Em outubro do ano passado, a ONG Doutores da Amazônia realizou uma missão com um objetivo especial: levar atendimento oftalmológico completo e gratuito para aproximadamente 500 indígenas da Aldeia Marmelos, no Amazonas.
A ONG oferece acesso a saúde para as comunidades indígenas brasileiras por meio de atendimentos especializados, técnicas e equipamentos modernos e avançados e profissionais de alta competência, sempre respeitando a ancestralidade de suas culturas e valores. Desde sua fundação, em 2015, já realizou mais de 64 mil atendimentos e procedimentos médicos e odontológicos.
Para documentar o fundo do olho e o segmento anterior dos pacientes, a equipe médica voluntária utilizou o smartdevice Phelcom Eyer. O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Por ser integrado à nuvem, disponibiliza automaticamente os dados na plataforma online EyerCloud para serem analisados por um especialista em qualquer lugar do mundo. Ou seja, permite o diagnóstico remoto.
“Além de ser portátil e não necessitar de internet no momento do exame, o Eyer otimiza os atendimentos e faz toda a documentação dos pacientes, o que permite acompanhá-los de forma correta. Essencial para qualquer ação em áreas remotas”, ressalta a oftalmologista Jade Fernandes de Melo, uma das voluntárias do projeto.
As principais doenças da retina diagnosticadas pela ONG foram retinopatia diabética, glaucoma, Doença Macular Relacionada à Idade (DMRI) e hialose asteroides, dentre outras. Os médicos também detectaram catarata, alterações refrativas e pterígios. Os pacientes foram encaminhados para tratamento na Saúde Indígena.
Melo avalia o aparelho como de fácil manuseio, autodidático, excelente qualidade de imagens e essencial no atendimento primário. “O Eyer pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas ao levar acesso oftalmológico para comunidades remotas e com déficit em infraestrutura de saúde”, acredita Melo.
Em seguida, entenda como foi feito o estudo publicado recentemente na revista Nature, os resultados e como olhos e infarto podem estar ligados.
Olhos e infarto: pesquisa e resultados
Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, treinaram um sistema de IA para estimar a massa e o volume diastólico final do ventrículo esquerdo da retina com o objetivo de encontrar biomarcadores de doença cardíaca.
Usando apenas imagens da retina e dados demográficos dos pacientes, foi possível antecipar em um ano o diagnóstico de infarto do miocárdio. A IA alcançou precisão entre 70% e 80%. Desse modo, o exame de retina pode ser uma segunda opção para detecção de problemas cardíacos cardiovasculares.
Atualmente, as doenças do coração são diagnosticadas por ecocardiograma ou ressonância magnética, exames com custos muito mais altos em comparação à fundoscopia. Além disso, a doença foi responsável por 30% dos óbitos no Brasil no último ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
“As varreduras de retina são baratas e rotineiramente usadas em muitas clínicas de oftalmologia. Como resultado da triagem automatizada, os pacientes com alto risco de adoecer podem ser encaminhados para serviços cardíacos especializados. Assim, essa técnica pode revolucionar o rastreamento de doenças cardíacas, que são a principal causa de morte precoce em todo o mundo”, ressalta o supervisor da pesquisa e professor da Universidade de Leeds, Alex Frangi.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades sobre olhos e infarto.
Nos últimos anos, observamos o emprego cada vez maior da tecnologia na saúde. Porém, em 2020, a pandemia do novo coronavírus forçou a adoção imediata de alternativas para enfrentar a doença e manter o atendimento dos demais pacientes.
Desse modo, as soluções tecnológicas vêm sendo ainda mais aprimoradas e novas ferramentas são lançadas no mercado constantemente, ainda mais com a implantação do 5G no Brasil.
Em seguida, conheça 9 tendências em tecnologia na saúde para este ano.
Hoje, muitos profissionais aderiram à ferramenta. Aproximadamente 40% das consultas feitas no segundo trimestre de 2021 aconteceram on-line, segundo levantamento da CB Insights.
Dessa forma, é possível atender pacientes em locais remotos, realizar mais consultas e reduzir os custos. Entretanto, é necessário garantir a segurança dos dados do paciente em todo o processo, além de um bom atendimento. Como solução, há diversas opções de sistemas de telemedicina que oferecem desde teleconsulta à gestão integrada de todo o consultório.
2. Inteligência artificial
O uso de inteligência artificial na saúde se mantém como uma das principais tendências em tecnologia na saúde também neste ano. De fato, a solução vem apresentando resultados positivos e promissores que comprovam que o futuro é cada vez mais tecnológico e orientado por dados.
Como exemplo, há cada vez mais ferramentas que utilizam o princípio de aprendizado de máquina. Esse processo de aprendizagem profunda tem início com observações dos dados com o objetivo de encontrar padrões e, assim, fornecer os melhores resultados sozinho.
Para isso, a máquina é treinada com uma grande quantidade de dados e algoritmos para desenvolver a habilidade de aprender como executar a tarefa automaticamente, sem intervenção humana ou com poucas instruções. Em seguida, um especialista avalia os apontamentos da máquina e fecha o laudo.
De fato, essa tecnologia pode aumentar a produtividade na saúde e alcançar melhores resultados. Diversas áreas devem se beneficiar ainda mais da IA, como a genômica, medicina de precisão, imagem, descoberta de medicamentos e de novos tratamentos.
Com isso, a inteligência artificial consegue entregar mais rapidez, precisão, qualidade, acessibilidade e redução de custos para pacientes, profissionais e instituições envolvidas.
3. Telediagnóstico
Sem dúvida, uma das áreas da saúde digital que mais cresce no país é o telediagnóstico. Neste ano, a tendência é ter ainda mais adesão e aprimoramento. Isso porque a tecnologia otimiza o processo de emissão de laudos de exames ao facilitar o acesso a especialistas e garante a efetividade da análise e a segurança dos dados.
Os exames são disponibilizados nas plataformas on-line em alta resolução devido a integração de aparelhos digitais, softwares modernos e equipamentos portáteis. Dessa forma, garante laudos assertivos e seguros, assinados digitalmente pelo especialista responsável.
O compartilhamento das informações de saúde do paciente acontece exclusivamente em plataformas autorizadas, que garantem a segurança de dados. Vale ressaltar que essas ferramentas são homologadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A tecnologia gera diversas vantagens aos médicos e instituições de saúde, como procedimentos mais precisos e reprodutíveis. De fato, o conhecimento do médico aliado à robótica torna o procedimento mais seguro, rápido e com menos dor e trauma ao paciente.
A tecnologia é empregada desde robôs-cirurgiões, guiados por especialistas, até em softwares médicos. A oftalmologia é uma das áreas com mais soluções em robótica. Há sistemas que aumentam a visualização do olho por parte do cirurgião, o que auxilia na precisão de cirurgias oftalmológicas.
Outra facilidade é a utilização de filtros digitais para personalizar a visualização durante o procedimento, aumentando a imagem das estruturas oculares e camadas de tecido, e robôs voltados para cirurgia de catarata e transplante de córnea.
5. Internet das coisas (IoT)
A Internet das Coisas (IoT) ganha ainda mais espaço neste ano na área de tratamento e diagnóstico. Porém, só avançará com investimentos públicos e privado.
A tecnologia é aplicada a objetos, componentes e dispositivos médicos conectados à internet que coletam dados dos pacientes em tempo real. Também são conhecidos como aplicativos de monitoramento e wearables.
Assim, possibilita o atendimento remoto, oferece mais informações para rastreamento e prevenção de doenças crônicas, dá mais controle aos pacientes e médicos e facilitam a troca de dados, dentre outros benefícios.
Essa abordagem inclui monitores de ECG e EKG e medições médicas como temperatura da pele, frequência cardíaca, controle calórico, nível de glicose e leituras de pressão arterial.
6. Realidade aumentada
A realidade aumentada permite ver, em tempo real, elementos virtuais sobre o ambiente físico de forma extremamente aprimorada. Para isso, utiliza dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets, óculos e até capacetes para visualizar e manipular objetos reais e virtuais sem o uso das mãos, apenas pela interface do sistema.
O NGenuity é um sistema de televisão que captura a imagem do microscópio. Apresenta duas imagens, divididas por filtros polarizados, em que é possível colocar os óculos 3D e operar olhando diretamente para a tela ao invés do microscópio.
Sem dúvida, tem grande potencial para melhorar os serviços em saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, é uma das tendências em tecnologia na saúde em 2022.
Como exemplo, fornece imagens em 3D em tempo real para médicos, o que pode beneficiar nos procedimentos. Estudantes e especialistas também podem aprender mais sobre técnicas cirúrgicas por meio de sobreposições. Outra vertente é auxiliar médicos nos diagnósticos.
7. Realidade virtual
Realidade virtual (RV) é um ambiente simulado por computador que proporciona efeitos visuais, sonoros e até táteis ao usuário. Dessa forma, permite a imersão completa no cenário virtual, como se a pessoa realmente estivesse presente ali. Para isso, utiliza tecnologias com displays estereoscópicos, como os populares headsets (óculos especiais que transmitem a simulação).
Por suas características, tem ganhado espaço em diversas áreas. Inclusive, na saúde. Uma de suas aplicações é no tratamento de dor. Especialistas verificaram que o uso da terapia da realidade virtual enche o cérebro com tanta informação que não deixa espaço para processar as sensações de dor na mesma hora.
Muito além de distração, a técnica oferece uma experiência multissensorial que envolve o paciente em um nível muito mais profundo do que assistir TV ou ler, por exemplo. Um dos primeiros programas de RV é voltado para tratamento de queimaduras. A terapia também é estudada para o momento do parto e no tratamento de doenças cardiológicas, neurológicas, gastrointestinais e crônicas. Além de ser um instrumento altamente promissor, possui baixo custo.
Outras aplicações são no tratamento de fobias, ansiedade, depressão, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), dor fantasma, fisioterapia, reabilitação cognitiva, qualidade de vida para idosos e pacientes e treinamentos médicos.
Foto: Freepik
8. Medicina em 5G
A chegada do 5G no Brasil pode otimizar ainda mais a gestão na área de saúde. Isso porque pode ser possível o processamento e análise de uma grande quantidade de dados médicos, ajudando na tomada de decisões.
Outra aplicação é uma possível autonomia futura de robôs-cirurgiões em procedimentos médicos.
9. Healthtechs
Sem dúvida, uma das tendências em 2022 é a consolidação das empresas e startups voltadas para tecnologia em saúde. As healthtechs cresceram absurdamente nos últimos anos e hoje somam US$ 430 milhões em investimentos desde 2014, de acordo com a pesquisa HealthTech Report Brasil 2020.
Esses negócios têm como objetivo resolver problemas do setor de saúde. Para isso, oferecem soluções inovadoras que melhoram o acesso à saúde e a qualidade de vida dos pacientes, que vão desde sistemas de diagnóstico por Inteligência Artificial (IA) até remédio digital.
Além disso, atuam na gestão otimizada de entidades públicas da saúde, consultórios médicos inteligentes, tecnologias avançadas para exames clínicos e laboratoriais, autoatendimentos e autocuidados.
Sem dúvida, a saúde digital deve facilitar os serviços de medicina, favorecendo o atendimento, tratamento e diagnóstico. Em todas as áreas desse setor, o uso avançado das soluções tecnológicas será vital para que os serviços médicos aconteçam da melhor maneira.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Em parceria com a ONG Retina Global, médicos planejam realizar exames de retinografia digital e mapeamento da retina em mais de 15 mil pacientes diabéticos no interior de Sergipe.
No ano passado, a ONG Retina Global interessou-se pelo desenvolvimento de um projeto social para o diagnóstico e tratamento de retinopatia diabética no Brasil. A instituição norte-americana atua na criação de soluções sustentáveis para o controle de doenças da retina em áreas carentes do mundo todo.
Assim, em parceria com os oftalmologistas Fernando Malerbi e Gustavo Melo, surgiu o projeto Iluminar para rastreamento e tratamento de retinopatia diabética em 13 munícipios do sertão de Sergipe. A região foi escolhida pelo grupo pelo histórico de pobreza relacionada à seca e pela falta de assistência oftalmológica na saúde pública.
Até o momento, mais de 700 pessoas passaram por exames de retina nas cidades de Itabi, Graccho Cardoso e Canindé de São Francisco. “Aproximadamente 150 pacientes foram submetidos a um novo exame de mapeamento da retina com a equipe de retinólogos no local. Desses, 50 foram encaminhados para tratamento com fotocoagulação a laser”, ressalta um dos líderes do projeto, o oftalmologista Gustavo Melo.
Os mutirões contam com dois técnicos de saúde, cerca de dez funcionários das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada município e quatro oftalmologistas voluntários, sendo que parte emite os laudos de forma remota.
As imagens da retina são feitas com o smartdevice Phelcom Eyer. Acoplado a um smartphone, o aparelho realiza exames com alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Por ser integrado à nuvem, disponibiliza automaticamente os dados na plataforma on-line EyerCloud. Dessa forma, o laudo pode ser emitido por um médico localizado em qualquer lugar do mundo.
“O Eyer permite otimizar o tempo e os custos ao rastrear a população diabética do interior sem que os pacientes precisem se deslocar às cidades que possuem equipamentos e especialistas. Outra vantagem é a não midríase, já que 90% dos casos não precisam de dilatação da pupila”, explica Melo.
Para os mutirões do projeto Iluminar, o smartdevice também oferece uma inteligência artificial que identifica retinopatia diabética e outras doenças oculares com mais de 95% de sensibilidade em apenas três segundos. Em seguida, o exame é enviado para conferência e laudo do oftalmologista. A IA está em fase final de testes.
Próxima etapa
Neste mês, o projeto estará presente em Poço Redondo. O objetivo é atender 15 mil pacientes diabéticos, em 13 cidades sergipanas, no período de dois anos.
“O grande diferencial do Iluminar é a otimização do tempo, essencial para o diagnóstico precoce e, assim, diminuir consideravelmente as chances de cegueira por diabetes. Com a conscientização da população e dos gestores públicos da eficiência e custo mais baixo dessa forma de rastreio da retinopatia diabética, podem surgir políticas de saúde para o tratamento da doença e de outras que afetam a retina”, analisa Melo.
Os olhos são o espelho da alma, já diz a popular frase. Quando a empregamos na área da saúde, talvez possamos adaptá-la um pouco para “os olhos são o espelho do corpo”. Isso porque várias doenças que afetam o nosso organismo se manifestam também pelos olhos. E, em muitos casos, os primeiros sinais aparecem justamente nesta região.
Agora, uma pesquisa publicada na revista científica British Journal of Ophthalmology reforçou a tese de que os olhos também podem revelar risco de morte. Com a ajuda de um sistema de inteligência artificial, os pesquisadores observaram que pacientes com retinas que envelhecem mais rápido podem sofrer com diferentes doenças.
Em seguida, saiba mais sobre o estudo, quais são os resultados e como ajuda a reforçar a tese de que o envelhecimento da retina pode ser um indicador do aparecimento de doenças futuras.
Olhos e risco de morte – a pesquisa
Os pesquisadores avaliaram mais de 80 mil fotos do fundo do olho de 47 mil pacientes, com idade entre 40 e 69 anos, para identificar se a idade biológica da retina pode ser um indício de morte por qualquer tipo de doença.
Vale ressaltar que a idade da retina pode indicar a idade biológica do corpo, demonstrando o quanto as estruturas biológicas envelheceram. Desse modo, a idade biológica pode ser diferente da idade cronológica da pessoa.
Um sistema de inteligência artificial, desenvolvido pelos autores, determinou a idade das retinas de cada imagem. Parte dos voluntários foi monitorada por quase 11 anos.
Destes, 19.200 mil imagens de fundo de olho de 11.052 participantes sem histórico médico prévio no exame inicial foram usadas para treinar e validar o modelo de aprendizagem profunda para previsão de idade biológica. Um total de 35.913, dos 35.917 voluntários restantes, tinham dados de mortalidade disponíveis e foram usados para investigar a associação entre a diferença de idade da retina e a mortalidade.
Os resultados
No total, a retina envelheceu três anos a mais que a idade cronológica em 51% dos pacientes. Já em 28%, a diferença de envelhecimento foi de cinco anos e, em 4,5%, foi de 10 anos. Além disso, 5% dos participantes faleceram durante o estudo, sendo 17% por doenças cardiovasculares, 54,5% de câncer e 28,5% de outras causas, incluindo demência.
Com isso, os cientistas observaram que cada um ano de aumento na diferença de idade da retina estava associado a um crescimento de 2% no risco de morte por qualquer doença e em 3% no risco de morte por causas específicas, exceto doenças cardiovasculares e câncer.
Os resultados corroboram trabalhos anteriores que correlacionavam o envelhecimento observado da retina e ao possível surgimento de doenças. “Nossos achados indicam que a diferença de idade da retina pode ser um potencial biomarcador de envelhecimento relacionado ao risco de morte. Dessa forma, a imagem da retina pode ser uma ferramenta de triagem para estratificação de risco e entrega de intervenções personalizadas”, conclui o artigo.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge 80 milhões de pessoas. Só no Brasil, são 1,2 milhão de casos, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Conforme estimativas da OMS, o problema afetará 111,5 milhões em 2040. Especialistas atribuem esse aumento a dois fatores: o envelhecimento da população e o crescimento nos diagnósticos.
Um outro dado alarmante é que, na maioria dos casos, a disfunção é assintomática na fase inicial. Por exemplo, um levantamento do CBO apontou que 80% dos portadores não apresentam sintomas. Por isso, é tão difícil a detecção precoce.
Recentemente, uma startup israelense desenvolveu um dispositivo que faz o diagnóstico e monitoramento remoto do glaucoma por meio da medição da pressão intraocular. Em seguida, conheça mais a tecnologia e como ela deve ajudar no controle da doença.
IOPerfect™ – monitoramento remoto do glaucoma
Semelhante aos óculos de realidade virtual, a tecnologia IOPerfect™ aplica pressão controlada a base de ar nos olhos, ao mesmo tempo que câmeras registram o comportamento das veias e artérias do oculares.
Em seguida, as imagens são examinadas pela inteligência artificial (IA) e os resultados são disponibilizados para telediagnóstico do médico. Todo esse processo ocorre em 90 segundos, de acordo com informações disponibilizadas no site da empresa.
O exame pode ser feito pelo próprio paciente, já que não é necessária a dilatação da pupila e nem calibração constante do aparelho. É o primeiro dispositivo de medição de pressão intraocular sem contato baseado em IA do mundo.
Dessa forma, o monitoramento remoto do glaucoma poderá auxiliar no diagnóstico precoce e controle da doença, com a triagem e encaminhamento ao tratamento mais rapidamente. Isso também pode diminuir os altos gastos de pacientes e instituições de saúde no combate ao problema.
A empresa prevê que o equipamento seja aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) neste ano e entre no mercado dos Estados Unidos e Europa em 2023.
A tecnologia foi desenvolvida pela startup Ophtalmic Sciences, de Israel, que declarou que pretende usar a mesma base da IA para facilitar o diagnóstico de mais doenças oftalmológicas.
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