Expedição do Barco Hospital Papa Francisco atende mais de 4 mil pessoas em Terra Santa (PA)

Expedição do Barco Hospital Papa Francisco atende mais de 4 mil pessoas em Terra Santa (PA)

Oftalmologista utilizou o Eyer para realizar exames e tirar dúvidas diagnósticas.

Imagine um hospital flutuante com consultórios médicos, odontológicos, centro cirúrgico, sala oftalmológica completa, laboratório de análises, sala de medicação, sala de vacinação e leitos de enfermaria. Além disso, com equipamentos para exames como raio-X, ultrassom, eletrocardiograma, mamógrafo, esteira ergométrica e eletrocardiograma.

Esse é o Barco Hospital São Francisco, construído com o intuito de levar saúde e assistência para mais de 1 mil comunidades ribeirinhas na Região Amazônica. A embarcação foi idealizada pela Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus e realizou dezenas de expedições em 2019.

Uma delas foi na região do município de Terra Santa, no Pará, de 21 a 30 de outubro. A expedição contou com diversos voluntários em diferentes áreas da saúde como oftalmologia, pediatria, oncologia, psiquiatria, dermatologia, plástica e ortodontia, dentre outros.

A oftalmologista Mariana Lafetá foi uma das voluntárias nessa viagem. “Cada um tem o seu consultório no barco e viajamos de cidade em cidade para oferecer atendimento a essa população. Ao todo, consultamos 4.052 pessoas”, conta.

eyer

Em relação aos olhos, a médica ressalta que a principal doença diagnosticada foi a síndrome do olho seco. Além disso, havia muitos casos de erros de refração, catarata, presbiopia (conhecida como vista cansada), pterígio (conhecida como carne no olho), blefarite e meibomite – estas duas últimas atingem as glândulas em torno da pálpebra. Também havia casos de glaucoma e, em pouquíssima quantidade, retinopatia diabética.

Eyer

Para essa expedição, a médica levou o retinógrafo portátil Phelcom Eyer. “Devido ao número alto de pacientes, optei por usar o aparelho apenas nos casos de dúvidas diagnósticas e em portadores de glaucoma. O interessante foi a possibilidade de enviar os exames por e-mail, para aqueles que tinham o endereço eletrônico. Desse modo, eles poderiam usar em consultas futuras”, ressalta Lafetá.

eyer

A oftalmologista afirma que o equipamento é simples de usar e prático. “É fácil realizar os exames, tirar as fotos, encontrá-las nos arquivos e armazenar depois. Podemos também enviar ou imprimir as imagens, o que considero muito interessante, além de conseguirmos acessar de qualquer lugar com internet. Gostei muito”, analisa.

Phelcom

“O objetivo principal do Eyer é democratizar e levar acesso à saúde para locais que hoje sofrem com déficit em infraestrutura na área, como especialistas e equipamentos. Com a portabilidade, preço acessível e a possibilidade de diagnóstico remoto, pela nuvem, conseguimos ajudar os profissionais da saúde a cuidarem de mais pessoas”, contam os fundadores da startup Phelcom Technologies, José Augusto Stuchi, Flávio Pascoal Vieira e Diego Lencione.

De acordo com o primeiro Relatório Mundial sobre Visão, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia.

Coronavírus: conheça os efeitos colaterais da cloroquina e hidroxicloroquina

Coronavírus: conheça os efeitos colaterais da cloroquina e hidroxicloroquina

Há poucos dias, os jornais de todo mundo noticiaram a possibilidade dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina (um derivado menos tóxico da droga) serem eficientes no combate ao novo coronavírus.

Isso porque pesquisas e testes realizados em todo o mundo apontam que o medicamento pode prevenir, evitar e até mesmo reduzir a severidade da covid-19 – doença causada pelo novo agente do vírus. Entretanto, os estudos são preliminares e ainda estão na fase experimental.

Mesmo assim, houve um boom na busca pelo remédio nas farmácias. Resultado: prateleiras vazias e falta no mercado, prejudicando diretamente quem realmente precisa para tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide, dentre outros problemas.

Além disso, o uso indiscriminado e sem acompanhamento médico do medicamento pode provocar diversos efeitos colaterais. Portanto, entenda a seguir como a cloroquina e hidroxicloroquina podem afetar o organismo.

Cloroquina e Hidroxicloroquina

Em primeiro lugar, vamos entender como funciona a cloroquina e a hidroxicloroquina. Atualmente, os medicamentos são empregados no tratamento de doenças reumatológicas, dermatológicas e de malária.

Por exemplo, as drogas são recomendadas para profilaxia e tratamento de ataque agudo de malária causado por Plasmodium vivax, P. ovale e P. malarie. Além disso, são indicadas para amebíase hepática e, em conjunto com outros fármacos, tem eficácia clínica na artrite reumatoide, no lúpus eritematoso sistêmico e lúpus discoide, na sarcaidose e nas doenças que provocam sensibilidade à luz.

Cloroquina e Hidroxicloroquina – efeitos colaterais

De fato, o uso de cloroquina e hidroxicloroquina pode acarretar diversos efeitos colaterais. Por isso, deve ser acompanhado por um médico para não gerar toxicidade.

Dentre os mais comuns, estão dor de cabeça, enjoo, vômitos, diarreia, dor de barriga, coceira, irritação e manchas avermelhadas na pele. Há relatos também de confusão mental, convulsões, queda da pressão sanguínea, alterações no electrocardiograma, visão dupla ou borrada, miopatia, arritmia e sangramento – este último quando combinado com outros fármacos, como anticoagulantes.

Além disso, o consumo prolongado pode também causar danos aos olhos, como alterações visuais e até perda de visão. Apesar da incidência baixa, estudos de caso mostram que as drogas podem afetar a mácula e a retina de maneira irreversível.

Um desses trabalhos apresentou o relato de caso de uma paciente, de 67 anos, com lúpus eritematoso sistêmico. A idosa utilizou cloroquina e hidroxicloroquina por 10 anos e 6 anos, respectivamente, e parou o consumo há 5 anos. Ela apresentou problemas como fotofobia e lesão na mácula em ambos os olhos mesmo depois da pausa.

outro estudo analisou o caso de uma paciente de 44 anos, portadora de artrite reumatoide há 19 anos. Ela usou fosfato de cloroquina durante dois períodos de 4 e 3 anos, intercalados por um período de 8 anos em que consumiu methotrexate. Ao final da segunda fase de uso de cloroquina, a paciente também apresentou danos na mácula.

Porém, a incidência de danos na retina e na mácula são baixíssimas. Por isso, é fundamental o uso desses medicamentos com prescrição e acompanhamento médico.

Cloroquina e Hidroxicloroquina – coronavírus

Há pouco tempo, cientistas começaram testes com o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus. A Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, está realizando um experimento com 1,5 mil pessoas para averiguar se a hidroxicloroquina pode impedir ou diminuir a severidade da covid-19. Outros dois testes seguem com o mesmo objetivo.

Já na França, 24 pacientes com coronavírus foram curados após seis dias de tratamento com hidroxicloroquina ou azitromicina em comparação com 12,5% daqueles que não tomaram nenhum tipo de remédio.

Contudo, especialistas reforçam que todos os testes ainda estão em fase de experimento. Portanto, ainda é muito cedo para afirmar a eficácia das drogas na cura do novo coronavírus e determinar como protocolo de atendimento.

No Brasil, a Prevent Senior e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein também iniciarão os testes com a cloroquina para tratamento da covid-19.

Alerta

A Anvisa e diversas entidades médicas, como o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), reforçam que todos os testes ainda estão em período experimental. Portanto, a população não deve fazer o uso indiscriminado dos medicamentos com o objetivo de combater a doença.

coronavírus

Em nota, a Anvisa diz que “apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação. Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.”

Além de ressaltarem os efeitos colaterais, as entidades estão alertando sobre o perigo do fármaco para pacientes com doenças como epilepsia e psoríase. A droga também deve ser consumida com cautela por pessoas com doenças hepáticas, distúrbios gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.

Ou seja, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina, sem prescrição e monitoramento médico, pode provocar diversos outros problemas. E, com os hospitais lotados, ainda prejudicará o atendimento de pacientes com coronavírus.

Para reverter esse quadro, a Anvisa também enquadrou a cloroquina e hidroxicloroquina como medicamentos de controle especial. “A medida é para evitar que pessoas que não precisam desses medicamentos provoquem um desabastecimento no mercado. A falta dos produtos pode deixar os pacientes com malária, lúpus e artrite reumatoide sem os tratamentos adequados”, afirmou.

Logo abaixo, veja na íntegra a nota da Anvisa.

Esclarecimentos sobre hidroxicloroquina e cloroquina

Diante das notícias veiculadas sobre medicamentos que contém hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento da COVID-19, a Anvisa tem os seguintes esclarecimentos:

Esses medicamentos são registrados pela Anvisa para o tratamento da artrite, lupus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.

Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação.

Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde.

 

Conclusão

Por fim, o uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina pela população contra o novo coronavírus, sem prescrição e acompanhamento médico, pode provocar diversos efeitos colaterais.

Dos mais comuns e leves, como dor de cabeça, enjoo, vômitos e diarreia, até confusão mental, convulsões e visão dupla ou borrada.

Apesar dos resultados positivos alcançados por algumas pesquisas, os testes ainda são preliminares e estão na fase experimental. Portanto, o uso incorreto dessas drogas pode mais gerar problemas do que solução. Como, por exemplo, toxicidade ao organismo e falta do medicamento para quem realmente precisa, como portadores de lúpus, malária e artrite reumatoide.

Acompanhe as notícias sobre o novo coronavírus no blog da Phelcom.

Implante no cérebro faz mulher voltar a enxergar

Implante no cérebro faz mulher voltar a enxergar

Imagine voltar a enxergar após 16 anos? Pois foi isso o que aconteceu com uma mulher na Espanha.

A deficiente visual Bernardeta Goméz, de 57 anos, utilizou um óculos conectado ao cérebro desenvolvido por cientistas da Universidade Miguel Hernandez e da Universidade de Utah, em parceria com o Hospital IMED Elche, da Espanha.

O dispositivo ainda está em fase de testes, mas já apresenta resultados promissores. Portanto, veja neste post como o novo aparelho permite voltar a enxergar, como foi realizado o estudo e quais são os próximos passos para auxiliar ainda mais pessoas que sofrem com cegueira.

A pesquisa

Os pesquisadores criaram um óculos equipado com uma câmera que envia as imagens captadas, por meio de sinais eletrônicos, a um computador. Em seguida, o computador manda esses sinais para um dispositivo com 100 eletrodos, implantado na parte traseira do cérebro do paciente. É neste local que está o córtex visual.

Para você entender melhor, o aparelho funciona como o implante coclear, que possibilita ao deficiente visual escutar sons.

Os eletrodos foram colocados no cérebro da primeira voluntária Bernardeta Gómez, por meio de cirurgia. A espanhola ficou cega aos 42 anos, devido a uma neuropatia óptica tóxica.

De fato, há outros estudos nessa área. Porém, esse é o primeiro a não usar os olhos e nervos ópticos para o paciente voltar a enxergar. Nesta pesquisa, os cientistas levaram em consideração que muitas lesões ocorrem no sistema nervoso que conecta a retina. Ou seja, não necessariamente no globo ocular.

voltar a enxergar

Foto: divulgação/Eduardo Fernández Jover

Os resultados

No final de 2018, Bernardeta conseguiu ver após 15 anos. A sua primeira palavra foi “allí” – ali em português, em referência ao que percebeu a sua frente. De fato, a visão ainda é embaçada, com pontos e formas brilhantes, nos tons brancos e amarelos. Mesmo assim, ela foi capaz de reconhecer pessoas, luzes, letras e objetos próximos.

Os testes duraram seis meses, com a paciente frequentando o laboratório quatro vezes por semana. Após esse período, ela passou por um novo procedimento para a retirada do implante. Isso porque o dispositivo ainda não tem aprovação para utilização em longo prazo.

Próximos passos

voltar a enxergar

Foto: reprodução/Russ Juskalian

O estudo continuará com a realização de experimentos em mais cinco pacientes cegos nos próximos anos. Além disso, os pesquisadores estão procurando mais voluntários.

Vale ressaltar que o dispositivo também foi testado em animais, como gato e macaco. Porém, não foi possível mensurar o que eles conseguiram enxergar.

Conclusão

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cegueira atinge cerca de 40 milhões de pessoas no mundo todo. Só no Brasil, são 6,5 milhões de pacientes com algum tipo de deficiência visual. Destes, 582 mil são cegos.

Logo, voltar a enxergar é um sonho de muitas pessoas. E também o desafio de muitos cientistas.

Mas, com o desenvolvimento cada vez maior de tecnologias de ponta, como inteligência artificial e machine learning, podemos esperar por resultados positivos em um futuro próximo.

Acompanhe as principais novidades na área de oftalmologia no blog da Phelcom.

Entenda o que é celulite periorbitária e como diagnosticar

Entenda o que é celulite periorbitária e como diagnosticar

A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção anterior do septo orbitário, que atinge com mais frequência crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade – sobretudo menores de 5 anos.

Por apresentar sintomas similares à conjuntivite bacteriana e viral e ao edema alérgico, tem difícil diagnóstico. Além disso, também compartilha os mesmos sinais de enfermidade com a celulite orbitária. Porém, são doenças diferentes e que necessitam de tratamentos distintos.

Portanto, entenda neste post o que é a celulite periorbitária, as causas, a diferença em relação à celulite orbitária, os sintomas, o diagnóstico e os tratamentos recomendados.

O que é celulite periorbitária

A celulite periorbitária ou pré-septal é uma infecção da pálpebra, na porção do septo orbitário. Desse modo, não envolve a órbita ou outras estruturas oculares, como gordura e músculos.

Como aproximadamente 80% dos casos ocorrem em crianças do sexo masculino, com até 10 anos de idade (a maioria, menores de 5 anos), é considerada uma doença pediátrica.

Dentre suas principais causas, estão infecção facial ou palpebral devido a traumas, picadas de inseto, mordidas de animais, varicela, calázio, conjuntivite, dacriocistite ou sinusite.

Em relação à etiologia, os agentes podem variar. Por exemplo, a infecção dos seios está mais associada ao Streptococcus pneumoniae. Já quando a causa é um trauma local, Staphylococcus aureus e S. pyogenes prevalecem. Atualmente, eventos com Haemophilus influenzae e fungos são raros.

Há também outros fatores, porém mais incomuns: espécies de AcinetobacterNocardia brasiliensis, Bacillus anthracisPseudomonas aeruginosaNeisseria gonorrhoeaeProteus spp, Pasteurella multocidaMycobacterium tuberculosis e Trichophyton spp.

celulite periorbitária

Celulite periorbitária x orbitária

Sem dúvida, é fundamental conhecer as diferenças entre a celulite periorbitária e a orbitária. Basicamente, é a infecção ser anterior ou posterior ao septo orbitário. Enquanto a periorbitária ocorre na porção anterior, a orbitária atinge os tecidos da órbita posterior.

Outra distinção é que a primeira é superficial na fase inicial. Já a segunda, começa profunda ao septo orbitário.

De fato, ambas apresentam as mesmas causas, sintomas e tratamentos parecidos. Contudo, na celulite orbitária, podem haver ainda exoftalmia, mal-estar, limitação da mobilidade ocular e perda da visão.

Sintomas

Em seguida, conheça os sintomas mais frequentes de celulite periorbitária:

  • Dor ocular;
  • Dor ao toque;
  • Edema na pálpebra, que pode dificultar a abertura do olho;
  • Calor;
  • Rubor ou pigmentação da pálpebra;

Nos casos mais raros, pode acontecer edema conjuntival. Por outro lado, é importante ressaltar que não há comprometimento da acuidade visual, do movimento dos olhos e nem quadro de proptose. Porém, se o paciente apresentar esses sinais, provavelmente a doença se espalhou para a órbita.

Diagnóstico

De fato, o diagnóstico de celulite periorbitária é feito por meio de uma avaliação clínica. O médico avaliará edema derivado de traumas locais, mordidas de insetos ou animais, corpos estranhos retidos, reações alérgicas, tumores e pseudotumor orbitário inflamatório. Por exemplo, se o edema for profundo, a análise contará com o auxílio de um blefarostato.

Além disso, há a possibilidade de realizar exame de imagem no caso de dúvidas. Dessa forma, é indicado a realização de tomografia computadorizada (TC) com contraste das órbitas e seios da face. Para fechar o diagnóstico, o médico deve observar edema da(s) pálpebra(s) e a falta de proptose, infiltração da gordura orbitária e edema dos músculos extraoculares.

Tratamento

O tratamento indicado para celulite periorbitária é com antibióticos.

De fato, na maioria dos casos, o patógeno não será identificado. Por isso, é essencial analisar os fatores predisponentes e prescrever o antibiótico para os organismos mais prováveis e o padrão de sensibilidade habitual na região.

Por exemplo, nas áreas em que existe predomínio de S. aureus resistente à meticilina, os médicos devem acrescentar os antibióticos indicados, como clindamicina, sulfametoxazol-trimetoprima ou doxiciclina para tratamento oral e vancomicina para tratamento ambulatorial.

O método inicial deve focar no combate aos patógenos causadores de sinusite (S. pneumoniaeH. influenzaeS. aureusMoraxella catarrhalis não tipáveis).

Nos casos resultantes de um trauma local, o tratamento deve incluir cobertura para S. pyogenes. Em pacientes com feridas sujas, deve-se considerar infecção Gram-negativa.

O tratamento não hospitalizado do paciente pode ser uma opção depois de excluído o risco de celulite orbitária e para crianças sem sinais de infecção sistêmica com pais presentes e responsáveis.

O médico pediatra Breno Nery explica neste artigo, divulgado no portal PED, quais medicamentos utilizar e as dosagens. O mesmo faz o médico James          Garrity, em seu artigo publicado no site Manual MSD.

Os pacientes devem ser acompanhados de perto por um oftalmologista.

Com informações de Breno Nery, para o portal PED, e James Garrity, para o site Manual MSD.

Conclusão

Neste post, você viu o que é a celulite periorbitária, as causas, as diferenças com a celulite orbitária, os sintomas mais comuns, como é feito o diagnóstico e quais os tratamentos indicados.

De fato, a celulite periorbitária é uma doença que merece total atenção. Isso porque atinge preferencialmente crianças, de até 10 anos, e pode evoluir caso não tratada precocemente.

Como possui semelhanças com celulite orbitária, conjuntivite bacteriana e viral e edema alérgico, é uma enfermidade superdiagnosticada. Portanto, precisa de conhecimentos mais profundos e atualizados.

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades na área de oftalmologia.

Coronavírus: contágio pode acontecer pelos olhos

Coronavírus: contágio pode acontecer pelos olhos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus é uma ameaça muito grave para o mundo. E não é por menos: a doença Covid-19 – causada pelo vírus – já afetou aproximadamente 90 mil pessoas e foi responsável pela morte de mais de 3 mil. Isso principalmente na China, onde surgiu o novo vírus. Porém, há infectados por todo o planeta. Inclusive, no Brasil.

Recentemente, a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) levantou a possibilidade de contágio da doença por meio dos olhos. Ou seja, não apenas pelas mucosas da boca e do nariz. Dessa forma, o paciente apresentaria, além dos sintomas respiratórios, também conjuntivite.

O alerta vem após um médico chinês afirmar que contraiu a Covid-19 pelos olhos.

Portanto, entenda neste post como o coronavírus pode ser adquirido pelos olhos e o que os oftalmologistas devem fazer para se protegerem da doença.

Coronavírus e olhos

Segundo a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), o novo coronavírus pode ser contraído por meio dos olhos. A suspeita surgiu após o médico chinês Wang Guangfa afirmar que adquiriu a Covid-19 – doença transmitida pelo vírus – dessa forma.

Guangfa, especializado em distúrbios respiratórios, disse que não usou a proteção ocular corretamente ao consultar pacientes de Wuhan, cidade epicentro da epidemia. O relato foi publicado pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong.

Até então, o problema era adquirido apenas pelas mucosas da boca e do nariz, provocando os já conhecidos sintomas respiratórios. Porém, agora também pode causar conjuntivite.

Isso ocorre porque as doenças virais respiratórias podem ser contraídas por meio da secreção da pessoa infectada em contato com mucosas como boca, nariz e olhos.

Dicas para os oftalmologistas

De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não há certeza de como o novo coronavírus é transmitido. Contudo, acredita-se que as principais fontes de contágio são o contato com pacientes doentes e com objetos infectados. Dessa forma, a doença é contraída após posterior toque nos olhos, nariz e boca.

Por isso, é importante que os médicos e profissionais da saúde protejam-se. Em relação aos oftalmologistas, a AOO indica que cuidem dos olhos, boca e nariz adequadamente ao atender pacientes com:

  • Sintomas respiratórios, como tosse e taquipneia;
  • Febre, aliada aos sintomas respiratórios;
  • Conjuntivite, aliado aos sintomas respiratórios;
  • Viagem recente para a China;
  • Contato recente com pessoas vindas da China.

Fique atento: os sinais Covid-19 podem surgir no início ou até 14 dias após contaminação.

Como prevenir-se do coronavírus

A oftalmologista Juliana Rosa, em seu artigo para o Portal PEBMED, aconselha seguir as medidas de precaução padrão, como o uso de máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção. Além disso, sempre higienizar as mãos.

coronavírus

Em seguida, confira todas as recomendações:

  1. Evite contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
  2. Faça lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
  3. Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  4. Cubra nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  5. Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  6. Higienize as mãos após tossir ou espirrar;
  7. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  8. Mantenha os ambientes bem ventilados;
  9. Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
  10. Não faça contato com animais selvagens e/ou doentes em fazendas ou criações.

Conclusão

Agora, você sabe que o novo coronavírus também pode ser transmitido pelos olhos. Desse modo, proteja-se ao atender pacientes. Para isso, é só seguir as orientações desse post.

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro de todas as novidades da área de oftalmologia.

Conheça a retinopatia hipertensiva e como prevenir-se

Conheça a retinopatia hipertensiva e como prevenir-se

Você sabia que a pressão alta também pode afetar os olhos? É isso mesmo. Além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas no coração, essa disfunção pode ocasionar retinopatia hipertensiva. Essa doença ocorre quando a pressão arterial elevada afeta os vasos sanguíneos da retina.

Dentre os sintomas mais comuns, estão a perda de visão, sensibilidade à luz e dores de cabeça frequentes. Nos casos mais graves, o distúrbio pode evoluir para catarata, glaucoma e trombose.

Infelizmente, a doença é assintomática no início. Por isso, é essencial que todo paciente hipertenso conheça tudo sobre retinopatia hipertensiva – além, claro, de fazer o acompanhamento com um oftalmologista.

Portanto, entenda neste post o que é retinopatia hipertensiva, as classificações e os tipos, os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais tratamentos indicados. Aliás, conheça um novo equipamento no mercado que vem auxiliando médicos e pacientes ao possibilitar diagnósticos mais rápidos e precisos de problemas nos olhos.

Retinopatia hipertensiva – o que é

A retinopatia hipertensiva é quando o aumento da pressão arterial atinge os vasos sanguíneos da retina. Ou seja, é uma lesão vascular da retina provocada pela hipertensão. Desse modo, pode causar estreitamento vascular (vasoconstrição), espessamento da parede de pequenas artérias (arteríolas) ou pequenas veias (vênulas), obstrução e até mesmo rompimento dos vasos.

retinopatia hipertensiva

Retinopatia hipertensiva moderada. Imagem: Ralph C. Eagle, Jr. /Science Photo LIBRAR

Classificação

A retinopatia hipertensiva tem 5 graus de classificação:

  • 0: sem alterações;
  • 1: estreitamento arteriolar mínimo;
  • 2: estreitamento arteriolar com irregularidades focais;
  • 3: somado ao grau 2, ocorre hemorragias retinianas e/ou exsudados;
  • 4: somado ao grau 3, ocorre edema da papila.

Tipos

Há dois tipos de retinopatia hipertensiva. Em seguida, conheça cada uma delas:

1. Crônica

É causada pela hipertensão crônica. Aqui, ocorre o estreitamento arteriolar, alteração no reflexo arteriolar e sinal de cruzamento arteriovenoso, no qual a artéria passa anteriormente à veia. É assintomática na fase inicial. Apesar de rara, podem apresentar sintomas como hemorragias retinianas, microaneurismas e sinais de oclusão vascular.

 

2. Maligna

No caso da retinopatia hipertensiva maligna, há a um aumento brusco da pressão arterial. O que pode causar problemas oculares, cardíacos, renais e cerebrais.

Nesse tipo, há sintomas como dor de cabeça, visão turva, visão dupla e aparecimento de uma mancha escura no olho. Podem surgir também alterações de pigmentação no olho, edema macular e descolamento do neuroepitélio da região macular e edema papilar de tipo isquémico, com hemorragias e manchas.

Sintomas

retinopatia hipertensiva

Retinopatia hipertensiva exudatos em forma de estrela e papiledema. Imagem: Springer Science+Business Media

Dentre os seus principais sintomas, estão a acuidade visual (perda da qualidade da visão), fotofobia (sensibilidade à luz) e dores de cabeça frequentes. Infelizmente, os sinais de retinopatia diabética só surgem quando o problema já está em estágio avançado.

Já nos casos mais graves, o distúrbio pode evoluir para catarata, glaucoma, hemorragia vítrea, descolamento de retina e trombose venosa da retina.

Além do mais, hemorragias e acúmulo de líquido na retina podem causar edema na mácula, que é a parte da retina responsável pelo detalhamento da visão, no nervo ou no disco óptico.

Quando diagnosticado tardiamente, pode ocorrer também perda da visão.

Por isso, é fundamental que o paciente hipertenso seja acompanhado por um oftalmologista.

Diagnóstico

Como a doença é silenciosa na fase inicial, apenas a realização de exames preventivos consegue diagnosticar a retinopatia hipertensiva. Dentre eles, está a fundoscopia. Como as modificações vasculares acontecem de maneira parecida em outros órgãos do corpo, esse exame permite analisar de perto os vasos sanguíneos. Dessa forma, possibilita um diagnóstico mais preciso da gravidade da doença.

Porém, podem ser necessários mais exames, como retinografia, tomografia de coerência óptica e angiofluoresceinografia.

De fato, o diagnóstico precoce é primordial para impedir ou retardar a evolução da doença. Para isso, também é importante rapidez e precisão nos exames.

E é esse o propósito de um novo equipamento recém-lançado no mercado: Phelcom Eyer. Desenvolvido pela startup brasileira Phelcom Technologies, o retinográfo portátil é acoplado a um smartphone e faz exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos.

Automaticamente, os dados são enviados para uma plataforma online – Eyer Cloud, possibilitando assim o diagnóstico por meio da telemedicina. Ou seja, a análise pode ser feita por um especialista alocado em qualquer lugar do mundo.

Sem dúvida, o equipamento permite que diversas doenças do fundo do olho, como a retinopatia hipertensiva, sejam detectadas a um custo muito menor. Isso porque o Eyer pode ser até 24 vezes mais barato do que o retinógrafo tradicional.

Atualmente, a tecnologia oferece uma precisão em torno de 80% na detecção da retinopatia diabética sem o diagnóstico de médicos. Mas, com o crescimento cada vez maior da base de dados do Eyer Cloud, logo esse número deve aumentar para 95% de precisão, segundo a startup.

prevenção de doenças oculares

Tratamento

Infelizmente, a retinopatia hipertensiva não tem cura, pois não há um tratamento específico para restaurar as lesões vasculares na retina. Assim como para os problemas decorrentes da retinopatia hipertensiva. Por isso, a indicação dos médicos é controlar a pressão arterial e prevenir-se. Em seguida, veja algumas dicas:

  • Manter o peso corporal dentro do recomendado;
  • Diminuir os níveis de colesterol ruim;
  • Controlar a diabetes;
  • Realizar exercícios físicos regularmente;
  • Ter uma alimentação balanceada.

Contudo, em casos mais sérios, como edema macular, o médico pode prescrever injeções de anti-angiogênico intravítreo ou fotocoagulação a laser. Já nos casos de hemorragias intravítreas por oclusões vasculares, é indicado a cirurgia de vitrectomia posterior.

Conclusão

Agora, você sabe tudo sobre retinopatia hipertensiva: o que é, as classificações e os tipos, os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais tratamentos indicados. Também conheceu o Phelcom Eyer, o novo equipamento no mercado que vem auxiliando médicos e pacientes ao possibilitar diagnósticos mais rápidos e precisos de problemas nos olhos.

Lembre-se: mantenha a rotina de consultas com o seu oftalmologista em dia para prevenir-se não apenas da retinopatia hipertensiva, mas de diversas doenças oculares.

Acompanhe o blog da Phelcom para conhecer mais sobre saúde dos olhos.

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