Atualmente, o glaucoma é o principal motivo de casos de cegueira irreversível no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge 70 milhões de pessoas. Só no Brasil, são 1,2 milhão de casos, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Ainda conforme estimativas da OMS, o problema afetará 80 milhões neste ano e, em 2040, 111,5 milhões. Especialistas atribuem esse aumento a dois fatores: o envelhecimento da população e o crescimento nos diagnósticos.
Um outro dado alarmante é que, na maioria dos casos, a disfunção é assintomática na fase inicial. Por exemplo, um levantamento do CBO apontou que 80% dos portadores não apresentam sintomas.
De fato, é essencial conhecer tudo sobre essa doença. Então, entenda neste post o que é o glaucoma, os sintomas, o diagnóstico, os tratamentos disponíveis e como se prevenir.
O que é glaucoma
O glaucoma é uma doença crônica e degenerativa que afeta os olhos. É caracterizado por um aumento da pressão intraocular e por uma alteração do nervo óptico. As fibras nervosas são afetadas e ocorre a perda parcial da visão.
Os principais fatores de risco são a genética (filhos têm de 6 até 10 vezes de chances de desenvolver a disfunção) e o envelhecimento (a incidência cresce a partir dos 40 anos, atingindo 7,5% aos 80 anos).
Outros possíveis desencadeadores são o uso excessivo de colírios com corticoide, lesões nos olhos, diabetes, cardiopatia e pessoas de etnia africana ou asiática.
O problema é dividido em cinco tipos:
Glaucoma de ângulo aberto (crônico)
De fato, é o mais comum. Não apresenta sintomas na fase inicial, apenas quando a doença está em estágio avançado. Neste caso, não há mais chances de amenizar as sequelas.
Glaucoma de ângulo fechado (agudo)
Mais raro, apresenta forte dor e vermelhidão nos olhos. O paciente também pode apresentar visão turva.
Glaucoma congênito
Ainda mais raro, é hereditário e costuma ser adquirido durante a gravidez, quando a mãe passa o problema para o bebê. Dentre os sintomas mais comuns, estão falta de brilho nos olhos e coloração azulada, lacrimejamento, fotofobia e crescimento do globo ocular. Pode despontar logo após o nascimento ou na infância.
Glaucoma secundário
É causado por outros fatores, como doenças nos olhos, distúrbios sistêmicos, traumas e até o uso de alguns medicamentos, como corticosteroides.
Neste último tipo, encaixa-se o glaucoma neovascular. O problema acontece devido às complicações da diabetes.
Glaucoma de pressão normal
O nervo óptico é danificado mesmo não ocorrendo o aumento da pressão intraocular. Ainda hoje as causas são desconhecidas, mas há indícios de relação com problemas vasculares.
Sintomas
De fato, o glaucoma é uma doença silenciosa, pois não apresenta sintomas no início. Na maioria dos casos, os indícios do problema só surgem quando o distúrbio já está em estágio avançado, infelizmente.
Em seguida, conheça os principais sintomas:
Perda gradual da visão periférica lateral;
Dor nos olhos;
Olhos vermelhos devido à inflamação.
Aumento da pupila;
Visão turva e embaçada;
Dificuldade para enxergar no escuro;
Visão de arcos em volta das luzes;
Lacrimejamento;
Sensibilidade excessiva à luz;
Dor de cabeça forte, náuseas e vômitos.
Cegueira
Portanto, se apresentar alguns desses sintomas, é essencial procurar um médico imediatamente.
Diagnóstico
Como a doença é silenciosa na fase inicial, apenas o médico consegue fazer o diagnóstico. Por isso, é essencial manter em dia a rotina de consultas. Os exames que detectam a doença é a medição intraocular e o exame de fundo de olho. Porém, podem ser necessários mais exames, como retinografia, tomografia de coerência óptica, campimetria computadorizada e paquimetria ultrassônica.
Recentemente, uma nova tecnologia foi lançada no mercado que auxilia no monitoramento e diagnóstico do glaucoma. É o retinográfo portátil Phelcom Eyer. Acoplado a um smartphone com câmera de alta resolução, o aparelho captura a imagem do fundo do olho, realizando o exame de retina. Integrado a uma plataforma online, envia automaticamente os dados para o laudo de um especialista. Tudo isso em poucos minutos e sem necessidade de dilatar a pupila.
Tratamentos
Atualmente, o glaucoma não tem cura, mas há tratamentos que diminuem os danos causados e contém a progressão da doença. A escolha do melhor procedimento dependerá do tipo e estágio. Dentre eles, está o uso de colírios, medicamentos, cirurgias e tratamento com laser.
Prevenção
Sem dúvida, manter em dia as consultas com o oftalmologista é uma das melhores formas de prevenir a doença. Isso porque é essencial diagnosticá-la ainda no início. E, como é assintomática, isso só ocorrerá se você fizer check-ups regularmente.
Também é fundamental conhecer o histórico de saúde ocular da sua família.
Por outro lado, há hábitos saudáveis que ajudam a detectar a doença no início e até a retardar o seu avanço. Fazer atividades físicas com segurança, usar os colírios prescritos corretamente e utilizar proteção para os olhos.
Agora, você sabe o que é o glaucoma, os tipos, quais são os sintomas, como é realizado o diagnóstico, os tratamentos disponíveis e como se prevenir. Com toda a certeza, tudo isso é importante para prevenir-se e controlar a doença, pois hoje ela é a principal responsável pela perda irreversível da visão.
Cuide da saúde dos seus olhos. Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades.
De fato, desenvolver câncer nos olhos é raro. Porém, perigoso. Geralmente, a doença é assintomática, pode evoluir para cegueira e até causar a morte do paciente. Hoje, não há dados ou estimativas da quantidade de casos anuais no Brasil.
São quatro os cânceres intraoculares mais frequentes. Nos adultos, os mais comuns são o melanoma intraocular e o Linfoma não Hodgkin. Já nas crianças, retinoblastoma e meduloepitelioma.
Vamos explicar neste post como ocorre cada um desses tipos de câncer nos olhos, quais são os sintomas e tratamentos.
Câncer nos olhos – melanoma intraocular
Vamos começar pelo tipo de câncer nos olhos com mais frequência entre os adultos: o melanoma intraocular. Mas, de modo geral, é uma doença rara. Ela se desenvolve a partir do pigmento produzido pelos melanócitos, geralmente na úvea. De fato, há casos na conjuntiva, mas são ainda mais incomuns.
Em seguida, conheça as diferenças da doença na úvea e na conjuntiva.
Melanoma uveal
Para você entender melhor, vamos explicar como é formada a úvea. Essa camada intermediária do globo ocular contém três partes: íris, coroide e corpo ciliar. Aproximadamente 90% dos tumores nos olhos crescem na coroide ou no corpo ciliar.
Há também melanomas intraoculares que começam na íris. Devido ao ponto pigmentado que surge no local, é possível diagnosticar a doença mais rápido em comparação as outras. Porém, esses tipos de melanomas progridem bem lentamente. Além disso, dificilmente atingem outras partes do corpo. Por esses motivos, os pacientes têm um bom prognóstico.
Os melanomas uveais podem se espalhar pelo sangue e irem para o fígado.
Melanoma da conjuntiva
A conjuntiva é uma cobertura clara e fina sobre a esclera. Mesmo ainda mais raro, é mais agressivos e se desenvolvem nas estruturas ao redor. Neste tipo, é possível dissemina-se pelo sangue e sistema linfático, atingindo órgãos como pulmões, fígado ou cérebro.
Sintomas
Infelizmente, a maioria dos pacientes não apresentam sintomas no início. Mas, quando em estágio avançado, podem aparecer alguns sinais. Abaixo, veja os sintomas:
Problemas de visão;
Manchas no campo de visão;
Perda de parte do campo visual;
Evolução de um ponto escuro na íris;
Mudança no tamanho ou forma da pupila;
Alteração na posição do olho dentro de sua órbita;
Abaulamento dos olhos;
Alteração na forma como o olho se move dentro da órbita.
Tratamentos
A radioterapia, laserterapia e cirurgia são tratamentos indicados para tumores pequenos e médios. A escolha por um deles ou até todos depende de cada caso e só pode ser definida pelo médico.
Já a cirurgia é a opção nos casos de cânceres grandes. Infelizmente, pode ocorrer a remoção do órgão. Porém, há também a braquiterapia, que também apresenta taxa de cura quase tão alta quanto a cirurgia. Mas, mesmo assim, a visão ainda é seriamente prejudicada.
Câncer nos olhos – Linfoma não Hodgkin
O Linfoma não Hodgkin é ainda mais raro nos olhos. Isso porque só 2% dos pacientes com essa doença foram acometidos também na região ocular. Felizmente, são curáveis e tem progressão lenta, não afetando muito à visão do paciente.
Sintomas
Geralmente, os sinais da doença são um olho mais saltado que o outro (conhecido como proptose), uma mancha na conjuntiva ou uma massa palpável na pálpebra. Raramente, há dor, vermelhidão ou visão dupla.
Tratamento
O tratamento mais empregado é a radioterapia aplicada na região, com poucos efeitos colaterais e alta porcentagem de cura. Entretanto, em casos mais agressivos, há também o uso da quimioterapia.
Câncer nos olhos – retinoblastoma
O retinoblastoma é o câncer infantil nos olhos mais comum, apesar de raro. O tumor maligno origina-se das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão, podendo afetar um ou ambos os olhos. Geralmente, ocorre antes dos cinco anos de idade. Na verdade, há relatos de bebês que já nasceram com o problema.
Sintomas
Confira abaixo alguns sintomas que podem surgir:
Pupila branca ou rosa, o que gera um reflexo brilhante no olho afetado;
Estrabismo;
Inflamação;
Conjuntivite;
Dor;
Inchaço;
Perca de visão;
Vermelhidão da parte branca do olho;
Sangramento na parte anterior do olho;
A pupila não se contrai, diminuindo de tamanho; quando exposta à luz brilhante;
Cor diferente de cada íris.
Tratamento
Quando diagnosticada no início, a doença é altamente curável. Ou seja, os tratamentos permitem que a criança continue enxergando normalmente. Já nos casos mais avançados, o olho pode precisar ser retirado e ainda o paciente passar por quimioterapia e/ou radiação.
De fato, é uma doença extremamente perigosa e que pode até levar a óbito quando não tratada corretamente.
É o segundo tipo mais comum de câncer nos olhos infantil. Mas, ainda assim é muito raro. A doença afeta o corpo ciliar, mas há casos no nervo óptico e na retina. Apresenta desenvolvimento lento, contudo agressivo. É incomum causar metástase.
A média de idade em que mais aparece é entre 4 e 7 anos, tanto em meninas quanto em meninos.
Sintomas
Em seguida, conheça as manifestações clínicas mais frequentes:
Perda visual;
Presença de massa branca retrolental;
Dor;
Um dos olhos saltados (proptose);
Catarata;
Glaucoma.
Tratamento
De fato, o tratamento mais utilizado é a retirada do olho afetado, conhecido como enucleação.
Conclusão
Agora, você conhece os tipos mais comuns de câncer nos olhos: melanoma intraocular e Linfoma não Hodgkin, em adultos, e retinoblastoma e meduloepitelioma, em crianças.
Apesar de raros, é essencial realizar exames rotineiros, indicados pelo médico, para diagnosticar a doença no início. Desse modo, as chances de cura são mais altas e a as possíveis sequelas nulas ou menos graves.
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O Ministério da Saúde acaba de aprovar a inclusão de um novo medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento do Edema Macular Diabético (EMD). A doença é uma das principais causas de perda da visão em pessoas com diabetes tipo 1 e 2. Estima-se que cerca de 40% dos diabéticos sofrem com problemas nos olhos, de acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).
Atualmente, a diabetes afeta mais de 14 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados da International Diabetes Federation (IDF). Deste modo, o país é o quarto com mais diabéticos no mundo todo. Fora isso, estima-se que 40% da população nem sequer saibam que possuem a doença.
Em seguida, conheça neste post qual é o novo tratamento para Edema Macular Diabético (EMD) oferecido pelo SUS.
Aflibercepte
Em novembro, o Ministério da Saúde publicou portaria aprovando a oferta do Aflibercepte no SUS. O medicamento é uma injeção que é aplicada no olho para bloquear a proliferação dos vasos sanguíneos da retina, que levam ao agravamento da doença. Dessa forma, evita-se a cegueira.
A decisão do Ministério da Saúde foi publicada por meio da portaria nº 50, de 5 de novembro de 2019, no Diário Oficial da União (DOU). O medicamento estará disponível à população em 180 dias, a partir da data da publicação da portaria.
O Aflibercepte é mais um tratamento ofertado no SUS para Edema Macular Diabético (EMD), que já conta com anti-inflamatórios, diuréticos, corticoides, fotocoagulação por raios laser e medicamentos para controlar a diabetes.
Edema Macular Diabético (EMD)
O edema macular diabético (EMD) é consequência da retinopatia diabética (RD). A doença atinge a região da mácula, parte do olho responsável por levar a imagem ao cérebro.
Assintomático na fase inicial, os sinais só se manifestam conforme o problema evolui. Dentre os principais sintomas, estão a deformidade de imagens, sensibilidade ao contraste, fotofobia, mudança na visualização das cores e alterações no campo de visão. Se não diagnosticado em tempo, o edema macular pode causar cegueira irreversível.
Não existe cura para a retinopatia diabética. Desse modo, os esforços terapêuticos são concentrados nos fatores de risco para o aparecimento e agravamento da doença. Além disso, no tratamento cirúrgico das lesões com alto risco de evolução para cegueira.
Diabetes na visão
De fato, os altos níveis de glicose no sangue devido à diabetes podem causar várias doenças oculares, como a retinopatia diabética – que é a mais frequente delas, o glaucoma, a catarata e o edema macular diabético. Todas elas, se não tratadas, podem evoluir para cegueira.
Hoje, 250 milhões de pessoas sofrem com doenças visuais graves e cegueira no mundo. Destes, 75% poderia ser evitado, por meio de cuidados básicos como exames e consultas médicas, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Então, se você é diabético, é obrigatório dar uma atenção especial à saúde dos seus olhos.
Conclusão
Por fim, a inclusão de mais um tratamento para Edema Macular Diabético (EMD) no SUS auxiliará no controle das complicações da diabetes e no combate da cegueira no Brasil.
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De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a Síndrome do Olho Seco atinge 35% da população e mais de 2 milhões de pessoas são tratadas anualmente no país. Já no mundo, são 337 milhões de casos, segundo dados do primeiro simpósio sobre a doença, realizado no final de 2018, no México.
Para entender melhor, o problema ocorre quando há uma anomalia na produção ou na qualidade das lágrimas. Dessa forma, o olho perde lubrificação. Um dos principais fatores de risco é o envelhecimento. Porém, o uso excessivo de telas (celulares, tablets, computadores, televisão etc) também contribui para o surgimento da doença.
Recentemente, duas novas tecnologias foram lançadas no mercado para auxiliar no diagnóstico e tratamento da síndrome do olho seco. O E-Eye IRPL utiliza luz pulsada regulada para cuidar da disfunção. Já o I-Pen mede a qualidade da lágrima para identificar o distúrbio.
Quer conhecer mais sobre essas novidades? Então, continue lendo este post.
E-Eye IRPL
O E-Eye IRPL emite um feixe de luz pulsada regulada que estimula e desobstrui as glândulas meibomianas. Dessa forma, a tecnologia consegue restaurar a produção correta da lágrima.
Cada sessão dura apenas cinco minutos e é minimamente invasiva e indolor. Os efeitos são quase imediatos ao final de cada aplicação.
Diferentemente do tratamento convencional, com colírios aplicados diversas vezes ao dia, com o equipamento são necessárias apenas três sessões no intervalo de 15 dias cada. E os resultados duram por até três anos, dependendo da gravidade da doença.
I-Pen
Desenvolvido pela empresa canadense I-MED Pharma, o I-Pen é um dispositivo de diagnóstico eletrônico que mede a osmolaridade do filme lacrimal por meio de um sensor descartável posicionado na pálpebra inferior do paciente. O resultado sai em poucos segundos no visor do dispositivo, já possibilitando o diagnóstico e permitindo ao oftalmologista iniciar o tratamento correto.
Sem dúvida, o equipamento permite uma triagem rápida e prática e é útil também para monitorar o progresso do tratamento do olho seco.
Conclusão
Agora, você conhece duas novidades no combate a síndrome do olho seco. O E-Eye IRPL, com a luz pulsada, oferece tratamento mais eficaz e de longa duração, com sessões rápidas, indolores e minimamente invasivas.
Já o I-Pen auxilia no diagnóstico precoce e ágil, uma vez que é portátil e o resultado fica pronto em 2 segundos.
Com toda a certeza, são tecnologias inovadoras bem-vindas no controle de uma doença que afeta 377 milhões no mundo todo e que só tende a aumentar.
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As chances de você sofrer com alguma deficiência visual ou ficar cego podem aumentar consideravelmente dependendo do lugar em que mora. Quanto mais pobre a comunidade, maior a probabilidade.
Ao todo, 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia. Ou seja, são pessoas que não receberam os cuidados necessários, como diagnósticos precoces e tratamentos efetivos.
O documento ainda expõe outros números alarmantes. Portanto, vamos apresentar neste post os principais dados mundiais sobre os problemas de visão, as causas e as soluções que devem ser adotadas para melhorar esse cenário.
Relatório Mundial sobre Visão – números
Em primeiro lugar, vamos mostrar os principais números sobre os problemas de visão apresentados pelo Relatório Mundial sobre Visão, da OMS.
2,2 bilhões de pessoas têm alguma deficiência visual ou cegueira;
Destes, 1 bilhão de casos poderia ter sido evitado ou corrigido por meio de diagnósticos precoces e tratamentos;
1,95 bilhões sofrem com miopia. Em 2030, serão 3,36 bilhões;
800 milhões de indivíduos não tem acesso a óculos;
65 milhões estão cegos ou enxergam com elevada dificuldade devido à catarata;
Em 2030, 76 milhões de idosos devem ser diagnosticados com glaucoma, 196 milhões com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e 2 bilhões com presbiopia (vista cansada).
Relatório Mundial sobre Visão – causas
O documento ainda elencou os fatores que mais influenciam nos problemas de visão no mundo todo. Inclusive, nos dados projetados para o futuro. São elas: falta de acesso à saúde de qualidade em locais com baixa e média renda, mudança do estilo de vida e envelhecimento da população.
Em seguida, entenda mais sobre cada um deles:
Acesso limitado à assistência oftalmológica
De acordo com o relatório, as comunidades de baixa e média renda são as mais afetadas com problemas de visão. Isso porque sofrem com a precariedade do acesso à saúde, como falta de atendimento especializado, exames regulares, diagnóstico precoce, medicamentos e tratamentos.
Nesse quadro, estão moradores de áreas rurais e de locais afastados, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, minorias étnicas e população indígena.
Isso acontece porque fazemos os olhos focarem em objetos mais próximos por mais tempo. Dessa forma, afeta o mecanismo de acomodação ocular: o ajuste de foco para perto ou para longe.
Ao mesmo tempo, ficamos mais em ambientes fechados. E a falta de luz solar também pode causar problemas de visão, já que ela é responsável por produzir substâncias que impedem o crescimento axial do globo ocular.
De fato, o envelhecimento é um dos fatores de risco para muitas doenças dos olhos, como DMRI e glaucoma. Desse modo, a expectativa cada vez mais alta de vida interfere naturalmente no aumento de problemas de visão.
Além disso, os idosos geralmente cuidam menos dos olhos porque acreditam que deficiências nessa região são normais por causa da idade. E, sendo assim, não procuram ajuda médica até para casos reversíveis.
Relatório Mundial sobre Visão – soluções
A OMS também define algumas soluções para amenizar os problemas de visão no mundo todo. Sem dúvida, a principal é a democratização do acesso à saúde, levando infraestrutura de qualidade para comunidades e grupos negligenciados atualmente. Isto é, atendimento, especialistas, equipamentos, medicamentos, exames e tratamentos, dentre outros.
Dentre desse cenário, há iniciativas que já estão ajudando a melhorar o acesso à saúde. Uma delas é o retinográfo portátil Phelcom Eyer. Acoplado ao celular, o aparelho realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos, e envia os dados automaticamente para uma plataforma online, possibilitando o diagnóstico remoto. Além disso, a tecnologia tem valor bem mais acessível: aproximadamente US$ 5 mil contra US$ 120 mil do retinógrafo atual, que ainda necessita de integração com o computador.
Em relação ao novo estilo de vida, uma das indicações é passar mais tempo ao ar livre – e sem celular. Já sobre o envelhecimento, é essencial realizar consultas regulares ao oftalmologista e adotar bons hábitos para prevenção de doenças.
Conclusão
De acordo com o relatório da OMS, os problemas de visão no mundo todo merecem atenção especial. Mais do que isso, atitudes. Por exemplo, é inadmissível que 1 bilhão de pessoas sofra com doenças que poderiam ser evitadas e até corrigidas por falta de acesso à saúde de qualidade. Dentre elas, estão a miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia.
Só em relação à catarata, 65 milhões estão cegas ou enxergam muito mal porque não tiveram acesso a atendimento médico, a exames, que poderiam diagnosticar a doença no início, e a tratamentos efetivos.
Outro dado chocante é que 800 milhões de indivíduos não conseguem adquirir óculos.
Por tudo isso, tecnologias inovadoras que prometem levar saúde às comunidades de baixa renda, como o Phelcom Eyer, devem ganhar cada vez mais espaço no mercado.
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A Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS, na sigla em inglês) é uma complicação potencialmente devastadora da cirurgia intraocular. Causada por substâncias não infecciosas, seu diagnóstico é difícil até para os profissionais mais experientes.
Sem dúvida, a Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) é uma das mais temidas complicações após procedimentos oftalmológicos invasivos. Por isso, vamos explicar neste post o que é TASS, o que causa, sintomas e medidas de prevenção que os oftalmologistas devem adotar. Para, assim, reduzir ao máximo os riscos relacionados e garantir a segurança dos pacientes.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – o que é
Em primeiro lugar, vamos entender rapidamente o que é a Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS). Trata-se de um processo inflamatório causado por substâncias não infecciosas.
Atualmente, a média de incidência de TASS é de 0,98%. Porém, pode variar desde 0,07% até 2,13%. Está relacionada a algumas cirurgias oftalmológicas como remoção de catarata (que apresenta as maiores taxas), vitrectomia posterior, transplante de córnea e cirurgias combinadas de vitrectomia posterior e extração da catarata.
O que causa a TASS são substâncias com grau de toxicidade maior que o tolerado pelas estruturas intraoculares, sobretudo o endotélio corneano e a malha trabecular. De acordo com estudos, um nível maior que 0,25 Unidades de Endotoxina por mililitro (UE/mL), que pode estar presente nas soluções de uso intraocular, já é capaz de gerar TASS.
Desse modo, qualquer produto que apresente alterações em suas formulações pode provocar TASS se ultrapassado o limiar de toxicidade suportado.
Outro fator que favorece o surgimento de TASS é o processamento inadequado de instrumentais cirúrgicos e de produtos usados durante as cirurgias oftalmológicas. Por exemplo, o processo de limpeza e esterilização dos instrumentais tem sido constantemente citado como um fator associado à ocorrência de TASS.
Vale lembrar que soluções desinfetantes como glutaraldeído ou ortoftaldeído apresentam toxicidade incompatível com as estruturas intraoculares. Logo, altamente capaz de causar TASS. Todavia, estes saneantes não são registrados como esterilizantes no Brasil. Além disso, os produtos para saúde utilizados em procedimentos invasivos devem obrigatoriamente ser esterilizados. Então, não há a possibilidade de se usar estes saneantes para o processamento desses produtos.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – sintomas
Geralmente, os sinais clínicos aparecem nas primeiras 24 horas. Os mais frequentes são edema de córnea e reação de câmara anterior (CA). Já em menor proporção, há relatos de pupila irregular ou não reagente, midríase, aumento de pressão intraocular, hipópio, baixa acuidade visual (BAV) e, raramente, dores na região.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – diagnóstico e tratamento
De fato, o diagnóstico é difícil até mesmo para os oftalmologistas mais experientes. Isso porque é normal e até comum uma reação inflamatória leve e transitória na câmara anterior do olho após as cirurgias de catarata.
Na maioria das vezes, a evolução dos casos de TASS tem um prognóstico favorável. Entretanto, complicações podem ocorrer nos casos mais graves, necessitando de intervenção cirúrgica como transplante da córnea ou cirurgia antiglaucomatosa. Esse último devido à elevação da PIO quando impossível de ser controlada por meio de terapia medicamentosa.
Já em relação ao tratamento, normalmente é feito com medicamentos a base de corticoides.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – medidas de prevenção
Em seguida, conheça as principais medidas de prevenção relativas ao processamento de instrumentos cirúrgicos durante as cirurgias oftalmológicas:
Lavar os instrumentais imediatamente após o uso ou fazer uma pré-lavagem ainda no expurgo do centro cirúrgico, caso a lavagem imediata não seja possível;
Lavar os instrumentais oftalmológicos separadamente dos outros instrumentais;
Promover enxágue abundante dos instrumentais e vias de irrigação e aspiração, com água purificada utilizando preferencialmente pistola de enxágue com alta pressão;
Secar os instrumentais com ar comprimido medicinal filtrado;
Nunca utilizar soluções químicas como glutaraldeído, ortoftaldeído e ácido peracético no processamento dos instrumentais oftalmológicos;
Reutilizar produtos passíveis de processamento apenas após uma análise cuidadosa, atendendo as normas sanitárias e com envolvimento do Comitê de Processamento do Serviço de Saúde;
Adquirir quantidade suficiente de produtos para saúde, incluindo os instrumentais cirúrgicos para permitir tempo suficiente para o seu processamento, segundo POP padronizado;
Manter os colaboradores do centro cirúrgico e central de material e esterilização (CME) cientes dos possíveis eventos adversos e como preveni-los.
Agora, você sabe tudo sobre Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS): o que é, o que causa, sintomas e medidas de prevenção em procedimentos cirúrgicos invasivos. Como vimos, o problema é de difícil diagnóstico e apresenta taxas de incidência baixas. Porém, é uma complicação potencialmente devastadora e que pode gerar diversos prejuízos à saúde do paciente.
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