Da divulgação do artigo científico sobre o conjunto de dados capturados pelo retinógrafo portátil Eyer à ampliação da atuação em novos países, 2025 reforçou o compromisso da Phelcom com tecnologias que ampliam o acesso ao cuidado ocular e contribuem para a prevenção da deficiência visual e da cegueira.
Confira os principais marcos que antecedem a celebração dos 10 anos de fundação da empresa.
Publicação na Revista Nature
Exame realizado com o Eyer durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2022.
A tecnologia do Eyer ganhou destaque em uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo.
Em 2025, foi publicado na Nature o artigo sobre o mBRSET, apresentando o primeiro conjunto de dados públicos de retinografias obtidas com câmeras portáteis em cenários reais de alta demanda. As imagens foram capturadas durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna (BA), em 2022.
Mutirões
Exame realizado com o Eyer2 durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2025.
Os equipamentos da Phelcom desempenharam papel central em mutirões realizados em diversas cidades, incluindo Itabuna (BA), Blumenau (SC) e São Paulo (SP).
Em Blumenau, o Mutirão do Diabetes registrou mais de 1,3 mil atendimentos agendados. Com o uso do Eyer, foram identificados cerca de 190 casos de retinopatia diabética, em diferentes níveis de gravidade, com encaminhamento para tratamento e exames complementares. A tecnologia de Inteligência Artificial do Eyer permitiu ainda a liberação imediata de aproximadamente 290 pacientes, otimizando o fluxo assistencial.
No Mutirão de Itabuna, mais de 2 mil atendimentos foram realizados. A ação contou com o uso do “Mutirômetro”, aplicativo desenvolvido pela Phelcom para digitalizar a jornada do paciente e agilizar os processos de atendimento.
A tecnologia também esteve presente na 28ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes, promovida pela Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) em parceria com a Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes (FENAD). O evento ocorreu em 1º de novembro com ações de orientação, promoção de atividade física e atendimento especializado.
Expansão para a América Latina
Estande da Phelcom no Faco Extrema 2025, realizado em Buenos Aires, Argentina, de 21 a 23 de agosto.
A receptividade do mercado latino-americano reforça a adaptabilidade e o alcance das soluções desenvolvidas pela empresa.
Premiação da 2ª edição do “De Olhos para o Futuro”
Ligas participantes da 2ª edição do concurso De Olhos para o Futuro durante premiação no SIMASP 2025
A segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”, realizada em parceria com a Associação Brasileira das Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO), mobilizou 205 acadêmicos em sete estados, resultando em 2.486 atendimentos. Mais de 70 pacientes em condição grave foram diagnosticados e encaminhados para tratamento com o apoio do retinógrafo portátil Eyer e da Inteligência Artificial EyerMaps.
Os projetos premiados evidenciaram como tecnologias portáteis ampliam o acesso ao diagnóstico em diferentes contextos geográficos e sociais.
Presença em congressos no Brasil e no exterior
Estande da Phelcom no Academy 2025, realizado em Boston, Estados Unidos, de 08 a 11 de outubro.
A Phelcom intensificou sua participação em eventos relevantes da oftalmologia, com mais de 60 exibições comerciais e apoios institucionais nos principais congressos do Brasil, Estados Unidos e América Latina.
Rumo aos 10 anos
Com os resultados obtidos em 2025, inicia-se a contagem regressiva para um marco significativo: em 2026, a Phelcom completa 10 anos de fundação.
O próximo ano será marcado por muitas novidades e celebrações. O que teve início como o projeto de três pesquisadores em São Carlos transformou-se em uma referência global em portabilidade e inteligência aplicada à oftalmologia, com perspectivas de expansão e inovação contínua.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que compromete severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia, Argentina e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 200 ações sociais.
Ao longo de sua trajetória, a Phelcom Technologies sempre valorizou a construção de parcerias sólidas com instituições que compartilham o mesmo propósito: promover o acesso à saúde visual por meio da tecnologia.
Desde sua fundação, a empresa contou com o apoio de importantes centros de inovação e pesquisa, que foram fundamentais para o desenvolvimento de seus primeiros produtos.
Durante as etapas de testes e validações clínicas do Eyer, o primeiro retinógrafo portátil da Phelcom, destacaram-se colaborações com instituições de referência, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Hospital do Amor de Barretos (SP), o Instituto da Visão (IPEPO) e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).
Parcerias internacionais também contribuíram para o avanço das soluções desenvolvidas pela Phelcom, como a colaboração com a Allm Inc., empresa japonesa especializada em tecnologias médicas, e com o próprio Hospital Israelita Albert Einstein, que segue como parceiro estratégico em projetos de inovação.
Novo investimento
Em outubro de 2025, a Phelcom recebeu um novo investimento da J&J Impact Ventures, um fundo de investimento da Fundação J&J, que apoia um portfólio global de empresas em fase inicial que estão transformando o acesso a cuidados de saúde de qualidade e a preços acessíveis. Com esse financiamento, a Phelcom acelerará sua jornada de inovação e seu compromisso contínuo de democratizar o acesso a exames oftalmológicos, desenvolvendo melhorias para seu portfólio atual e criando novas tecnologias.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Além disso, a empresa desenvolveu o EyerMaps, uma solução de inteligência artificial que auxilia na detecção precoce de alterações oculares, destacando áreas de atenção nas imagens para apoiar o diagnóstico clínico. Complementando o ecossistema, o EyerCloud é uma plataforma em nuvem que armazena, organiza e compartilha exames de forma segura e integrada, possibilitando o acesso remoto por profissionais de saúde e otimizando fluxos de trabalho.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
Após sete anos de trajetória, Phelcom encerra as vendas do Eyer1 no país. Tecnologia transformou acesso à saúde visual e impactou milhões de pacientes.
Após sete anos cumprindo a missão da Phelcom de ajudar a democratizar o acesso à saúde visual, por meio de exames mais simples, conectados e inteligentes, o Eyer Retinógrafo Portatil, primeiro produto da empresa, encerra seu ciclo de vida e deixa de ser comercializado no Brasil.
A todos os clientes que possuem equipamentos do modelo, como fabricantes, garantimos suporte técnico completo e reposição de peças por um período mínimo de cinco anos a partir da data de fabricação do produto. Isso segue o registro do aparelho na Anvisa e tem como objetivo garantir o pleno uso do Eyer por todos os clientes e usuários durante o período de vida útil do equipamento.
Essa transição faz parte do nosso compromisso em aprimorar a experiência dos usuários e incorporar os avanços tecnológicos de outros equipamentos, como o Eyer2 Retinógrafo e Eye Câmera, que segue como nova e mais robusta alternativa para realizar retinografias em alta qualidade, além de oferecer três versões de registros para a fotodocumentação do segmento anterior dos olhos.
A todos os clientes e parceiros, nosso muito obrigado pela confiança em nosso trabalho e neste produto pioneiro e inovador.
O oftalmologista Dr. Gustavo Gubert conheceu a Phelcom em 2019, durante os principais congressos médicos. Na ocasião, teve o primeiro contato com o Eyer, retinógrafo portátil que realiza exames de fundo de olho em alta qualidade, em poucos minutos e sem necessidade de midríase.
Na época, Dr. Gubert conciliava a prática clínica com uma startup de importação de equipamentos voltados à cirurgia de catarata. Com a chegada da pandemia e a suspensão dos eventos científicos, decidiu encerrar o negócio. “Foi um período que me trouxe muita bagagem para compreender o outro lado do balcão e me colocar no lugar da indústria”, relembra.
Depois de ainda atuar por algum tempo no setor de equipamentos, Dr. Gubert voltou a se dedicar integralmente à clínica médica em Itajaí (SC). Foi nesse período que iniciou sua trajetória na área de superfície ocular e olho seco, especialidade que hoje se tornou seu principal foco de trabalho.
“Comecei a atuar na área por acaso, ao receber o encaminhamento de um reumatologista para avaliar um paciente com síndrome de Sjögren. Passei o final de semana estudando superfície ocular, montei um relatório detalhado e enviei de volta. Ele ficou muito impressionado e isso acabou sendo o embrião de um protocolo de avaliação clínica para olho seco”, conta.
Sem encontrar referências consistentes no Brasil, buscou conhecimento na Europa e nos Estados Unidos e ingressou na Sociedade Europeia de Olho Seco (EuDES), por meio de sua cidadania italiana.
Olho seco
Dr. Gubert enxerga o olho seco como uma missão: levantar a bandeira e conscientizar pacientes e colegas médicos sobre a importância dessa condição.
Para o especialista, a oftalmologia é uma área extremamente tecnológica, mas que precisa resgatar a humanização. “O paciente com olho seco quer ser acolhido. Em geral, já passou por vários profissionais e, muitas vezes, não recebeu um diagnóstico adequado. É uma doença multifatorial que exige tempo, atenção e um olhar individualizado. Por isso, hoje considero o olho seco uma nova superespecialidade. E dá para viver disso, sim, com qualidade e propósito”, afirma.
O oftalmologista ressalta que, segundo dados da consultoria Mordor Intelligence, o setor deve movimentar US$ 6,8 bilhões em 2025, sendo que as lágrimas artificiais representam metade desse montante. A projeção é que o mercado alcance US$ 8 bilhões em cinco anos. “A indústria sempre está à frente e é por isso que queremos estar próximos de empresas como a Phelcom. A parte científica é fundamental, mas a prática do dia a dia é igualmente importante.”
Eyer2 na prática clínica
Oftalmologista Dr. Gustavo Gubert com o retinógrafo portátil Eyer.
A rotina do Dr. Gubert reflete sua visão de um atendimento humano e individualizado. Hoje, atende aos pacientes em consultas com duração entre uma hora e uma hora e meia. “Não existe receita pronta. Cada caso é único e o tratamento precisa ser personalizado. E, para isso, precisamos de tempo de cadeira clínica”, afirma.
Nesse contexto, a tecnologia tem papel central. O Eyer2 tornou-se para o oftalmologista uma ferramenta indispensável para apoiar o diagnóstico e orientar pacientes.
O equipamento permite a captura de imagens de alta definição dos segmentos anterior e posterior do olho, além de integrar-se ao EyerCloud, plataforma online para o gerenciamento de exames. O sistema também pode utilizar o EyerMaps, uma inteligência artificial capaz de identificar possíveis anomalias na retina em poucos segundos.
“Conseguimos avaliar o segmento anterior com imagens detalhadas, aplicar fluoresceína, realizar meibografia e mostrar tudo ao paciente. O diagnóstico é muito visual e, quando ele enxerga o que está acontecendo, compreende melhor e adere mais ao tratamento”, conta.
Na clínica, um tecnólogo de saúde é responsável pela captura inicial das imagens antes da consulta. Já o Dr. Gubert realiza avaliações mais específicas, como meibografia e exames com fluoresceína, também para manter o contato direto com os pacientes. Além disso, o equipamento permite retinografias sem necessidade de dilatação, otimizando o processo.
“Mesmo se tratando de olho seco, é fundamental lembrar que estamos diante de pacientes oftalmológicos que podem apresentar outras condições importantes. O Eyer2 nos ajuda a não perder esses sinais”, pontua.
Casos clínicos ilustram esse impacto. Dr. Gubert relata, por exemplo, o diagnóstico de uma neurite óptica em um paciente inicialmente encaminhado por síndrome do olho seco e com uma catarata leve. “A acuidade visual do paciente era desproporcional entre os olhos e não justificada apenas pela catarata. Com o Eyer2, fiz as imagens da retina e nervo óptico e identifiquei a alteração. Encaminhei imediatamente ao neurologista, que iniciou o tratamento. O paciente teve melhora significativa. Esse tipo de situação mostra a segurança que o equipamento nos traz, muitas vezes sem a necessidade de dilatação, que pode interferir em diagnósticos como este.”
Outros exemplos incluem a identificação precoce de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a documentação de ceratites e infestações por Demodex. A qualidade das imagens, somada aos recursos de inteligência artificial do EyerMaps, amplia a precisão diagnóstica.
Para Dr. Gubert, além de versátil e intuitivo, o equipamento também melhora a experiência do paciente. “Há um efeito de encantamento quando mostramos a retina, os cílios ou o olho em alta resolução. Muitos dizem: ‘nunca me mostraram isso antes’. Esse impacto visual gera confiança e aumenta a adesão ao tratamento. É diferente apenas falar e explicar. Quando mostramos a imagem, o paciente realmente entende o que está acontecendo”, observa.
Formação e ensino
Além da atuação clínica, Dr. Gubert também tem se dedicado à formação de colegas oftalmologistas. Em parceria com o oftalmologista Dr. Milton Yogi, criou o Dry Eye Day, curso inédito no Brasil voltado exclusivamente aos colegas oftalmologistas para diagnóstico e tratamento do olho seco.
A iniciativa nasceu a partir de um encontro em um congresso da Sociedade Baiana de Oftalmologia (SBO), em Salvador (BA), há alguns anos. Desde então, já foram realizadas cinco edições, sendo a mais recente em São Paulo, presencial, com hands on e transmitida online ao vivo, em setembro deste ano. “Hoje, contamos com uma plataforma onde todo o conteúdo gravado fica disponível para os alunos terem acesso às aulas teóricas e práticas de todas as edições, bastando acessar o link: myacademia.net/ded2025”, ressalta.
Com mais de 150 alunos formados no Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, o curso é uma dos maiores da América Latina e conta com um grupo exclusivo de WhatsApp para a discussão de casos clínicos e educação continuada.
“O curso foi pensado para oferecer o melhor aproveitamento de um tema que está em plena ascensão na oftalmologia. O olho seco impacta diretamente nos resultados de cirurgias de catarata e refrativas, podendo comprometer a qualidade visual dos pacientes, por exemplo. Nosso objetivo é preparar o oftalmologista para reconhecer, tratar e prevenir esses casos, elevando a segurança e a satisfação nos procedimentos”, explica Dr. Gubert.
Para ele, a parceria com Yogi foi decisiva não apenas em sua trajetória profissional, mas também em sua formação pessoal. “Aprendo diariamente com ele, tanto na prática clínica quanto na filosofia de vida. Essa troca impulsionou minha carreira e se transformou em uma amizade que levo como guia em vários aspectos da minha vida.”
O curso também é espaço para troca de experiências sobre tecnologia. Muitos alunos procuram orientação sobre investimentos em equipamentos. “O Eyer2 é um grande diferencial para quem deseja dar um salto de qualidade. É versátil, intuitivo e acessível, ideal para colegas que atuam em diferentes consultórios e nem sempre dispõem de câmeras acopladas à lâmpada de fenda. Ele amplia a capacidade diagnóstica e agrega muito valor ao atendimento”, conclui o especialista.
Eyer2
O retinógrafo portátil Eyer2 possui novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
O equipamento também possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Com isso, simplifica a rotina do consultório, proporcionando atendimentos mais ágeis, exames completos e tecnologias impactantes para o diagnóstico e tratamento ocular.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o projeto “Revolução na retina: IA e telemedicina levam diagnóstico rápido a pacientes com diabetes” foi um dos vencedores do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025, na categoria Tecnologias Diagnósticas — um dos mais importantes reconhecimentos nacionais na área da saúde. Os vencedores foram anunciados em 5 de setembro.
A iniciativa representa um avanço significativo no rastreamento da retinopatia diabética, uma das principais causas de deficiência visual e cegueira no mundo. A doença é uma complicação comum do diabetes, mas pode ser prevenida com diagnóstico e tratamento precoces.
O rastreamento periódico com exames de fundo de olho é essencial para identificar a doença em suas fases iniciais e evitar danos irreversíveis à visão — um grande desafio no Brasil, especialmente na rede pública de saúde.
“Enxergo esse reconhecimento com enorme relevância, por representar uma linha bastante inovadora: a implementação de dispositivos inteligentes e seu impacto positivo em desfechos de saúde”, afirma o oftalmologista e um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, Fernando Korn Malerbi.
Vencedores do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025.
Tecnologia nacional e impacto real
O estudo foi conduzido no Centro de Diabetes da Unifesp, em 2024, utilizando o retinógrafo portátil Eyer. O equipamento permite a captura de imagens de alta definição do fundo do olho e integra-se ao EyerCloud, plataforma online para o gerenciamento de exames. O sistema também utiliza o EyerMaps, uma inteligência artificial capaz de identificar possíveis anomalias na retina em poucos segundos.
As informações coletadas eram analisadas por especialistas de forma remota, o que reduzia etapas e acelerava o diagnóstico.
No total, 801 pacientes com diabetes participaram da triagem e quase 15% apresentaram sinais de retinopatia diabética. Malerbi destaca que a adesão às consultas de seguimento beirou 100%, demonstrando alto engajamento e confiança no processo.
O tempo médio entre o exame e o início do tratamento caiu de 20 para 9 dias, representando um avanço decisivo em uma condição considerada tempo-sensível. “Reduzir o intervalo entre o diagnóstico e o tratamento é fundamental na retinopatia diabética, uma vez que o atraso pode significar perda visual irreversível”, explica.
Segundo ele, o projeto gerou benefícios como maior eficiência no rastreamento, otimização de recursos, alta adesão dos pacientes, redução dos tempos de espera e de satisfação da equipe envolvida.
“A solução aplicada é 100% brasileira e a pesquisa foi desenvolvida em um ambiente público, dentro de uma universidade federal. Isso reforça o potencial de inovação científica e tecnológica existente no país, especialmente quando unimos a academia à prática clínica”, ressalta Malerbi.
Desafios e próximos passos
Embora o estudo tenha sido viável em ambiente de pesquisa, Malerbi reconhece os desafios para ampliar a implementação do modelo fora da universidade. “Dentro de um ambiente acadêmico, foi relativamente simples desenhar e executar o projeto. No entanto, acreditamos que uma das maiores dificuldades em larga escala esteja na formação de profissionais capacitados para a obtenção das imagens e elaboração dos laudos, além do desenho de um fluxo clínico eficiente em sistemas de saúde mais complexos”, avalia.
O oftalmologista reforça que os próximos passos são transformar o projeto em rotina assistencial e apoiar sua replicação em outros serviços públicos e privados. “Pretendemos criar condições para que o projeto se torne parte do atendimento regular e também oferecer subsídios para que nossa experiência possa ser aplicada em sistemas de saúde mais abrangentes”, conclui.
Prêmio
Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025.
O Prêmio Veja Saúde Oncoclínicas de Inovação Médica, com curadoria da VEJA SAÚDE, reconhece projetos, instituições e profissionais que contribuem de forma significativa para o avanço científico, clínico e assistencial na área da saúde.
A iniciativa valoriza trabalhos conduzidos, publicados ou liderados por médicos e cientistas brasileiros, abrangendo estudos clínicos, testes laboratoriais, projetos educativos e assistenciais, campanhas de prevenção e soluções desenvolvidas por healthtechs, dentre outros.
Os projetos finalizados e com resultados consolidados que atendem aos critérios do regulamento são avaliados por um júri de especialistas. Com base nessas análises, são definidos os vencedores em cada categoria: Medicina de Precisão e Genômica, Prevenção e Promoção da Saúde, Tecnologias Diagnósticas, Terapias e Tratamentos Inovadores, Medicina Social, Engajamento e Empoderamento do Paciente e IA na Transformação Digital em Saúde.
A ONG Zoé atua levando assistência médica a comunidades indígenas e ribeirinhas que vivem em algumas das regiões mais remotas e desassistidas do país. São os chamados “guardiões da floresta”, moradores da Amazônia que enfrentam grandes desafios de acesso à saúde, como a proporção de apenas 1,39 médico para cada mil habitantes nessas áreas.
Entre os dias 28 de junho e 6 de julho de 2025, a ONG realizou sua maior ação até o momento: a 35ª expedição, batizada de Junho Cirúrgico, no município de Belterra (PA). Durante os nove dias de missão, uma equipe de 48 voluntários prestou 2.219 atendimentos, incluindo procedimentos, cirurgias, consultas e exames em diversas especialidades.
Ao todo, foram realizadas:
108 cirurgias (gerais, ginecológicas e dermatológicas);
998 consultas em especialidades como oftalmologia, dermatologia, pediatria, otorrinolaringologia, geriatria, fisiatria, fonoaudiologia e ginecologia;
1.063 exames, incluindo exames oftalmológicos, fisiátricos, dermatológicos, ultrassonografias e audiometrias.
“Durante nove dias garantimos o acesso a especialidades inexistentes ou indisponíveis na região, desafogando o sistema de saúde local. Por exemplo, foi o primeiro atendimento de otorrinolaringologia na aldeia”, destaca a coordenadora executiva da ONG Zoé, Andréia Laplana.
Esta também foi a primeira expedição da ONG com o uso do retinógrafo portátil Eyer2. O equipamento permite a captura de imagens de alta definição dos segmentos anterior e posterior do olho, viabilizando exames oftalmológicos precisos mesmo em regiões remotas.
Integrado à inteligência artificial EyerMaps e à plataforma online EyerCloud, o sistema possibilita a triagem rápida de alterações retinianas e o acompanhamento remoto por especialistas, oferecendo um novo patamar de cuidado ocular em expedições como esta.
35ª expedição, batizada de Junho Cirúrgico, no município de Belterra (PA), foi a maior ação da ONG Zoé até o momento.
Eyer2 amplia diagnósticos oftalmológicos e agiliza o atendimento em campo
A utilização do Eyer2 durante a expedição trouxe avanços significativos para a triagem, o diagnóstico e o registro de doenças oculares nas comunidades indígenas e ribeirinhas da região. Ao todo, foram 729 exames de visão realizados com precisão e agilidade.
Entre os principais achados clínicos estão casos de glaucoma, toxoplasmose ocular e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Graças a essa triagem, foi possível distribuir 173 óculos personalizados, devolvendo autonomia, nitidez visual e mais qualidade de vida aos atendidos.
Segundo a coordenadora de oftalmologia da ONG Zoé, Maria Beatriz Lacerda Coelho de Paula, o equipamento se destacou por agregar valor em duas frentes: agilidade no fluxo de trabalho e documentação dos casos.
“A documentação fornecida pelo Eyer2 nos permite planejar futuras ações na mesma região. Além disso, a facilidade de manuseio possibilitou que uma oftalmologista e um técnico treinado realizassem retinografias de alta qualidade. Essa agilidade foi decisiva para atender um número maior de pacientes em um curto período, algo essencial em uma expedição com logística complexa e diversas especialidades envolvidas”, ressalta Maria Beatriz.
A oftalmologista também compartilhou um momento marcante da missão. “Uma acadêmica fez um de seus primeiros diagnósticos, um caso de glaucoma. Perceber que, com os instrumentos certos e um treinamento básico, é possível mudar o curso da vida de um paciente é algo muito significativo”, conta.
“Sou muito grata ao pessoal da Phelcom por nos ter emprestado o Eyer. É muito autêntico o interesse da empresa de que esse produto tenha propósito, que atenda a quem precisa”, afirma.
Exame feito com o Eyer2 durante ação da ONG Zoé em Belterra (PA).
Experiência e propósito
A ideia de utilizar o Eyer2 na expedição em Belterra (PA) partiu de Maria Beatriz. Seu primeiro contato com o Eyer aconteceu antes mesmo do lançamento oficial, quando o CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, apresentou o protótipo à equipe de oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em São Paulo, em 2018.
Durante a pandemia de covid, o Eyer passou a fazer parte da sua rotina profissional. “Eu trabalhava na linha de frente do HC e usávamos o aparelho para realizar fundoscopias nos pacientes e documentar os casos para os protocolos clínicos”, relembra.
Além da atuação na ONG Zoé, Maria Beatriz utilizou o equipamento em outras iniciativas sociais, como o projeto Aldeia em Foco. Seu envolvimento com expedições começou ainda na graduação, por meio do projeto Bandeira Científica, da Faculdade de Medicina da USP. “Participei de duas bandeiras: uma como interna do quinto ano e outra já como residente em oftalmologia. Foi nessa época que comecei a me interessar pela especialidade. Antes de escolher oftalmo, eu já tinha escolhido as expedições”, conta.
Ao longo do tempo, o que começou como curiosidade e desejo de conhecer outras realidades, se transformou em missão. “Fazer uma expedição passou a significar ser útil em um lugar onde você é realmente necessário. Não é apenas o aspecto técnico: só o fato de ouvir as pessoas e oferecer acolhimento já faz uma grande diferença”, reflete.
Ela resume a motivação em uma palavra: propósito. “Estar no lugar certo, na hora certa, com pessoas que precisam de você… isso traz muito propósito à vida. E propósito é uma das coisas que nos aproxima da felicidade.”
No primeiro semestre deste ano, Maria Beatriz já participou de três expedições. Até o momento, tem outras duas programadas para o segundo semestre — em outubro e dezembro. “É algo que coloquei como prioridade na minha vida, praticamente desde que comecei a trabalhar”, revela.
Equipe da ONG Zoé na 35ª expedição, batizada de Junho Cirúrgico, no município de Belterra (PA).
Sobre a ONG Zoé
A ONG Zoé atua desde o final de 2019, promovendo o acesso à saúde para comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia — populações historicamente negligenciadas no sistema público de saúde brasileiro.
A organização realiza expedições médicas que levam especialistas e infraestrutura básica a regiões de difícil acesso, onde o número de médicos por habitante está entre os mais baixos do país.
Desde sua fundação, a ONG já realizou 35 expedições, somando mais de 15 mil atendimentos com a colaboração de 352 voluntários, que juntos dedicaram mais de 24 mil horas de trabalho às ações em campo.
As expedições envolvem múltiplas especialidades, exames, cirurgias e a distribuição de medicamentos e insumos com o objetivo de garantir cuidado integral e contínuo às comunidades atendidas.
Quem deseja contribuir com essa missão pode fazer parte como voluntário ou doador. Acesse o site da organização e saiba: www.ongzoe.org.
Eyer2
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
Recentemente, chegou ao mercado o Eyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
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