De olho na temporada 2024, o time do Flamengo passou por uma bateria de exames e testes físicos nos dias 8 e 9 de janeiro, no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, os jogadores também fizeram um check-up dos olhos. “É o primeiro clube profissional de futebol da América Latina que inclui, dentro do centro de treinamento, exames oftalmológicos na rotina de avaliação médica dos atletas”, afirma o oftalmologista do Flamengo, Almyr Sabrosa.
Dentre os principais exames realizados, estão o teste de acuidade visual, aferição da pressão intraocular, fundoscopia e retinografia. Esses dois últimos foram feitos com o auxílio do retinógrafo portátil Eyer. Acoplado a um smartphone, o equipamento realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem midríase, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, permitindo a documentação completa e acompanhamento dos pacientes.
Sabrosa conta que muitos jogadores ainda não haviam feito uma avaliação completa dos olhos. “O Eyer disponibiliza a foto do fundo de olho do paciente no próprio aparelho, instantes após a captura. Isso fez tanto sucesso entre o time que até a comissão técnica e demais funcionários quiseram fazer os exames ali na hora”, revela.
O oftalmologista também atende em seu consultório os atletas olímpicos do Flamengo, por meio da parceria entre o Centro Unificado de Identificação e Desenvolvimento de Atleta de Rendimento (Cuidar) e o Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro (IORJ).
Mas, é a primeira vez que o médico conseguiu levar parte do seu consultório para avaliações no centro de treinamento (CT). “É muito difícil tirar os jogadores de alta performance da rotina, sem atrapalhar o rendimento. Por isso, fazer os exames no CT é muito importante”, ressalta.
Sabrosa explica que a portabilidade do Eyer facilitou a realização de parte dos exames oftalmológicos necessários aos atletas. O médico optou pelo equipamento por utilizá-lo há seis anos no mutirão “RJ contra a diabetes”, feito anualmente no Hospital da Gamboa, no Rio de Janeiro.
“Além da portabilidade, as imagens feitas pelo Eyer possibilitam uma avaliação bem detalhada da parte central do nervo óptico e de parte da vascularização do fundo do olho. Além disso, é um exame que não causa dor e não precisa necessariamente de midríase. Dessa forma, ganhamos mais tempo para avaliar todos no Flamengo”, afirma.
Com o armazenamento dos exames no EyerCloud, o oftalmologista já planeja usá-los para a próxima temporada. “Poderemos comparar com as imagens anteriores. Com isso, esperamos contribuir com a melhora constante da performance dos atletas”, ressalta.
Flamengo é o primeiro clube da América Latina a realizar exames dos olhos no centro de treinamento.
Eyer
O Eyer apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, ROP, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Confira o calendário dos principais congressos e simpósios da oftalmologia previstos para 2024. Crie a sua programação para o ano para ficar por dentro dos avanços científicos, novas técnicas, inovações oftalmológicas, networking e excelentes negociações com os principais players do segmento.
Estamos ansiosos para nos encontrarmos nos congressos e compartilharmos experiências sobre o impacto da retinografia portátil na vida dos pacientes em todo o mundo! Nos vemos em breve!
Rastreamento de retinopatia diabética e ações de ensino e de incentivo científico no interior de Minas Gerais. Investigação da prevalência de alterações retinianas em pacientes do norte do Rio Grande do Sul. Rastreamento de retinopatia diabética no ABC paulista. Esses foram os respectivos projetos vencedores do concurso “De Olhos para o Futuro”, realizado pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
O concurso selecionou 10 projetos com foco na redução da cegueira por patologias do segmento posterior por meio da realização de exames de fundo de olho e uso de telemedicina e de inteligência artificial. Para apoiar os alunos, a Phelcom disponibilizou 20 unidades do seu retinógrafo portátil Eyer, com acesso ao recurso EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, com alta qualidade, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, facilitando laudos remotos e o acompanhamento da progressão do paciente. Já o sistema de IA EyerMaps detecta com alta acurácia e em poucos segundos qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
A premiação ocorreu em 01 de dezembro, durante o Congresso de Oftalmologia da Universidade de São Paulo (COUSP), em São Paulo, e reuniu o presidente da ABLAO, Luís Expedito Sabage, o diretor científico da ABLAO, Pedro Pires, o co-fundador e COO da Phelcom, Flávio Pascoal Vieira, a analista de marketing da Phelcom e líder do projeto em nome da empresa, Manoela Campos, e representantes de oito ligas participantes.
Sabage abriu o evento destacando que a participação das ligas excedeu as expectativas. Ao todo, 25 ligas de todo o Brasil enviaram seus projetos. Em seguida, Vieira destacou a importância da participação em projetos sociais na construção da vida acadêmica dos alunos e o quanto a Phelcom valoriza ações como essas, até mesmo nas contratações dos colaboradores da empresa.
Após compartilhar os feedbacks da banca avaliadora e os pontos de melhorias para a continuação dos projetos, o presidente da ABLAO entregou os certificados para os 10 grupos selecionados, destacando a relevância dos trabalhos realizados, e revelou os ganhadores do 1º De Olhos para o Futuro:
1º. “Mutirão de Olho no Diabetes em Guaraciaba-MG” – Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais – Campus Betim.
2º. “De Olhos Para o Futuro: Prevalência de Alterações de Retina em Pacientes Atendidos em Ambulatórios de Especialidades no Norte do Rio Grande Do Sul” – Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Passo Fundo.
3º. “Projeto de Implementação do Programa de Rastreio de Retinopatia Diabética na região do ABC” – Faculdade de Medicina do ABC.
Os três primeiros lugares ganharam um Eyer cada e inscrições para o Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO) de 2024, além de troféus consagrando o pódio.
A estudante Júlia Pinheiro Amantéa Vilela, da liga vencedora do concurso, conta que a experiência de realizar dois mutirões de diabetes inteiramente organizados por acadêmicos foi algo de grande aprendizado, enriquecimento e crescimento. “Ver de perto a importância da oftalmologia e dos exames na prevenção e poder levar isso àqueles que não têm acesso a esse serviço há anos é gratificante. Além disso, despertou em nós um olhar mais atencioso a essas populações, tanto que desenvolvemos outras ações simultâneas e estamos pensando em novos projetos para o futuro”, conta.
Por fim, o COO da Phelcom entregou um troféu para Sabage, representando a ABLAO, como forma de agradecimento pela parceria durante os seis meses de execução do concurso.
Mutirão de Olho no Diabetes em Guaraciaba (MG)
Liga de oftalmologia da PUC Minas fez exames do fundo de olho com o Eyer em 250 pessoas durante três mutirões em Guaraciaba (MG).
A Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Minas promoveu mutirões para rastreamento de retinopatia diabética em três Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guaraciaba (MG), cidade com 11 mil habitantes.
Todos os alunos voluntários tiveram a oportunidade de atuar em diversas atividades dos mutirões, como aplicação de colírio, entrevista com o paciente, medição da acuidade visual e exame de fundo do olho.
Nos casos em que o EyerMaps apontou possíveis achados patológicos no fundo de olho, o paciente era submetido a uma fundoscopia com o oftalmoscópio binocular indireto, diagnosticado e encaminhado para tratamento.
Ao todo, 250 pessoas foram atendidas, sendo 80 diagnosticadas com alterações retinianas e conduzidas para tratamento e duas encaminhadas para tratamento de urgência. Participaram dos mutirões 29 alunos voluntários.
A ação social realizada pela liga também venceu o Festival de Vídeos 2023 do Instituto de Olhos da Ciências Médicas (IOCM), de Belo Horizonte (MG), na categoria “Quero ser um R1”, destinada a acadêmicos.
“Durante os dois meses em que ficamos com o Eyer, pensamos no que poderíamos fazer além de dois mutirões previamente planejados. Foi a partir disso que começamos a elaborar outras atividades que englobassem tudo aquilo que constitui uma liga acadêmica: o ensino, a pesquisa e a extensão”, conta Vilela.
Ações de ensino
Em complemento aos mutirões, os estudantes organizaram a aula “Alterações mais comuns identificadas na retinografia”, ministrada pelo oftalmologista, fellow do segundo ano em Retina Clínica e Cirúrgica e professor de Semiologia Oftalmológica da PUC Minas, Bernardo Carvalho.
O professor ensinou como deve ser descrita uma retinografia normal e uma com alterações mais frequentes em doenças como retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).
Os 47 alunos identificaram alterações em retinografias e, ao final da aula, realizaram exames do fundo de olho com o Eyer pela primeira vez nos colegas, descrevendo o que viam nas imagens.
Retinografia realizada pelos estudantes de medicina da PUC Minas com o auxílio do Eyer.
Os estudantes, em parceria com outras ligas de medicina da PUC Minas, também realizaram a ação “No Fundo do Meu Olho” com alunos do ensino fundamental e médio da Escola Estadual Gramont Alves Gontijo, em Betim (MG).
Os alunos desenharam como imaginavam o fundo do olho. Em seguida, os acadêmicos realizaram a retinografia dos alunos com o Eyer e mostraram, em tempo real, como realmente é o fundo do olho. Por último, os jovens desenharam o que viram na foto e os acadêmicos explicaram sobre as estruturas oculares.
“O nosso objetivo foi que os jovens pudessem conhecer os elementos do próprio fundo de olho, sendo assim protagonistas de seus próprios aprendizados”, ressalta Vilela.
Por fim, a liga, em parceria com a Sociedade Acadêmica de Medicina de Minas Gerais (SAMMG), promoveu o curso “Oftalmologia para a Atenção Básica”, em que diversos estudantes e médicos recém-formados de Belo Horizonte conheceram e aprenderam a realizar exames de fundo de olho com o Eyer.
“Dessa forma, buscamos preparar o médico generalista para atender às principais afecções oftalmológicas no contexto da atenção primária em saúde e no atendimento pediátrico, do idoso e de trauma neste nível de complexidade”, observa Vilela.
Ações de extensão
Os membros da liga realizaram pequenos mutirões com o auxílio do Eyer, semelhantes aos feitos em Guaraciaba, nas UBSs em que fazem estágio nos municípios mineiros de Betim, Contagem, Igarapé e Itaguara. Além de aprenderem mais sobre exames oftalmológicos, a ação buscou diminuir a fila de espera da consulta oftalmológica para os usuários. Ao todo, foram atendidas 183 pessoas.
Quando detectadas possíveis alterações provocadas por doenças oculares, o paciente era encaminhado para uma consulta oftalmológica completa. Já nos casos em que não havia indícios de problemas retinianos, os pacientes foram orientados a manterem consultas anuais preventivas com o oftalmologista.
Continuidade
A liga realizará mais uma ação de rastreamento de retinopatia diabética em Guaraciaba (MG). “Devido ao curto prazo, uma das quatro UBSs da cidade não foi contemplada com os mutirões realizados”, explica Vilela.
Liga de oftalmologia da PUC Minas com voluntários e pacientes durante mutirão de rastreamento de retinopatia diabética na UBS do Cafe, zona rural de Guaraciaba (MG).
Os estudantes também planejam ampliar o projeto para a comunidade quilombola de Contagem (MG) e para as UBS em que fazem estágio.
Em relação ao ensino e pesquisa, o Eyer será utilizado em sala de aula e os dados já coletados serão analisados em trabalhos de relevância epidemiológica e científica.
Em 17 de novembro, o Globo Repórter exibiu uma edição especial sobre os desafios dos brasileiros que convivem com problemas de visão e os avanços nos tratamentos médicos.
Uma das doenças que podem afetar os olhos é a diabetes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 16,8 milhões de pessoas sofrem com a doença no país.
A engenheira civil Danierik Danelon é uma delas. Aos 23 anos, desenvolveu retinopatia diabética que, posteriormente, evoluiu para glaucoma. “No olho esquerdo, é como se eu estivesse olhando através de um box de banheiro embaçado com vapor”, disse Danierik no programa.
A retinopatia diabética é uma das complicações mais frequentes do diabetes e uma das principais causas de cegueira evitável em adultos. A doença é silenciosa na fase inicial e, por isso, o diagnóstico precoce é essencial.
Por outro lado, nem todo mundo consegue chegar a um oftalmologista a tempo. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), havia 1 oftalmologista para cada 10.875 habitantes no Brasil em 2021. E a maioria desses profissionais atendem no eixo Sul-Sudeste.
É neste cenário que entra a tecnologia. O programa demonstrou como a telemedicina e a inteligência artificial vêm auxiliando em diagnósticos mais rápidos para que, dessa forma, os pacientes tenham acesso aos serviços especializados o quanto antes.
Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja identificada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina.
Do lado esquerdo, imagem do fundo do olho captada com o retinógrafo portátil Eyer. Do lado direito, a inteligência artificial EyerMaps detecta possíveis alterações retinianas. Foto: reprodução Globo Repórter.
Sincronizada ao EyerCloud, sistema em nuvem para gerenciamento de dados e exames dos pacientes, a ferramenta classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos nas imagens e exames:
Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).
“A gente consegue ver na imagem vários pontos de alteração e o algoritmo detecta, ele acaba realçando essas áreas. É importante a gente deixar claro que são ferramentas de triagem. Quem vai tratar o paciente é o especialista”, diz Malerbi na reportagem.
A IA consegue auxiliar na detecção de doenças como glaucoma, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, tortuosidade vascular, oclusões, papiledema, retinose pigmentar e nevus, dentre outras.
Em seguida, confira o trecho do programa que demonstra como o EyerMaps auxilia os médicos na identificação de possíveis problemas nos olhos:
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão. Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.
Sem dúvida, um dos obstáculos da oftalmopediatria é conseguir realizar exames nos pequenos. Afinal, manter uma criança quieta por alguns minutos é um verdadeiro milagre.
Essa dificuldade faz parte da rotina da oftalmologista, professora e doutora Patrícia Dotto no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, no Hospital Municipal São José (HMSJ) e em seu consultório, todos em Joinville (SC), e na clínica Lavinsky, em Porto Alegre (RS).
“O principal desafio é a avaliação fundoscópica não midriática de crianças entre dez meses e três anos sem sedação ou contenção. Por isso, é fundamental criar um ambiente lúdico e calmo que traga tranquilidade para toda a família. Nesse contexto, a documentação fotográfica, ou ainda, a imagenologia fundoscópica, em tempo real permite envolver os pais no atendimento, o que melhora a relação médico-paciente e, consequentemente, impacta positivamente no seguimento e/ou tratamento da criança”.
Dotto conta que utiliza o retinógrafo portátil Eyer para agilizar os exames nos pequenos. O equipamento, bastante indicado para investigação em bebês e crianças pela portabilidade e alta qualidade de imagem, funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, além de disponibilizar as fotografias na plataforma online EyerCloud, facilitando o estudo e acompanhamento da progressão dos casos.
“O campo de visão é excelente. Sob midríase medicamentosa, também é um excelente instrumento propedêutico complementar à avaliação da média periferia da retina, particularmente de lesões hiperpigmentadas diminutas da coroide (nevus) e da retina (melanocitomas), utilizando-o como escaneamento pelo infravermelho”, explica.
Em seu consultório, com auxílio de suporte próprio e universal adquirido com Eyer, a oftalmologista fixa o aparelho na lâmpada de fenda para facilitar a realização dos exames. “Apesar de gostar muito de utilizá-lo dessa forma, é mágico usá-lo na forma ‘móvel’ em UTIs, centro cirúrgico, home care e dentro do próprio consultório, como avaliações das crianças no colo da mãe ou na sala de espera”, ressalta.
A médica também usa o Eyer no pronto socorro, em atendimento adulto e infantil, para documentação de doenças infecciosas e de Retinopatia da Prematuridade (ROP) nas UTIs neonatais e de adultos gravemente debilitados em UCIs, UTIs e Unidades de Queimados, além de interconsultas para neurologia, neurocirurgia, nefrologia e cardiologia e na perícia médica da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). “Carrego o Eyer, literalmente, na minha bolsa. Facilita muitíssimo o meu trabalho”, afirma.
A oftalmologista, professora e doutora Patrícia Dotto atende bebês e crianças no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, no Hospital Municipal São José (HMSJ) e em seu consultório, todos em Joinville (SC)
Shaken Baby Syndrome
Com o uso diário do Eyer em diversos locais, Dotto já presenciou vários casos marcantes, como o atendimento de uma criança vítima de Shaken Baby Syndrome (Síndrome do Bebê Sacudido). A síndrome ocorre quando o nenêm é chacoalhado intensamente, gerando danos cerebrais permanentes ou até morte.
Segue relato da médica sobre o episódio:
“A criança estava em seguimento há alguns meses no hospital por convulsões e desnutrição grave. A suspeita diagnóstica do Shaken Baby foi aventada ao observarem alterações à neuroimagem (hematoma) durante a investigação complementar do estado de mal epiléptico.
Durante a avaliação oftalmológica, no exame da acuidade visual (de grades), identifiquei que a visão de um dos olhos estava fora do intervalo de normalidade para a idade dela, apesar de não apresentar alterações da motilidade ocular.
Ao deitá-la na maca para o mapeamento da retina, ela começou a chorar desesperadamente. Foi um exame muito difícil e chamou a minha atenção o fato de a criança eventualmente largar-se, quase que desistindo, e depois voltar a reagir, sem exibir alteração do nível de consciência.
Foi num desses momentos que consegui fotografar o fundo do olho e identificar lesões retinianas, indicando dano grave ao sistema nervoso central. Em um caso em especial, a hemorragia era muito pequena, provavelmente por estar em reabsorção, e só consegui ter certeza do diagnóstico por causa do exame. Foi um milagre para mim e para ela.
Fiquei acabada naquele dia, mas muito grata a HaShem e à Phelcom [empresa inventora do Eyer]. O caso foi realmente investigado do ponto de vista social, as agressões foram confirmadas e as medidas cabíveis foram tomadas.
Salvamos uma vida. E na minha religião, o judaísmo, salvar uma vida é salvar o mundo inteiro.”
Em seguida, veja as imagens desse caso feitas por Dotto com o Eyer:
Mais casos
Dotto faz retinografia em todos os pacientes, pois considera importante a documentação do oposto. Ou seja, do estado de normalidade da retina. “Geralmente, procuramos doenças e esquecemos da importância de deixar assegurado o registro do fundo de olho normal, pois problemas acontecem no curso da vida e é importante assegurar o momento no qual se perdeu o estado de saúde ocular”, frisa.
Ela ressalta o caso de uma jovem de 22 anos, que deu entrada no PS com visão de movimento de mãos, grave retinopatia hipertensiva e descolamento seroso da mácula. A equipe suspeitou de Nefropatia Autoimune (IgA). “Inacreditavelmente, quatro ou cinco dias após o controle pressórico (na UTI), evoluiu para acuidade visual 20/20 (VINTE/VINTE) e resolução total do descolamento seroso”.
Outra situação foi de uma paciente do PS com uveíte anterior e USG aparentemente normal. Após a remissão do quadro, ao mapear a retina, a médica observou uma lesão enegrecida periférica. “Usando o Eyer, consegui documentá-la. Refizemos o USG pensando em melanoma. E era mesmo um melanoma ao nível do corpo ciliar”, conta.
Em crianças, a oftalmologista relembra o atendimento de duas pacientes com hemorragia vítrea tênue. “Após melhora da transparência dos meios, foi possível registrar a presença de malformação vascular tênue ao nível do nervo óptico”, recorda.
Dentre as doenças mais diagnosticadas em bebês, estão a ROP, infecções congênitas, hipoplasia do nervo óptico e colobomas da retina e do nervo óptico. “Uso muito o Eyer também para quantificar o tamanho do nervo óptico e da escavação. Isso ajuda para o diagnóstico diferencial dos glaucomas suspeitos, particularmente em crianças míopes”, finaliza.
Veja abaixo algumas imagens feitas pela oftalmologista com o Eyer:
Paciente com deslocamento de retina.
Paciente com microembilizações na coroide devido ao covid.
Paciente com oclusão arterial.
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, ROP, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
A Phelcom entrou no último trimestre do ano com a presença confirmada nos maiores congressos de saúde do Brasil e dos Estados Unidos.
“Valorizamos a presença nos principais eventos científicos dedicados à oftalmologia e à saúde visual desses países em que atuamos diretamente. Os congressos são momentos importantes, não apenas para apresentar como o Eyer, EyerCloud e EyerMaps podem facilitar o dia a dia do médico e do paciente, mas também para ter importantes feedbacks da classe médica que nos ajudam no aprimoramento contínuo do equipamento e de seus recursos, pensando nas diferentes especialidades e situações de uso”, ressalta a gerente de marketing da Phelcom, Amanda Magalhães Rodrigues Arthur.
Ao todo, são nove eventos até dezembro. Confira a programação completa:
Brasil
XIV Congresso Brasileiro de AVC – III Jornada Paranaense de Neurologia
O AVC 2023 ocorre de 12 a 15 de outubro, em Curitiba (PR). O congresso abordará toda a linha de cuidado do AVC, que inicia com temas de prevenção primária, se estende ao pré-hospitalar, atendimento hospitalar, prevenção secundária e reabilitação.
A programação ainda inclui palestras de terapias emergentes, como robótica e inovação tecnológica.
CIEPO / CIOP – 30º Congresso Internacional de Oculoplástica e 9º Congresso Internacional de Estética Periocular
O CIEPO/CIOP 2023 será nos dias 13 e 14 de outubro, em São Paulo. O evento é organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO), que certifica cirurgiões especialistas em cirurgias palpebrais, vias lacrimais e de órbita.
O CCO 2023 ocorre de 26 a 28 de outubro, em Fortaleza (CE). O congresso reunirá cursos, discussão de casos, concurso de fotografia, além de celebrar os 60 anos da Sociedade Cearense de Oftalmologia, organizadora do evento.
O XI Congresso Brasileiro da SOBLEC será nos dias 27 e 28 de outubro, em São Paulo, com muitas inovações, novidades e tecnologias.
Filiada ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (SOBLEC) é voltada à preservação da saúde ocular e ao ensino da adaptação de lentes de contato.
O 1º Congresso Brasileiro de Neuro-Oftalmologia ocorre em 28 de outubro, em São Paulo. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Neuro-Oftalmologia (ABNO), conta com uma grade científica que abordará os mais diversos temas da especialidade, além de apresentações que contribuirão para manutenção da atualização dos profissionais da área.
O 42º Congresso do Hospital São Geraldo será realizado de 15 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG).
Alguns destaques especiais neste ano são o Simpósio de Miopia Infantil, o debate sobre novas tecnologias em implantes de lentes intraoculares e os encontros com experts das diversas subespecialidades da oftalmologia.
O COUSP 2023 ocorre de 28 de novembro a 02 de dezembro, em São Paulo. O congresso reunirá centenas de convidados nacionais e internacionais que transmitirão suas expertises em oftalmologia e medicina por meio de cursos, simpósios e palestras em diversas subespecialidades.
A 127º Reunião Anual da Academia Americana de Oftalmologia ocorre de 03 a 06 de novembro, San Francisco (CA). O encontro global de oftalmologistas é organizado pela Academia Americana de Oftalmologia (AAO), a maior e mais antiga organização especializada em visão.
Apresentação do Eyer no estande da Phelcom no CBO 2023, em Fortaleza (CE).
O Phelcom Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.
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