Sete estados representados, 205 acadêmicos de medicina envolvidos, 2.486 pessoas atendidas e mais de 70 pacientes graves diagnosticados e encaminhados para tratamento. Esses são os principais resultados da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”, promovido pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com o apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
A iniciativa selecionou 10 projetos acadêmicos voltados para a redução da cegueira causada por doenças do segmento posterior. As ações envolveram exames de fundo de olho, o uso de telemedicina e a aplicação de inteligência artificial para auxiliar na triagem e diagnóstico. Para viabilizar os projetos, a Phelcom disponibilizou 20 unidades doretinógrafo portátil Eyer, com acesso ao recurso EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud.
As ligas selecionadas foram:
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Faculdade ZARNS (LAOZ) – Itumbiara (GO);
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Universidade de São Caetano do Sul (LAOUSCS) – São Caetano do Sul (SP);
Liga de Combate a Distúrbios Visuais (LCDV) da Universidade Estadual de Feira de Santana – Feira de Santana (BA);
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Universidade de Pernambuco (LAOF-UPE) – Recife (PE);
Liga Acadêmica de Oftalmologia (LAOF) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Tubarão (SC);
Liga Acadêmica de Oftalmologia de Curitiba (LIOF) da Universidade Positivo Ecoville – Curitiba (PR);
Liga de Oftalmologia LOFTU da Universidade de Passo Fundo II – Passo Fundo (RS);
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás – Goiânia (GO);
Liga de Prevenção à Cegueira da USP, Campus Pinheiros – São Paulo (SP);
Liga Acadêmica LAOF – FMRP/USP – Ribeirão Preto (SP).
A premiação foi realizada em 20 de fevereiro, durante o Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (Simasp), em São Paulo. O evento contou com a presença da presidente em exercício da ABLAO, Isabela Negrine, do vice-presidente da ABLAO, Augusto César, do cofundador e COO da Phelcom, Flávio Pascoal Vieira e da coordenadora de marketing da Phelcom e líder do projeto pela empresa, Manoela Campos, além de representantes das ligas participantes.
Negrine abriu o evento destacando os resultados expressivos alcançados pelas ligas participantes. “Muitos projetos focaram em populações de maior vulnerabilidade social, que têm ainda menos acesso à saúde básica. Esses pacientes passaram anos na fila aguardando atendimento e, graças aos acadêmicos, conseguiram acesso ao exame e encaminhamento adequado. Assim, iniciativas como o ‘De Olhos para o Futuro’ não apenas beneficiam diretamente a população e aprimoram o atendimento de saúde da região, como também aceleram diagnósticos que antes dependiam da realização do exame. Além disso, oferecem uma oportunidade única para que as ligas acadêmicas desenvolvam projetos de uma competência admirável”.
Na sequência, Pascoal ressaltou a importância da iniciativa e o papel dos estudantes na ampliação do acesso ao diagnóstico oftalmológico. “A Phelcom nasceu com a missão de democratizar o acesso à saúde ocular e esse concurso representa exatamente isso. Ele cria um canal para que nossos equipamentos cheguem às pessoas que realmente precisam de um diagnóstico ou de um cuidado visual. Mas quem torna tudo isso possível são vocês, acadêmicos de medicina, que utilizam essa ferramenta para levar saúde à população. É inspirador ver como a tecnologia aliada à dedicação de vocês pode transformar tantas vidas”.
Após parabenizar a dedicação de todas as ligas, a presidente da ABLAO revelou os grandes vencedores do 2º De Olhos para o Futuro. Os três primeiros colocados receberam como prêmio um retinógrafo portátil Eyer, acompanhado do sistema EyerMaps, para dar continuidade às suas ações e ampliar o alcance dos seus projetos. Além disso, a liga vencedora ganhou uma inscrição cortesia para o Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que ocorrerá de 27 a 30 de agosto, em Curitiba (PR), onde terá a oportunidade de apresentar seu projeto na sessão da ABLAO.
1º lugar: Olhos de Luz
Parte da equipe da LAOZ durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
A Liga Acadêmica de Oftalmologia da Faculdade ZARNS (LAOZ), de Itumbiara (GO), conquistou o primeiro lugar no concurso com o projeto “Olhos de Luz – Atividade Física e a Influência na Qualidade de Vida e Prevenção de Cegueira em Diabéticos de Comunidade Quilombolas”.
A iniciativa investigou a prevalência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) e suas implicações na saúde ocular, como retinopatia diabética (RD), catarata e glaucoma. Além disso, o projeto avaliou a influência da atividade física na qualidade de vida e na prevenção da cegueira por RD em pessoas a partir de 45 anos da comunidade quilombola Córrego do Inhambú, abrangendo os municípios de Itumbiara e Cachoeira Dourada, em Goiás.
No total, 408 pacientes foram avaliados por meio de questionários e exames oftalmológicos, incluindo retinografia, escala de Snellen, teste de monofilamento e Teste de Sensibilidade Tátil.
A presidente da LAOZ, Carolina Oliveira de Ávila, conta que um dos momentos mais marcantes do projeto envolveu uma paciente com risco iminente de perder completamente a visão devido à RD. “Graças ao diagnóstico precoce realizado pela liga, conseguimos encaminhá-la rapidamente para tratamento. Esse episódio reforçou o quanto a detecção precoce e o acesso ao tratamento certo podem transformar vidas. Com atenção, cuidado e informação, conseguimos proteger algo tão essencial quanto o olhar”, afirma.
Exame feito com Eyer por ligante da LAOZ durante ação do projeto “Olhos de Luz”.
2º lugar: Rastreamento da Retinopatia Diabética em Tubarão (SC)
Parte da equipe da LAOF durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
Segundo colocado no concurso “De Olhos para o Futuro”, a Liga Acadêmica de Oftalmologia (LAOF) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Tubarão (SC) desenvolveu o projeto “Prevalência e Rastreio da Retinopatia Diabética em Pacientes Diabéticos da Rede Pública de Tubarão (SC): Um Estudo Transversal com Uso de Retinografia”. O objetivo foi analisar a prevalência da retinopatia diabética entre os pacientes atendidos pelo SUS, além de implementar ações educativas e estabelecer um protocolo de acompanhamento contínuo, com foco no controle glicêmico e no monitoramento da doença.
Um dos impactos mais significativos do projeto foi a priorização de pacientes no SUS. “Alguns já estavam na fila de espera para uma consulta com o oftalmologista. Mas, após a identificação de alterações nos exames, passaram a ser classificados como casos urgentes, acelerando o atendimento e o início do tratamento”, explica o presidente da liga, Matheus Oliveira.
“O Eyer permitiu realizar exames de retina de forma muito mais prática e acessível, inclusive em locais onde o uso de equipamentos tradicionais seria inviável, como no presídio e no Abrigo dos Velhinhos. Isso ampliou significativamente nosso alcance e possibilitou um atendimento de qualidade para populações que, normalmente, têm pouco acesso a esse tipo de exame”.
Estudantes avaliam exames feitos com o Eyer no EyerCloud durante projeto do concurso “De Olhos para o Futuro”.
3º lugar: De Olhos para o Futuro
Parte da equipe da Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
O projeto “De Olhos para o Futuro”, da Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC de Goiás, campus Goiânia, conquistou o terceiro lugar e teve como principal objetivo reduzir a incidência de cegueira causada por retinopatia diabética em comunidades carentes de Goiás.
Para viabilizar o projeto, a liga estabeleceu parcerias estratégicas com as secretarias municipais de saúde de Goiânia, Anicuns, Adelândia, Americano do Brasil e Avelinópolis, além da Fundação Banco de Olhos de Goiás. “Conseguimos acessar a lista de pacientes que estavam há muito tempo sem conseguir uma consulta, especialmente aqueles com histórico de diabetes, para realizar a triagem com o Eyer. Viajamos até essas cidades para examiná-los e identificar casos que necessitavam de acompanhamento urgente”, conta a presidente da liga, Isadora Moulin Lima Rezende de Castro.
Um dos momentos mais marcantes para a equipe foi o atendimento a um paciente com retinopatia diabética avançada, que desconhecia a gravidade de seu quadro. “Graças à triagem, conseguimos orientá-lo e encaminhá-lo rapidamente para tratamento, o que pode ter evitado a perda total da visão. Com palavras de gratidão, ele nos disse que nunca havia feito um exame tão detalhado e que, pela primeira vez, sentia que sua saúde ocular estava sendo levada a sério. Esse momento nos tocou profundamente, pois mostrou que não estávamos apenas realizando triagens, mas também oferecendo acolhimento, esperança e a chance de um futuro com visão. Foi um lembrete poderoso do porquê escolhemos a medicina e do impacto real que podemos causar na vida das pessoas”, relata Castro.
Exame feito com Eyer em paciente durante ação da Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás.
Ensino da oftalmologia
O concurso “De Olhos para o Futuro” vai além do rastreamento e da prevenção de doenças oftalmológicas: também desempenha um papel fundamental na formação dos futuros médicos. Para muitos acadêmicos, representa uma oportunidade de aprofundar o conhecimento na especialidade, desenvolver habilidades práticas e compreender o impacto da oftalmologia na saúde pública.
Negrine ressalta como a iniciativa complementa a graduação. “O concurso agrega muito na formação dos estudantes de medicina. Poucas faculdades incluem oftalmologia no currículo e, mesmo quando há a disciplina, o ensino costuma ser superficial, com poucas aulas e mínima prática. O projeto surge como uma alternativa para que os alunos interessados na área tenham contato maior com a especialidade e com tecnologia inovadoras, como o Eyer”, observa.
Além da experiência prática, o projeto estimula a pesquisa científica e a produção acadêmica. Os dados obtidos durante as triagens podem ser organizados em estudos e apresentados em congressos, contribuindo para o avanço do conhecimento na área. “Outro aspecto é o impacto social. Como as iniciativas são totalmente voluntárias e atendem populações em situação de vulnerabilidade, os estudantes desenvolvem uma maior noção de cidadania e compromisso com a comunidade”, acrescenta.
Para César, parcerias com empresas como a Phelcom são essenciais para ampliar o impacto da ABLAO, que possui uma forte conexão com alunos de medicina e tem grande capacidade de mobilização para iniciativas de saúde. “Ao disponibilizar equipamentos inovadores e soluções tecnológicas acessíveis, a Phelcom possibilita que estudantes e profissionais levem atendimento oftalmológico a comunidades que, muitas vezes, não teriam acesso a esse tipo de cuidado. Esse modelo de parceria que une ensino, tecnologia e impacto social é um caminho promissor para transformar a realidade da saúde no país”, destaca.
Outro diferencial da iniciativa é estimular os estudantes a assumirem um papel ativo na organização e gestão de projetos voluntários. “Muitas vezes, os acadêmicos de medicina participam apenas da execução das ações, sem contato com a estruturação e o planejamento. Esse envolvimento mais amplo aprimora sua visão sobre o impacto dos projetos e os incentiva a desenvolver novas iniciativas utilizando o Eyer”.
O impacto das ações vai além do período do concurso. “A liga vencedora da primeira edição, por exemplo, conseguiu expandir suas atividades e desenvolver novos projetos a partir dessa experiência. Isso demonstra o potencial transformador do concurso, não apenas na vida dos pacientes atendidos, mas também na formação de futuros médicos comprometidos com inovação e impacto social”, conclui César.
A Liga Acadêmica de Oftalmologia da Faculdade ZARNS (LAOZ), de Itumbiara (GO), conquistou o primeiro lugar na segunda edição do concurso “De olhos para o futuro”, iniciativa da Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com o apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). A premiação foi realizada em 20 de fevereiro, durante o Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (Simasp), em São Paulo.
Parte da equipe da LAOZ durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
Como todas as 10 ligas selecionadas pelo concurso, a LAOZ contou com dois retinógrafos portáteis Eyer, a IA EyerMaps e o sistema em nuvem EyerCloud para triagem e diagnóstico de doenças do segmento posterior que podem levar à cegueira.
O projeto investigou a prevalência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) e suas implicações na saúde ocular, como retinopatia diabética (RD), catarata e glaucoma. Além disso, avaliou a influência da atividade física na qualidade de vida e na prevenção da cegueira por RD em pessoas a partir de 45 anos da comunidade quilombola Córrego do Inhambú, abrangendo os municípios de Itumbiara e Cachoeira Dourada, em Goiás.
No total, 408 pacientes foram avaliados por meio de questionários e exames oftalmológicos, incluindo retinografia, escala de Snellen, teste de monofilamento e Teste de Sensibilidade Tátil.
Os resultados revelaram que 54% dos participantes foram diagnosticados com DM2 e, dentre esses, 41% apresentavam HAS associada, condição que aumenta significativamente o risco de complicações oftalmológicas. A catarata foi a doença mais comum, afetando 16%, seguida pelo glaucoma, presente em 4% dos casos.
A associação entre DM2 e HAS também se mostrou um fator de risco para a progressão da retinopatia diabética, detectada em 22 quilombolas. Destes, 55% apresentavam a forma grave da doença, caracterizada por microaneurismas, hemorragias e exsudatos maculares e periféricos. Todos os casos graves foram encaminhados para mapeamento de retina e acompanhamento especializado.
A presidente da LAOZ, Carolina Oliveira de Ávila, conta que um dos momentos mais marcantes do projeto envolveu uma paciente com risco iminente de perder completamente a visão devido à RD. “Graças ao diagnóstico precoce realizado pela liga, conseguimos encaminhá-la rapidamente para tratamento. Esse episódio reforçou o quanto a detecção precoce e o acesso ao tratamento certo podem transformar vidas. Com atenção, cuidado e informação, conseguimos proteger algo tão essencial quanto o olhar”, afirma.
Além dessas condições, outras patologias retinianas, como suspeita de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e degenerações periféricas da retina, também foram observadas, embora com menor frequência.
Outro aspecto relevante do estudo foi a prática regular de atividade física entre os participantes, com a maioria relatando a realização de caminhadas diárias.
Para viabilizar a triagem e garantir um atendimento eficiente, o projeto contou com a tecnologia da Phelcom, utilizando o Eyer, EyerCloud e EyerMaps. “Essas ferramentas foram verdadeiros ‘superpoderes’ para o projeto! O Eyer ajudou a levar exames de vista diretamente para a comunidade, o EyerCloud organizou todas as informações e o EyerMaps mostrou exatamente onde essas pessoas precisavam de cuidado. Juntos, eles garantiram que cada paciente fosse visto e cuidado de forma rápida e eficiente”, destaca Ávila.
Por meio da plataforma EyerCloud, todas as informações dos pacientes foram cadastradas em tempo real, possibilitando o monitoramento contínuo e facilitando o encaminhamento dos casos mais graves para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Além do suporte tecnológico, o projeto ‘Olhos de Luz’ também teve o apoio significativo das empresas Genom, Ofta, Latinofarma e Cristália, que contribuíram com mais de 1 mil amostras de lágrimas artificiais. Essas amostras foram fundamentais para proporcionar conforto aos participantes durante os exames oftalmológicos, minimizando o desconforto ocular e melhorando a experiência durante os procedimentos.
“Aprendemos que, além da tecnologia e dos exames, é o carinho e o acolhimento que fazem toda a diferença. Saber ouvir, entender e cuidar das pessoas com amor foi o que fez esse projeto brilhar ainda mais”, afirma.
LAOZ avaliou a influência da atividade física na qualidade de vida e na prevenção da cegueira por retinopatia diabética em pessoas a partir de 45 anos da comunidade quilombola Córrego do Inhambú, abrangendo os municípios de Itumbiara e Cachoeira Dourada, em Goiás.
Ações para ampliar o impacto do projeto
Para garantir a participação ativa da comunidade quilombola no projeto “Olhos de Luz”, a LAOZ adotou estratégias de divulgação acessíveis e eficazes. Dentre elas, a reunião com os líderes comunitários e o presidente quilombola; a distribuição de materiais informativos, como cartazes e panfletos em linguagem simples; e o envio de convites digitais por grupos de WhatsApp.
A equipe também organizou uma campanha educativa nas rádios locais, ampliando o alcance das informações e conscientizando a comunidade sobre os riscos das doenças oftalmológicas e a importância da prevenção.
Durante todo o processo, os alunos orientaram os participantes sobre práticas de autocuidado e saúde ocular, enfatizando os benefícios da atividade física na prevenção de doenças como a retinopatia diabética. Além disso, foram distribuídas amostras de colírios lubrificantes para auxiliar os participantes no alívio do desconforto ocular.
“A integração entre pesquisa científica, ações comunitárias e parcerias institucionais foi um dos pilares do sucesso do projeto. Essa abordagem fortaleceu o vínculo com a comunidade, aumentou a adesão dos participantes e ampliou o impacto das intervenções realizadas”, ressalta.
Continuidade
Diante dos desafios identificados, a equipe do projeto Olhos de Luz pretende dar sequência às ações desenvolvidas. O plano de continuidade inclui:
Monitoramento contínuo dos participantes;
Capacitação de líderes comunitários e agentes de saúde em práticas preventivas contra a cegueira e manejo do diabetes;
Fortalecimento institucional e ampliação de parcerias;
Avaliações oftalmológicas semestrais com o Eyer para a detecção precoce da retinopatia diabética, mesmo em áreas remotas.
“Com essas ações, pretendemos consolidar esse impacto e promover autonomia na gestão da saúde ocular da comunidade, reduzindo a dependência de recursos externos e fortalecendo a prevenção da cegueira entre os quilombolas”, afirma a presidente.
A LAOZ também está desenvolvendo o projeto “De Olho no DEX”, um estudo quase experimental que realizará exames do segmento anterior nas escolas de Itumbiara (GO) para identificar casos de blefarite, especialmente associada ao ácaro Demodex. As crianças diagnosticadas receberão orientações sobre higiene palpebral e, se necessário, serão encaminhadas para acompanhamento especializado.
LAOZ durante ação do projeto “Olhos de Luz”.
Eyer
OEyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI,retinoblastoma, retinopatia hipertensiva,retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
Recentemente, chegou ao mercado oEyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas porolho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. Ahistória da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou oEyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
Selecionada entre as 10 finalistas da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”, a Liga Acadêmica de Oftalmologia (LAOF) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Tubarão (SC) conquistou o segundo lugar na premiação. Com o apoio dos retinógrafos portáteis Eyer, da inteligência artificial EyerMaps e do sistema em nuvem EyerCloud, a equipe desenvolveu um projeto que ampliou o acesso ao diagnóstico oftalmológico em comunidades vulneráveis.
A premiação, promovida pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e o apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), aconteceu em 20 de fevereiro, durante o Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (Simasp), em São Paulo.
Parte da equipe da LAOF durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
Com o tema “Prevalência e Rastreio da Retinopatia Diabética em Pacientes Diabéticos da Rede Pública de Tubarão (SC): Um Estudo Transversal com Uso de Retinografia”, o principal objetivo dos alunos foi analisar a prevalência da retinopatia diabética entre os pacientes atendidos pelo SUS, além de implementar ações educativas e estabelecer um protocolo de acompanhamento contínuo, com foco no controle glicêmico e no monitoramento da doença.
Para viabilizar o mutirão, os ligantes promoveram um curso sobre diabetes, retinopatia diabética e como usar o Eyer na prática, oferecendo uma taxa de inscrição acessível. A equipe também entrou em contato com pacientes por meio da lista fornecida pela Secretaria de Saúde de Tubarão (SC) e realizou campanhas nas rádios locais para divulgar a ação.
“Ligamos para cada um individualmente, convidando-os para a triagem. No início, muitos ficaram desconfiados, achando que era um golpe, já que não é comum receber uma ligação oferecendo um exame de retina gratuito. Foi um desafio, mas, à medida que compreendiam a proposta e percebiam a seriedade do projeto, a confiança surgia. Muitos, inclusive, passaram a ajudar na divulgação para outras pessoas”, relembra o presidente da liga, Matheus Oliveira.
Antes do evento, os acadêmicos visitaram a Associação Tubaronense de Assistência aos Diabéticos e Hipertensos (ATADH) para convidar os pacientes associados. “No entanto, fomos surpreendidos com um convite da própria associação para ministrar uma palestra no evento em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, em 14 de novembro. Durante a ocasião, além da palestra, também realizamos exames de retinografia, ampliando o impacto do projeto”, conta.
Para viabilizar o projeto, a LAOF promoveu um curso sobre diabetes, retinopatia diabética e como usar o Eyer na prática.
Além do mutirão realizado em parceria com a Secretaria de Saúde de Tubarão (SC), a equipe promoveu outra ação na Universidade do Sul de Santa Catarina (Campus Tubarão), onde foram atendidos 190 pacientes diabéticos. Para aqueles que não puderam comparecer, consultas com oftalmologistas foram agendadas posteriormente.
A divulgação do projeto nas rádios da região gerou novas oportunidades de impacto social. A liga foi convidada a levar a ação ao Presídio Regional de Tubarão. “Essa experiência foi extremamente enriquecedora, oferecendo uma nova perspectiva sobre a aplicação do nosso trabalho em diferentes contextos sociais”, afirma Oliveira.
Após essa iniciativa, surgiu um novo convite para levar o projeto ao Abrigo dos Velhinhos, ampliando ainda mais o alcance da ação.
Resultados
Ao todo, 313 pacientes foram atendidos. Desses:
18,21% apresentavam retinopatia diabética (RD) em um ou ambos os olhos;
14,38% tinham RD leve a moderada;
3,83% foram diagnosticados com RD grave;
1,92% apresentavam RD de alto risco;
54,10% dos pacientes com RD também tinham edema macular diabético (EMD), representando 10,54% do total de atendimentos.
Além da RD, outras doenças oculares também foram identificadas, como catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
Sobre o perfil dos pacientes, 86,58% tinham diabetes tipo 2 e 13,42% tinham diabetes tipo 1.
Um dos impactos mais significativos do projeto foi a priorização de pacientes no SUS. “Alguns já estavam na fila de espera para uma consulta com o oftalmologista. Mas, após a identificação de alterações nos exames, passaram a ser classificados como casos urgentes, acelerando o atendimento e o início do tratamento”, explica o presidente.
A detecção precoce da retinopatia diabética (RD) é fundamental para evitar a progressão da doença e prevenir casos de cegueira evitável. No projeto desenvolvido pela LAOF, o uso do Eyer foi decisivo para viabilizar o rastreamento em larga escala.
“O Eyer permitiu realizar exames de retina de forma muito mais prática e acessível, inclusive em locais onde o uso de equipamentos tradicionais seria inviável, como no presídio e no Abrigo dos Velhinhos. Isso ampliou significativamente nosso alcance e possibilitou um atendimento de qualidade para populações que, normalmente, têm pouco acesso a esse tipo de exame”.
Além disso, o EyerMaps teve um papel importante na identificação de possíveis alterações e no aprendizado dos alunos. “Começamos a enxergar a retina de outra forma, identificando detalhes e possíveis alterações que antes poderiam passar despercebidos. Isso despertou ainda mais curiosidade e vontade de aprender. Em alguns casos, encontramos alterações que nunca imaginaríamos ver, como cicatrizes oculares causadas por toxoplasmose”, comenta Oliveira.
Já o EyerCloud foi essencial para armazenar e compartilhar os exames com especialistas, agilizando diagnósticos e encaminhamentos. “Com essa tecnologia, conseguimos oferecer um retorno muito mais rápido e eficiente. No geral, essas ferramentas tornaram nossas ações mais organizadas e resolutivas.”
Continuidade
Agora, a LAOF pretende dar continuidade ao projeto, expandindo o rastreamento da retinopatia diabética e de outras doenças oculares graves em Tubarão (SC).
“Também estamos planejando parcerias com outros projetos de extensão e secretarias de saúde para integrar essas triagens a campanhas maiores, alcançando ainda mais pessoas. Além disso, pretendemos utilizar o Eyer em pesquisas acadêmicas, levantando dados sobre a prevalência de doenças oculares na região e contribuindo para a produção científica da faculdade”, fala.
Embora a Universidade do Sul de Santa Catarina (Campus Tubarão) ainda não tenha um ambulatório especializado em oftalmologia, Oliveira acredita que o projeto pode abrir caminho para que a instituição se torne um polo estratégico no rastreamento ocular.
“A integração com o ambulatório universitário, aliada ao envolvimento dos alunos de Medicina e da LAOF, permitirá a realização de triagens regulares e o acompanhamento dos pacientes. Além disso, a parceria com a Secretaria de Saúde viabilizará a inclusão do rastreamento ocular nas políticas públicas locais, tornando essa iniciativa uma prática contínua e de grande impacto social”, destaca Oliveira.
Após a premiação do projeto, a liga organizou um novo curso, aprimorando ainda mais a formação dos acadêmicos. “Mantivemos a parte prática com o Eyer, dando aos participantes a oportunidade de aprofundar o conhecimento no uso do equipamento e na análise das imagens capturadas. Desta vez, também incluímos uma palestra sobre emergências oftalmológicas, abordando temas como traumas oculares, glaucoma agudo e endoftalmite — situações críticas que médicos generalistas e emergencistas podem encontrar no plantão”, conta.
Com a experiência adquirida e o Eyer como uma ferramenta fixa, a liga pretende seguir oferecendo novas edições dos cursos, tornando-os ainda mais completos.
Equipe da LAOF durante projeto do concurso De Olhos para o Futuro.
Eyer
OEyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI,retinoblastoma, retinopatia hipertensiva,retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
Recentemente, chegou ao mercado oEyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas porolho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. Ahistória da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou oEyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
A terceira colocação na segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro” foi conquistada pela Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás, campus Goiânia. A premiação da iniciativa, promovida pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com o apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), ocorreu em 20 de fevereiro, durante o Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (Simasp), em São Paulo.
Parte da equipe da Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
Assim como as dez ligas finalistas, os estudantes tiveram acesso aos retinógrafos portáteis Eyer, à inteligência artificial EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud para realizar triagens oftalmológicas e auxiliar no diagnóstico de doenças oculares que podem levar à cegueira.
Com o principal objetivo de reduzir a incidência de cegueira causada por retinopatia diabética em comunidades carentes de Goiás, a liga estabeleceu parcerias estratégicas com as secretarias municipais de saúde de Goiânia, Anicuns, Adelândia, Americano do Brasil e Avelinópolis, além da Fundação Banco de Olhos de Goiás.
“Conseguimos acessar a lista de pacientes que estavam há muito tempo sem conseguir uma consulta, especialmente aqueles com histórico de diabetes, para realizar a triagem com o Eyer. Viajamos até essas cidades para examiná-los e identificar casos que necessitavam de acompanhamento urgente”, conta a presidente da liga, Isadora Moulin Lima Rezende de Castro.
Além disso, os estudantes participaram do mutirão “Goiás Unido Contra o Diabetes”, em 23 de novembro, em Goiânia (GO), e fizeram campanhas de conscientização nas rádios e jornais locais, redes sociais, palestras em centros comunitários e distribuição de panfletos.
Resultados
Ao todo, 401 pacientes foram avaliados, dos quais 62,09% tinham diagnóstico prévio de diabetes e 53,37% relataram hipertensão arterial sistêmica. O exame de fundo de olho foi realizado em 94,27% dos participantes.
Entre os pacientes diabéticos, 32,93% apresentaram sinais de retinopatia diabética (RD), distribuídos da seguinte forma:
2,8% com RD leve;
4,8% com RD moderada;
19,8% com RD grave;
5,6% com edema macular diabético.
A triagem oftalmológica identificou 24,6% dos pacientes diabéticos com risco de cegueira evitável. Em menos de uma semana, os casos com alterações significativas foram encaminhados para a Fundação Banco de Olhos de Goiás, onde passaram por exames complementares, como retinografia colorida e angiografia fluorescente, e o tratamento com a panfotocoagulação a laser para retinopatia moderada a grave. “Hoje, a espera na fila do SUS pode ultrapassar um ano. Esse foi o grande diferencial do nosso projeto: além de proporcionar o diagnóstico, conseguimos garantir um tratamento rápido e eficaz”, ressalta Castro.
Exame de fundo de olho feito com o Eyer pela Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás durante projeto “De Olhos para o Futuro”.
Um dos momentos mais marcantes para a equipe foi o atendimento a um paciente com retinopatia diabética avançada, que desconhecia a gravidade de seu quadro. “Graças à triagem, conseguimos orientá-lo e encaminhá-lo rapidamente para tratamento, o que pode ter evitado a perda total da visão. Com palavras de gratidão, ele nos disse que nunca havia feito um exame tão detalhado e que, pela primeira vez, sentia que sua saúde ocular estava sendo levada a sério. Esse momento nos tocou profundamente, pois mostrou que não estávamos apenas realizando triagens, mas também oferecendo acolhimento, esperança e a chance de um futuro com visão. Foi um lembrete poderoso do porquê escolhemos a medicina e do impacto real que podemos causar na vida das pessoas”, relata.
A estudante destaca que a utilização do Eyer foi uma estratégia eficaz para ampliar o acesso ao diagnóstico oftalmológico. “O Eyer foi um divisor de águas na nossa triagem, permitindo exames detalhados mesmo em locais com pouca infraestrutura. A inteligência artificial EyerMaps nos ajudou a visualizar e identificar possíveis alterações retinianas, enquanto o EyerCloud possibilitou o armazenamento seguro das imagens e a análise remota por especialistas, garantindo diagnósticos mais precisos e facilitando o encaminhamento dos pacientes que necessitavam de acompanhamento”, explica.
Continuidade
O sucesso do projeto motivou a equipe a expandir sua atuação. Agora que a liga possui um Eyer, o objetivo é levar as triagens a um número ainda maior de comunidades, transformando a iniciativa em um programa contínuo de rastreamento oftalmológico.
Além disso, a equipe consolidou a parceria com a Fundação Banco de Olhos de Goiás e as secretarias municipais de saúde atendidas. Atualmente, os acadêmicos atendem 60 pacientes em Anicuns (GO) todos os sábados.
“Aprendemos que um simples exame pode mudar a história de alguém. Vimos na prática como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na prevenção da cegueira. Mais do que isso, entendemos a importância do trabalho em equipe, da empatia e do compromisso com a saúde ocular daqueles que, muitas vezes, não teriam acesso a um atendimento especializado. Nosso compromisso é continuar levando cuidado ocular a um número cada vez maior de pessoas”, conclui Castro.
Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás durante ação do projeto “De Olhos para o Futuro”.
Eyer
OEyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI,retinoblastoma, retinopatia hipertensiva,retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
Recentemente, chegou ao mercado oEyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas porolho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. Ahistória da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou oEyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
O exame do fundo do olho, conhecido como retinografia, é essencial para o diagnóstico e acompanhamento de diversas doenças oftalmológicas, como a retinopatia diabética. No entanto, em muitos países de baixa e média renda, o acesso a equipamentos tradicionais de imagem retiniana é limitado devido ao alto custo e à necessidade de infraestrutura específica. Além disso, a disponibilidade de bases de imagens referenciais para médicos, pesquisadores e clínicos ainda é bastante reduzida nesse tipo de equipamento.
Nesse cenário, os retinógrafos portáteis, como o Eyer, surgem como uma solução mais acessível e econômica para triagem e gerenciamento ocular. Acoplado a um smartphone, o Eyer captura imagens de alta qualidade da retina em poucos minutos, sem necessidade de dilatação da pupila.
Esses dispositivos permitem o uso em diferentes contextos além dos ambientes hospitalares convencionais, como mutirões de saúde e consultas de telemedicina. Adicionalmente, registram metadados detalhados que costumam estar ausentes em outros conjuntos de dados, incluindo idade, sexo, tempo de diagnóstico do diabetes, tratamentos e comorbidades.
Recentemente, a revista Scientific Data, do grupo Nature, publicou o artigo “A portable retina fundus photos dataset for clinical, demographic, and diabetic retinopathy prediction”, que apresenta o mBRSET: um novo conjunto de dados de imagens de retina capturadas com câmeras portáteis em cenários reais de alta demanda. Dentre os autores do estudo estão o oftalmologista Fernando Korn Malerbi e o CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi.
Imagens do fundo do olho capturadas com o Eyer durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2022, com destaque para o mapa de atenção gerado pelo EyerMaps, indicando possíveis anomalias.
mBRSET
Ao todo, o mBRSET reúne 5.164 imagens de retina de 1.291 pacientes com diferentes perfis, capturadas com o Eyer durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, na Bahia, em 2022. Reconhecido como um dos maiores eventos do mundo em prevenção e tratamento do diabetes, o mutirão atende anualmente centenas de pacientes, oferecendo uma ampla gama de exames, como avaliação do fundo do olho, e encaminhamentos para tratamentos específicos.
Exame realizado com o Eyer durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2022.
Para avaliar a utilidade do mBRSET, foram utilizados modelos avançados de deep learning para benchmarking. Os resultados demonstraram alta precisão em tarefas clínicas, como o diagnóstico de retinopatia diabética e edema macular, além da previsão de dados demográficos.
Uma análise detalhada das imagens revelou que, entre as 4.885 avaliadas, 3.759 (76,79%) não apresentavam sinais de retinopatia diabética (RD). A RD não proliferativa leve foi identificada em 272 imagens (5,56%), enquanto a forma moderada estava presente em 570 imagens (11,64%). Além disso, 82 imagens (1,67%) mostraram sinais de RD não proliferativa grave e 212 (4,33%) foram classificadas como RD proliferativa. O edema macular também foi um achado relevante, presente em 427 imagens (8,69%).
Marco para a saúde ocular e pesquisa científica
A importância do conjunto de dados mBRSET pode ser definida em cinco aspectos fundamentais:
Representatividade da população brasileira
O mBRSET contribui para reduzir a sub-representação de populações de países de baixa e média renda nos conjuntos de dados oftalmológicos, incluindo indivíduos de diversas origens étnicas no Brasil.
Primeiro dataset público com imagens de câmeras portáteis
Este é o primeiro conjunto de dados disponível publicamente que apresenta imagens capturadas com retinógrafos portáteis, refletindo a crescente adoção dessa tecnologia em ambientes com poucos recursos.
Coleta em cenários reais e de alta demanda
As imagens foram obtidas em ambientes clínicos com grande fluxo de atendimento, garantindo que o dataset represente os desafios reais da triagem e do gerenciamento ocular.
Inclusão de dados demográficos detalhados
O mBRSET vai além das imagens retinianas, incluindo informações como sexo, nível de escolaridade e status de seguro de saúde. Isso permite que pesquisadores avaliem a equidade e a generalização dos algoritmos de inteligência artificial em diferentes subpopulações.
Base para o desenvolvimento de IA aplicada à oftalmologia
O conjunto de dados se torna um recurso essencial para a criação e validação de algoritmos de inteligência artificial, contribuindo para a automação da triagem, diagnóstico e monitoramento da retinopatia diabética e de outras doenças oculares.
Stuchi enfatiza o impacto do mBRSET para a comunidade científica e médica. “A criação deste conjunto de dados representa um marco significativo na saúde ocular, especialmente para regiões com recursos limitados. Ao disponibilizar imagens de alta qualidade capturadas com dispositivos portáteis, ampliamos as possibilidades de pesquisa e desenvolvimento de soluções em IA que podem transformar o diagnóstico e o tratamento de doenças oculares”.
Da esquerda para a direita: Diego Lencione, cofundador e CTO da Phelcom, Flavio Pascoal Vieira, cofundador e COO da Phelcom, Paulo Prado, coordenador de Mobile Software e IA da Phelcom, e José Augusto Stuchi, cofundador e CEO da Phelcom, durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2022.
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
Recentemente, chegou ao mercado o Eyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
Desde 2024, a oftalmologista Vanessa de Almeida Barbieri lidera um ambicioso projeto de rastreamento de retinopatia diabética (RD) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Campo Grande (MS) utilizando telemedicina e inteligência artificial.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), o projeto promove mutirões para realizar exames do fundo do olho com o Eyer, um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e gera imagens de alta qualidade da retina em poucos minutos, sem necessidade de dilatar a pupila.
O equipamento integra a inteligência artificial EyerMaps, capaz de identificar possíveis anomalias na retina em segundos, e se conecta à plataforma online EyerCloud, permitindo que os exames sejam analisados remotamente por especialistas.
A retinografia, um dos exames mais eficazes para detectar manifestações do diabetes, possibilita a identificação das lesões oculares decorrentes da retinopatia diabética – uma das complicações mais frequentes da doença, que pode levar à perda de visão se não for tratada adequadamente.
Até o momento, a equipe já percorreu 36 UBS e atendeu 3,6 mil pacientes. Apenas em novembro, mês de intensificação das ações de combate ao diabetes, os mutirões ocorreram em 24 unidades, atendendo 1,6 mil pessoas.
Exame de fundo de olho realizado com o Eyer durante mutirão em UBS de Campo Grande (MS).
Ao todo, 358 pacientes foram diagnosticados com retinopatia diabética e encaminhados para tratamento no Hospital São Julião, referência na capital. Além disso, o Eyer possibilitou a detecção de outras condições, como glaucoma, nevus e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
“A SESAU indicou as UBS com os maiores números de pacientes diabéticos, permitindo que nossa equipe iniciasse os mutirões nas áreas de maior necessidade”, ressalta Barbieri.
Além dos exames oftalmológicos, a ação integrada ofereceu avaliações para a prevenção do pé diabético, cuidados com a saúde bucal, orientações nutricionais e consultas cardiológicas, proporcionando um atendimento multidisciplinar e abrangente à população.
Da ideia à prática
Parte da equipe durante mutirão de rastreamento de retinopatia diabética em UBS de Campo Grande (MS).
Barbieri conta que a iniciativa surgiu a partir de uma visita a um estande da Phelcom em um congresso. “Logo após a pandemia, eu buscava um aparelho mais versátil para utilizar na minha clínica, a princípio”, relembra a oftalmologista, que também atua no Hospital São Julião na área de diagnóstico e tratamento de RD há 25 anos.
No estande, o CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, explicou como o Eyer poderia facilitar o diagnóstico na prática clínica e relatou a experiência dos mutirões de diabetes com a tecnologia. “Stuchi me apresentou aos profissionais envolvidos nessas ações, como os oftalmologistas Fernando Malerbi e Rafael Andrade, o que me motivou a implementar essa abordagem em nossa cidade. Além disso, gostei muito do uso do equipamento na lâmpada de fenda do Eyer, que oferece uma visão mais direta e um campo menor, permitindo um estudo mais aprofundado do olho”, acrescenta.
Em 2023, a Phelcom emprestou alguns aparelhos e Barbieri liderou os primeiros mutirões utilizando telemedicina. Para avaliar os resultados, a equipe realizou um estudo comparativo entre os mutirões convencionais e aqueles baseados em telemedicina.
O estudo revelou que, enquanto 10 a 15% dos pacientes necessitam de acompanhamento especializado, os demais 85% podem ser monitorados regularmente nas UBS. “É impressionante que quase 100% dos casos identificados pelo EyerMaps batem com o laudo do especialista, confirmando a confiabilidade da tecnologia e alertando os pacientes para as complicações reais do diabetes”, analisa Barbieri.
Exame de fundo de olho realizado com o Eyer durante mutirão em UBS de Campo Grande (MS).
Retinografia no atendimento primário
No final do ano passado, a equipe do projeto contabilizou aproximadamente 2 mil pacientes no estado do Mato Grosso do Sul aguardando avaliação de complicações do diabetes no Hospital São Julião, a única referência especializada no estado. “Eles já passaram por exames nas UBS, no Centro de Especialidades Médicas (CEM), onde foram diagnosticados com alterações oculares, mas ainda aguardam o início do tratamento”, explica.
A proposta do projeto é transferir o exame de fundo de olho para as próprias UBS, permitindo que o diagnóstico seja realizado em um estágio inicial da retinopatia diabética. “Dessa forma, o paciente encaminhado para tratamento apresentará complicações menos avançadas, o que pode evitar intervenções mais invasivas, preservar a qualidade de vida, mantê-lo ativo no mercado de trabalho e prevenir consequências graves, como amputações e perda significativa da visão”, ressalta.
Além disso, a iniciativa prevê a capacitação contínua das equipes das UBS – incluindo estudantes de medicina e enfermagem – para que o exame seja realizado com a qualidade necessária desde o primeiro atendimento. “Essa abordagem não só agiliza o diagnóstico, mas também reduz os custos e o impacto das complicações associadas ao diabetes, promovendo uma transformação significativa na vida dos pacientes e na saúde pública”, conclui Barbieri.
Exame de fundo de olho realizado com o Eyer durante mutirão em UBS de Campo Grande (MS).
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
Recentemente, chegou ao mercado o Eyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
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