Vivemos em uma era cada vez mais online, conectada e tecnológica em todas as áreas da vida. Inclusive, na saúde. Atualmente, há cada vez mais ferramentas de gestão para clínicas que melhoram desde a produtividade nos processos rotineiros até no atendimento ao paciente, por exemplo.
Desse modo, a tecnologia pode ser uma grande aliada. Isso porque administrar um consultório envolve diversas responsabilidades simultâneas, como organização de dados, controle financeiro, gestão de pessoas, marketing e boa experiência do paciente, dentre outros. E, como muitos especialistas não têm formação técnica em administração de negócios, podem encarar muitas dificuldades.
Portanto, é fundamental desenvolver estratégias que garantam praticidade e produtividade na rotina tão corrida destes profissionais da saúde. Por isso, selecionamos neste post 9 ferramentas de gestão para clínicas que facilitam – e muito – o dia a dia. Confira!
1. Prontuário eletrônico
O prontuário eletrônico é o mais comum hoje em dia nos consultórios e a principal ferramenta de gestão. Ao reunir as informações do paciente, a tecnologia facilita o acompanhamento por vários especialistas e profissionais da saúde.
Por exemplo, é possível consultar todo o histórico do paciente, como atendimentos, exames, medicamentos e tratamentos realizados. Tudo isso possibilita a agilidade no atendimento, o diagnóstico mais preciso e a rapidez no início de tratamentos.
2. Agendamento de consultas on-line
Linhas ocupadas frequentemente ou demora no atendimento do telefone podem fazer a sua clínica perder pacientes. Por isso, as opções de agendamento de consultas on-line facilitam a rotina tanto do usuário quanto dos funcionários da clínica, pois ganham em produtividade e organização.
Além disso, há a possibilidade de confirmar a consulta com o paciente pouco antes da data, por SMS ou e-mail, por exemplo. Dessa forma, resolve também um dos problemas mais comuns enfrentados pelos médicos: a falta na consulta.
Para isso, é exigido uma série de informações para garantir a segurança dos dados do paciente. Dentre elas, assinatura eletrônica e dados associados à assinatura do médico.
Em relação a assinatura eletrônica, o médico deve possuir o certificado digital expedido pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil modelo A3, cartão ou token).
Para auxiliar na emissão desses documentos, o projeto Prescrição Eletrônica viabiliza o trâmite seguro de documentos digitais, por meio da emissão com certificado digital e validação da prescrição.
4. Controle financeiro
A tecnologia ajuda, e muito, no controle financeiro. Isso porque oferece várias ferramentas de gestão para clínicas médicas, como registro e análise do fluxo de caixa e dos recebimentos e pagamentos futuros, por exemplo. Além de ser mais rápido, automatizar os processos evita erros e retrabalhos.
Outra vantagem é ter relatórios e gráficos em mãos, que fornecerão uma visão mais completa sobre a situação do consultório e ajudarão a nortear a tomada de decisões. Além disso, auxilia no aumento da produtividade e da segurança de dados.
5. Controle de estoque
As ferramentas de gestão para clínicas conseguem automatizar uma série de processos do estoque, aumentando a produtividade e a rapidez do uso dos materiais.
Todo o catálogo fica armazenado na nuvem, em segurança e com fácil acesso. É possível acompanhar o fluxo e os gastos financeiros com entrada, manutenção e saída de materiais por meio de relatórios e planilhas periódicas. Dessa forma, toda administração é baseada em dados, tornando as decisões mais assertivas.
Por exemplo, há ferramentas que permitem visualizar entradas por fornecedor e saídas por tipos de procedimentos. Assim, você sabe quais itens tem maior uso e consegue negociar valores e formas de pagamentos melhores para seu negócio.
Além disso, é possível entender melhor a demanda, acabar com custos desnecessários e evitar falta de produto no estoque.
6. Armazenamento em nuvem
O armazenamento em nuvem permite o acesso on-line, quando e de onde quiser. Também é mais seguro em relação aos softwares instalados apenas no computador.
Atualmente, há diversas soluções para consultórios médicos. Elas oferecem desde simples serviço de e-mail e agendamento de consultas até acesso e segurança a exames e ao histórico completo do paciente.
Dentre seus principais benefícios, estão a segurança dos dados, integração das informações do paciente e da administração, rápido acesso, agilidade nos processos, aumento da rentabilidade da clínica, maior capacidade de armazenamento e suporte remoto.
Dentre suas principais vantagens, estão a maior rapidez no atendimento, redução de custos operacionais, centralização das informações em prontuário em nuvem e garantia de segurança e sigilo de dados.
Dessa forma, a troca de dados e consultas on-line ocorrem em ambiente confiável e seguro.
8. CRM
O CRM (Customer Relationship Management) é uma ferramenta digital que armazena as informações dos pacientes. E, assim, é possível manter um relacionamento mais próximo e duradouro com seu público.
A tecnologia automatiza processos de fidelização, como contato pós-consulta, lembretes de consulta e parabenização pelo aniversário, dentre outras ações. Isso pode ser feito por SMS, WhatsApp e/ou e-mail. Quem decide o canal de comunicação é a clínica médica.
9. Pagamento on-line
Além da praticidade de receber os valores, diversificar os meios de pagamento é uma forma de melhorar a jornada do paciente dentro do consultório. Mais do que dinheiro, cheque ou cartão, há outras opções de pagamento on-line para médicos, como PIX, links gerados por sistemas de gestão, boleto on-line e QR Code e mobile payment.
Sem dúvida, os pagamentos digitais são uma evolução natural em um mundo cada vez mais conectado. Além disso, ajudam muito no recebimento de teleconsultas, por exemplo, e na melhora da inadimplência.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades em ferramentas de gestão para clínicas médicas.
Escolher um bom secretário para consultório médico pode ser um verdadeiro desafio. Isso porque é preciso levar em consideração vários fatores, como confiabilidade, competência, inovação, domínio de sistemas de gestão e a garantia de oferecer um atendimento humanizado ao paciente.
Desse modo, conhecer técnicas de recrutamento e seleção pode ajudar você a contratar o profissional certo para o seu negócio. Em seguida, separamos algumas dicas para encontrar o secretário ideal. Confira!
1. Definir as atribuições da função e salário
Antes de tudo, é preciso entender quais são as necessidades do seu consultório em relação ao secretário. Quais serão as tarefas do funcionário? Por exemplo, além de atender os pacientes e agendar as consultas, também cuidará dos recebimentos e contas a pagar? Auxiliará nas consultas? Ficará responsável pela organização da recepção e pelo consultório quando não estiver presente?
A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) define o cargo de secretário recepcionisto para clínica médica (CBO 4221.10) com as seguintes atribuições:
Recepcionam e prestam serviços de apoio a pacientes;
Prestam atendimento telefônico e fornecem informações em consultórios, hospitais e outros estabelecimentos;
Marcam entrevistas ou consultas e recebem pacientes;
Averiguam suas necessidades e dirigem ao lugar ou a pessoa procurada;
Agendam serviços;
Observam normas internas de segurança, conferindo documentos e idoneidade dos pacinetes e notificando seguranças sobre presenças estranhas;
Fecham contas e estadias de pacientes;
Organizam informações e planejam o trabalho do cotidiano.
De fato, quanto mais complexas as responsabilidades, maior é o nível de exigência no processo seletivo. Com as atribuições definidas, faça o escopo da vaga.
Algumas competências são essenciais em um secretário médico: boa comunicação, comprometimento, confiabilidade, facilidade em lidar com tecnologias e foco no paciente.
Se já possui outros secretários, os inclua no recrutamento. Com certeza, as opiniões deles facilitarão na nova escolha. Além disso, organize bem a divisão de funções para ficar claro quais são as responsabilidades de cada um.
Nessa etapa, também é muito importante definir a faixa de salário. Para isso, consulte colegas da região. Dessa forma, pode propor valores praticados no mercado.
2. Fazer a divulgação da vaga de secretário para consultório médico
Agora, é hora de todo mundo saber que está procurando um secretário para consultório médico. Divulgue no site e redes sociais da sua clínica e em sites especializados, como Catho, Vagas.com, Trabalha Brasil e LinkedIn.
A oportunidade deve conter o nome da vaga, atribuições e benefícios. Além disso, também solicite cartas de recomendação. Não se esqueça de colocar o canal em que receberá os currículos (e-mail, WhatsApp ou ligação telefônica) e a data limite de envio.
Em seguida, peça para os outros funcionários indicarem alguém, caso conheçam um perfil que atenda aos requisitos. Vale também compartilhar a oportunidade nos grupos de WhatsApp. Às vezes, alguns colegas têm boas profissionais para recomendar.
3. Organize as entrevistas
O ideal é organizar os dias das entrevistas. Busque agendar poucos candidatos por dia. Confira o currículo de cada um antes de entrar na sala. Separe de 30 a 45 minutos para cada conversa. Tenha a lista de perguntas em mãos e também faça questionamentos específicos para cada candidato.
Após selecionar os currículos mais aderentes à vaga, faça uma lista com as principais perguntas. Busque fazer questionamentos mais abertos e situacionais.
Por exemplo, ao invés de perguntar se o candidato alcança as metas estabelecidas, pergunte quais resultados entregou e como fez para atingir o objetivo em determinada experiência profissional.
Também é necessário avaliar se realmente possui as principais competências. Veja como analisar cada uma delas:
1. Comunicação
O secretário para consultório médico precisa apresentar boa dicção, organização de pensamentos e objetividade na fala. Isso porque é necessário conciliar atendimentos telefônicos e presenciais, por exemplo, além de organizar documentos e encaminhar pacientes para consulta.
Outra situação recorrente é passar informações desagradáveis, como falta de agenda, atrasos e adiamentos, e saber lidar com a possível frustração dos pacientes.
Para certificar-se que ele possui essa habilidade, faça perguntas como:
Como sabe que a outra pessoa entende perfeitamente a mensagem que você quer passar?;
Fale sobre uma situação em que precisou lidar com muita informação simultânea. Como se organizou?;
Como deu uma notícia ruim para alguém?
Você se considera tímido? Conte uma situação em que enfrentou isso para alcançar o seu objetivo.
2. Tecnologia
Hoje em dia, há diversos softwares que facilitam a gestão médica: agendamento e confirmação de consultas, prontuário eletrônico, teleconsulta, entrada e saída de materiais etc.
Dessa forma, é essencial que o novo colaborador saiba lidar com tecnologias. Para ter certeza dessa capacidade, você pode perguntar:
Usa a internet com frequência?;
Utiliza e-mail, WhatsApp e redes sociais?;
Sabe o básico de excel?;
Já usou alguma ferramenta de gestão? Conte-me qual e como foi a experiência.
3. Atendimento humanizado
Oferecer um atendimento humanizado de ponta a ponta é muito importante para o sucesso de qualquer clínica médica. Por isso, é fundamental que o secretário tenha foco no paciente.
Para avaliar esse requisito, faça os seguintes questionamentos:
Como você reage quando alguém é mal-educado com você?
Se ligassem procurando uma consulta urgente, mas não há agenda disponível no mês, como você lidaria com a situação?
Com a correria do dia a dia, o novo secretário precisa ser organizado e proativo. Afinal, não sobra muito tempo para “microgerenciar” cada funcionário. Para isso, você precisa avaliar a capacidade do candidato em tomar decisões, solucionar problemas, organizar processos e documentos e trabalhar em equipe.
Para identificar essas habilidades, pergunte:
Fale sobre um momento em que precisou tomar uma decisão;
Como organiza a sua semana?;
Como trabalha em equipe? Conte uma situação em que liderou.
5. Escolher o melhor candidato para secretário de consultório médico
Mesmo que algum candidato tenha se sobressaído, é importante organizar todas as entrevistas e suas percepções em uma planilha. Por exemplo, liste todas as competências e dê uma nota para cada. Ao final, escreva suas percepções sobre cada um.
Dessa maneira, ficará mais fácil escolher o melhor secretário para consultório médico.
Vale ressaltar que dificilmente encontrará alguém que atenda perfeitamente a todos os requisitos. Então, invista no profissional que apresente mais competências, potencial de desenvolvimento e identificação com o ambiente de trabalho do seu negócio.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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A jornada do paciente, é basicamente, o caminho percorrido pelo usuário antes, durante e depois da sua consulta médica. E isso envolve diversas fases, como a descoberta de sintomas, a seleção de médicos, o atendimento e a avaliação de todo esse processo. Nós já explicamos neste artigo como funciona e como torná-la cada vez mais eficiente e rentável para o seu negócio.
Agora, você sabe qual é a experiência que a sua clínica oferece ao cliente? Mais do que isso, se é possível melhorá-la para, assim, atrair e fidelizar mais pacientes e, consequentemente, ainda aumentar a receita?
Para isso, você precisa de dados. Por isso, vamos começar com um passo a passo de como iniciar a implementação de métricas para avaliar e corrigir erros de percurso da jornada do paciente. Dentre elas, estão o NPS, CES, CSAT e CHS. Confira!
1. NPS
O Net Promoter Score (NPS) é um dos indicadores de desempenho (KPI) mais utilizados para calcular a satisfação dos pacientes. De fato, não é uma métrica que resolverá seus problemas do dia para a noite, mas oferece um cenário geral dos pontos fortes e fracos do seu negócio e deve ser acompanhada a médio-longo prazo.
O NPS pode ser calculado por meio de uma pergunta: “em uma escala de 0 a 10, o quanto você indicaria esse serviço?”. Após coletar as respostas, faça a seguinte avaliação:
0 a 6: pacientes detratores. Insatisfeitos com o atendimento e não indicariam o serviço;
7 a 8: pacientes neutros. Podem voltar para nova consulta, mas ainda não estão fidelizados;
9 a 10: pacientes promotores. Satisfeitos com o serviço e indicariam para amigos. Inclusive, já o fizeram.
Em seguida, você pode obter uma nota do seu NPS. Para isso, faça a seguinte conta: % promotores – % detratores/número total de pessoas que responderam. Agora, veja qual zona de classificação está:
Entre 76 e 100:Zona de Excelência;
De 51 a 75:Zona de Qualidade;
Entre 1 e 50:Zona de Aperfeiçoamento;
De -100 e 0:Zona Crítica.
Você também pode pedir justificativas para a nota para ter mais informações ou aplicar a pesquisa para avaliar determinado serviço. Para otimizar o tempo investido na aplicação e avaliação dos resultados, é possível usar planilhas automáticas ou sistemas de gestão para saúde.
2. CES
O Customer Effort Score (CES) também é um dos indicadores mais utilizados. Neste caso, mensura o quanto de esforço seus pacientes devem empregar para usar seus serviços.
Por exemplo, você pode aplicar as seguintes perguntas:
Foi fácil encontrar na internet informações e contatos para agendar uma consulta?
Quanto tempo levou para marcar o atendimento?
Quanto tempo investiu para chegar até o consultório?
Foi atendido no horário agendado? Se não, quanto tempo demorou?
Para facilitar a análise das respostas, faça questionários como “de 1 a 5, sendo 5 o mais difícil e 1 o mais fácil”. Por exemplo, “De 1 a 5, sendo 5 o mais difícil e 1 o mais fácil, quanto tempo levou para agendar a consulta?”. Em seguida, basta aplicar a fórmula: número parcial de respostas x pontuação/número total de respostas.
Com as métricas em mãos, é possível implementar ações para melhorar a experiência dos pacientes.
3. CSAT
O Customer Satisfaction Score (CSAT) busca identificar o nível de satisfação em interações de curto prazo. Isto é, avaliações pontuais de determinados serviços. Por exemplo, como o paciente avalia o atendimento na recepção e a sala de espera? Para isso, pode usar escalas de 1 a 5, sendo 5 muito difícil e 1 muito fácil.
A fórmula de cálculo do CSAT é: número de respostas/número de respondentes x quantidade numérica de escala. Basicamente, usa uma média ponderada.
Você pode aplicar essa pesquisa on-line, por e-mail, whats, SMS ou sistemas de gestão médica, presencial ou por telefone.
4. CHS
Por fim, há também o Customer Health Score (CHS) que mede o quanto engajado o seu paciente está em relação aos serviços. Para isso, analise a quantidade de retornos, a avaliação do atendimento pelo NPS e se interage com comunicações feitas.
No caso do CHS, não há cálculo determinado uma vez que cada médico pode desenvolver ações diferentes para conseguir engajar o paciente.
Uma dica é trabalhar com notas de 0 a 100. Por exemplo, voltou para o retorno? Nota 100. Respondeu apenas uma pesquisa de duas? Nota 50. Você define as zonas.
Em seguida, some as notas e divida por dois. O CHS do seu paciente é de 75.
De fato, podemos concluir que a fidelização acontece quando proporcionarmos uma boa experiência em toda a jornada do paciente. Com isso, apenas o resultado completo definirá se ele voltará ou buscará outro consultório médico da próxima vez.
Portanto, é importante mapear, acompanhar e investir em boas práticas para garantir uma trajetória perfeita ao usuário. Por exemplo, implementou uma ou todas essas métricas e percebeu que precisa melhorar a jornada do paciente no seu consultório? Veja algumas dicas de como fazer neste artigo.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Nos últimos anos, observamos o emprego cada vez maior da tecnologia na saúde. Porém, em 2020, a pandemia do novo coronavírus forçou a adoção imediata de alternativas para enfrentar a doença e manter o atendimento dos demais pacientes.
Desse modo, as soluções tecnológicas vêm sendo ainda mais aprimoradas e novas ferramentas são lançadas no mercado constantemente, ainda mais com a implantação do 5G no Brasil.
Em seguida, conheça 9 tendências em tecnologia na saúde para este ano.
Hoje, muitos profissionais aderiram à ferramenta. Aproximadamente 40% das consultas feitas no segundo trimestre de 2021 aconteceram on-line, segundo levantamento da CB Insights.
Dessa forma, é possível atender pacientes em locais remotos, realizar mais consultas e reduzir os custos. Entretanto, é necessário garantir a segurança dos dados do paciente em todo o processo, além de um bom atendimento. Como solução, há diversas opções de sistemas de telemedicina que oferecem desde teleconsulta à gestão integrada de todo o consultório.
2. Inteligência artificial
O uso de inteligência artificial na saúde se mantém como uma das principais tendências em tecnologia na saúde também neste ano. De fato, a solução vem apresentando resultados positivos e promissores que comprovam que o futuro é cada vez mais tecnológico e orientado por dados.
Como exemplo, há cada vez mais ferramentas que utilizam o princípio de aprendizado de máquina. Esse processo de aprendizagem profunda tem início com observações dos dados com o objetivo de encontrar padrões e, assim, fornecer os melhores resultados sozinho.
Para isso, a máquina é treinada com uma grande quantidade de dados e algoritmos para desenvolver a habilidade de aprender como executar a tarefa automaticamente, sem intervenção humana ou com poucas instruções. Em seguida, um especialista avalia os apontamentos da máquina e fecha o laudo.
De fato, essa tecnologia pode aumentar a produtividade na saúde e alcançar melhores resultados. Diversas áreas devem se beneficiar ainda mais da IA, como a genômica, medicina de precisão, imagem, descoberta de medicamentos e de novos tratamentos.
Com isso, a inteligência artificial consegue entregar mais rapidez, precisão, qualidade, acessibilidade e redução de custos para pacientes, profissionais e instituições envolvidas.
3. Telediagnóstico
Sem dúvida, uma das áreas da saúde digital que mais cresce no país é o telediagnóstico. Neste ano, a tendência é ter ainda mais adesão e aprimoramento. Isso porque a tecnologia otimiza o processo de emissão de laudos de exames ao facilitar o acesso a especialistas e garante a efetividade da análise e a segurança dos dados.
Os exames são disponibilizados nas plataformas on-line em alta resolução devido a integração de aparelhos digitais, softwares modernos e equipamentos portáteis. Dessa forma, garante laudos assertivos e seguros, assinados digitalmente pelo especialista responsável.
O compartilhamento das informações de saúde do paciente acontece exclusivamente em plataformas autorizadas, que garantem a segurança de dados. Vale ressaltar que essas ferramentas são homologadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A tecnologia gera diversas vantagens aos médicos e instituições de saúde, como procedimentos mais precisos e reprodutíveis. De fato, o conhecimento do médico aliado à robótica torna o procedimento mais seguro, rápido e com menos dor e trauma ao paciente.
A tecnologia é empregada desde robôs-cirurgiões, guiados por especialistas, até em softwares médicos. A oftalmologia é uma das áreas com mais soluções em robótica. Há sistemas que aumentam a visualização do olho por parte do cirurgião, o que auxilia na precisão de cirurgias oftalmológicas.
Outra facilidade é a utilização de filtros digitais para personalizar a visualização durante o procedimento, aumentando a imagem das estruturas oculares e camadas de tecido, e robôs voltados para cirurgia de catarata e transplante de córnea.
5. Internet das coisas (IoT)
A Internet das Coisas (IoT) ganha ainda mais espaço neste ano na área de tratamento e diagnóstico. Porém, só avançará com investimentos públicos e privado.
A tecnologia é aplicada a objetos, componentes e dispositivos médicos conectados à internet que coletam dados dos pacientes em tempo real. Também são conhecidos como aplicativos de monitoramento e wearables.
Assim, possibilita o atendimento remoto, oferece mais informações para rastreamento e prevenção de doenças crônicas, dá mais controle aos pacientes e médicos e facilitam a troca de dados, dentre outros benefícios.
Essa abordagem inclui monitores de ECG e EKG e medições médicas como temperatura da pele, frequência cardíaca, controle calórico, nível de glicose e leituras de pressão arterial.
6. Realidade aumentada
A realidade aumentada permite ver, em tempo real, elementos virtuais sobre o ambiente físico de forma extremamente aprimorada. Para isso, utiliza dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets, óculos e até capacetes para visualizar e manipular objetos reais e virtuais sem o uso das mãos, apenas pela interface do sistema.
O NGenuity é um sistema de televisão que captura a imagem do microscópio. Apresenta duas imagens, divididas por filtros polarizados, em que é possível colocar os óculos 3D e operar olhando diretamente para a tela ao invés do microscópio.
Sem dúvida, tem grande potencial para melhorar os serviços em saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, é uma das tendências em tecnologia na saúde em 2022.
Como exemplo, fornece imagens em 3D em tempo real para médicos, o que pode beneficiar nos procedimentos. Estudantes e especialistas também podem aprender mais sobre técnicas cirúrgicas por meio de sobreposições. Outra vertente é auxiliar médicos nos diagnósticos.
7. Realidade virtual
Realidade virtual (RV) é um ambiente simulado por computador que proporciona efeitos visuais, sonoros e até táteis ao usuário. Dessa forma, permite a imersão completa no cenário virtual, como se a pessoa realmente estivesse presente ali. Para isso, utiliza tecnologias com displays estereoscópicos, como os populares headsets (óculos especiais que transmitem a simulação).
Por suas características, tem ganhado espaço em diversas áreas. Inclusive, na saúde. Uma de suas aplicações é no tratamento de dor. Especialistas verificaram que o uso da terapia da realidade virtual enche o cérebro com tanta informação que não deixa espaço para processar as sensações de dor na mesma hora.
Muito além de distração, a técnica oferece uma experiência multissensorial que envolve o paciente em um nível muito mais profundo do que assistir TV ou ler, por exemplo. Um dos primeiros programas de RV é voltado para tratamento de queimaduras. A terapia também é estudada para o momento do parto e no tratamento de doenças cardiológicas, neurológicas, gastrointestinais e crônicas. Além de ser um instrumento altamente promissor, possui baixo custo.
Outras aplicações são no tratamento de fobias, ansiedade, depressão, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), dor fantasma, fisioterapia, reabilitação cognitiva, qualidade de vida para idosos e pacientes e treinamentos médicos.
Foto: Freepik
8. Medicina em 5G
A chegada do 5G no Brasil pode otimizar ainda mais a gestão na área de saúde. Isso porque pode ser possível o processamento e análise de uma grande quantidade de dados médicos, ajudando na tomada de decisões.
Outra aplicação é uma possível autonomia futura de robôs-cirurgiões em procedimentos médicos.
9. Healthtechs
Sem dúvida, uma das tendências em 2022 é a consolidação das empresas e startups voltadas para tecnologia em saúde. As healthtechs cresceram absurdamente nos últimos anos e hoje somam US$ 430 milhões em investimentos desde 2014, de acordo com a pesquisa HealthTech Report Brasil 2020.
Esses negócios têm como objetivo resolver problemas do setor de saúde. Para isso, oferecem soluções inovadoras que melhoram o acesso à saúde e a qualidade de vida dos pacientes, que vão desde sistemas de diagnóstico por Inteligência Artificial (IA) até remédio digital.
Além disso, atuam na gestão otimizada de entidades públicas da saúde, consultórios médicos inteligentes, tecnologias avançadas para exames clínicos e laboratoriais, autoatendimentos e autocuidados.
Sem dúvida, a saúde digital deve facilitar os serviços de medicina, favorecendo o atendimento, tratamento e diagnóstico. Em todas as áreas desse setor, o uso avançado das soluções tecnológicas será vital para que os serviços médicos aconteçam da melhor maneira.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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No mundo todo, tem aumentado o diagnóstico de alergia ocular em crianças e adolescentes. Instituições e especialistas oftalmológicos atribuem esse cenário à predisposição genética combinada com fatores ambientais, como alimentação, alérgenos e poluição.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), a conjuntivite (com ou sem rinite) afeta entre 15% a 28% dos jovens. Já 44% dos portadores de asma menores de 14 anos apresenta, ao menos, um sintoma ocular. Por outro lado, apenas um terço é diagnosticado com conjuntivite alérgica. Dessa forma, esse subdiagnóstico prejudica diretamente a qualidade de vida.
Para ajudar no diagnóstico precoce, a SBOP publicou um guideline para orientar o monitoramento e tratamento da alergia ocular em crianças e adolescentes. O documento foi desenvolvido a partir da revisão de 56 estudos. Em seguida, confira as novas diretrizes.
Alergia ocular em crianças e adolescentes: diagnóstico
O diagnóstico da alergia ocular em crianças e adolescentes ocorrerá a partir da análise do histórico pessoal e familiar de atopia, sintomas, sinais e testes adicionais. O problema está relacionado à rinite alérgica em 97% das crianças, à asma em 56% e à dermatite atópica em 33%.
Dentre os sintomas, geralmente é bilateral necessariamente com pruído, lacrimejento e queimação. O exame ocular poderá mostrar secreção mucoaquosa, edema palpebral, quemose, hipertrofia papilar na conjuntiva palpebral, hiperemia conjuntival, nódulos límbicos, ceratite e até eventual envolvimento corneano.
Alergia ocular em crianças e adolescentes: tratamento
O tratamento inicial acontece com protocolos não farmacológicos que diminuem o contato entre o alérgeno e a conjuntiva, como a eliminação da poeira, fungo e pólen. Também são indicadas compressas frias e lubrificantes artificiais sem conservantes.
Caso a alergia ocular em crianças e adolescentes ainda permaneça, deve-se começar o tratamento tópico com anti-histamínicos, estabilizadores de mastócitos, drogas de ação múltipla, anti-inflamatórios não esteroidais e, em casos extremos, corticoides.
A combinação com vasoconstrictores aumenta o efeito terapêutico, mas pode levar a hiperemia rebote e taquifilaxia. A utilização por muito tempo não é recomendada e essas medicações devem ser usadas com cautela em pacientes com glaucoma, hipertireoidismo e doença cardiovascular (grau de recomendação D).
Estabilizadores de membrana de mastócitos agem inibindo a degranulação dos mastócitos. Esses agentes podem ser administrados a cada 6-8 horas por pelo menos duas semanas (grau de recomendação A). Agentes de ação múltipla atuam como estabilizadores de mastócitos, antagonistas dos receptores seletivos H1 (olopatadina e cetotifeno) e moduladores da atividade antiinflamatória dos eosinófilos.
A epinastina atua nos receptores H1 reduzindo o prurido e nos receptores H2 reduzindo a vasodilatação, enquanto outros como a alcaftadina também bloqueiam receptores H4. Os agentes com ação múltipla têm efeitos imediatos e de longa duração e são comprovadamente mais efetivos que a fluorometolona no tratamento da conjuntivite sazonal (grau de recomendação A).
Anti-inflamatórios não esteroidais tópicos bloqueiam a via da cicloxogenase e, portanto, a síntese de prostaglandinas e tromboxanos. Essas drogas têm eficácia contra a hiperemia e o prurido ocular (grau de recomendação A). Cetorolaco (anti-inflamatório não hormanal) é aprovado para o tratamento da conjuntivite alérgica, mas é menos efetivo que olopatadina e emedastina. O uso desse anti-inflamatório não hormonal tópico em criança também é limitado pela ardência ocular.
Corticoides interferem com a síntese de proteína intracelular e bloqueio da fosfolipase A2 (que forma ácido aracdônico). Também atuam inibindo a produção de citocinas e migração de células inflamatórias. Os corticoides tópicos não são considerados terapia de primeira linha para conjuntivite alérgica, apesar de drogas de baixa concentração (fluorometolona, loteprednol e rimexolona) poderem ser usadas para tratar a inflamação moderada.
Casos graves
Nas inflamações graves, as escolhas são a dexametasoma e a prednisolona (grau de recomendação B) em alta frequência (a cada 2-4 horas) por curtos períodos (3-4 semanas). Os efeitos adversos potenciais devem ser monitorados (aumento da pressão intraocular, catarata e ceratite).
Pacientes com ceratoconjuntivite grave, conjuntivite papilar gigante, envolvimento límbico e úlcera de córnea recorrente podem ter necessidade de injeção supratarsal de corticoide como tratamento adjuvante. Colírios de imunomoduladores (ciclosporina ou tacrolimus) têm efeitos em alguns pacientes e têm sido cada vez mais utilizados.
A ciclosporina A tem efeito anti-inflamatório e imunomodulador, inibindo a atividade do NF-kB, sendo disponível como colírio a 0,05% e usado de 2-4 vezes ao dia. O tacrolimus age inibindo a proliferação de mastócitos e degranulação e reduzindo a produção de citocinas pelo linfócito T (com maior potência que a ciclosporina A). É prescrito como pomada 0,02%- 0,03% ou colírio 0,03%-0,1% administrados 2-4x ao dia.
A primeira geração de anti-histamínicos H1 não é recomendado por causa do efeito sedativo e atividade anticolinérgica. Drogas de segunda geração (desloratadina, ebastina, loratadina e rupatadina) têm eficácia similar, porém com menos efeitos adversos e sedação (grau de recomendação B). Geralmente são administradas para controle dos sintomas nasais e oculares da rinoconjuntivite.
Imunoterapia
A imunoterapia sistêmica contra o alérgeno pode suprimir ou regular a resposta imune. A primeira geração de antihistamínicos tópicos bloqueia o receptor H1, porém são pouco tolerados e têm efeito e potência restritos (grau de recomendação D).
O critério primário para o diagnóstico clínico da ceratoconjuntivite atópica é uma forma específica de conjuntivite crônica com ceratite em associação com dermatite atópica e eczema. Dessa forma, a ceratoconjuntivite é uma doença sistêmica com manifestação ocular e essa é a razão do uso da imunossupressão sistêmica com ciclosporina A.
Altas doses de alérgenos induzem um desvio da resposta imune em favor de linfócitos Th1, com a formação de interferon gama e produção de células T regulatórias. A OMS recomenda imunoterapia específica para alérgenos como uma abordagem efetiva em pacientes com doenças alérgicas como a rinoconjuntivite e a asma.
Pode ser administrada por via sublingual ou subcutânea, induzindo tolerância ao alérgeno em curto e longo prazo. Além disso, melhora sintomas oculares em alguns pacientes com rinoconjuntivite alérgica, mesmo após a parada do tratamento. Produz uma redução de 63% da necessidade de medicação em pacientes com rinoconjuntivite ou conjuntivite sazonal, mas não em pacientes com conjuntivite perene (grau de evidência A).
A imunossupressão com imunomoduladores pode ser uma opção para casos graves refratários ao tratamento tópico para evitar o uso de corticoides sistêmicos e seus efeitos adversos. Tanto o tacrolimus quanto a ciclosporina agem inibindo a calcineurina, que geralmente ativa o fator nuclear e causa proliferação e ativação de células T.
A inibição da calcineurina inibe a produção e ativação de citocinas pelas células T e o processo inflamatório crônico. Um mínimo de 12 semanas de terapia com ciclosporina sistêmica na dose diária de 3 a 5 mg/kg pode ser benéfica no tratamento da dermatite atópica.
Os anticorpos monoclonais podem ser usados no controle de doenças alérgicas e também como alternativa nas alergias oculares. O anticorpo monoclonal anti IgE amalizumab, que é indicado para o tratamento da asma e urticária crônicas, também demonstrou ter efeito apesar de incompleto, no controle da ceratoconjuntivite vernal grave. O anti Il4 dupilumab, indicado para dermatite atópica, asma grave e rinosinusite crônica, também poderá ser benéfico no tratamento da conjuntivite alérgica.
O tratamento cirúrgico na conjuntivite alérgica inclui a ceratectomia superficial para úlceras/placas em escudo; a excisão de papilas gigantes associada com recobrimento conjuntival, de mucosa oral ou transplante de membrana amniótica; a cirurgia reconstrutora com transplante de células tronco límbicas.
A intervenção cirúrgica é reservada para pacientes com doença ameaçadora à visão, caracterizada pela presença de grandes papilas, úlceras em escudo ativas/extensas e deficiência de células tronco limbares com extensa conjuntivalização. Geralmente são refratários à terapia farmacológica e precisam ser monitorados para complicações como infecção, opacidade de córnea permanente, catarata e glaucoma.
Monitorização indicado pelo guindeline
Casos leves: rever a cada quatro semanas e manter tratamento até melhora dos sintomas;
Casos moderados intermitentes ou perene: rever a cada quatro semanas (se controlados, tratar quatro semanas e considerar suspender colírios. Se não controlados, tratar como casos graves). Considerar corticoide leve se houver envolvimento corneano leve e imunoterapia específica em situações persistentes ou com outras manifestações;
Casos graves: rever a cada duas semanas. Se controlados, diminuir corticoide a cada três dias. Se não controlados, rever o diagnóstico. Considerar terapia com biológicos e imunoterapia específica.
Fonte: PedMed – Juliana Rosa
Ronconni CS, et al. Brazilian guidelines for the monitoring and treatment of pediatric allergic conjunctivitis. Diretrizes brasileiras sobre o monitoramento e tratamento da conjuntivite alérgica pediátrica. Arq. Bras. Oftalmol. 2021 Nov. doi: 10.5935/0004-2749.20220053
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Com o avanço da tecnologia, a interoperabilidade na saúde torna-se cada vez mais essencial na otimização de processos, redução de custos e melhora na qualidade do atendimento. Isso porque a integração dos dados clínicos gera mais segurança ao paciente e aos profissionais da área, além de permitir que o atendimento ocorra em qualquer lugar.
Entretanto, esse processo pode ser um verdadeiro desafio no Brasil. De fato, não basta apenas trabalharmos com ferramentas e sistemas de gestão de ponta. É preciso padronização para que falem a mesma língua.
Em seguida, entenda mais o que é interoperabilidade na saúde, os benefícios e como implementá-la.
Interoperabilidade na saúde – o que é
Basicamente, interoperabilidade na saúde é a capacidade de comunicação, troca de informações e o emprego dos dados compartilhados pelos vários sistemas de informação e aplicativos de software sem a intervenção humana.
Isto é, após receber as informações, os próprios sistemas processam os dados e conversam entre si depois da implantação de algumas normas-padrão. Desse modo, é possível trabalharem simultaneamente, independentemente das características digitais de cada um, como arquitetura de software, template, funcionalidades etc.
Com isso, é possível trocar informações clínicas entre as diferentes ferramentas usadas, produzindo mais dados e cuidados melhores do paciente.
Assim, permite a comunicação e integração entre sistemas de gestão de clínicas, consultórios e hospitais que atuam em todos os níveis de atenção ao paciente. Dessa forma, a instituição pode fazer o rastreamento dos serviços usados pelo paciente, por exemplo, e até um levantamento mais amplo da população.
Dentre diversas outras ferramentas, o prontuário eletrônico também é uma ótima tecnologia para o compartilhamento, com segurança, dos dados do paciente com outros profissionais envolvidos no atendimento, por exemplo.
Para isso, é preciso disponibilizar os dados de forma que outros sistemas também consigam acessá-los e integrá-los. Atualmente, essa é uma grande barreira para a implantação da interoperabilidade, já que cada sistema possui linguagem e lógica próprias.
Sem dúvida, a tecnologia empregada na saúde traz diversas vantagens. A visão completa da saúde do paciente é uma das principais devido à união das informações vindas de vários sistemas. Por exemplo, os dados levantados em consulta por um médico podem ser analisados pelo laboratório, hospital ou outro especialista.
Com certeza, isso aumenta significativamente o sucesso no tratamento e diagnósticos precoces. Dessa maneira, também contribui com o a maior assertividade dos profissionais.
Outro benefício é a agilidade nos processos, pois preenche os dados apenas uma vez no sistema e as demais pontas têm acesso ao sistema completo. Com isso, permite uma comunicação mais fluída entre todos os envolvidos e a realização de uma terapia multidisciplinar mais efetiva. Ainda por cima, em uma local prático e seguro.
Ao ter acesso facilitado e completo às suas próprias informações de saúde, o paciente também pode se comprometer mais com o tratamento. Além do resultado melhor ao paciente, o médico também ganha tempo para outros cuidados.
Por fim, a interoperabilidade na saúde garante mais agilidade nos procedimentos, integra melhor às equipes, melhora a gestão de processos internos, melhora a qualidade de dados, diminui atividades repetitivas e facilita a transmissão de informações.
Interoperabilidade na saúde – sistemas
A implantação da interoperabilidade na saúde precisa da utilização de protocolos específicos. São eles que converterão os dados automaticamente, sem a necessidade de intervenção humana.
Há várias organizações que unificam esses protocolos, como por exemplo o TISS e o HL7 International.
O sistema TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar) é o padrão utilizado entre as instituições de saúde suplementar e os planos de saúde. Ele obedece aos critérios de interoperabilidade indicados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Dentre suas principais vantagens, estão uniformizar as ações administrativas, aperfeiçoar os registros de dados, facilitar o financiamento de medidas de avaliação e a gestão financeira de operadores de planos de saúde.
Já HL7 (Health Level Seven International), por meio do sistema FHIR, permite a criação de protocolos de transmissão de mensagens entre aparelhos, base de dados e sistemas de gestão em saúde.
Em relação aos padrões de terminologia ou dados em saúde, foram produzidos vocabulários e códigos para padronizar conceitos clínicos, como doenças, diagnósticos, fármacos, técnicas e procedimentos, dentre outros.
Como exemplo, há a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, revisão 11), que começou a valer a partir de 1º de janeiro de 2022. O documento é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. Ou seja, essencial para o trabalho de médicos em todo o mundo.
A tabela fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais da área compartilhar informações de saúde em nível global de modo padronizado.
Além disso, o próprio número SUS, muitas vezes, não é único para o mesmo paciente. Além do indexador do número SUS, existem inúmeros outros, como CPF, RG, nome etc. Ou seja, o Brasil não possui uma política única que consiga facilitar a interoperabilidade.
Para implementar o processo na sua clínica, é preciso investir em sistemas de gestão assistenciais, treinamento da equipe e na humanização do atendimento por meio dessas ferramentas.
Por fim, vale ressaltar que a interoperabilidade na saúde é um meio para um fim. Entretanto, há uma quantidade significativa de padrões que podem dificultar as escolhas dentre os vários sistemas com os quais uma instituição de saúde deve interagir, por exemplo.
Desse modo, é fundamental determinar corretamente as políticas, as guias e os padrões a serem implantados.
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