Sete estados representados, 205 acadêmicos de medicina envolvidos, 2.486 pessoas atendidas e mais de 70 pacientes graves diagnosticados e encaminhados para tratamento. Esses são os principais resultados da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”, promovido pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com o apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
A iniciativa selecionou 10 projetos acadêmicos voltados para a redução da cegueira causada por doenças do segmento posterior. As ações envolveram exames de fundo de olho, o uso de telemedicina e a aplicação de inteligência artificial para auxiliar na triagem e diagnóstico. Para viabilizar os projetos, a Phelcom disponibilizou 20 unidades do retinógrafo portátil Eyer, com acesso ao recurso EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud.
As ligas selecionadas foram:
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Faculdade ZARNS (LAOZ) – Itumbiara (GO);
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Universidade de São Caetano do Sul (LAOUSCS) – São Caetano do Sul (SP);
Liga de Combate a Distúrbios Visuais (LCDV) da Universidade Estadual de Feira de Santana – Feira de Santana (BA);
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Universidade de Pernambuco (LAOF-UPE) – Recife (PE);
Liga Acadêmica de Oftalmologia (LAOF) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Tubarão (SC);
Liga Acadêmica de Oftalmologia de Curitiba (LIOF) da Universidade Positivo Ecoville – Curitiba (PR);
Liga de Oftalmologia LOFTU da Universidade de Passo Fundo II – Passo Fundo (RS);
Liga Acadêmica de Oftalmologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás – Goiânia (GO);
Liga de Prevenção à Cegueira da USP, Campus Pinheiros – São Paulo (SP);
Liga Acadêmica LAOF – FMRP/USP – Ribeirão Preto (SP).
A premiação foi realizada em 20 de fevereiro, durante o Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (Simasp), em São Paulo. O evento contou com a presença da presidente em exercício da ABLAO, Isabela Negrine, do vice-presidente da ABLAO, Augusto César, do cofundador e COO da Phelcom, Flávio Pascoal Vieira e da coordenadora de marketing da Phelcom e líder do projeto pela empresa, Manoela Campos, além de representantes das ligas participantes.
Negrine abriu o evento destacando os resultados expressivos alcançados pelas ligas participantes. “Muitos projetos focaram em populações de maior vulnerabilidade social, que têm ainda menos acesso à saúde básica. Esses pacientes passaram anos na fila aguardando atendimento e, graças aos acadêmicos, conseguiram acesso ao exame e encaminhamento adequado. Assim, iniciativas como o ‘De Olhos para o Futuro’ não apenas beneficiam diretamente a população e aprimoram o atendimento de saúde da região, como também aceleram diagnósticos que antes dependiam da realização do exame. Além disso, oferecem uma oportunidade única para que as ligas acadêmicas desenvolvam projetos de uma competência admirável”.
Na sequência, Pascoal ressaltou a importância da iniciativa e o papel dos estudantes na ampliação do acesso ao diagnóstico oftalmológico. “A Phelcom nasceu com a missão de democratizar o acesso à saúde ocular e esse concurso representa exatamente isso. Ele cria um canal para que nossos equipamentos cheguem às pessoas que realmente precisam de um diagnóstico ou de um cuidado visual. Mas quem torna tudo isso possível são vocês, acadêmicos de medicina, que utilizam essa ferramenta para levar saúde à população. É inspirador ver como a tecnologia aliada à dedicação de vocês pode transformar tantas vidas”.
Após parabenizar a dedicação de todas as ligas, a presidente da ABLAO revelou os grandes vencedores do 2º De Olhos para o Futuro. Os três primeiros colocados receberam como prêmio um retinógrafo portátil Eyer, acompanhado do sistema EyerMaps, para dar continuidade às suas ações e ampliar o alcance dos seus projetos. Além disso, a liga vencedora ganhou uma inscrição cortesia para o Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que ocorrerá de 27 a 30 de agosto, em Curitiba (PR), onde terá a oportunidade de apresentar seu projeto na sessão da ABLAO.
1º lugar: Olhos de Luz
Parte da equipe da LAOZ durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
A Liga Acadêmica de Oftalmologia da Faculdade ZARNS (LAOZ), de Itumbiara (GO), conquistou o primeiro lugar no concurso com o projeto “Olhos de Luz – Atividade Física e a Influência na Qualidade de Vida e Prevenção de Cegueira em Diabéticos de Comunidade Quilombolas”.
A iniciativa investigou a prevalência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) e suas implicações na saúde ocular, como retinopatia diabética (RD), catarata e glaucoma. Além disso, o projeto avaliou a influência da atividade física na qualidade de vida e na prevenção da cegueira por RD em pessoas a partir de 45 anos da comunidade quilombola Córrego do Inhambú, abrangendo os municípios de Itumbiara e Cachoeira Dourada, em Goiás.
No total, 408 pacientes foram avaliados por meio de questionários e exames oftalmológicos, incluindo retinografia, escala de Snellen, teste de monofilamento e Teste de Sensibilidade Tátil.
A presidente da LAOZ, Carolina Oliveira de Ávila, conta que um dos momentos mais marcantes do projeto envolveu uma paciente com risco iminente de perder completamente a visão devido à RD. “Graças ao diagnóstico precoce realizado pela liga, conseguimos encaminhá-la rapidamente para tratamento. Esse episódio reforçou o quanto a detecção precoce e o acesso ao tratamento certo podem transformar vidas. Com atenção, cuidado e informação, conseguimos proteger algo tão essencial quanto o olhar”, afirma.
Exame feito com Eyer por ligante da LAOZ durante ação do projeto “Olhos de Luz”.
2º lugar: Rastreamento da Retinopatia Diabética em Tubarão (SC)
Parte da equipe da LAOF durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
Segundo colocado no concurso “De Olhos para o Futuro”, a Liga Acadêmica de Oftalmologia (LAOF) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Tubarão (SC) desenvolveu o projeto “Prevalência e Rastreio da Retinopatia Diabética em Pacientes Diabéticos da Rede Pública de Tubarão (SC): Um Estudo Transversal com Uso de Retinografia”. O objetivo foi analisar a prevalência da retinopatia diabética entre os pacientes atendidos pelo SUS, além de implementar ações educativas e estabelecer um protocolo de acompanhamento contínuo, com foco no controle glicêmico e no monitoramento da doença.
Um dos impactos mais significativos do projeto foi a priorização de pacientes no SUS. “Alguns já estavam na fila de espera para uma consulta com o oftalmologista. Mas, após a identificação de alterações nos exames, passaram a ser classificados como casos urgentes, acelerando o atendimento e o início do tratamento”, explica o presidente da liga, Matheus Oliveira.
“O Eyer permitiu realizar exames de retina de forma muito mais prática e acessível, inclusive em locais onde o uso de equipamentos tradicionais seria inviável, como no presídio e no Abrigo dos Velhinhos. Isso ampliou significativamente nosso alcance e possibilitou um atendimento de qualidade para populações que, normalmente, têm pouco acesso a esse tipo de exame”.
Estudantes avaliam exames feitos com o Eyer no EyerCloud durante projeto do concurso “De Olhos para o Futuro”.
3º lugar: De Olhos para o Futuro
Parte da equipe da Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás durante premiação da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
O projeto “De Olhos para o Futuro”, da Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC de Goiás, campus Goiânia, conquistou o terceiro lugar e teve como principal objetivo reduzir a incidência de cegueira causada por retinopatia diabética em comunidades carentes de Goiás.
Para viabilizar o projeto, a liga estabeleceu parcerias estratégicas com as secretarias municipais de saúde de Goiânia, Anicuns, Adelândia, Americano do Brasil e Avelinópolis, além da Fundação Banco de Olhos de Goiás. “Conseguimos acessar a lista de pacientes que estavam há muito tempo sem conseguir uma consulta, especialmente aqueles com histórico de diabetes, para realizar a triagem com o Eyer. Viajamos até essas cidades para examiná-los e identificar casos que necessitavam de acompanhamento urgente”, conta a presidente da liga, Isadora Moulin Lima Rezende de Castro.
Um dos momentos mais marcantes para a equipe foi o atendimento a um paciente com retinopatia diabética avançada, que desconhecia a gravidade de seu quadro. “Graças à triagem, conseguimos orientá-lo e encaminhá-lo rapidamente para tratamento, o que pode ter evitado a perda total da visão. Com palavras de gratidão, ele nos disse que nunca havia feito um exame tão detalhado e que, pela primeira vez, sentia que sua saúde ocular estava sendo levada a sério. Esse momento nos tocou profundamente, pois mostrou que não estávamos apenas realizando triagens, mas também oferecendo acolhimento, esperança e a chance de um futuro com visão. Foi um lembrete poderoso do porquê escolhemos a medicina e do impacto real que podemos causar na vida das pessoas”, relata Castro.
Exame feito com Eyer em paciente durante ação da Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Goiás.
Ensino da oftalmologia
O concurso “De Olhos para o Futuro” vai além do rastreamento e da prevenção de doenças oftalmológicas: também desempenha um papel fundamental na formação dos futuros médicos. Para muitos acadêmicos, representa uma oportunidade de aprofundar o conhecimento na especialidade, desenvolver habilidades práticas e compreender o impacto da oftalmologia na saúde pública.
Negrine ressalta como a iniciativa complementa a graduação. “O concurso agrega muito na formação dos estudantes de medicina. Poucas faculdades incluem oftalmologia no currículo e, mesmo quando há a disciplina, o ensino costuma ser superficial, com poucas aulas e mínima prática. O projeto surge como uma alternativa para que os alunos interessados na área tenham contato maior com a especialidade e com tecnologia inovadoras, como o Eyer”, observa.
Além da experiência prática, o projeto estimula a pesquisa científica e a produção acadêmica. Os dados obtidos durante as triagens podem ser organizados em estudos e apresentados em congressos, contribuindo para o avanço do conhecimento na área. “Outro aspecto é o impacto social. Como as iniciativas são totalmente voluntárias e atendem populações em situação de vulnerabilidade, os estudantes desenvolvem uma maior noção de cidadania e compromisso com a comunidade”, acrescenta.
Para César, parcerias com empresas como a Phelcom são essenciais para ampliar o impacto da ABLAO, que possui uma forte conexão com alunos de medicina e tem grande capacidade de mobilização para iniciativas de saúde. “Ao disponibilizar equipamentos inovadores e soluções tecnológicas acessíveis, a Phelcom possibilita que estudantes e profissionais levem atendimento oftalmológico a comunidades que, muitas vezes, não teriam acesso a esse tipo de cuidado. Esse modelo de parceria que une ensino, tecnologia e impacto social é um caminho promissor para transformar a realidade da saúde no país”, destaca.
Outro diferencial da iniciativa é estimular os estudantes a assumirem um papel ativo na organização e gestão de projetos voluntários. “Muitas vezes, os acadêmicos de medicina participam apenas da execução das ações, sem contato com a estruturação e o planejamento. Esse envolvimento mais amplo aprimora sua visão sobre o impacto dos projetos e os incentiva a desenvolver novas iniciativas utilizando o Eyer”.
O impacto das ações vai além do período do concurso. “A liga vencedora da primeira edição, por exemplo, conseguiu expandir suas atividades e desenvolver novos projetos a partir dessa experiência. Isso demonstra o potencial transformador do concurso, não apenas na vida dos pacientes atendidos, mas também na formação de futuros médicos comprometidos com inovação e impacto social”, conclui César.
O exame do fundo do olho, conhecido como retinografia, é essencial para o diagnóstico e acompanhamento de diversas doenças oftalmológicas, como a retinopatia diabética. No entanto, em muitos países de baixa e média renda, o acesso a equipamentos tradicionais de imagem retiniana é limitado devido ao alto custo e à necessidade de infraestrutura específica. Além disso, a disponibilidade de bases de imagens referenciais para médicos, pesquisadores e clínicos ainda é bastante reduzida nesse tipo de equipamento.
Nesse cenário, os retinógrafos portáteis, como o Eyer, surgem como uma solução mais acessível e econômica para triagem e gerenciamento ocular. Acoplado a um smartphone, o Eyer captura imagens de alta qualidade da retina em poucos minutos, sem necessidade de dilatação da pupila.
Esses dispositivos permitem o uso em diferentes contextos além dos ambientes hospitalares convencionais, como mutirões de saúde e consultas de telemedicina. Adicionalmente, registram metadados detalhados que costumam estar ausentes em outros conjuntos de dados, incluindo idade, sexo, tempo de diagnóstico do diabetes, tratamentos e comorbidades.
Recentemente, a revista Scientific Data, do grupo Nature, publicou o artigo “A portable retina fundus photos dataset for clinical, demographic, and diabetic retinopathy prediction”, que apresenta o mBRSET: um novo conjunto de dados de imagens de retina capturadas com câmeras portáteis em cenários reais de alta demanda. Dentre os autores do estudo estão o oftalmologista Fernando Korn Malerbi e o CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi.
Imagens do fundo do olho capturadas com o Eyer durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2022, com destaque para o mapa de atenção gerado pelo EyerMaps, indicando possíveis anomalias.
mBRSET
Ao todo, o mBRSET reúne 5.164 imagens de retina de 1.291 pacientes com diferentes perfis, capturadas com o Eyer durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, na Bahia, em 2022. Reconhecido como um dos maiores eventos do mundo em prevenção e tratamento do diabetes, o mutirão atende anualmente centenas de pacientes, oferecendo uma ampla gama de exames, como avaliação do fundo do olho, e encaminhamentos para tratamentos específicos.
Exame realizado com o Eyer durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2022.
Para avaliar a utilidade do mBRSET, foram utilizados modelos avançados de deep learning para benchmarking. Os resultados demonstraram alta precisão em tarefas clínicas, como o diagnóstico de retinopatia diabética e edema macular, além da previsão de dados demográficos.
Uma análise detalhada das imagens revelou que, entre as 4.885 avaliadas, 3.759 (76,79%) não apresentavam sinais de retinopatia diabética (RD). A RD não proliferativa leve foi identificada em 272 imagens (5,56%), enquanto a forma moderada estava presente em 570 imagens (11,64%). Além disso, 82 imagens (1,67%) mostraram sinais de RD não proliferativa grave e 212 (4,33%) foram classificadas como RD proliferativa. O edema macular também foi um achado relevante, presente em 427 imagens (8,69%).
Marco para a saúde ocular e pesquisa científica
A importância do conjunto de dados mBRSET pode ser definida em cinco aspectos fundamentais:
Representatividade da população brasileira
O mBRSET contribui para reduzir a sub-representação de populações de países de baixa e média renda nos conjuntos de dados oftalmológicos, incluindo indivíduos de diversas origens étnicas no Brasil.
Primeiro dataset público com imagens de câmeras portáteis
Este é o primeiro conjunto de dados disponível publicamente que apresenta imagens capturadas com retinógrafos portáteis, refletindo a crescente adoção dessa tecnologia em ambientes com poucos recursos.
Coleta em cenários reais e de alta demanda
As imagens foram obtidas em ambientes clínicos com grande fluxo de atendimento, garantindo que o dataset represente os desafios reais da triagem e do gerenciamento ocular.
Inclusão de dados demográficos detalhados
O mBRSET vai além das imagens retinianas, incluindo informações como sexo, nível de escolaridade e status de seguro de saúde. Isso permite que pesquisadores avaliem a equidade e a generalização dos algoritmos de inteligência artificial em diferentes subpopulações.
Base para o desenvolvimento de IA aplicada à oftalmologia
O conjunto de dados se torna um recurso essencial para a criação e validação de algoritmos de inteligência artificial, contribuindo para a automação da triagem, diagnóstico e monitoramento da retinopatia diabética e de outras doenças oculares.
Stuchi enfatiza o impacto do mBRSET para a comunidade científica e médica. “A criação deste conjunto de dados representa um marco significativo na saúde ocular, especialmente para regiões com recursos limitados. Ao disponibilizar imagens de alta qualidade capturadas com dispositivos portáteis, ampliamos as possibilidades de pesquisa e desenvolvimento de soluções em IA que podem transformar o diagnóstico e o tratamento de doenças oculares”.
Da esquerda para a direita: Diego Lencione, cofundador e CTO da Phelcom, Flavio Pascoal Vieira, cofundador e COO da Phelcom, Paulo Prado, coordenador de Mobile Software e IA da Phelcom, e José Augusto Stuchi, cofundador e CEO da Phelcom, durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna, em 2022.
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular.
Recentemente, chegou ao mercado o Eyer2 com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
Exames oftalmológicos gratuitos para mais de 495 mil estudantes do estado de Goiás. Essa é a proposta do “Olhar para Todos”, o maior programa público de saúde oftalmológica do Centro-Oeste, que busca levar atendimento especializado a todas as escolas estaduais de Goiás até 2026.
Com um investimento de R$ 36 milhões, a iniciativa utiliza tecnologia de ponta e uma equipe especializada para identificar e tratar problemas de visão nos alunos, incluindo a doação de óculos e encaminhamentos pelo SUS.
O programa foi inaugurado no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Ayrton Senna, em Goiânia, onde mais de 1,2 mil estudantes passaram por avaliações oftalmológicas em uma unidade móvel equipada com quatro consultórios e tecnologias de última geração, como o retinógrafo portátil Eyer2.
O Eyer2 se destaca por registrar imagens de alta definição dos segmentos anterior e posterior do olho, além de integrar-se ao EyerCloud, plataforma online para o gerenciamento de exames. O sistema também pode utilizar o EyerMaps, uma inteligência artificial capaz de identificar possíveis anomalias na retina em poucos segundos. Essa combinação de ferramentas torna o atendimento mais eficiente e acessível.
Visualização do exame realizado no EyerCloud com sinalização da inteligência artificial EyerMaps
“Nós saímos de um modo analógico e hoje estamos em um mundo digital, completamente integrado. Isso tudo está na nuvem, no protocolo integrado. Na sequência, os médicos fazem o laudo daquilo que aconteceu na primeira etapa e lá eles já resolvem 90% do diagnóstico”, afirmou Marcos Ávila, presidente do Conselho Administrativo do CEROF-UFG, parceiro do programa, em entrevista ao Jornal Hoje, da Rede Globo.
Durante os atendimentos, os estudantes passam por diferentes etapas de avaliação, que incluem:
Acuidade visual (tabela eletrônica): verifica clareza e nitidez da visão, com ou sem óculos;
Auto refração e motilidade ocular: determina o grau necessário para óculos e identifica estrabismo;
Retinografia com o Eyer2: avalia a transparência dos meios ópticos, detecta catarata e lesões corneanas, além de realizar um exame detalhado do fundo do olho;
Consulta oftalmológica completa conduzida por médicos especialistas.
Melhora do aprendizado
Ao priorizar a saúde visual dos alunos, o “Olhar para Todos” visa combater a evasão escolar e promover um aprendizado mais inclusivo. Problemas de visão não tratados afetam diretamente a autoestima e o desempenho acadêmico, aumentando o risco de abandono escolar. Estudos mostram que a iniciativa pode reduzir a repetência e a evasão em até 12%.
“Já sabemos que, desses estudantes, em torno de 25% deles possuem alguma desordem visual”, afirmou Rasível dos Reis Santos Junior, secretário de Saúde de Goiás, em entrevista ao Jornal Hoje.
Além de atender os alunos da rede estadual, o programa também beneficia crianças matriculadas em instituições de ensino especial conveniadas e as famílias atendidas pelas ações itinerantes do Goiás Social. Outro destaque é a capacitação de professores da rede estadual, que atuarão como mediadores em suas comunidades, ajudando a identificar sinais de dificuldade visual em estudantes de todas as regiões do estado.
A iniciativa também conta com parceiros, como a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), as secretarias estaduais de Saúde (SES), Educação (Seduc) e Desenvolvimento Social (Seds), o Centro de Referência em Oftalmologia da Universidade Federal de Goiás (Cerof-UFG) e organizações da sociedade civil.
Eyer2
Exame oftalmológico realizado com o retinógrafo portártil Eyer2.
O retinógrafo portátil Eyer2 possui novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas. O equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, hordéolos, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Com isso, simplifica a rotina do consultório, proporcionando atendimentos mais ágeis, exames completos e tecnologias impactantes para o diagnóstico e tratamento ocular.
Dentre as principais funcionalidades do portátil, destacam-se:
Registros com apenas um clique;
Ergonomia projetada para proporcionar maior comodidade durante as capturas;
Plataforma portátil de imageamento ocular capaz de realizar seis registros em um único equipamento, sem necessidade de midríase;
Retinografia colorida de alta qualidade: 55º em uma única imagem para detecção de lesões periféricas na retina;
Red free gerado instantaneamente após o registro colorido;
Registro de segmento posterior com luz infravermelha, importante para avaliação de áreas mais profundas da retina sem desconforto ao paciente, como diagnóstico de nevo de coróide e olho seco evaporativo;
Estereofoto de papila para visualização 3D da escavação;
Retinografias panorâmicas com até 120°;
Edição e gráficos para análise de cup-to-disk ratio (CDR);
Fotodocumentação em alta definição da superfície ocular para acompanhamento da progressão de doenças;
Avaliação e fotodocumentação de lesões de córnea com luz azul cobalto;
Mobilidade para atendimento em diversas clínicas, locais remotos que requerem atenção primária e exames em pacientes acamados e recém-nascidos;
Possibilidade de integração com o EyerMaps, inteligência artificial que sinaliza em segundos as áreas da retina com possíveis anomalias;
Integração com o EyerCloud, plataforma online para gerenciamento dos exames.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, como Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e Emirados Árabes, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
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