrer com demência no futuro.

Em seguida, entenda como foi feita a pesquisa, os resultados e como a catarata pode estar ligada diretamente aos casos de demência.

Catarata e demência – a pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, avaliaram informações de aproximadamente três mil adultos, acima de 65 anos, que participam do estudo The Adult Changes in Thought (ACT) de 1994 a 2018.

Os participantes não apresentavam demência no início do estudo e foram acompanhados a cada dois anos até a ocorrência de demência. Somente os voluntários com diagnóstico de catarata ou glaucoma, antes da inscrição ou durante o acompanhamento, foram inclusos nas investigações.

A média de idade no primeiro diagnóstico de catarata foi de 74,4 anos. Desse total, 59% eram mulheres, 41% homens e 91%, caucasianos.

Resultados

Os pacientes que realizaram a extração da catarata apresentaram 30% menos chances de desenvolver demência posterior. Por pelo menos 10 anos, os voluntários não sofreram com a doença. A coordenadora da pesquisa, Cecilia S. Lee, afirmou que “nenhuma outra intervenção sinalizou uma associação tão forte com a redução do risco de demência em indivíduos mais velhos”.

Ao considerar as associações relativas de: extração de catarata, educação adicional, raça branca, história de tabagismo, sexo e a presença de um gene denominado APOE e4, a única covariável que foi mais protetora do que a cirurgia de catarata foi a presença do gene.

Os cientistas acreditam que a melhoria da qualidade sensorial das pessoas operadas contribua para o prognóstico favorável. Outra possibilidade é o fato de os indivíduos receberem mais luz azul. “Há células na retina, relacionadas à cognição e que regulam os ciclos de sono, que respondem bem à luz azul. A catarata bloqueia a luz azul e a cirurgia pode reativar essas células”, afirma Lee.

Os cientistas ressaltam que vários mecanismos hipotéticos podem estar subjacentes à associação entre a extração de catarata e o risco de demência. Porém, os resultados podem auxiliar no cuidado de pessoas idosas com visão ruim devido à catarata e com cognição prejudicada por causa de demência.

Mesmo assim, são necessários mais estudos para investigar a relação entre a extração de catarata e o risco de demência.

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

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Google ADS para médicos: conheça os benefícios e como fazer

Google ADS para médicos: conheça os benefícios e como fazer

O Google ADS para médicos é uma ferramenta que ajuda na captação de novos pacientes para seu consultório. Todos sabemos que é no Google que as pessoas procuram o que fazer, aonde ir, o que comprar e até qual médico escolher. Com esse recurso, seu anúncio pode ser exibido no momento exato em que uma pessoa estiver pesquisando serviços como o seu.

Assim, você pode aumentar as visitas no site, os agendamentos e, consequentemente, o número de pacientes. Mas, como atrair mais clientes com o Google ADS para médicos? Veja como neste artigo.

Google ADS para médicos: como funciona

O Google Ads é uma plataforma de anúncios do Google. Ele permite criar anúncios on-line com links patrocinados, que vão aparecer para o usuário conforme as palavras-chaves usadas na pesquisa.

Dessa forma, sua publicidade pode aparecer nos vídeos do YouTube, no buscador do Google, em sites relacionados à sua área de atuação, aplicativos etc. Tudo vai depender da estratégia definida por você ou sua equipe.

A posição do seu anúncio no Google dependerá de três fatores: relevância da palavra-chave ao assunto buscado, assim como a qualidade do anúncio e da página de destino; o lance máximo do CPC (custo por clique), um comparativo do anunciante com o valor mais alto por clique; e o Ad rank, um valor médio entre os dois anteriores.

A ferramenta também entrega as métricas das campanhas realizadas. Desse modo, é possível avaliar quantas impressões e cliques o anúncio teve, além de conseguir identificar os usuários que clicaram. Assim, permite descobrir qual tipo de anúncio teve o melhor desempenho e controlar melhor o retorno dos seus investimentos on-line.

Aliás, a cobrança pelo anúncio só ocorre quando receber cliques. Além disso, você também pode limitar o valor gasto por cada clique recebido.

Google ADS para médicos

Google ADS para médicos: como fazer

Em seguida, veja o passo a passo de como criar campanhas on-line com o Google ADS:

  1. Defina o público-alvo

Quais pacientes você quer atrair? Informações como idade, profissão, localidade, nível de escolaridade e renda ajudam a criar o seu público-alvo.

  1. Crie as personas

Personas são perfis ideais, detalhados, do paciente que deseja atrair. Além das informações acima, é preciso analisar estilo de vida, hábitos, comportamentos, frustrações, dificuldades, lazer etc.

  1. Faça a campanha

Com as personas em mãos, você consegue definir qual tipo de mídia é mais consumido e fazer anúncios por lá. Exemplo: blogs e YouTube.

  1. Escolha as palavras-chaves

Esse passo é fundamental para seu anúncio aparecer ou não para sua persona. Aqui, você precisa definir as palavras-chaves que mais tem relação com a sua especialidade e que deve chamar a atenção do seu paciente em potencial.

  1. Selecione seu objetivo

Já na ferramenta, ajuste seu anúncio com base nos resultados desejados, como receber mais chamadas na sua clínica, atrair mais pacientes ou direcionar as pessoas ao seu site.

  1. Decida onde anunciar

Você decide onde quer exibir os anúncios e o Google mostrará para as pessoas certas.

  1. Crie sua mensagem

Mostre o que seu consultório tem de especial em três frases curtas para conquistar os pacientes ou adicione imagens para criar anúncios de banner atraentes.

  1. Defina seu limite de orçamento

Você nunca pagará mais do que seu orçamento mensal e poderá ajustar ou pausar quando quiser. Além disso, a plataforma mostra os resultados estimados com base no orçamento escolhido.

O Google Ads pode ser uma ferramenta que ajuda a encontrar formas de melhorar seus anúncios e gerar melhores resultados, liberando assim o médico para se concentrar naquilo que ele mais sabe: atender pacientes.

Também fornece relatórios, insights e dicas para você acompanhar seu progresso e otimizar ainda mais os anúncios.

Outra dica é criar o Google Meu Negócio, ferramenta gratuita e fácil de usar que possibilita que instituições de saúde gerenciem a presença on-line no Google, inclusive na Pesquisa e no Maps.

Para isso, é possível criar um verdadeiro perfil do seu negócio com todas os dados essenciais. Desse modo, quando pesquisarem diretamente pelo seu nome ou do consultório ou por palavras-chaves relacionadas à sua especialidade, o Google mostrará o seu perfil profissional.

Veja o passo a passo para criar o seu perfil neste artigo.

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

Acompanhe o blog da Phelcom e veja dicas de como melhorar a estratégia de marketing digital de consultórios e clínicas médicas.

Realidade Aumentada na saúde pode gerar mais precisão diagnóstica e em procedimentos

Realidade Aumentada na saúde pode gerar mais precisão diagnóstica e em procedimentos

A Realidade Aumentada na saúde permite uma combinação em tempo real de imagens nunca antes conseguida, gerando novas possibilidades no diagnóstico de doenças e podendo aumentar a precisão nos procedimentos cirúrgicos. Ou seja, tem potencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Em tempo real, a tecnologia mostra o mundo material sobreposto com imagens feitas por computador, possibilitando observações compostas bastante aperfeiçoadas.

Para isso, são utilizadas câmeras de smartphones, tablets, óculos inteligentes e até capacetes de última geração que dispensam o uso das mãos no comando de interfaces em sistemas e aplicativos.

Para você ter uma ideia, há uma forte tendência no emprego de Realidade Aumentada (RA) neste setor, de acordo com o Journal of Med Internet Research (JMIR). Mesmo o uso por médicos e instituições ainda caminhando devagar, existe um número cada vez maior de aplicações de RA na medicina.

Em seguida, conheça as vantagens da utilização de Realidade Aumentada na saúde e alguns cases de sucesso.

Realidade Aumentada x Realidade Virtual

Primeiro, é importante entender a diferença entre Realidade Aumentada e Realidade Virtual (RV).

RV é um ambiente simulado por computador que proporciona efeitos visuais, sonoros e até táteis ao usuário. Dessa forma, permite a imersão completa no cenário virtual, como se a pessoa realmente estivesse presente ali. Para isso, utiliza tecnologias com displays estereoscópicos, como os populares headsets (óculos especiais que transmitem a simulação).

Já a RA integra o físico e o virtual ao sobrepor imagens computadorizadas no mundo real, por meio de softwares e dispositivos. Por exemplo, o aplicativo Google Glass pode ser acessado pelo próprio celular ou tablete do usuário. Há também o famoso jogo Pokémon Go, em que os jogadores procuravam pokémons virtuais em ambientes do mundo real usando a câmera do celular.

Realidade Aumentada na saúde: vantagens

Sem dúvida, há inúmeras vantagens do uso de RA na saúde. Uma delas é facilitar o acesso ao histórico médico do paciente em emergências ou na mesa de cirurgia, por exemplo. A sobreposição de imagens também pode permitir uma maior precisão na localização do sítio de interesse em procedimentos cirúrgicos e, desse modo, menos riscos ao paciente. Neste caso, é possível integrar exames de imagens e enxergar melhor cada detalhe dos órgãos no pré-operatório e, assim, ter mais sucesso na cirurgia.

Aliás, a tecnologia é uma grande aliada da telemedicina. Por exemplo, especialistas podem instruir outros médicos à distância em operações mais complexas. Outra vertente é a medicina diagnóstica, pois o paciente pode compreender melhor o diagnóstico e o tratamento recomendado.

A RA tem sido utilizada também na triagem digital de pacientes que sofreram acidentes. Nestes casos, ajuda ortopedistas na realização de cirurgias artroscópicas em ombros e no treino de internos e residentes na realização de ultrassom no local de atendimento.

A neurocirurgia é uma das especialidades mais avançadas no emprego de RA, com relatos de ressecção de tumores, cirurgias neuro vasculares abertas, procedimentos na coluna vertebral, localização de cateteres ou sondas, ressecção cortical em epilepsia e aneurismas envolvendo trajetórias incomuns ou ramificações ocultas.

Em hospitais e clínicas, a tecnologia auxilia no suporte remoto ao possibilitar que técnicos e equipes no local ganhem ajuda especializada necessária para instalação, configuração, manutenção, solução de problemas e reparo de equipamentos hospitalares sensíveis e especializados.

Ensino na medicina

realidade aumentada na saúde

Por meio da Realidade Aumentada na saúde, é possível ver detalhes do corpo humano e treinar procedimentos de modo repetitivo e preciso.  

Estudante, imagine praticar cirurgia em um ambiente virtual? A Universidade de Stanford possui um simulador que permite o treinamento mais completo para o futuro cirurgião.

Para os pesquisadores, um ambiente cirúrgico virtual tridimensional pode permitir um planejamento e ensaio pré-operatório aprimorado. Desse modo, melhora os resultados do paciente, diminui as taxas de complicações e aprimora as habilidades técnicas.

O Stanford Virtual Surgical Environment (VSE) é desenvolvido para procedimentos rinológicos. A tecnologia permite que o cirurgião interaja com reconstruções tridimensionais específicas do paciente de conjuntos de dados de TC de seio nasal usando um dispositivo de interface háptico modificado, acionando um endoscópio virtual.

No Brasil, também há opções de simuladores. Por exemplo, o Eyesi é voltado para treinamento de cirurgia intraocular de catarata e procedimentos vítreo retinianos. Apresenta score de performance e avalia tremor, precisão do movimento e repetitividade, dentre outras análises. Com isso, é uma boa ferramenta para a prática de residentes e a introdução de novas técnicas em cirurgia oftalmológica.

Há também os sistemas cirúrgicos para cirurgia robótica da Vinci, que já estão na quarta geração. A tecnologia realiza cirurgias minimamente invasivas em diferentes procedimentos. Uma de suas ferramentas é um console – inspirado nos simuladores de voo – em que os médicos visualizam as imagens em 3D de alta definição e fazem os movimentos operatórios com as próprias mãos, que são transmitidos para o robô.

Outra aplicação é o treinamento e requalificação de estudantes, residentes e especialistas em atendimento ou dentro do centro cirúrgico. Dessa forma, é possível realizar uma análise etnográfica da atuação do profissional, que fica sozinho durante o procedimento, por meio da captação das imagens por câmera instalada no local.

Soluções de Realidade Aumentada na saúde

No mercado, já existem soluções bem interessantes de RA.

Por exemplo, o aplicativo EyeDecide permite ver o globo ocular de qualquer ângulo apenas tocando diretamente na imagem gerada no tablet e girando-o com o dedo. É possível também reduzir, expandir, mover ou fazer anotações no olho em quase todas as direções. Tudo isso auxilia na simulação de diversos distúrbios e ajuda na precisão do diagnóstico.

Já o app Anatomy 4D possibilita explorar mais de duas mil estruturas anatômicas. Sem dúvida, auxilia estudantes e faculdades de medicina.

Mesmo com todas as vantagens, a Realidade Aumentada na saúde ainda é relativamente nova e não é empregada fortemente na área. Entretanto, conforme prova seu valor para a qualidade do atendimento ao paciente, logo as tecnologias de RA entrarão mais forte no setor médico.

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

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”O Eyer é um divisor de águas na detecção e tratamento da retinopatia diabética e outras doenças da retina”, afirma Gustavo Melo

”O Eyer é um divisor de águas na detecção e tratamento da retinopatia diabética e outras doenças da retina”, afirma Gustavo Melo

No início de 2019, um colega apresentou o smartdevice Phelcom Eyer ao oftalmologista e especialista em retina Gustavo Melo. Acoplado a um smartphone, o equipamento realiza exames de fundo do olho com alta qualidade, em poucos minutos e sem necessidade de dilatação da pupila. Por ser conectado à uma plataforma on-line, o Eyer Cloud, permite o diagnóstico remoto e garante a segurança dos dados na nuvem.

“Investi na tecnologia por acreditar que seria um aparelho que poderia revolucionar a maneira como se rastreia e diagnostica a retinopatia diabética na população que não costuma ser monitorada com a devida regularidade nos consultórios oftalmológicos”, conta.

Hoje, Melo já realizou mais de dois mil exames com os dois aparelhos que possui. Um deles é utilizado em uma clínica endocrinológica para rastreamento de pacientes com diabetes. “Os que apresentam alguma alteração são encaminhados para avaliação oftalmológica detalhada. Já os que possuem taxas normais são reexaminados anualmente”, explica.

Oftalmologista Gustavo Melo

O segundo Eyer é usado para rastreamento de retinopatia diabética em unidades públicas de saúde em Aracaju (SE) e cidades do interior do estado, em ações voluntárias por meio de parceria com gestores públicos. “A finalidade é ser uma forma contínua de realizar campanhas de detecção precoce e conscientização sobre a doença”, afirma.

Além disso, Melo revela que, em conjunto com o oftalmologista Fernando Malerbi, está desenvolvendo um projeto para rastreamento e tratamento de retinopatia diabética na população de 13 munícipios do sertão sergipano. A ação será em parceria com a ONG norte-americana Retina Global e a Phelcom Technologies, startup responsável pelo Eyer.

“Acho que o Eyer é um marco revolucionário no atendimento primário, pois poderá alterar a forma como os gestores de saúde previnem a cegueira por retinopatia diabética”, avalia. Para o oftalmologista, o uso do equipamento também no SUS deve diminuir o custo da avaliação por paciente.

Phelcom Eyer

Imagem feita pelo oftalmologista Gustavo Melo com o Eyer.

Sobre as vantagens da tecnologia, Melo relata que o manuseio é muito fácil, as imagens têm alta qualidade e o custo-benefício é excelente. Em relação à plataforma on-line EyerCloud, o médico ressalta a interface muito amigável e processamento extremamente veloz. “Talvez essa ferramenta seja uma das melhores características do Eyer”, afirma.

O Phelcom Eyer é integrado ao Eyer Cloud, permitindo o armazenamento e gerenciamento dos exames dos pacientes. Todos os dados capturados pelo equipamento são sincronizados automaticamente com o sistema, permitindo que subam para a nuvem com total segurança.

Dentre as principais funcionalidades, estão a possibilidade de separar as informações de pacientes com mais de uma clínica e visualizar ambos dentro da plataforma; localizar um paciente por nome ou data do exame; e criar templates de laudos com modelos pré-prontos disponíveis no sistema.

Se não houver acesso à internet no momento do exame, as imagens ficam salvas no aparelho e são enviadas para a nuvem assim que houver conexão.

A ferramenta pode ser acessada no próprio aparelho ou por celular, tablet e computador.

Imagem feita pelo oftalmologista Gustavo Melo com o Eyer.

Sobre o suporte para lâmpada de fenda da Phelcom, que permite a fixação do Eyer, o oftalmologista conta que facilita bastante a realização dos exames por manter o aparelho estático. E, com a pandemia do novo coronavírus, também evita o contato da mão do operador com a pele do paciente.

“O Eyer é um verdadeiro divisor de águas na forma como se detecta e trata retinopatia diabética, assim como outras doenças da retina”, finaliza Melo.

Phelcom Technologies

O Eyer é o primeiro equipamento da Phelcom Technologies, startup que une tecnologia e saúde, com sede em São Carlos (SP). Cria dispositivos portáteis, conectados e vestíveis com o propósito de democratizar o acesso à saúde, oferecendo mais com menos e para mais pessoas.

Imagem feita pelo oftalmologista Gustavo Melo com o Eyer.

Eyer: mais de 500 mil pessoas tem acesso à exames de retina com aparelho portátil

Eyer: mais de 500 mil pessoas tem acesso à exames de retina com aparelho portátil

No mundo, 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia. Os dados são do primeiro Relatório Mundial sobre Visão, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isto demonstra a falta de acesso à saúde no mundo todo, principalmente em países subdesenvolvidos, como atendimento, exames, diagnóstico precoce e tratamento efetivo.

“E se criássemos dispositivos portáteis, conectados e vestíveis com o objetivo de democratizar o acesso à saúde, oferecendo mais, com menos, e para mais pessoas?”. Assim, nasceu a startup Phelcom Technologies, com sede em São Carlos (SP). A primeira tecnologia desenvolvida pela empresa é o smartdevice Phelcom Eyer, que facilita a realização de exames oftalmológicos, como fundoscopia e mapeamento da retina.

Lançado há dois anos e meio, o Eyer já alcançou 500 mil pessoas em todo o Brasil e em países como Estados Unidos, Chile e Japão. “Muitos desses pacientes não tinham acesso aos exames oftalmológicos. Hoje, só no Brasil, quase 85% das cidades não possuem oftalmologistas e aparelhos que ajudam no diagnóstico de doenças oculares. O nosso objetivo com o Eyer é possibilitar o atendimento de comunidades que têm acesso limitado a esse tipo de exame não apenas aqui, mas em todo o mundo”, explica o CEO da Phelcom, José Stuchi.

Phelcom Eyer

O smartdevice Phelcom Eyer tem inteligência artificial (IA) embarcada e funciona por meio de tecnologia móvel e telemedicina. Acoplado a um smartphone, realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.

Por ser integrado à nuvem, disponibiliza automaticamente os dados na plataforma on-line EyerCloud. Dessa forma, possibilita o armazenamento e gerenciamento dos exames dos pacientes. Além disso, o diagnóstico pode ser feito por um médico localizado em qualquer lugar do mundo.

Mais de 40 mil exames já foram realizados com o Eyer em todo o Brasil. Ao todo, há 43 mil pacientes cadastrados do SUS, ações sociais e mutirões, como o Mutirão de Diabetes de Itabuna (BA), consultórios e instituições como USP, Unifesp, Hospital Albert Einstein, Santa Casa de São Paulo e Bayer, dentre outros.

Mesmo com tecnologias de ponta aplicadas na produção do aparelho, a portabilidade e o tamanho reduzido permitem que o Eyer apresente um custo até dez vezes mais baixo em relação aos retinógrafos tradicionais.

A portabilidade, a rapidez e facilidade para realizar os exames, a alta qualidade das imagens e o preço extremamente acessível fazem do Eyer um recurso fundamental no atendimento primário. “A possibilidade de realizar exames em vários locais democratiza o acesso à saúde, principalmente em regiões com pouca infraestrutura de serviços de qualidade na área, como médicos, profissionais de saúde, equipamentos e medicamentos”, avalia o COO da Phelcom, Flavio Pascoal Vieira.

A maior rapidez na realização dos exames de retina também reduz o tempo de atendimento, custos operacionais e diminui o deslocamento de pacientes a hospitais e grandes centros urbanos.

“Tudo isso somado influencia diretamente no aumento da prevenção e diagnóstico precoce de doenças como retinopatia diabética, glaucoma, catarata, degeneração macular relacionada à idade, retinoblastoma, deslocamento da retina e retinopatia da prematuridade, dentre outros. Dessa forma, é possível evitar milhões de casos de cegueira devido à falta de identificação e acesso ao tratamento correto”, afirma o CTO da Phelcom, Diego Lencione.

Inclusive, o Phelcom Eyer foi um dos vencedores do renomado World Summit Awards (WSA) 2020, na categoria Health & Well-Being. A premiação global reconhece a inovação digital local que contribui para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) das Nações Unidas. Ao todo, 40 soluções, de 26 países, foram contempladas nessa edição.

“Este reconhecimento demonstra que os nossos valores e esforços para mudar a realidade da saúde visual no mundo estão alinhados com os objetivos de outras pessoas e instituições, como a ONU e o WSA. Podemos causar grande impacto com nossa solução, pois temos um apelo social muito grande para essa realidade mundial”, afirma Stuchi.

Para desenvolver o seu primeiro produto, a startup recebeu aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Programa de Promoção da Economia Criativa da Samsung. Além disso, conta com o apoio das incubadoras Supera Parque e Eretz.bio, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Ações sociais e mutirões

Há três anos, o famoso Mutirão Unidos pelo Diabetes, de Itabuna (BA), que atende milhares de pessoas, recorre ao Eyer para avaliar possíveis complicações da doença nos olhos, como retinopatia diabética.

A Phelcom disponibiliza os aparelhos, fornece treinamento prévio, ajuda na estratégia de montagem de laudos usando o Eyer Cloud e coloca à disposição a equipe de engenheiros para suporte durante a ação.

Diversas ações sociais também utilizam o aparelho para levar mais saúde para todo o país. A expedição realizada pelo Barco Hospital São Francisco, na região do município de Terra Branca (PA), no final de 2019, também contou com o Eyer. A oftalmologista Mariana Lafetá, uma das voluntárias nessa viagem, fala que o equipamento auxiliou no diagnóstico de doenças como catarata, glaucoma e retinopatia diabética, dentre outras.

“É fácil realizar os exames, tirar as fotos, encontrá-las nos arquivos e armazenar depois. Podemos também enviar ou imprimir as imagens, o que considero muito interessante, além de conseguirmos acessar de qualquer lugar com internet”, analisa.

O oftalmologista Fernando Korn Malerbi também usou o Eyer em uma expedição para três reservas indígenas do Estado do Mato Grosso, no início de 2020. Ao todo, o médico avaliou 193 índios. Dentre as principais doenças encontradas, estão retinopatia diabética e catarata.

“A experiência com o equipamento foi muito boa, principalmente pela portabilidade e facilidade de uso”, avalia. Ele relembra que já esteve envolvido em outros projetos com o smartdevice para diagnóstico de retinopatia diabética. “Acredito que o Eyer seja muito relevante para esse tipo de ação, representando uma alternativa importante para rastreamento de populações que vivem em áreas remotas”, conclui.

Cigarro e olhos: fumaça pode matar células, revela estudo

Cigarro e olhos: fumaça pode matar células, revela estudo

Que o cigarro faz muito mal à saúde, todos já sabem. Inclusive, para os olhos. Por exemplo, a fumaça é um fator de risco para várias doenças como a síndrome do olho seco, glaucoma, catarata e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Mas agora um estudo realizado no Japão revelou que a fumaça também pode causar a morte das células da córnea dos fumantes ativos e também dos passivos. A pesquisa foi publicada recentemente no periódico Sientific Reports, vinculado à Revista Nature.

Em seguida, entenda como foi feito o trabalho que correlacionou cigarro e olhos, os resultados e quais os próximos passos.

Cigarro e olhos – a pesquisa

Cientistas da Universidade Farmacêutica Gifu, no Japão, criaram em laboratório culturas de células do epitélio da córnea humana e expuseram parte delas a um extrato da fumaça do cigarro e do aerossol do PTA, que continham a maioria dos ingredientes inalados pelos fumantes.

Após 24 horas, o número de células mortas nas culturas expostas à fumaça e aos aerossóis foi maior do que em comparação àquelas que não interagiram com as substâncias. Ao entrar em contato com os componentes do cigarro, a ferritina dentro das células oculares se decompõe, liberando o ferro armazenado.

Os resultados

A exposição aos componentes da fumaça do cigarro gera um acúmulo de ferro, que mata as células do epitélio da córnea. A mesma reação foi observada com o aerossol produzido pelos produtos de tabaco aquecido (PTA). Embora diferentes dos cigarros eletrônicos, estes também exigem um dispositivo eletrônico para o uso e nem sempre vêm com nicotina.

Geralmente, a fumaça do cigarro não provoca problemas permanentes. Contudo, a exposição contínua pode causar ferimento na córnea, como o leucoma e até levar à cegueira.

Apesar dos resultados importantes do estudo sobre cigarro e olhos, ainda são necessárias mais pesquisas, principalmente em seres humanos, para confirmar os achados.

Com informações da Agência Einstein.

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais pesquisas sobre cigarro e olhos.

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