O glaucoma afeta mais de 80 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde estima mais de 900 mil casos.
E a situação ainda deve piorar. A OMS prevê que 111,5 milhões de indivíduos sofram com o problema em 2040. O aumento da prevalência da doença é atribuído a dois fatores: envelhecimento da população e crescimento nos diagnósticos.
Atualmente, a doença é a principal causa de cegueira irreversível. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), mais de 80% dos portadores não apresentam sintomas na fase inicial. Isso torna difícil o diagnóstico precoce e, consequentemente, a maior chance de sucesso no tratamento, que não retrocede, mas impede o avanço da perda de visão.
Recentemente, um estudo multicêntrico brasileiro obteve eficácia de 88% no tratamento com aplicação de SLT (trabeculoplastia seletiva a laser, na sigla em inglês) em pacientes com glaucoma com ângulo aberto e hipertensão ocular. Os resultados foram divulgados no periódico internacional Scientific Reports da Nature.
Em seguida, entenda como ocorreu a pesquisa e como os resultados podem postergar o uso de colírios ou mesmo retirar pelo menos um deles no tratamento de glaucoma.
A pesquisa
O oftalmologista Ricardo Yuji Abe, responsável pelo setor de Glaucoma do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), coordenou um estudo multicêntrico feito em todo o Brasil com 835 voluntários. Apenas um olho por paciente recebeu o tratamento com trabeculoplastia a laser. Os pesquisadores acompanharam o grupo durante dois anos e meio.
Neste período, foram realizados diversos exames oftalmológicos abrangentes, como acuidade visual, biomicroscopia com lâmpada de fenda, medida da PIO (tonômetro de Goldmann), gonioscopia (com lentes de Posner), fundoscopia e fotografia do disco óptico.
Esse é o primeiro estudo em larga escala da América Latina que reuniu um grande número de pacientes brasileiros e reforçou trabalhos prévios sobre a efetividade da utilização de SLT para pacientes portadores de glaucoma de ângulo aberto ou mesmo os hipertensos oculares.
Os resultados
Do total, 88% dos pacientes ou conseguiram manter a pressão ocular alvo sem utilizar colírio; ou tiveram uma redução de pressão intraocular; ou, ainda, diminuíram o número de colírios que precisavam usar diariamente no tratamento de glaucoma.
“Apesar da eficácia diminuir com o passar do tempo, esse já é um ganho enorme para o portador de glaucoma ou hipertensão intraocular ocular, pois ao postergar o uso de colírios ou mesmo retirar pelo menos um deles, conseguimos reduzir os possíveis efeitos colaterais das medicações. Além disso, há a questão financeira, já que o gasto mensal com os colírios pode ser minimizado com a realização do laser, mesmo que por um determinado período. Ou seja, uma solução, sem dúvida, que melhora muito a qualidade de vida das pessoas”, ressaltou Abe, em comunicado.
Além desses achados, devemos ressaltar a aderência ao tratamento, que no caso dos colírios tende a ser baixa, o que não ocorre em procedimentos cirúrgicos.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Uma pesquisa apresentada na conferência anual da Sociedade Europeia de Genética Humana, em Viena, na Áustria, conseguiu prever o risco de um infarto ao analisar a retina do paciente por meio de exames oftalmológicos. O estudo foi feito pela Universidade de Edimburgo, na Escócia.
O modelo, que antecipou em um ano o diagnóstico de infarto do miocárdio, alcançou precisão entre 70% e 80%. O trabalho foi publicado na revista Nature.
Porém, este novo estudo da Escócia teria criado um método mais eficiente e preciso, segundo os pesquisadores. Isso porque calcula a possibilidade de doença arterial coronariana (DAC) ao analisar os vasos sanguíneos presentes na retina e informações médicas e genéticos do paciente.
Em seguida, entenda como foi feito o novo estudo, os resultados e como olhos e infarto podem estar ligados.
Olhos e infarto: a pesquisa
Os cientistas avaliaram dados de imagens de retina de mais de 500 mil pacientes disponíveis no UK Biobank, banco de dados de saúde do Reino Unido. Com isso, descobriram que a dimensão fractal mais baixa dos vasos sanguíneos nos olhos estava relacionada à doença arterial coronariana e, logo, ao infarto.
Em seguida, desenvolveram uma Inteligência Artificial (IA) que consegue prever o risco de infarto ao analisar imagens das retinas de pacientes que já sofreram um ataque cardíaco, somado à avaliação de informações clínicas e genéticas. Neste sentido, a tecnologia também inclui idade, sexo, pressão arterial, índice de massa corporal e tabagismo.
Os cientistas já haviam identificado anteriormente nove regiões genéticas que conduzem os padrões de ramificação vascular da retina. Dessas, quatro estão envolvidas em doenças cardiovasculares. Por isso, ao incluir dados médicos e genéticos, a IA alcançou resultados mais precisos e eficientes.
Olhos e infarto: os resultados
A técnica apresentou melhor precisão ao ser empregada mais de cinco anos antes do risco de infarto. Hoje, a idade média para ataque cardíaco é de 60 anos. Com isso, já pode ser utilizada a partir dos 50 anos.
Embora os pesquisadores soubessem que as variações na vasculatura da retina estavam associadas ao estado de saúde de um indivíduo, seus resultados convincentes foram uma surpresa. “Houve várias tentativas de melhorar os modelos preditivos de risco de DAC e infarto agudo do miocárdio (IAM) levando em consideração os traços vasculares da retina, mas estes não mostraram melhora significativa quando comparados com os modelos estabelecidos. No nosso caso, descobrimos que a definição clínica de IMA é central para o desenvolvimento bem-sucedido de modelos preditivos, sustentando a necessidade de desenvolver definições robustas de doenças em grandes estudos como o UKB. Assim que validamos nossa definição de IMA, descobrimos que nosso modelo funcionou extremamente bem”, disse Villaplana-Velasco.
Dessa forma, exames de retina simples podem auxiliar no diagnóstico precoce para o risco aumentado de IAM. Atualmente, as doenças do coração são diagnosticadas por ecocardiograma ou ressonância magnética, exames com custos muito mais altos em comparação à fundoscopia, por exemplo. Além disso, a doença foi responsável por 30% dos óbitos no Brasil no último ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
“Isso permitiria aos médicos sugerir comportamentos que podem reduzir o risco, como parar de fumar e manter o colesterol e a pressão arterial (em níveis) normais”, explica a pesquisadora da Universidade de Edimburgo, e apresentadora do estudo, Ana Villaplana-Velasco, em comunicado.
Isso porque os pesquisadores acreditam que é possível que cada condição possa ter um perfil único de variação da retina. “Gostaríamos de investigar isso mais a fundo, além de realizar uma análise específica do sexo. Sabemos que mulheres com maior risco de IAM ou DAC tendem a apresentar desvios vasculares retinianos pronunciados quando comparadas à população masculina. Gostaríamos de repetir nossa análise separadamente em homens e mulheres para investigar se um modelo específico de sexo para IAM completa uma melhor classificação de risco”, diz Villaplana-Velasco.
Fonte: O Globo
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Desde 2018, entidades médicas e especialistas debatem como ampliar o uso da telemedicina no Brasil. Na época, a regulamentação datava de 2002 e limitava o exercício da telemedicina em apenas três áreas: teleassitência, teleducação e emissão de laudos à distância.
Em 2019, o Conselho Federal de Medicina (CFM) chegou a publicar uma nova regulamentação que incluía consultas online, telecirurgias e telediagnóstico, dentre outras frentes. Entretanto, a resolução foi revogada rapidamente porque sofreu várias críticas de entidades e médicos, como falta de clareza no texto.
Enquanto reavaliavam as normas, a pandemia de Covid-19 forçou o uso da telemedicina para garantir atendimento médico com segurança nesse período. Em caráter emergencial, foram liberadas consultas, emissão de receitas, diagnósticos, laudos de exames e atestados médicos à distância, via internet.
Agora, o CFM publicou a Resolução nº 2.314/2022 que define e regulamenta a telemedicina no Brasil como forma de serviços médicos mediados por tecnologias e de comunicação. Em seguida, saiba o que muda com a nova resolução e como aplicar no dia a dia da clínica.
Telemedicina no Brasil – uso é decisão exclusiva do médico
Antes de tudo, a norma assegura ao médico a autonomia de decidir se utiliza ou não a telemedicina, indicando o atendimento presencial sempre que entender necessário.
“A consulta médica presencial permanece como padrão ouro, ou seja, referência no atendimento ao paciente. Mas a pandemia mostrou que a telemedicina pode ser um importante ato complementar à assistência médica, permitindo o acesso a milhares de pacientes”, destacou o relator da norma, Donizetti Giamberardino.
Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, trata-se de um método que, especialmente durante a pandemia, demonstrou sua grande capacidade de levar assistência às cidades do interior e beneficiar também os grandes centros, reduzindo o estrangulamento causado pela demanda e pela migração de pacientes em busca de tratamento.
O ponto de partida para a elaboração da recém-aprovada Resolução, de acordo com a CFM, foi também colocar a assistência médica brasileira em sintonia com a inovação e os avanços da tecnologia.
Telemedicina no Brasil – novas regras
Uma Comissão Especial do CFM avaliou quase duas mil propostas sobre o uso da ferramenta, enviadas por médicos atuantes dos serviços públicos e privados.
Além disso, entidades médicas de todo o país também apresentaram suas contribuições, como a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a Federação Médica Brasileira (FMB), Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), sociedades de especialidades, associações médicas e sindicatos médicos.
A resolução estabelece que a telemedicina é “exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde”, podendo ser realizada em tempo real on-line (síncrona), ou off-line (assíncrona).
O atendimento à distância poderá ser realizado por meio de sete diferentes modalidades:
Teleconsulta
Caracterizada como a consulta médica não presencial, mediada por TDICs, com médico e paciente localizados em diferentes espaço.
Teleconsultoria
Ato de consultoria mediado por TDICs entre médicos, gestores e outros profissionais, com a finalidade de prestar esclarecimentos sobre procedimentos administrativos e ações de saúde.
Teleinterconsulta
Ocorre quando há troca de informações e opiniões entre médicos, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico. É muito comum, por exemplo, quando um médico da família e comunidade precisa ouvir a opinião de outro especialista sobre determinado problema do paciente.
Telediagnóstico
A emissão de laudo ou parecer de exames, por meio de gráficos, imagens e dados enviados pela internet também passa a ser permitida e é definida como telediagnóstico. Nestes casos, o procedimento deve ser realizado por médico com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na área relacionada.
Telecirurgia
É quando o procedimento é feito por um robô, manipulado por um médico que está em outro local. Essa modalidade foi recentemente disciplinada pela Resolução CFM nº 2.311/2022, que regulamentou a cirurgia robótica no Brasil.
Televigilância
Também conhecido por telemonitoramento, consiste no ato realizado sob coordenação, indicação, orientação e supervisão de parâmetros de saúde ou doença, por meio de avaliação clínica ou aquisição direta de imagens, sinais e dados de equipamentos ou dispositivos agregados ou implantáveis nos pacientes.
Teletriagem
Realizada por um médico para avaliação dos sintomas do paciente, à distância, para regulação ambulatorial ou hospitalar, com definição e direcionamento do mesmo ao tipo adequado de assistência que necessita ou a um especialista.
Telemedicina no Brasil – destaques
Em seguida, veja os principais pontos de destaque da nova resolução da telemedicina no Brasil:
Segurança e privacidade
Para assegurar o respeito ao sigilo médico, “os dados e imagens dos pacientes, constantes no registro do prontuário devem ser preservados, obedecendo as normas legais e do CFM pertinentes à guarda, ao manuseio, à integridade, à veracidade, à confidencialidade, à privacidade, à irrefutabilidade e à garantia do sigilo profissional das informações”.
O atendimento por telemedicina deve ser registrado em prontuário médico físico ou no uso de sistemas informacionais, em Sistema de Registro Eletrônico de Saúde (SRES) do paciente, atendendo aos padrões de representação, terminologia e interoperabilidade.
Os dados de anamnese e propedêuticos, os resultados de exames complementares e a conduta médica adotada por telemedicina também devem ser preservados, sob guarda do médico responsável pelo atendimento em consultório próprio ou do diretor técnico, no caso de interveniência de empresa ou instituição.
Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), os consultórios, clínicas e entidades médicas têm obrigação de oferecer um ambiente confiável e seguro para a troca de dados, consultas on-line e envio de exames para laudo.
Concordância do paciente
A resolução estabelece que o paciente ou seu representante legal deve autorizar o atendimento por telemedicina e a transmissão das suas imagens e dados por meio de (termo de concordância e autorização) consentimento livre e esclarecido, enviados por meio eletrônico ou de gravação da leitura do texto e concordância, devendo fazer parte do SRES do paciente.
Estabelece ainda que, no caso de emissão à distância de relatório, ela deverá conter identificação do médico, incluindo nome, número do registro no CRM e endereço profissional do médico, identificação e dados do paciente, além de data, hora e assinatura do médico com certificação digital do médico no padrão ICP-Brasil ou outro padrão legalmente aceito.
Além disso, os dados pessoais e clínicos do teleatendimento médico devem seguir as definições da LGPD e outros dispositivos legais quanto às finalidades primárias dos dados.
Consulta presencial
O médico tem autonomia para decidir se a primeira consulta poderá ser, ou não, presencial. Reitera-se que o padrão ouro de referência para as consultas médicas é o encontro em pessoa, sendo a telemedicina um ato complementar. Os serviços médicos à distância não poderão, jamais, substituir o compromisso constitucional de garantir assistência presencial segundo os princípios do SUS de integralidade, equidade, universalidade a todos os pacientes.
Acompanhamento clínico
No atendimento de doenças crônicas ou doenças que requeiram assistência por longo tempo, deve ser realizada consulta presencial, com o médico assistente do paciente, em intervalos não superiores a 180 dias.
Segurança e sigilo
Os dados e imagens dos pacientes, constantes no registro do prontuário devem ser preservados, obedecendo as normas legais e do CFM pertinentes à guarda, ao manuseio, à integridade, à veracidade, à confidencialidade, à privacidade, à irrefutabilidade e à garantia do sigilo profissional das informações.
Termo de consentimento
O paciente ou seu representante legal deve autorizar expressamente o atendimento por telemedicina e a transmissão das suas imagens e dados.
Honorários médicos
A prestação de serviço de telemedicina, como um método assistencial médico, em qualquer modalidade, deverá seguir os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação à contraprestação financeira pelo serviço prestado.
Territorialidade
As empresas prestadoras de serviços em telemedicina, plataformas de comunicação e arquivamento de dados deverão ter sede estabelecida em território brasileiro e estarem inscritas no CRM do estado onde estão sediadas, com a respectiva responsabilidade técnica de médico regularmente inscrito no mesmo Conselho.
Fiscalização
Os CRMs manterão vigilância, fiscalização e avaliação das atividades de telemedicina em seus territórios, no que concerne à qualidade da atenção, relação médico-paciente e preservação do sigilo profissional.
Telemedicina no Brasil – vantagens
A diminuição da distância, com acesso de qualidade a serviços na área de saúde, com toda a certeza é uma das principais vantagens da telemedicina no Brasil. Mas, há muito mais:
Aumento do contato e troca de informações entre médico e paciente, gerando também maior acolhimento;
Democratização do acesso à saúde, principalmente em locais com pouca infraestrutura de serviços de qualidade na área, como médicos, profissionais de saúde, equipamentos, medicamentos etc;
Maior rapidez no atendimento, por meio de sistemas informatizados integrados a plataformas on-line com acesso via computadores, celulares e tablets;
Garantia de segurança e sigilo de dados;
Acesso a especialistas e profissionais de referência;
Redução do tempo de atendimento e de custos operacionais;
Facilidade na troca de informações entre os serviços de saúde;
Diminuição do deslocamento de pacientes a hospitais e grandes centros urbanos;
Facilidade na realização de exames, que podem ser feitos em clínicas e postos de saúde;
Melhora na qualidade dos laudos emitidos;
Acesso às capacitações e atualizações para os profissionais da saúde.
De fato, a telemedicina tem o potencial de melhorar e democratizar o acesso à saúde no Brasil e no mundo. Ela não veio para substituir a medicina tradicional, mas aperfeiçoá-la e transpor barreiras socioeconômicas e geográficas. Tudo isso em busca de oferecer saúde de qualidade para todos.
E como emprega-la no dia a dia? O oftalmologista Paulo Schor escreveu sobre isso no blog da Veja. Confira o artigo Consulta Diferente.
Fonte: Conselho Federal de Medicina
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Um sistema de faturamento TISS pode ajudar a diminuir as glosas médicas. Ou seja, a falta de pagamento por atendimentos, procedimentos e exames realizados por meio de planos de saúde devido aos dados preenchidos incorretamente.
Isso porque esses softwares realizam a automação das guias TISS. Dessa forma, elimina erros como falta de guias de autorização ou ausência do número de carteirinha do paciente, dentre outros. Além disso, também oferece outras vantagens, como prontuário eletrônico.
Em seguida, saiba mais como funciona o faturamento TISS, benefícios e como escolher para sua clínica médica.
Padrão TISS: o que é?
Antes de tudo, vamos falar rapidamente sobre o padrão TISS. De acordo com o Ministério da Saúde, a Troca de Informações na Saúde Suplementar – TISS foi estabelecida como um padrão obrigatório para as trocas eletrônicas de dados de atenção à saúde dos beneficiários de planos entre os agentes da Saúde Suplementar.
O objetivo é padronizar as ações administrativas, subsidiar as ações de avaliação e acompanhamento econômico, financeiro e assistencial das operadoras de planos privados de assistência à saúde e compor o Registro Eletrônico de Saúde.
O padrão TISS tem por diretriz a interoperabilidade entre os sistemas de informação em saúde preconizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar e pelo Ministério da Saúde, e, ainda, a redução da assimetria de informações para os beneficiários de planos privados de assistência à saúde.
Em atendimentos feitos por meio de convênios, os consultórios têm que preencher a guia TISS com os dados do paciente, detalhes da consulta, exames, acomodações, equipamentos, materiais e remédios utilizados e taxas e honorários médicos, por exemplo.
Apesar de burocrático, o padrão TISS facilita a comunicação entre clínicas, operadoras de saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), diminui erros, dificulta possibilidade de fraudes, elimina o uso de papel e risco de vazar informações e permite o registro seguro e atualizado dos procedimentos feitos por pacientes.
A última versão do padrão TISS foi atualizada em maio de 2022. Confira.
Faturamento TISS: como escolher
Após emitir a guia TISS, é necessário fazer o faturamento e enviar ao plano de saúde. A recepcionista pode preencher as guias manualmente e cadastrar no site do convênio ou sua clínica pode utilizar um sistema de faturamento TISS.
Nesse caso, o software gera o arquivo XML, um documento digital que atende ao padrão TISS.
A principal vantagem de investir em um sistema de faturamento TISS é minimizar erros de preenchimento de dados, evitando assim as glosas médicas. Consequentemente, pode aumentar o faturamento da clínica, além de otimizar tempo dos colaboradores e facilitar a gestão financeira.
Mas, com tantas opções no mercado, como escolher a que melhor atende o dia a dia do consultório? Em seguida, confira algumas dicas:
1. Envio de guias de faturamento TISS em lotes
Após preencher os dados do paciente, o sistema gera a guia de faturamento automaticamente em XML. Alguns softwares possuem a possibilidade de enviar as guitas em lotes. Desse modo, é só selecionar uma data pré-definida para que o arquivo seja enviado para a operadora.
2. Aviso de dados incompletos
Quando falta preencher alguma informação, o sistema aponta o erro e só permite o envio após a correção. Desse jeito, evita que o pagamento seja negado pelo plano até a retificação ser realizada.
Outra vantagem é preencher várias informações automaticamente, aumentando assim a produtividade e diminuindo erros.
3. Relatórios de guias
É importante que o sistema de faturamento TISS disponibilize relatórios completos, como guias e valores emitidos no dia, semana e/ou mês. Além disso, é importante apontar qual é o status de cada documento: aberto, fechado, em faturamento, enviado, glosa lançada, em recurso e finalizado. Há softwares que também permitem filtrar as guias por operadora.
Dessa maneira, fornece informações mais precisas de receitas recebidas e receitas a receber das operadoras de convênios.
4. Suporte ágil
Imagine atrasar o recebimento pelos planos de saúde porque o sistema apresentou problemas na hora do cadastro das guias? Por isso, é muito importante contar com um bom suporte.
Portanto, verifique se a empresa possui um suporte técnico especializado e ágil para tirar dúvidas e resolver problemas. Além disso, com fácil acessibilidade, por meio de vários canais diferentes, como telefone e chats.
5. Bônus: gestão financeira
O sistema também pode oferecer outras facilidades, como a gestão financeira, prontuário eletrônico, agenda on-line etc. Além do controle de receitas, é possível acessar despesas, fluxo de caixa, extratos, parcelamento de procedimentos, repasses, gráficos e relatórios financeiros completos.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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No início de 2020, o projeto Nestor (Neuronal Stimulation for Recovery of Function) conseguiu recuperar parte da visão de uma paciente cega por meio de um óculos conectado ao cérebro.
Dois anos depois, o consórcio constituído por cientistas de diversos institutos e responsável pelo projeto divulgou novos avanços. Em seguida, entenda melhor como a neuroprótese pode restaurar a visão de deficientes visuais.
A pesquisa
Pesquisadores de diversos institutos, como o Instituto Holandês de Neurociência, a Universidade de Twente, a Universidade Radboud, a Universidade de Maastricht e a Universidade de Tecnologia de Eindhoven, desenvolveram um óculos capaz de transmitir imagens para o cérebro em pacientes cegos e, dessa forma, permitir que eles pudessem enxergar.
Para isso, o equipamento possui uma câmera que tira fotos e as envia para serem processadas por um pequeno computador, instalado na parte de trás do pescoço. Depois, as informações são transmitidas sem fio para um chip implantado no cérebro através de uma combinação de ondas de rádio, parecido com Wi-Fi e Bluetooth.
O chip cerebral tem 1.024 eletrodos que enviam sinais elétricos para diferentes áreas do córtex visual, criando percepções visuais artificiais, mesmo quando há danos extensos ao olho ou ao nervo óptico.
O método é similar aos sinais naturais que os olhos mandam para o córtex visual.
Resultados
Foto: Imagem: Divulgação/Eduardo Fernández Jover
Esse novo chip ainda não foi testado em humanos, mas os experimentos de laboratório e em macacos têm alcançado resultados promissores. Por exemplos, os primatas conseguiram reconhecer formas, objetos em movimento e linhas.
Contudo, é necessário aumentar a quantidade de eletrodos para que humanos possam enxergar com uma qualidade razoável. Outro empecilho no momento é que o chip funciona com uma corrente elétrica 1 miliwatt. Outras pesquisas que implantaram chips similares causaram ataques epiléticos conforme a eletricidade passava pelo crânio.
Além de recuperar parte da visão, um dos objetivos da tecnologia ser sem fio é diminuir o risco de possíveis infecções no cérebro.
De fato, há outros estudos nessa área. Porém, esse é o primeiro a não usar os olhos e nervos ópticos para o paciente voltar a enxergar. Nesta pesquisa, os cientistas levaram em consideração que muitas lesões ocorrem no sistema nervoso que conecta a retina. Ou seja, não necessariamente no globo ocular. Dessa forma, a tecnologia agirá diretamente no cérebro.
A expectativa da empresa é que a tecnologia esteja pronta para uso em massa por pacientes cegos em 10 anos.
Fonte: O Globo
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Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos conseguiu reviver células sensíveis à luz em olhos de doadores, cedidos minutos depois do óbito, e restauraram a comunicação entre essas células. A descoberta, publicada na revista Nature, pode transformar a pesquisa sobre o cérebro e a visão.
Em seguida, entenda como o estudo utilizou a retina como modelo do sistema nervoso central para investigar como os neurônios morrem e novos métodos para “ressuscitá-los”.
A pesquisa
Os cientistas conseguiram despertar células fotorreceptoras na mácula humana em olhos obtidos até cinco horas após a morte. Essas células responderam à luz brilhante, luzes coloridas e até mesmo flashes de luz muito fracos.
Enquanto os experimentos iniciais reviveram os fotorreceptores, as células pareciam ter perdido a capacidade de se comunicar com a retina. Então, os pesquisadores identificaram a privação de oxigênio como o fator crítico da perda de comunicação.
Para superar esse desafio, a equipe avaliou tecidos até 20 minutos após a morte. Simultaneamente, projetaram uma unidade de transporte especial para restaurar a oxigenação e outros nutrientes para os olhos do doador de órgãos e também um dispositivo para estimular a retina e medir a atividade elétrica de suas células.
Os resultados
Com essa abordagem, os cientistas conseguiram restaurar um sinal elétrico específico visto em olhos vivos: a “onda b”. É a primeira gravação de “onda b” feita a partir da retina central de olhos humanos post mortem.
“Estudos anteriores restauraram uma atividade elétrica muito limitada em olhos de doadores de órgãos, mas isso nunca foi alcançado na mácula, e nunca na medida que demonstramos agora”, explica um dos responsáveis pelo estudo, o cientista Frans Vinberg.
A pesquisa já forneceu dados de mais de 40 olhos de doadores humanos, incluindo a primeira descrição de um mecanismo que deve limitar a velocidade da visão central humana.
Esses mecanismos podem ser usados para estudar outros tecidos neuronais no sistema nervoso central. Sem dúvida, é um avanço técnico transformador que pode ajudar a desenvolver uma melhor compreensão das doenças neurodegenerativas, incluindo as que causam cegueira relacionada à hipoxia macular, como nos descolamentos de retina.
Vinberg aponta que essa abordagem pode reduzir os custos de pesquisa em comparação com a realiza em primatas não humanos e a dependência de modelos animais que produzem resultados que nem sempre se aplicam a humanos. Embora os camundongos sejam comumente usados na pesquisa da visão, eles não têm mácula. Os pesquisadores também podem testar novas terapias em potencial nas células do olho humano, acelerando o desenvolvimento de medicamentos.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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