Olho seco e inovação: como o Eyer2 apoia a prática clínica do oftalmologista Dr. Gustavo Gubert     

Olho seco e inovação: como o Eyer2 apoia a prática clínica do oftalmologista Dr. Gustavo Gubert     

O oftalmologista Dr. Gustavo Gubert conheceu a Phelcom em 2019, durante os principais congressos médicos. Na ocasião, teve o primeiro contato com o Eyer, retinógrafo portátil que realiza exames de fundo de olho em alta qualidade, em poucos minutos e sem necessidade de midríase.

Na época, Dr. Gubert conciliava a prática clínica com uma startup de importação de equipamentos voltados à cirurgia de catarata. Com a chegada da pandemia e a suspensão dos eventos científicos, decidiu encerrar o negócio. “Foi um período que me trouxe muita bagagem para compreender o outro lado do balcão e me colocar no lugar da indústria”, relembra. 

Depois de ainda atuar por algum tempo no setor de equipamentos, Dr. Gubert voltou a se dedicar integralmente à clínica médica em Itajaí (SC). Foi nesse período que iniciou sua trajetória na área de superfície ocular e olho seco, especialidade que hoje se tornou seu principal foco de trabalho. 

“Comecei a atuar na área por acaso, ao receber o encaminhamento de um reumatologista para avaliar um paciente com síndrome de Sjögren. Passei o final de semana estudando superfície ocular, montei um relatório detalhado e enviei de volta. Ele ficou muito impressionado e isso acabou sendo o embrião de um protocolo de avaliação clínica para olho seco”, conta.

Sem encontrar referências consistentes no Brasil, buscou conhecimento na Europa e nos Estados Unidos e ingressou na Sociedade Europeia de Olho Seco (EuDES), por meio de sua cidadania italiana.

Olho seco

Dr. Gubert enxerga o olho seco como uma missão: levantar a bandeira e conscientizar pacientes e colegas médicos sobre a importância dessa condição.

Para o especialista, a oftalmologia é uma área extremamente tecnológica, mas que precisa resgatar a humanização. “O paciente com olho seco quer ser acolhido. Em geral, já passou por vários profissionais e, muitas vezes, não recebeu um diagnóstico adequado. É uma doença multifatorial que exige tempo, atenção e um olhar individualizado. Por isso, hoje considero o olho seco uma nova superespecialidade. E dá para viver disso, sim, com qualidade e propósito”, afirma. 

O oftalmologista ressalta que, segundo dados da consultoria Mordor Intelligence, o setor deve movimentar US$ 6,8 bilhões em 2025, sendo que as lágrimas artificiais representam metade desse montante. A projeção é que o mercado alcance US$ 8 bilhões em cinco anos. “A indústria sempre está à frente e é por isso que queremos estar próximos de empresas como a Phelcom. A parte científica é fundamental, mas a prática do dia a dia é igualmente importante.”

Eyer2 na prática clínica

Img Dr Gustavo Gubert Eyer

Oftalmologista Dr. Gustavo Gubert com o retinógrafo portátil Eyer.

A rotina do Dr. Gubert reflete sua visão de um atendimento humano e individualizado. Hoje, atende aos pacientes em consultas com duração entre uma hora e uma hora e meia. “Não existe receita pronta. Cada caso é único e o tratamento precisa ser personalizado. E, para isso, precisamos de tempo de cadeira clínica”, afirma.

Nesse contexto, a tecnologia tem papel central. O Eyer2 tornou-se para o oftalmologista uma ferramenta indispensável para apoiar o diagnóstico e orientar pacientes. 

O equipamento permite a captura de imagens de alta definição dos segmentos anterior e posterior do olho, além de integrar-se ao EyerCloud, plataforma online para o gerenciamento de exames. O sistema também pode utilizar o EyerMaps, uma inteligência artificial capaz de identificar possíveis anomalias na retina em poucos segundos.

“Conseguimos avaliar o segmento anterior com imagens detalhadas, aplicar fluoresceína, realizar meibografia e mostrar tudo ao paciente. O diagnóstico é muito visual e, quando ele enxerga o que está acontecendo, compreende melhor e adere mais ao tratamento”, conta. 

Na clínica, um tecnólogo de saúde é responsável pela captura inicial das imagens antes da consulta. Já o Dr. Gubert realiza avaliações mais específicas, como meibografia e exames com fluoresceína, também para manter o contato direto com os pacientes. Além disso, o equipamento permite retinografias sem necessidade de dilatação, otimizando o processo.

“Mesmo se tratando de olho seco, é fundamental lembrar que estamos diante de pacientes oftalmológicos que podem apresentar outras condições importantes. O Eyer2 nos ajuda a não perder esses sinais”, pontua. 

Casos clínicos ilustram esse impacto. Dr. Gubert relata, por exemplo, o diagnóstico de uma neurite óptica em um paciente inicialmente encaminhado por síndrome do olho seco e com uma catarata leve. “A acuidade visual do paciente era desproporcional entre os olhos e não justificada apenas pela catarata. Com o Eyer2, fiz as imagens da retina e nervo óptico e identifiquei a alteração. Encaminhei imediatamente ao neurologista, que iniciou o tratamento. O paciente teve melhora significativa. Esse tipo de situação mostra a segurança que o equipamento nos traz, muitas vezes sem a necessidade de dilatação, que pode interferir em diagnósticos como este.”

Outros exemplos incluem a identificação precoce de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a documentação de ceratites e infestações por Demodex. A qualidade das imagens, somada aos recursos de inteligência artificial do EyerMaps, amplia a precisão diagnóstica.

Para Dr. Gubert, além de versátil e intuitivo, o equipamento também melhora a experiência do paciente. “Há um efeito de encantamento quando mostramos a retina, os cílios ou o olho em alta resolução. Muitos dizem: ‘nunca me mostraram isso antes’. Esse impacto visual gera confiança e aumenta a adesão ao tratamento. É diferente apenas falar e explicar. Quando mostramos a imagem, o paciente realmente entende o que está acontecendo”, observa.

Formação e ensino

Além da atuação clínica, Dr. Gubert também tem se dedicado à formação de colegas oftalmologistas. Em parceria com o oftalmologista Dr. Milton Yogi, criou o Dry Eye Day, curso inédito no Brasil voltado exclusivamente aos colegas oftalmologistas para diagnóstico e tratamento do olho seco.

A iniciativa nasceu a partir de um encontro em um congresso da Sociedade Baiana de Oftalmologia (SBO), em Salvador (BA), há alguns anos. Desde então, já foram realizadas cinco edições, sendo a mais recente em São Paulo, presencial, com hands on e transmitida online ao vivo, em setembro deste ano. “Hoje, contamos com uma plataforma onde todo o conteúdo gravado fica disponível para os alunos terem acesso às aulas teóricas e práticas de todas as edições, bastando acessar o link: myacademia.net/ded2025”, ressalta.

Com mais de 150 alunos formados no Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, o curso é uma dos maiores da América Latina e conta com um grupo exclusivo de WhatsApp para a discussão de casos clínicos e educação continuada.

“O curso foi pensado para oferecer o melhor aproveitamento de um tema que está em plena ascensão na oftalmologia. O olho seco impacta diretamente nos resultados de cirurgias de catarata e refrativas, podendo comprometer a qualidade visual dos pacientes, por exemplo. Nosso objetivo é preparar o oftalmologista para reconhecer, tratar e prevenir esses casos, elevando a segurança e a satisfação nos procedimentos”, explica Dr. Gubert.

Para ele, a parceria com Yogi foi decisiva não apenas em sua trajetória profissional, mas também em sua formação pessoal. “Aprendo diariamente com ele, tanto na prática clínica quanto na filosofia de vida. Essa troca impulsionou minha carreira e se transformou em uma amizade que levo como guia em vários aspectos da minha vida.”

O curso também é espaço para troca de experiências sobre tecnologia. Muitos alunos procuram orientação sobre investimentos em equipamentos. “O Eyer2 é um grande diferencial para quem deseja dar um salto de qualidade. É versátil, intuitivo e acessível, ideal para colegas que atuam em diferentes consultórios e nem sempre dispõem de câmeras acopladas à lâmpada de fenda. Ele amplia a capacidade diagnóstica e agrega muito valor ao atendimento”, conclui o especialista.

Eyer2

retinógrafo portátil Eyer2 possui novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.

O equipamento também possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.

Com isso, simplifica a rotina do consultório, proporcionando atendimentos mais ágeis, exames completos e tecnologias impactantes para o diagnóstico e tratamento ocular. 

Sobre a Phelcom

A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem. 

Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.

Projeto com IA e telemedicina para detecção da retinopatia diabética vence Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025

Projeto com IA e telemedicina para detecção da retinopatia diabética vence Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025

Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o projeto “Revolução na retina: IA e telemedicina levam diagnóstico rápido a pacientes com diabetes” foi um dos vencedores do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025, na categoria Tecnologias Diagnósticas — um dos mais importantes reconhecimentos nacionais na área da saúde. Os vencedores foram anunciados em 5 de setembro.

A iniciativa representa um avanço significativo no rastreamento da retinopatia diabética, uma das principais causas de deficiência visual e cegueira no mundo. A doença é uma complicação comum do diabetes, mas pode ser prevenida com diagnóstico e tratamento precoces.

O rastreamento periódico com exames de fundo de olho é essencial para identificar a doença em suas fases iniciais e evitar danos irreversíveis à visão — um grande desafio no Brasil, especialmente na rede pública de saúde.

“Enxergo esse reconhecimento com enorme relevância, por representar uma linha bastante inovadora: a implementação de dispositivos inteligentes e seu impacto positivo em desfechos de saúde”, afirma o oftalmologista e um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, Fernando Korn Malerbi.

Img Premio Veja Saude Vencedores 2025

Vencedores do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025.

Tecnologia nacional e impacto real

O estudo foi conduzido no Centro de Diabetes da Unifesp, em 2024, utilizando o retinógrafo portátil Eyer. O equipamento permite a captura de imagens de alta definição do fundo do olho e integra-se ao EyerCloud, plataforma online para o gerenciamento de exames. O sistema também utiliza o EyerMaps, uma inteligência artificial capaz de identificar possíveis anomalias na retina em poucos segundos.

As informações coletadas eram analisadas por especialistas de forma remota, o que reduzia etapas e acelerava o diagnóstico.

No total, 801 pacientes com diabetes participaram da triagem e quase 15% apresentaram sinais de retinopatia diabética. Malerbi destaca que a adesão às consultas de seguimento beirou 100%, demonstrando alto engajamento e confiança no processo.

O tempo médio entre o exame e o início do tratamento caiu de 20 para 9 dias, representando um avanço decisivo em uma condição considerada tempo-sensível. “Reduzir o intervalo entre o diagnóstico e o tratamento é fundamental na retinopatia diabética, uma vez que o atraso pode significar perda visual irreversível”, explica.

Segundo ele, o projeto gerou benefícios como maior eficiência no rastreamento, otimização de recursos, alta adesão dos pacientes, redução dos tempos de espera e de satisfação da equipe envolvida.

“A solução aplicada é 100% brasileira e a pesquisa foi desenvolvida em um ambiente público, dentro de uma universidade federal. Isso reforça o potencial de inovação científica e tecnológica existente no país, especialmente quando unimos a academia à prática clínica”, ressalta Malerbi.

Desafios e próximos passos

Embora o estudo tenha sido viável em ambiente de pesquisa, Malerbi reconhece os desafios para ampliar a implementação do modelo fora da universidade. “Dentro de um ambiente acadêmico, foi relativamente simples desenhar e executar o projeto. No entanto, acreditamos que uma das maiores dificuldades em larga escala esteja na formação de profissionais capacitados para a obtenção das imagens e elaboração dos laudos, além do desenho de um fluxo clínico eficiente em sistemas de saúde mais complexos”, avalia.

O oftalmologista reforça que os próximos passos são transformar o projeto em rotina assistencial e apoiar sua replicação em outros serviços públicos e privados. “Pretendemos criar condições para que o projeto se torne parte do atendimento regular e também oferecer subsídios para que nossa experiência possa ser aplicada em sistemas de saúde mais abrangentes”, conclui.

Prêmio

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Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025.

O Prêmio Veja Saúde Oncoclínicas de Inovação Médica, com curadoria da VEJA SAÚDE, reconhece projetos, instituições e profissionais que contribuem de forma significativa para o avanço científico, clínico e assistencial na área da saúde.

A iniciativa valoriza trabalhos conduzidos, publicados ou liderados por médicos e cientistas brasileiros, abrangendo estudos clínicos, testes laboratoriais, projetos educativos e assistenciais, campanhas de prevenção e soluções desenvolvidas por healthtechs, dentre outros.

Os projetos finalizados e com resultados consolidados que atendem aos critérios do regulamento são avaliados por um júri de especialistas. Com base nessas análises, são definidos os vencedores em cada categoria: Medicina de Precisão e Genômica, Prevenção e Promoção da Saúde, Tecnologias Diagnósticas, Terapias e Tratamentos Inovadores, Medicina Social, Engajamento e Empoderamento do Paciente e IA na Transformação Digital em Saúde.

ONG Zoé expande atendimento oftalmológico com Eyer2 em expedição histórica na Amazônia

ONG Zoé expande atendimento oftalmológico com Eyer2 em expedição histórica na Amazônia

A ONG Zoé atua levando assistência médica a comunidades indígenas e ribeirinhas que vivem em algumas das regiões mais remotas e desassistidas do país. São os chamados “guardiões da floresta”, moradores da Amazônia que enfrentam grandes desafios de acesso à saúde, como a proporção de apenas 1,39 médico para cada mil habitantes nessas áreas.

Entre os dias 28 de junho e 6 de julho de 2025, a ONG realizou sua maior ação até o momento: a 35ª expedição, batizada de Junho Cirúrgico, no município de Belterra (PA). Durante os nove dias de missão, uma equipe de 48 voluntários prestou 2.219 atendimentos, incluindo procedimentos, cirurgias, consultas e exames em diversas especialidades.

Ao todo, foram realizadas:

  • 108 cirurgias (gerais, ginecológicas e dermatológicas);
  • 998 consultas em especialidades como oftalmologia, dermatologia, pediatria, otorrinolaringologia, geriatria, fisiatria, fonoaudiologia e ginecologia;
  • 1.063 exames, incluindo exames oftalmológicos, fisiátricos, dermatológicos, ultrassonografias e audiometrias.

“Durante nove dias garantimos o acesso a especialidades inexistentes ou indisponíveis na região, desafogando o sistema de saúde local. Por exemplo, foi o primeiro atendimento de otorrinolaringologia na aldeia”, destaca a coordenadora executiva da ONG Zoé, Andréia Laplana.

Esta também foi a primeira expedição da ONG com o uso do retinógrafo portátil Eyer2. O equipamento permite a captura de imagens de alta definição dos segmentos anterior e posterior do olho, viabilizando exames oftalmológicos precisos mesmo em regiões remotas.

Integrado à inteligência artificial EyerMaps e à plataforma online EyerCloud, o sistema possibilita a triagem rápida de alterações retinianas e o acompanhamento remoto por especialistas, oferecendo um novo patamar de cuidado ocular em expedições como esta.

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35ª expedição, batizada de Junho Cirúrgico, no município de Belterra (PA), foi a maior ação da ONG Zoé até o momento.

Eyer2 amplia diagnósticos oftalmológicos e agiliza o atendimento em campo

A utilização do Eyer2 durante a expedição trouxe avanços significativos para a triagem, o diagnóstico e o registro de doenças oculares nas comunidades indígenas e ribeirinhas da região. Ao todo, foram 729 exames de visão realizados com precisão e agilidade.

Entre os principais achados clínicos estão casos de glaucoma, toxoplasmose ocular  e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Graças a essa triagem, foi possível distribuir 173 óculos personalizados, devolvendo autonomia, nitidez visual e mais qualidade de vida aos atendidos.

Segundo a coordenadora de oftalmologia da ONG Zoé, Maria Beatriz Lacerda Coelho de Paula, o equipamento se destacou por agregar valor em duas frentes: agilidade no fluxo de trabalho e documentação dos casos.

“A documentação fornecida pelo Eyer2 nos permite planejar futuras ações na mesma região. Além disso, a facilidade de manuseio possibilitou que uma oftalmologista e um técnico treinado realizassem retinografias de alta qualidade. Essa agilidade foi decisiva para atender um número maior de pacientes em um curto período, algo essencial em uma expedição com logística complexa e diversas especialidades envolvidas”, ressalta Maria Beatriz.

A oftalmologista também compartilhou um momento marcante da missão. “Uma acadêmica fez um de seus primeiros diagnósticos, um caso de glaucoma. Perceber que, com os instrumentos certos e um treinamento básico, é possível mudar o curso da vida de um paciente é algo muito significativo”, conta.

“Sou muito grata ao pessoal da Phelcom por nos ter emprestado o Eyer. É muito autêntico o interesse da empresa de que esse produto tenha propósito, que atenda a quem precisa”, afirma.

Img Exame Eyer Mutirao Ong Zoe

Exame feito com o Eyer2 durante ação da ONG Zoé em Belterra (PA).

Experiência e propósito

A ideia de utilizar o Eyer2 na expedição em Belterra (PA) partiu de Maria Beatriz. Seu primeiro contato com o Eyer aconteceu antes mesmo do lançamento oficial, quando o CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, apresentou o protótipo à equipe de oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em São Paulo, em 2018.

Durante a pandemia de covid, o Eyer passou a fazer parte da sua rotina profissional. “Eu trabalhava na linha de frente do HC e usávamos o aparelho para realizar fundoscopias nos pacientes e documentar os casos para os protocolos clínicos”, relembra.

Além da atuação na ONG Zoé, Maria Beatriz utilizou o equipamento em outras iniciativas sociais, como o projeto Aldeia em Foco. Seu envolvimento com expedições começou ainda na graduação, por meio do projeto Bandeira Científica, da Faculdade de Medicina da USP. “Participei de duas bandeiras: uma como interna do quinto ano e outra já como residente em oftalmologia. Foi nessa época que comecei a me interessar pela especialidade. Antes de escolher oftalmo, eu já tinha escolhido as expedições”, conta.

Ao longo do tempo, o que começou como curiosidade e desejo de conhecer outras realidades, se transformou em missão. “Fazer uma expedição passou a significar ser útil em um lugar onde você é realmente necessário. Não é apenas o aspecto técnico: só o fato de ouvir as pessoas e oferecer acolhimento já faz uma grande diferença”, reflete.

Ela resume a motivação em uma palavra: propósito. “Estar no lugar certo, na hora certa, com pessoas que precisam de você… isso traz muito propósito à vida. E propósito é uma das coisas que nos aproxima da felicidade.”

No primeiro semestre deste ano, Maria Beatriz já participou de três expedições. Até o momento, tem outras duas programadas para o segundo semestre — em outubro e dezembro. “É algo que coloquei como prioridade na minha vida, praticamente desde que comecei a trabalhar”, revela.

Img Mutirao Ong Zoe

Equipe da ONG Zoé na 35ª expedição, batizada de Junho Cirúrgico, no município de Belterra (PA).

Sobre a ONG Zoé

A ONG Zoé atua desde o final de 2019,  promovendo o acesso à saúde para comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia — populações historicamente negligenciadas no sistema público de saúde brasileiro.

A organização realiza expedições médicas que levam especialistas e infraestrutura básica a regiões de difícil acesso, onde o número de médicos por habitante está entre os mais baixos do país.

Desde sua fundação, a ONG já realizou 35 expedições, somando mais de 15 mil atendimentos com a colaboração de 352 voluntários, que juntos dedicaram mais de 24 mil horas de trabalho às ações em campo.

As expedições envolvem múltiplas especialidades, exames, cirurgias e a distribuição de medicamentos e insumos com o objetivo de garantir cuidado integral e contínuo às comunidades atendidas.

Quem deseja contribuir com essa missão pode fazer parte como voluntário ou doador. Acesse o site da organização e saiba: www.ongzoe.org.

Eyer2

Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.

A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.

Recentemente, chegou ao mercado o Eyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.

Sobre a Phelcom

A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem. 

Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.

Phelcom apresenta Eyer na FacoExtrema 2025 e reforça presença na Argentina

Phelcom apresenta Eyer na FacoExtrema 2025 e reforça presença na Argentina

A Phelcom participou do FacoExtrema 2025, um dos mais relevantes congressos de impacto e inovação em oftalmologia da América Latina. Realizado entre os dias 21 e 23 de agosto, em Buenos Aires, Argentina, o evento reuniu mais de cinco mil participantes presenciais, além de milhares de profissionais que acompanharam a programação por streaming.

O grande diferencial da FacoExtrema está em sua proposta disruptiva e imersiva: cirurgias complexas transmitidas ao vivo, realizadas em pacientes com patologias oculares raras, conduzidas por especialistas diante de um auditório repleto de colegas.

O formato proporciona uma experiência única de aprendizado, permitindo que médicos observem de perto como os cirurgiões enfrentam imprevistos, tomam decisões críticas e compartilham técnicas em tempo real.

O tema desta edição foi “Héroes y Villanos” (Heróis e Vilões, em português). Na sessão de abertura, os 25 organizadores subiram ao palco caracterizados como super-heróis. Mais do que uma encenação, o gesto simbolizou a responsabilidade que os médicos assumem em cada procedimento: diante de situações extremas, cada escolha pode significar preservar ou perder a visão de um paciente.

Img Phelcom Internacional Optica Facoextrema 2025

Phelcom e a distribuidora local International Óptica durante a FacoExtrema 2025.

Durante seu discurso de abertura, Gerardo Valvecchia, um dos organizadores do congresso, destacou a importância de reconhecer o papel transformador dos oftalmologistas da região. “Realmente somos super-heróis, pois fazemos coisas de super-heróis. Esse é o espírito deste ano: transmitir que os oftalmologistas são verdadeiros super-heróis pelo que fazemos, por quem ajudamos e como ajudamos. Muitas vezes deixamos de lado tantas coisas para seguir ajudando”.

A programação científica contou com sete salas simultâneas que abordaram temas como retina, córnea, catarata, baixa visão, plástica ocular, diagnóstico por imagens e ainda um curso especial para instrumentadores cirúrgicos.

O congresso também contou com a participação de importantes instituições internacionais, como FacoElche (Espanha), FacoCaribe (Colômbia), a World Keratoconus Society e a BRASCRS (Brasil), consolidando a FacoExtrema como um espaço de referência global em oftalmologia.

Eyer na Argentina

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Phelcom apresentou o retinógrafo portátil Eyer com a inteligência artificial EyerMaps e a plataforma online EyerCloud.

A Phelcom esteve presente no FacoExtrema 2025 como expositora, em parceria com seu distribuidor local, a Internacional Óptica. O evento foi uma oportunidade estratégica para apresentar aos oftalmologistas argentinos o Eyer, retinógrafo portátil já disponível no país.

O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de fundo de olho em poucos minutos, com imagens de alta qualidade e sem necessidade de dilatação da pupila. Além disso, integra a inteligência artificial EyerMaps, que identifica possíveis alterações retinianas em segundos, e a plataforma online EyerCloud, que permite o envio das imagens para avaliação remota de especialistas em qualquer parte do mundo.

Segundo a diretora de Marketing e Comercial da Phelcom, Amanda Arthur, a participação no congresso reforça a presença da empresa em um dos mercados mais relevantes da América Latina. “Com a presença no FacoExtrema 2025, buscamos fortalecer nossa atuação no importante mercado argentino, criando um espaço de diálogo com os oftalmologistas locais sobre suas demandas e expectativas em relação a tecnologias que apoiem a prática clínica.”

Img Phelcom Internacional Optica Exame Eyer Facoextrema 2025

Exame feito com o Eyer durante a FacoExtrema 2025.

Para o gerente internacional da Phelcom, Mário Costa, a receptividade foi bastante positiva. “A acolhida dos médicos argentinos ao Eyer foi excelente, com muitos profissionais já utilizando o equipamento em seus consultórios.”

Com essa aceitação crescente, o Eyer se consolida como um recurso inovador e acessível para apoiar os profissionais da saúde visual na Argentina, ampliando as possibilidades de exames e diagnósticos oftalmológicos.

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O retinógrafo portátil Eyer funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de fundo de olho em poucos minutos, com imagens de alta qualidade e sem necessidade de dilatação da pupila.

Eyer

Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.

A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.

Recentemente, chegou ao mercado o Eyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.

Sobre a Phelcom

A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem. 

Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Argentina, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.

E-book gratuito ajuda médicos a estruturarem o marketing da própria clínica

E-book gratuito ajuda médicos a estruturarem o marketing da própria clínica

Com a popularização da internet e das redes sociais, o comportamento dos pacientes mudou. Antes de agendar uma consulta, 91% das pessoas buscam informações de saúde no Google e 77% procuram nomes de médicos, clínicas e hospitais online, segundo dados do Think With Google.

Nesse cenário, não basta mais ter um currículo excelente e anos de experiência: é preciso ser encontrado.

Foi com base nessa realidade que a Phelcom Technologies lançou um e-book gratuito sobre Marketing Médico, voltado a profissionais da saúde que desejam aprender a se comunicar melhor com seus pacientes e construir uma presença digital sólida, ética e estratégica.

O material reúne orientações práticas e atualizadas sobre como divulgar o próprio trabalho respeitando as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), além de ferramentas, exemplos, modelos e até sugestões de calendário editorial.

A coordenadora de Marketing Digital da Phelcom, Manoela Campos, explica que a ideia do e-book surgiu com a atualização da Resolução CFM n° 2.336/23, que ampliou as possibilidades de divulgação profissional dos médicos. “Antes, tudo era muito restrito. Agora, com a nova norma, o médico pode, por exemplo, usar depoimentos de pacientes, mostrar imagens de antes e depois e detalhar procedimentos, desde que com cuidado e responsabilidade. A comunicação evoluiu porque a forma de buscar saúde também mudou. E entendemos que poderíamos contribuir nesse processo”, afirma.

A Phelcom atua com tecnologia médica e mantém um time de marketing interno. Foi essa união de expertises que motivou a equipe a transformar conhecimento em conteúdo útil.

Guia prático e completo

O e-book “Domine o Marketing de Conteúdo Médico – Estratégia para conquistar pacientes online” reúne mais de 30 páginas de informações organizadas de forma lógica e aplicável, abordando desde os conceitos básicos do marketing de conteúdo até dicas práticas de produção, canais, linguagem e mensuração de resultados.

“O foco foi simplificar sem perder profundidade”, explica a estagiária de Marketing da Phelcom, Fernanda Verardi. “Buscamos fontes oficiais, estudamos a resolução do CFM e validamos o conteúdo com médicos parceiros para garantir que tudo fosse confiável, atualizado e fácil de aplicar na prática,” complementa.

O material contempla etapas como planejamento, definição de público, construção de persona, além de ferramentas acessíveis para edição de conteúdo, plataformas de gestão de redes sociais, uso do Google Meu Negócio e boas práticas de e-mail marketing. Também apresenta exemplos de postagens, sugestões de temas que geram engajamento, orientações para organização de agenda e estratégias para manter constância nas redes.

“Queremos que o médico consiga começar sozinho. Que ele perceba que é possível se posicionar com ética e profissionalismo, mesmo sem ter uma equipe completa de comunicação”, reforça Verardi.

Um dos destaques do e-book é o estudo de caso da oftalmologista Juliana Barbi, que usa as redes sociais desde 2018 para educar seus seguidores, compartilhar sua rotina profissional e atrair pacientes. Com mais de 30 mil seguidores no Instagram, Juliana publica conteúdos informativos, mostra resultados de procedimentos e mantém uma interação próxima e autêntica com sua audiência.

Img Juliana Barbi Ebook

A oftalmologista Juliana Barbi compartilha conteúdo com seus mais de 30 mil seguidores no Instagram com frequência.

“Hoje, mais do que nunca, é importante que o médico compartilhe sua atuação com responsabilidade e clareza. Afinal, para que as pessoas possam confiar e buscar um profissional, elas precisam primeiro conhecê-lo”, destaca Verardi. “Ter um currículo sólido é essencial, mas torná-lo visível ao público certo também faz parte do cuidado.”

Outro ponto central do e-book é mostrar que é possível começar com o que se tem. “Hoje, um celular com boa câmera e microfone já é suficiente. Existem vários aplicativos gratuitos e intuitivos para editar vídeo, criar artes e programar postagens. Indicamos diversas ferramentas no material”, diz Verardi.

Como acessar o material

O e-book está disponível gratuitamente para download no site da Phelcom. Basta preencher um breve cadastro e o conteúdo será enviado por e-mail.

Além de abordar estratégias de marketing, o material também convida o médico a adotar uma postura mais estratégica diante da própria clínica. “O consultório é um negócio com equipe, estrutura e a necessidade de ser financeiramente sustentável. E isso pode caminhar ao lado de um atendimento ético, humano e de excelência”, pontua Campos.

Nesse contexto, os retinógrafos portáteis Eyer e o Eyer2, desenvolvidos pela Phelcom, se posicionam como soluções acessíveis para aliar cuidado ao paciente e viabilidade financeira. Equipados com recursos como captura de imagens de retina em alta definição, inteligência artificial integrada e conectividade com a nuvem, os dispositivos permitem diagnósticos rápidos e precisos, mesmo fora de ambientes hospitalares.

Img Retinografo Eyer2 Phelcom Blog Ebook

Os retinógrafos portáteis Eyer e Eyer2 capturam imagens de retina em alta definição.

“Os exames realizados com o Eyer possuem códigos de reembolso nos planos de saúde e no SUS. Isso significa que o médico pode rentabilizar com agilidade, realizando exames em consultório de forma independente, sem depender de uma estrutura hospitalar. O retorno sobre o investimento é bastante acelerado”, explica Campos.

Para que os potenciais clientes da Phelcom possam mensurar a rentabilidade em um cenário real, a empresa disponibiliza o Simulador de Retorno do Eyer, uma ferramenta interativa que pode ajudar a projetar a viabilidade financeira do equipamento em diferentes modelos de consultório.

“Nosso objetivo é apoiar o médico em todas as frentes: com tecnologia, informação e ferramentas práticas”, finaliza Campos.

Com Eyer, ONG Doutores do Mundo amplia exames e diagnósticos oftalmológicos

Com Eyer, ONG Doutores do Mundo amplia exames e diagnósticos oftalmológicos

Há nove anos, a ONG Doutores do Mundo percorre o Brasil levando atendimento básico de saúde a comunidades em situação de vulnerabilidade. Formada por profissionais voluntários, a organização atua em regiões remotas oferecendo consultas médicas, odontológicas e psicológicas, além de realizar a entrega de medicamentos, óculos e kits de higiene bucal, dentre outros insumos.

Desde que se formalizou como ONG, em 2022, a Doutores do Mundo já atendeu mais de 80 mil pessoas, muitas delas sem histórico de acompanhamento médico especializado. “Atendemos pessoas que, na maioria das vezes, nunca passaram por um dentista ou foram avaliadas por um especialista”, explica a cardiologista, fundadora e presidente da ONG, Bruna Suda.

O grupo se empenha em levar o maior número possível de especialidades em cada expedição. Embora o foco principal seja em médicos especialistas, as ações também contam com enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde, conforme a estrutura de cada missão.

Desde março de 2025, a ONG conta com um novo aliado nessa missão: o retinógrafo portátil Eyer. O equipamento é acoplado a um smartphone e realiza exames de fundo de olho de forma rápida, prática e com alta qualidade de imagem, sem necessidade de dilatar a pupila.

Integrado à plataforma em nuvem EyerCloud e à inteligência artificial EyerMaps, permite a triagem e o diagnóstico de alterações retinianas, mesmo em locais sem especialistas disponíveis, graças à possibilidade de laudo remoto.

Até o momento, dois Eyers foram utilizados em três expedições: Baía Formosa (RN), Sertão de Minas Gerais e no Rio de Janeiro (RJ), realizadas entre março e junho. Nessas ações, 424 pessoas foram atendidas na especialidade de oftalmologia, com diagnósticos que incluíram glaucoma, retinopatia diabética, cicatriz de toxoplasmose e alta miopia.

“Com essa parceria com a Phelcom, poderemos realizar exames mais precisos e detectar problemas oculares precocemente, melhorando a saúde e a qualidade de vida das pessoas que atendemos”, afirma Bruna.

Impacto do Eyer nas expedições

A coordenadora da Oftalmologia da ONG Doutores do Mundo, Ana Beatriz Cabral, ressalta que o uso do Eyer representou um avanço significativo para a ONG. Antes, a equipe conseguia oferecer apenas exames clínicos de refração e a entrega de óculos. A realização de exames mais aprofundados, como o de fundo de olho, era inviável devido à falta de estrutura adequada em campo.

Com o Eyer, isso mudou. Agora, além de realizar exames com alta qualidade de imagem, os profissionais conseguem documentar os achados, acompanhar casos com maior precisão e, quando necessário, encaminhar os pacientes para tratamento especializado.

Ana Beatriz destaca que o equipamento tem sido essencial em diagnósticos mais complexos. “Em um dos casos mais marcantes, um paciente com glaucoma avançado pôde iniciar o tratamento com base na documentação feita com o Eyer. Em outra situação, o exame permitiu identificar sinais de retinopatia diabética, possibilitando uma intervenção precoce e adequada.”

Já a presidente da ONG, Bruna Suda, conta que o aparelho também facilita a relação com o paciente e melhora a experiência de atendimento. “Eles se interessam muito em ver as imagens dos próprios olhos. Isso gera curiosidade, aproxima e ajuda na adesão ao tratamento. Muitos se emocionam ao verem, pela primeira vez, um exame oftalmológico sendo feito de forma tão rápida e prática.”

Outro ponto de destaque foi a facilidade de uso. Além da oftalmologista, mais duas voluntárias utilizaram o Eyer nas expedições: uma médica de outra especialidade e uma estudante de medicina. Ambas conseguiram operar o dispositivo sem dificuldades, o que demonstra sua usabilidade mesmo em contextos fora da rotina clínica tradicional.

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Médica mostra para paciente as imagens do fundo do olho feitas com o Eyer.

Expedições

Baía Formosa

Entre os dias 22 e 29 de março, a ONG Doutores do Mundo realizou uma expedição à cidade de Baía Formosa (RN), em parceria com o Instituto Ítalo Ferreira. A ação atendeu 7.129 pessoas, com foco em comunidades que enfrentam dificuldades de acesso à saúde básica e especializada.

Foram realizados 899 atendimentos médicos em diversas especialidades, incluindo clínica médica, oftalmologia, ortopedia, dermatologia, ginecologia e obstetrícia, neuropediatria, pediatria, odontologia, psicologia, fisioterapia e ultrassonografia.

Além dos atendimentos, a equipe fez 1.392 exames e procedimentos, como testes rápidos, exames oftalmológicos com o Eyer, exames de dextro, bioimpedância, ultrassonografia, coletas de preventivos, cirurgias dermatológicas, biópsias, implantes de DIU, eletrocardiogramas e extrações e restaurações dentárias, dentre outros.

A expedição também garantiu o acesso a medicamentos, óculos de grau e itens de cuidado e conforto. Foram 4.797 medicamentos distribuídos, além de kits de higiene bucal, chaveiros educativos, vestidos infantis, protetor solar e naninhas para acolher as crianças atendidas.

Os dados coletados durante a ação revelam o tamanho da lacuna no acesso à saúde:

  • Quase 30% dos atendidos nunca haviam passado por um médico especialista;
  • 23,5% jamais haviam recebido solicitações de exames específicos relacionados às suas queixas;
  • Cerca de metade dos pacientes relataram agravamento das dores ou avanço das doenças devido à ausência de diagnóstico;
  • Mais de 40% relutam em buscar atendimento médico, muitas vezes por experiências anteriores negativas ou por falta de recursos;
  • Quase 30% têm algum problema crônico de saúde sem diagnóstico adequado.

Exame feito com o Eyer em expedição para Baía Formosa, da Ong Doutores do Mundo.

Exame feito com o Eyer em expedição da ONG Doutores do Mundo para Baía Formosa (RN), em março de 2025.

Sertão de Minas Gerais

De 25 a 31 de maio, a ONG Doutores do Mundo levou atendimento médico, odontológico e psicológico ao município de Ninheira, no sertão de Minas Gerais, em parceria com a Associação Sementes do Vale.

A expedição atendeu 962 pessoas com um corpo clínico formado por especialistas de diversas áreas: clínica médica, oftalmologia, otorrinolaringologia, psiquiatria, infectologia, geriatria, ginecologia e obstetrícia, neuropediatria, pediatria, odontologia, psicologia e radiologia.

Para muitos, foi o primeiro atendimento especializado da vida. “Muitos enfrentaram longas jornadas, viajando por duas a três horas, muitas vezes de carona, apenas para ter acesso, pela primeira vez, a um atendimento com um especialista”, relata a médica generalista e coordenadora de logística da ONG Doutores do Mundo, Giovanna Argeoli.

Dentre os pacientes atendidos, estavam casos de hanseníase que nunca haviam sido tratados; filariose americana, associada a um quadro grave de elefantíase verrucosa nostra – quadro raríssimo no Brasil; criança com baixa estatura sem útero e ovários devido à uma síndrome genética; uma paciente com uma tarraxa de brinco dentro do ouvido há pelo menos dois anos e que não havia passado por otoscopia antes; e crianças e adolescentes com dentes quebrados, cariados ou ausentes que não sorriam de vergonha.

Rio de Janeiro

Entre os dias 23 e 28 de junho, a ONG Doutores do Mundo realizou uma nova expedição, desta vez no Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro (RJ), em parceria com a ONG Anjos da Tia Stellinha. A ação levou atendimento médico especializado a 511 pessoas, promovendo cuidado integral em uma região marcada por desigualdades e dificuldades de acesso à saúde.

A equipe contou com profissionais de clínica médica, ortopedia, oftalmologia, psiquiatria, cardiologia, ginecologia, pediatria, psicologia, nutrição e ultrassonografia, atuando de forma multidisciplinar para oferecer diagnósticos, orientações e, sempre que possível, encaminhamentos.

Além dos atendimentos clínicos, foram distribuídos mais de 4 mil insumos e serviços, incluindo medicamentos, óculos, kits de higiene bucal, roupas infantis, protetores solares, naninhas, camisinhas e testes rápidos.

ONG Doutores do Mundo

A ONG Doutores pelo Mundo reúne dezenas de voluntários de diferentes áreas da saúde, promovendo expedições em comunidades em situação de vulnerabilidade social em todo o país.

Se você também deseja contribuir com essa causa com doações ou com trabalho, é possível se inscrever como voluntário diretamente pelo site da ONG, no endereço www.doutoresdomundo.org.

Eyer

Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.

A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.

Recentemente, chegou ao mercado o Eyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.

Sobre a Phelcom

A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem. 

Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.

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