Gradativamente, a inteligência artificial (IA) vem ganhando espaço na área de saúde. De fato, as inúmeras pesquisas realizadas em todo o mundo apresentam resultados promissores que apontam para uma verdadeira revolução neste setor em um futuro próximo.
Isso porque os algoritmos inteligentes e os softwares cada vez mais inovadores prometem entregar mais qualidade, acessibilidade, agilidade, efetividade e redução de custos para toda a cadeia envolvida: instituições, profissionais e pacientes.
Por tudo isso, pesquisadores e cientistas decidiram utilizar essa tecnologia também contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Dessa forma, diversos estudos foram acelerados com o objetivo de entender melhor o avanço do vírus e para detectar casos e prioridades em hospitais, dentre outras metas.
Aliás, foi um sistema de IA que descobriu, primeiro, o surgimento desse novo agente.
Portanto, veja a seguir quais são as principais iniciativas envolvendo inteligência artificial (IA) no combate ao novo coronavírus.
Algoritmo alertou sobre o novo coronavírus
Antes mesmo da Organização Mundial da Saúde (OMS) emitir oficialmente um alerta sobre o surgimento do SARS-CoV-2, uma ferramenta inteligente identificou o novo vírus na região de Wuhan, na China. Posteriormente, o local foi confirmado como o epicentro da epidemia.
Além disso, também comunicou o provável foco de disseminação do vírus em algumas cidades: Bangkok, Seul, Taipei e Tóquio. E isso com base na compra de passagens áreas.
A startup BlueDot, do Canadá, trabalha com tecnologias de machine learning para a detecção de epidemias. Os algoritmos de previsão mapeiam notícias de saúde em 65 idiomas e rastreiam redes de pesquisa, informações de companhias áreas, comunicados oficiais da área de agronegócio e fóruns de discussões, dentre outros.
Com a análise desses dados, por meio da técnica de processamento de linguagem natural (NLP), a empresa dispara alertas sobre novas doenças e eventuais áreas de risco. Exatamente como ocorreu em relação à doença Covid-19.
Para isso, foi criado um banco de dados aberto – intitulado Cord-19 – para publicação constante de novos trabalhos na área. Além disso, foram definidas algumas perguntas para nortear a busca por informações, publicadas em um grupo de machine learning do Google. Por lá, os cientistas também poderão enviar os dados analisados.
O projeto conta com o apoio de gigantes da tecnologia, como Google, Microsoft e Facebook. Sem dúvida, o Cord-19 possui a mais extensa literatura sobre a nova doença, legível por uma ferramenta de IA.
Software identifica a doença por meio de tomografia
O novo vírus compromete os pulmões, que passam a apresentar um aspecto de vidro fosco nas laterais, periferia e na base, principalmente. A intenção é analisar esse padrão no exame.
O software também utilizou o princípio de machine learning ao analisar mais de 5 mil tomografias de infectados confirmados com a doença.
Atualmente, mais de 100 hospitais na China contam com a nova ferramenta no controle da doença.
Brasil também investe em IA para análise de tomografias
No Brasil, também há uma iniciativa com o uso de inteligência artificial contra o novo coronavírus. O Hospital das Clínicas de São Paulo está elaborando um sistema para analisar a tomografia de pacientes. O objetivo principal é que a ferramenta ajude no diagnóstico dos casos mais urgentes, já que há falta de testes laboratoriais no mercado. Dessa forma, realiza o diagnóstico mais rapidamente e aumenta a produtividade.
Para isso, o diagnóstico para Covid-19 pode ser fechado se somado sintomas como febre, tosse seca e dificuldade para respirar.
Por meio de machine learning, a tecnologia verificou até o momento cerca de 100 tomografias de pacientes contaminados, feitos no HC, Instituto Fleury e Hospital Sírio Libanês. Além disso, outras imagens irão compor o banco de dados.
Super computador descobre 77 compostos para possível controle do novo coronavírus
Em seguida, as substâncias foram classificadas conforme probabilidade de vinculação ao pico de material genético do novo coronavírus. Agora, novas simulações serão realizadas com um modelo mais preciso para, depois, avançar para estudos experimentais em laboratório.
Vale ressaltar que os resultados obtidos ainda não significam a cura ou um novo tratamento da doença.
Conclusão
Como vimos, há diversas pesquisas pelo mundo com o uso de inteligência artificial como arma na luta contra o novo coronavírus. Mais do que isso, há locais que já aproveitam os benefícios da tecnologia, como a China.
Com toda a certeza, a IA aplicada na área de saúde tem alta capacidade de desenvolver ferramentas inovadoras e capazes de gerar rapidez e precisão neste cenário de pandemia.
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De fato, os governos e autoridades de saúde de todo o mundo têm adotado diversas medidas para combater o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Como exemplo, as entidades médicas divulgaram comunicados com orientações sobre como agir nesse cenário atual de pandemia, inclusive no Brasil.
Uma delas é o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Em seguida, conheça as recomendações do CBO para o cuidado no atendimento dos pacientes em relação à Covid-19, doença causada pelo novo agente do vírus.
CBO – comunicado coronavírus
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) publicou um protocolo com precauções que devem ser adotadas no consultório quanto ao novo coronavírus. Logo abaixo, confira as medidas indicadas aos oftalmologistas:
Suspensão imediata de procedimentos eletivos
A primeira recomendação do CBO é adiar todas as consultas, procedimentos e/ou cirurgias eletivas, mesmo em áreas que ainda não há suspeita da doença. Porém, antes de suspender as atividades, o conselho indica que o médico revise o prontuário do paciente para ter certeza da possibilidade de cancelamento.
Com isso, garantir:
Quadro clinicamente saudável;
Procedimento adiado sem prejuízos;
A ciência do paciente quanto ao retorno do atendimento em nova data futura.
Atendimento de urgência e emergência
Sem dúvida, o oftalmologista precisa adotar algumas medidas de segurança nas consultas emergenciais, como:
Uso de máscaras, óculos e luvas descartáveis;
Higienização completa da clínica, especialmente de maçanetas, banheiros e material de atendimento;
Fornecer material necessário de EPI’s para uso próprio e dos colaboradores;
Comunicar o não atendimento de pessoas que apresentem os sintomas de Covid-19 ou que tenham testado positivo durante o período de 14 dias.
Alerta CBO – coronavírus
Além disso, a entidade também divulgou um outro protocolo com mais orientações para minimizar a propagação e garantir a higienização dos ambientes e equipamentos. Isso porque estudos apontam que o vírus pode ser transmitido em contato com a conjuntiva. Ao mesmo tempo, alguns pacientes testados positivo para Covid-19 apresentaram conjuntivite folicular leve.
Em seguida, veja mais recomendações do CBO para os consultórios oftalmológicos:
Em caso de emergência, atenda um paciente por vez para manter a sala de espera o mais vazia possível;
Adote barreiras de lâmpadas de fenda e protetores respiratórios para proteção adicional;
Faça a limpeza cuidadosa do equipamento entre os atendimentos de pacientes;
Para diminuir ainda mais o risco de qualquer transmissão de vírus, informe os pacientes que falará o mínimo possível durante o exame com lâmpada de fenda e solicitar que ele também não converse;
Salas e instrumentos devem ser completamente desinfetados após cada atendimento;
Use luvas descartáveis ao limpar e desinfetar superfícies;
As lâmpadas de fenda, incluindo controles e protetores respiratórios, devem ser desinfetadas, principalmente onde os pacientes colocaram as mãos e o rosto.
Conclusão
De fato, os oftalmologistas devem ser rigorosos na adoção de medidas de segurança contra o novo coronavírus. Isso inclui a suspensão de procedimentos eletivos e, em casos de atendimentos emergenciais, o uso de máscara, óculos e luvas descartáveis e a rigorosa higienização de todo o consultório, dentre outras ações.
As recomendações do CBO seguem as demais orientações feitas por diversas entidades médicas de todo mundo, inclusive da Academia Americana de Oftalmologia.
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Oftalmologista utilizou o Eyer para realizar exames e tirar dúvidas diagnósticas.
Imagine um hospital flutuante com consultórios médicos, odontológicos, centro cirúrgico, sala oftalmológica completa, laboratório de análises, sala de medicação, sala de vacinação e leitos de enfermaria. Além disso, com equipamentos para exames como raio-X, ultrassom, eletrocardiograma, mamógrafo, esteira ergométrica e eletrocardiograma.
Esse é o Barco Hospital São Francisco, construído com o intuito de levar saúde e assistência para mais de 1 mil comunidades ribeirinhas na Região Amazônica. A embarcação foi idealizada pela Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus e realizou dezenas de expedições em 2019.
Uma delas foi na região do município de Terra Santa, no Pará, de 21 a 30 de outubro. A expedição contou com diversos voluntários em diferentes áreas da saúde como oftalmologia, pediatria, oncologia, psiquiatria, dermatologia, plástica e ortodontia, dentre outros.
A oftalmologista Mariana Lafetá foi uma das voluntárias nessa viagem. “Cada um tem o seu consultório no barco e viajamos de cidade em cidade para oferecer atendimento a essa população. Ao todo, consultamos 4.052 pessoas”, conta.
Em relação aos olhos, a médica ressalta que a principal doença diagnosticada foi a síndrome do olho seco. Além disso, havia muitos casos de erros de refração, catarata, presbiopia (conhecida como vista cansada), pterígio (conhecida como carne no olho), blefarite e meibomite – estas duas últimas atingem as glândulas em torno da pálpebra. Também havia casos de glaucoma e, em pouquíssima quantidade, retinopatia diabética.
Eyer
Para essa expedição, a médica levou o retinógrafo portátil Phelcom Eyer. “Devido ao número alto de pacientes, optei por usar o aparelho apenas nos casos de dúvidas diagnósticas e em portadores de glaucoma. O interessante foi a possibilidade de enviar os exames por e-mail, para aqueles que tinham o endereço eletrônico. Desse modo, eles poderiam usar em consultas futuras”, ressalta Lafetá.
A oftalmologista afirma que o equipamento é simples de usar e prático. “É fácil realizar os exames, tirar as fotos, encontrá-las nos arquivos e armazenar depois. Podemos também enviar ou imprimir as imagens, o que considero muito interessante, além de conseguirmos acessar de qualquer lugar com internet. Gostei muito”, analisa.
Phelcom
“O objetivo principal do Eyer é democratizar e levar acesso à saúde para locais que hoje sofrem com déficit em infraestrutura na área, como especialistas e equipamentos. Com a portabilidade, preço acessível e a possibilidade de diagnóstico remoto, pela nuvem, conseguimos ajudar os profissionais da saúde a cuidarem de mais pessoas”, contam os fundadores da startup Phelcom Technologies, José Augusto Stuchi, Flávio Pascoal Vieira e Diego Lencione.
De acordo com o primeiro Relatório Mundial sobre Visão, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia.
Há poucos dias, os jornais de todo mundo noticiaram a possibilidade dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina (um derivado menos tóxico da droga) serem eficientes no combate ao novo coronavírus.
Isso porque pesquisas e testes realizados em todo o mundo apontam que o medicamento pode prevenir, evitar e até mesmo reduzir a severidade da covid-19 – doença causada pelo novo agente do vírus. Entretanto, os estudos são preliminares e ainda estão na fase experimental.
Mesmo assim, houve um boom na busca pelo remédio nas farmácias. Resultado: prateleiras vazias e falta no mercado, prejudicando diretamente quem realmente precisa para tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide, dentre outros problemas.
Além disso, o uso indiscriminado e sem acompanhamento médico do medicamento pode provocar diversos efeitos colaterais. Portanto, entenda a seguir como a cloroquina e hidroxicloroquina podem afetar o organismo.
Cloroquina e Hidroxicloroquina
Em primeiro lugar, vamos entender como funciona a cloroquina e a hidroxicloroquina. Atualmente, os medicamentos são empregados no tratamento de doenças reumatológicas, dermatológicas e de malária.
Por exemplo, as drogas são recomendadas para profilaxia e tratamento de ataque agudo de malária causado por Plasmodium vivax, P. ovale e P. malarie. Além disso, são indicadas para amebíase hepática e, em conjunto com outros fármacos, tem eficácia clínica na artrite reumatoide, no lúpus eritematoso sistêmico e lúpus discoide, na sarcaidose e nas doenças que provocam sensibilidade à luz.
Cloroquina e Hidroxicloroquina – efeitos colaterais
De fato, o uso de cloroquina e hidroxicloroquina pode acarretar diversos efeitos colaterais. Por isso, deve ser acompanhado por um médico para não gerar toxicidade.
Dentre os mais comuns, estão dor de cabeça, enjoo, vômitos, diarreia, dor de barriga, coceira, irritação e manchas avermelhadas na pele. Há relatos também de confusão mental, convulsões, queda da pressão sanguínea, alterações no electrocardiograma, visão dupla ou borrada, miopatia, arritmia e sangramento – este último quando combinado com outros fármacos, como anticoagulantes.
Além disso, o consumo prolongado pode também causar danos aos olhos, como alterações visuais e até perda de visão. Apesar da incidência baixa, estudos de caso mostram que as drogas podem afetar a mácula e a retina de maneira irreversível.
Porém, a incidência de danos na retina e na mácula são baixíssimas. Por isso, é fundamental o uso desses medicamentos com prescrição e acompanhamento médico.
Contudo, especialistas reforçam que todos os testes ainda estão em fase de experimento. Portanto, ainda é muito cedo para afirmar a eficácia das drogas na cura do novo coronavírus e determinar como protocolo de atendimento.
A Anvisa e diversas entidades médicas, como o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), reforçam que todos os testes ainda estão em período experimental. Portanto, a população não deve fazer o uso indiscriminado dos medicamentos com o objetivo de combater a doença.
Em nota, a Anvisa diz que “apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação. Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.”
Além de ressaltarem os efeitos colaterais, as entidades estão alertando sobre o perigo do fármaco para pacientes com doenças como epilepsia e psoríase. A droga também deve ser consumida com cautela por pessoas com doenças hepáticas, distúrbios gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.
Ou seja, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina, sem prescrição e monitoramento médico, pode provocar diversos outros problemas. E, com os hospitais lotados, ainda prejudicará o atendimento de pacientes com coronavírus.
Para reverter esse quadro, a Anvisa também enquadrou a cloroquina e hidroxicloroquina como medicamentos de controle especial. “A medida é para evitar que pessoas que não precisam desses medicamentos provoquem um desabastecimento no mercado. A falta dos produtos pode deixar os pacientes com malária, lúpus e artrite reumatoide sem os tratamentos adequados”, afirmou.
Logo abaixo, veja na íntegra a nota da Anvisa.
Esclarecimentos sobre hidroxicloroquina e cloroquina
Diante das notícias veiculadas sobre medicamentos que contém hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento da COVID-19, a Anvisa tem os seguintes esclarecimentos:
Esses medicamentos são registrados pela Anvisa para o tratamento da artrite, lupus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.
Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação.
Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.
Conclusão
Por fim, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina pela população contra o novo coronavírus, sem prescrição e acompanhamento médico, pode provocar diversos efeitos colaterais.
Dos mais comuns e leves, como dor de cabeça, enjoo, vômitos e diarreia, até confusão mental, convulsões e visão dupla ou borrada.
Apesar dos resultados positivos alcançados por algumas pesquisas, os testes ainda são preliminares e estão na fase experimental. Portanto, o uso incorreto dessas drogas pode mais gerar problemas do que solução. Como, por exemplo, toxicidade ao organismo e falta do medicamento para quem realmente precisa, como portadores de lúpus, malária e artrite reumatoide.
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Imagine voltar a enxergar após 16 anos? Pois foi isso o que aconteceu com uma mulher na Espanha.
A deficiente visual Bernardeta Goméz, de 57 anos, utilizou um óculos conectado ao cérebro desenvolvido por cientistas da Universidade Miguel Hernandez e da Universidade de Utah, em parceria com o Hospital IMED Elche, da Espanha.
O dispositivo ainda está em fase de testes, mas já apresenta resultados promissores. Portanto, veja neste post como o novo aparelho permite voltar a enxergar, como foi realizado o estudo e quais são os próximos passos para auxiliar ainda mais pessoas que sofrem com cegueira.
A pesquisa
Os pesquisadores criaram um óculos equipado com uma câmera que envia as imagens captadas, por meio de sinais eletrônicos, a um computador. Em seguida, o computador manda esses sinais para um dispositivo com 100 eletrodos, implantado na parte traseira do cérebro do paciente. É neste local que está o córtex visual.
Para você entender melhor, o aparelho funciona como o implante coclear, que possibilita ao deficiente visual escutar sons.
Os eletrodos foram colocados no cérebro da primeira voluntária Bernardeta Gómez, por meio de cirurgia. A espanhola ficou cega aos 42 anos, devido a uma neuropatia óptica tóxica.
De fato, há outros estudos nessa área. Porém, esse é o primeiro a não usar os olhos e nervos ópticos para o paciente voltar a enxergar. Nesta pesquisa, os cientistas levaram em consideração que muitas lesões ocorrem no sistema nervoso que conecta a retina. Ou seja, não necessariamente no globo ocular.
Foto: divulgação/Eduardo Fernández Jover
Os resultados
No final de 2018, Bernardeta conseguiu ver após 15 anos. A sua primeira palavra foi “allí” – ali em português, em referência ao que percebeu a sua frente. De fato, a visão ainda é embaçada, com pontos e formas brilhantes, nos tons brancos e amarelos. Mesmo assim, ela foi capaz de reconhecer pessoas, luzes, letras e objetos próximos.
Os testes duraram seis meses, com a paciente frequentando o laboratório quatro vezes por semana. Após esse período, ela passou por um novo procedimento para a retirada do implante. Isso porque o dispositivo ainda não tem aprovação para utilização em longo prazo.
Próximos passos
Foto: reprodução/Russ Juskalian
O estudo continuará com a realização de experimentos em mais cinco pacientes cegos nos próximos anos. Além disso, os pesquisadores estão procurando mais voluntários.
Vale ressaltar que o dispositivo também foi testado em animais, como gato e macaco. Porém, não foi possível mensurar o que eles conseguiram enxergar.
Conclusão
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cegueira atinge cerca de 40 milhões de pessoas no mundo todo. Só no Brasil, são 6,5 milhões de pacientes com algum tipo de deficiência visual. Destes, 582 mil são cegos.
Logo, voltar a enxergar é um sonho de muitas pessoas. E também o desafio de muitos cientistas.
Mas, com o desenvolvimento cada vez maior de tecnologias de ponta, como inteligência artificial e machine learning, podemos esperar por resultados positivos em um futuro próximo.
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A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção anterior do septo orbitário, que atinge com mais frequência crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade – sobretudo menores de 5 anos.
Por apresentar sintomas similares à conjuntivite bacteriana e viral e ao edema alérgico, tem difícil diagnóstico. Além disso, também compartilha os mesmos sinais de enfermidade com a celulite orbitária. Porém, são doenças diferentes e que necessitam de tratamentos distintos.
Portanto, entenda neste post o que é a celulite periorbitária, as causas, a diferença em relação à celulite orbitária, os sintomas, o diagnóstico e os tratamentos recomendados.
O que é celulite periorbitária
A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção do septo orbitário. Desse modo, não envolve a órbita ou outras estruturas oculares, como gordura e músculos.
Como aproximadamente 80% dos casos ocorrem em crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade (a maioria, menores de 5 anos), é considerada uma doença pediátrica.
Dentre suas principais causas, estão infecção facial ou palpebral devido a traumas, picadas de inseto, mordidas de animais, varicela, calázio, conjuntivite, dacriocistite ou sinusite.
Em relação à etiologia, os agentes podem variar. Por exemplo, a infecção dos seios está mais associada ao Streptococcus pneumoniae. Já quando a causa é um trauma local, Staphylococcus aureus e S. pyogenes prevalecem. Atualmente, eventos com Haemophilus influenzae e fungos são raros.
Há também outros fatores, porém mais incomuns: espécies de Acinetobacter, Nocardia brasiliensis, Bacillus anthracis, Pseudomonas aeruginosa, Neisseria gonorrhoeae, Proteus spp, Pasteurella multocida e Mycobacterium tuberculosis e Trichophyton spp.
Celulite periorbitária x orbitária
Sem dúvida, é fundamental conhecer as diferenças entre a celulite periorbitária e a orbitária. Basicamente, é a infecção ser anterior ou posterior ao septo orbitário. Enquanto a periorbitária ocorre na porção anterior, a orbitária atinge os tecidos da órbita posterior.
Outra distinção é que a primeira é superficial na fase inicial. Já a segunda, começa profunda ao septo orbitário.
De fato, ambas apresentam as mesmas causas, sintomas e tratamentos parecidos. Contudo, na celulite orbitária, podem haver ainda exoftalmia, mal-estar, limitação da mobilidade ocular e perda da visão.
Sintomas
Em seguida, conheça os sintomas mais frequentes de celulite periorbitária:
Dor ocular;
Dor ao toque;
Edema na pálpebra, que pode dificultar a abertura do olho;
Calor;
Rubor ou pigmentação da pálpebra;
Nos casos mais raros, pode acontecer edema conjuntival. Por outro lado, é importante ressaltar que não há comprometimento da acuidade visual, do movimento dos olhos e nem quadro de proptose. Porém, se o paciente apresentar esses sinais, provavelmente a doença se espalhou para a órbita.
Diagnóstico
De fato, o diagnóstico de celulite periorbitária é feito por meio de uma avaliação clínica. O médico avaliará edema derivado de traumas locais, mordidas de insetos ou animais, corpos estranhos retidos, reações alérgicas, tumores e pseudotumor orbitário inflamatório. Por exemplo, se o edema for profundo, a análise contará com o auxílio de um blefarostato.
Além disso, há a possibilidade de realizar exame de imagem no caso de dúvidas. Dessa forma, é indicado a realização de tomografia computadorizada (TC) com contraste das órbitas e seios da face. Para fechar o diagnóstico, o médico deve observar edema da(s) pálpebra(s) e a falta de proptose, infiltração da gordura orbitária e edema dos músculos extraoculares.
Tratamento
O tratamento indicado para celulite periorbitária é com antibióticos.
De fato, na maioria dos casos, o patógeno não será identificado. Por isso, é essencial analisar os fatores predisponentes e prescrever o antibiótico para os organismos mais prováveis e o padrão de sensibilidade habitual na região.
Por exemplo, nas áreas em que existe predomínio de S. aureus resistente à meticilina, os médicos devem acrescentar os antibióticos indicados, como clindamicina, sulfametoxazol-trimetoprima ou doxiciclina para tratamento oral e vancomicina para tratamento ambulatorial.
O método inicial deve focar no combate aos patógenos causadores de sinusite (S. pneumoniae, H. influenzae, S. aureus, Moraxella catarrhalis não tipáveis).
Nos casos resultantes de um trauma local, o tratamento deve incluir cobertura para S. pyogenes. Em pacientes com feridas sujas, deve-se considerar infecção Gram-negativa.
O tratamento não hospitalizado do paciente pode ser uma opção depois de excluído o risco de celulite orbitária e para crianças sem sinais de infecção sistêmica com pais presentes e responsáveis.
Os pacientes devem ser acompanhados de perto por um oftalmologista.
Com informações de Breno Nery, para o portal PED, e James Garrity, para o site Manual MSD.
Conclusão
Neste post, você viu o que é a celulite periorbitária, as causas, as diferenças com a celulite orbitária, os sintomas mais comuns, como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos indicados.
De fato, a celulite periorbitária é uma doença que merece total atenção. Isso porque atinge preferencialmente crianças, de até 10 anos, e pode evoluir caso não tratada precocemente.
Como possui semelhanças com celulite orbitária, conjuntivite bacteriana e viral e edema alérgico, é uma enfermidade superdiagnosticada. Portanto, precisa de conhecimentos mais profundos e atualizados.
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