Imagine um dia, uma lente de contato que pode capturar e detectar exossomos, vesículas nanométricas encontradas em secreções corporais (como lágrimas, saliva e urina) que têm potencial para serem biomarcadores de diagnóstico de câncer?
Essa tecnologia PODERIA oferece uma plataforma potencial para pré-triagem do câncer e uma ferramenta de diagnóstico de suporte que é fácil, rápida, sensível, econômica e não invasiva.
Em seguida, entenda mais sobre a nova lente de contato e câncer, os resultados da pesquisa e quais serão os próximos passos.
A pesquisa
A maioria dos exossomos é formada por células e secretada em fluidos corporais como plasma, saliva, urina e lágrimas. Eles podem transportar diferentes biomoléculas entre as células e possuem uma grande quantidade de proteínas na superfície, sendo que algumas aumentam na presença de câncer, infecções virais ou lesões.
Além disso, exossomos derivados de tumores podem influenciar fortemente a regulação, progressão e metástase do tumor. Entretanto, é difícil isolá-los em quantidade e pureza suficientes para diagnóstico de câncer e previsão de prognóstico/tratamento. Isso porque os métodos atuais envolvem processos longos e equipamentos caros e grandes.
Para contornar esses empecilhos, os pesquisadores desenvolveram um material que pode ser utilizado em lentes de contato, denominado ABSM-CL, para capturar exossomos de lágrimas, fonte mais limpa em relação aos outros tipos de secreções corporais.
Ao fabricar as microcâmaras para o material dessas potenciais lentes, a equipe usou uma abordagem de corte e gravação a laser, além disso, introduziram um método que modificou quimicamente as superfícies da microcâmara para ativá-las na ligação de anticorpos. Esse método foi usado no lugar de abordagens padrão, como materiais metálicos ou de nanocarbono.
Em seguida, os cientistas otimizaram os procedimentos para ligar um anticorpo de captura às microcâmaras ABSM-CL e um anticorpo de detecção diferente (controle positivo) em nanopartículas de ouro. Ambos os anticorpos são específicos para dois marcadores de superfície diferentes encontrados em todos os exossomos e em secreções de paciente com câncer.
Os resultados
Em um experimento de validação inicial, a configuração foi testada contra exossomos secretados em sobrenadantes de dez diferentes linhas de células de tecido e câncer.
A capacidade de capturar e detectar exossomos foi validada pelos deslocamentos espectroscópicos observados em todas as amostras de teste. Resultados semelhantes foram obtidos quando o ABSM-CL foi testado contra dez amostras de lágrimas diferentes coletadas de voluntários.
Em experimentos finais, os exossomos em sobrenadantes coletados de três linhagens celulares diferentes com diferentes expressões de marcadores de superfície foram testados contra o ABSM-CL, juntamente com diferentes combinações de anticorpos de detecção específicos de marcadores.
Os padrões resultantes de detecção e não detecção de exossomos das três linhagens celulares diferentes foram os esperados, validando assim a capacidade do ABSM-CL de capturar e detectar com precisão exossomos com diferentes marcadores de superfície.
“A metodologia que nossa equipe desenvolveu aumenta muito a capacidade de explorar essa rica fonte de marcadores e biomoléculas que podem ser direcionadas para diversas aplicações biomédicas”, disse o CEO da Tibi, Ali Khademhosseini, em comunicado.
“Com esses resultados, uma lente de contato promete ser a próxima geração de lentes de contato inteligentes com uma plataforma de monitorização fácil de usar, rápida e não invasiva de pré-triagem de câncer e diagnóstico de suporte”, afirmaram os autores do estudo em comunicado.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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O Brasil tem mais de 8,5 mil casos confirmados de varíola dos macacos, de acordo com o Ministério da Saúde. Até o momento, seis pacientes morreram em decorrência da doença no país.
Dentre os principais sintomas, estão febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, aparecimento de lesões na pele e manifestações oftalmológicas. Segundo estimativas, 20% a 25% dos pacientes apresentam conjuntivite.
Por isso, a recomendação é que os oftalmologistas fiquem atentos aos sinais oculares da doença. Em seguida, entenda melhor a relação entre varíola dos macacos e olhos e como identificar a doença.
Primeiro caso confirmado a partir de conjuntivite
O primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil foi registrado em 9 de junho deste ano. No final de agosto, o Hospital dos Olhos, em São Paulo, confirmou o primeiro paciente positivo por meio de exame de coleta de secreção ocular.
Trata-se de um profissional da saúde que, quatro dias depois de apresentar lesões cutâneas, cefaleia e mialgia, teve lacrimejamento e irritação ocular. O oftalmologista colheu material dos olhos para exame microbiológico e, após alguns dias, o resultado do teste RT-PCR deu positivo para varíola dos macacos.
Além do tratamento convencional para a doença, o paciente cuidou dos olhos com compressa local, lubrificante ocular e colírio antibiótico para evitar infecção secundária.
As amostras coletadas em laboratórios diferentes foram comparadas e identificou-se uma concentração de carga viral elevada para a monkeypox. Ou seja, correlacionaram que nesse paciente, que têm lesões com positividade para exames cutâneos, ocorreu positividade para exames oftalmológicos.
A partir disso, o exame do olho pode eventualmente auxiliar no diagnóstico para a doença.
Varíola e olhos: sintomas nos olhos
Além de conjuntivite, o paciente pode apresentar outras manifestações oculares. Dessa forma, começam a ser veiculadas informações úteis em sites como o Metrópoles, que estressam os seguintes sinais e sintomas de atenção:
Aumento dos gânglios linfáticos perioculares;
Formação de vesículas na órbita e ao redor dos olhos;
Blefarite;
Lesão foco conjuntival;
Úlcera na córnea;
Fotofobia ou aversão à luz;
Ceratite;
Perda da visão.
Assim, a orientação atual é que os oftalmologistas considerem a varíola dos macacos como diagnóstico diferencial em casos com esses tipos de manifestações oftalmológicas. Em alguns quadros, os sintomas nos olhos podem até ser mais frequentes em relação aos outros órgãos.
Em entrevista ao Viva Bem, o oftalmologista Pedro Antônio Nogueira Filho reitera que o período de incubação pode ser de até duas semanas e de transmissão, três. “Se o paciente está lacrimejando, a partir do momento em que há contato com outra pessoa, esse vírus pode se manifestar a partir dessa contaminação inicial”, explica.
Varíola dos macacos e olhos: como evitar
Até o momento, a maior parte dos casos documentados de conjuntivite devido à varíola dos macacos não evoluiu para um estágio muito grave. O tratamento pode durar de duas a quatro semanas.
Para prevenir a contaminação pelos olhos, busque higienizar as mãos frequentemente; evite tocar olhos, ouvidos e nariz; não compartilhe e nem utilize colírios por conta própria; use máscara e não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, toalhas de rosto, fronhas e lençóis.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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A Retina Global é uma organização internacional sem fins lucrativos que busca viabilizar soluções sustentáveis para o cuidado de doenças da retina em áreas carentes em todo o mundo.
Atualmente, a instituição tem projetos na América Central e do Sul e na África e já implementou programas na Tanzânia, Quênia, Bolívia, Belize, Bahamas, Burundi, Etiópia, Haiti e no Brasil.
Para conseguir fazer o exame rapidamente (sem precisar dilatar a pupila), em alta qualidade e disponibilizar as imagens em nuvem para diagnóstico remoto, a equipe utilizou o smartdevice Phelcom Eyer.
Recentemente, a organização usou novamente o equipamento para rastrear doenças da retina em Kericho, cidade da área rural do Quênia, na África.
Em seguida, conheça mais sobre o projeto da Retina Global no Quênia com o apoio do Eyer.
Retina Global no Quênia
Durante dois dias, a equipe voluntária do Retina Global fez uma avaliação inicial e, em seguida, encaminhou os pacientes para o exame de fundo do olho com o Eyer. Imediatamente, as imagens, juntamente com os históricos dos pacientes, foram disponibilizadas na plataforma on-line Eyer Cloud.
Especialistas em retina alocados nos Estados Unidos fizeram os laudos. Ao todo, 26 pessoas apresentaram problemas na retina, sendo uma criança e um jovem adulto. “Com isso, conseguimos um rápido diagnóstico e já pudemos iniciar o tratamento precoce”, ressalta o líder do projeto Retina Global no Quênia, Diane Steinhilber.
Agora, uma enfermeira está em treinamento para fazer a captura das imagens com o Eyer. “Continuaremos com o aparelho para identificar e selecionar os pacientes que necessitam de cuidados especializados com a retina”, reforça.
Falta de acesso à saúde dos olhos
Steinhilber explica que o grande desafio desse projeto é a falta de um especialista em retina nesta parte rural do Quênia. Os pacientes que necessitam de tratamento especializado são encaminhados para hospitais em Nairóbi, capital do país, que fica a cinco horas de distância.
“Para consultar o médico, eles enfrentam uma árdua e longa viagem, bem como o tempo distante de seus empregos e famílias. A triagem realizada com o Eyer permite que encaminhemos apenas aqueles que realmente precisam ser atendidos em centros especializados”, fala.
Como alguns pacientes têm dificuldade para chegar ao hospital, o projeto planeja levar uma equipe treinada para missões na comunidade. Além disso, o projeto está em busca de uma máquina portátil para tratamento a laser e de instrumentos para realizar outros tipos de terapias, como injeções intraoculares, e cirurgias.
“Nossa equipe avaliou em detalhes qual seria o melhor caminho para implementar um projeto que pudesse proporcionar exames e informação sobre cuidados com a retina e, ao mesmo tempo, fosse sustentável no longo prazo”, conta. Dessa forma, o projeto no Quênia foi distribuído em fases que serão implementadas ao longo de cinco anos.
Uso do Eyer no Quênia
A equipe do Retina Global no Quênia participou de um treinamento remoto para aprender a manusear a tecnologia. “O Eyer é extremamente fácil de usar. É possível identificar prontamente as imagens, criar rapidamente o banco de dados dos pacientes e enviar as fotografias para o médico alocado nos Estados Unidos fazer a revisão e laudo”, afirma.
O líder do projeto também ressalta que outra vantagem do Eyer é não apenas ter registros para acompanhamento de pacientes e continuidade do atendimento, mas ser uma forma de obter informações sobre a prevalência de doenças da retina naquela região.
“Sem o Eyer, o Retina Global no Quênia não teria nem começado. Além de usá-lo em mais comunidades locais, estamos planejando incluí-lo em outros projetos que ocorrerão pelo mundo”, finaliza.
Phelcom Eyer
O Phelcom Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
Integrado a uma plataforma online, o Eyer Cloud, os dados são enviados automaticamente e podem ser analisados por um especialista em qualquer lugar do mundo. Ou seja, permite o diagnóstico remoto.
Além disso, a inteligência artificial embarcada fornece funções inteligentes para auxílio ao diagnóstico médico e a captura dos exames de retina. Por outro lado, a portabilidade e o valor mais acessível da tecnologia democratizam o acesso a exames de retina. O Eyer é cerca de 10x mais acessível em comparação com um retinógrafo de mesa que ainda têm de ser integradas num computador.
A tecnologia foi desenvolvida pela startup Phelcom Technologies e hoje está presente em todo o Brasil e em países como Estados Unidos, Japão e Chile.
Atualmente, estima-se que 1,5 milhão de pessoas percam a visão em todo o mundo, por ano, devido às lesões e doenças na córnea. Desse modo, os problemas nesta membrana são a terceira maior causa global de deficiência visual, ficando atrás somente da catarata e do glaucoma.
Mas, este cenário pode mudar. Um estudo brasileiro desenvolveu uma nova ceratoprótese que utiliza as próprias córneas dos receptores como suporte, algo inédito na área. Chamado de “KPro do Brasil (KoBra)”, o dispositivo é feito de titânio, impresso em 3D e tem baixo custo. O trabalho foi divulgado recentemente no periódico Translational Vision Science & Technology.
Em seguida, saiba mais sobre o KoBra, os resultados dos estudos clínicos em animais, os próximos passos e como a nova ceratoprótese pode mudar, no futuro, a realidade de milhões de pessoas que aguardam o transplante de córnea para voltar a enxergar.
KoBra
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) criaram uma nova ceratoprótese nomeada como “KPro do Brasil (KoBra)”. O dispositivo consiste em uma haste central óptica de duas peças feita de polimetilmetacrilato (PMMA), que possui um flange anterior em forma de cogumelo anexado e uma placa posterior fabricada com titânio impresso em 3D.
A placa traseira fixa o KPro à própria córnea do destinatário como suporte de prótese. Os pesquisadores utilizaram impressão 3D de sinterização direta a laser de metal e pós de titânio (Ti-6Al-4V – Extra Low Intersticial) com morfologia esférica e tamanho de partícula controlado, com parâmetros de processamento de velocidade de processamento para preparar as placas traseiras.
Projeto e dimensões da KoBra: haste frontal em forma de cogumelo (componente óptico; esquerda) em PMMA; placa traseira de titânio de 7,5 mm de diâmetro (direita) com três orifícios e fenda para travamento da placa traseira ao componente óptico.
Atualmente, o PMMA é o material mais utilizado para a porção óptica central do KPro porque é biologicamente inerte, transparente, fácil de fabricar e acomoda uma ampla gama de potências ópticas.
Já o titânio e suas ligas podem ser processados por soldagem a laser usando a fabricação de pó pulverizado em impressão tridimensional (3D). Este método tem vantagens que incluem flexibilidade de projeto, excelente biocompatibilidade, custos de processamento reduzidos, menor desperdício, melhor eficiência energética e oportunidade de fabricar com mais facilidade implantes complexos ou personalizados. Por exemplo, a impressora 3D de pó de titânio pode economizar até 40% nos custos de produção.
Usando esta tecnologia, as características da superfície do produto podem ser controladas para criar a máxima porosidade e rugosidade ideal, o que pode aumentar a integração tecidual e evitar falhas de implantação. Esse processo ocorre fornecendo espaços para células, tecido vascular e até mesmo crescimento interno do tecido ósseo para formar intertravamento mecânico.
A pesquisa
O KoBra foi implantado em 14 córneas queimadas por álcali de 14 coelhos usando um enxerto de córnea autólogo de espessura total como portador da ceratoprótese. Os animais foram examinados semanalmente por doze meses para avaliar retenção e complicações pós-operatórias, como fusão, vazamento aquoso, formação de membrana retroprotética (RPM), endoftalmite, ceratite infecciosa, descolamento de retina e vitreorretinopatia proliferativa.
No final desse período, foram realizadas tomografia de coerência óptica do segmento anterior e microscopia eletrônica de varredura para avaliar a relação entre o KoBra e o enxerto portador.
Os resultados
Todas as cirurgias foram realizadas sem intercorrências intraoperatórias e o pós-operatório imediato transcorreu sem intercorrências. Em doze coelhos (85,7%), o KoBra implantado integrou-se aos olhos operados e manteve a ótica clara sem extrusão ou complicações adicionais ao longo de doze meses.
Já dois olhos apresentaram complicações pós-operatórias tardias que evoluíram para extrusão do dispositivo: um com suposta ceratite infecciosa e o outro com necrose estromal estéril. A tomografia demonstrou a correta relação da ceratoprótese e enxerto portador em todos os animais restantes no acompanhamento final. Os resultados da microscopia indicaram integração da estrutura porosa da placa traseira ao tecido circundante.
Próximos passos
A análise clínica e ultraestrutural do KoBra demonstrou resultados promissores para estudos clínicos em humanos, que será o próximo passo da pesquisa. O procedimento é relativamente seguro, eficaz e econômico. “Além disso, tem dois grandes diferenciais: utiliza a própria córnea do paciente e é feito em titânio impresso em 3D, material com melhor biocompatibilidade. Essas características podem aumentar as chances de retenção do KoBra”, ressalta o líder da pesquisa, Otávio de Azevedo Magalhães.
Como não requer uma córnea doada, a nova ceratoprótese pode ser um recurso importante para a economia subjacente no mundo em desenvolvimento e a escassez de enxertos. Além disso, ser mais acessível e ajustável, se adequando a várias espessuras de lesões corneanas, pode estimular a implantação dos dispositivos artificiais.
“Outro ponto importante é que nem todos os casos de cegueira corneana têm resolução com o transplante de córnea, pois há quadros de alto risco de rejeição, vascularização extrema e até de completa rejeição”, ressalta Magalhães.
Fonte: Titanium Powder 3D-Printing Technology for a Novel Keratoprosthesis in Alkali-Burned Rabbits. Autores: Otávio de Azevedo Magalhães, Rafael Jorge Alves de Alcântara, José Álvaro Pereira Gomes, Jarbas Caiado de Castro Neto e Paulo Schor.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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De fato, o 5G na saúde tem potencial de revolucionar o setor. A quinta geração de internet móvel sem fio já está presente em 15 capitais brasileiras: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória.
A tecnologia aumenta em até 100 vezes a velocidade de navegação e download, sem precisar de fibra. Por exemplo, as telecirurgias ainda são pouco realizadas por causa do risco de falha no sinal. Agora, a tendência é ocorrer cada vez mais com médicos divididos em mais de um hospital. Ou um especialista internacional pode participar em tempo real como apoio técnico ou até mesmo operando um dispositivo cirúrgico à distância, dentre outras possibilidades.
Em seguida, saiba como o 5G na saúde pode melhorar toda a jornada do paciente, inclusive os que vivem em lugares mais afastados dos centros urbanos.
1. Diagnósticos mais rápidos e precisos
A maior velocidade na captação, no armazenamento e na análise dos dados por meio de dispositivos móveis permitirá diagnósticos cada vez mais rápidos e, quem sabe, precisos.
Como exemplo, o retinógrafo portátil Phelcom Eyer capta as imagens do fundo do olho em pouco tempo e sem a necessidade de dilatação da pupila. Conectado com a internet, envia as imagens em alta qualidade para uma plataforma on-line, o Eyer Cloud, possibilitando o laudo remoto. O aparelho é integrado a um smartphone e tem custo bem baixo em comparação ao retinógrafo de mesa.
2. Monitoramento à distância mais confiável
A Internet das Coisas (IoT) deverá ter um grande avanço com o 5G na saúde. A tecnologia é aplicada a objetos, componentes e dispositivos médicos conectados à internet que coletam dados dos pacientes em tempo real por meio de aplicativos de monitoramento e vestíveis (wearables).
Essas soluções podem agilizar o atendimento remoto, oferecem mais informações para rastreamento e prevenção de doenças crônicas, dão mais controle aos pacientes e médicos e facilitam a troca de dados, dentre outros benefícios.
Atualmente, a tecnologia já funciona bem com o 4G, mas é limitada pela capacidade da rede de lidar com o volume de dados. Mas, a quinta geração de internet móvel sem fio promete conectar milhares de dispositivos sem interferência na qualidade.
Assim, os profissionais de saúde poderão receber informações mais precisas em tempo real e, consequentemente, fornecer os cuidados certos na mesma hora.
Atualmente, essa abordagem inclui monitores de ECG e EKG e medições médicas como temperatura da pele, frequência cardíaca, controle calórico, nível de glicose e leituras de pressão arterial.
3. Evolução da realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA)
As tecnologias de realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA) também já são usadas no setor de saúde, mas devem ganhar grande impulso com o 5G. Isso porque terão mais rapidez e melhor conectividade com a internet, mas, principalmente, não terão o atraso de tempo que atrapalha as interações em tempo real.
A realidade aumentada permite ver, em tempo real, elementos virtuais sobre o ambiente físico de forma extremamente aprimorada. Para isso, utiliza dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets, óculos e até capacetes para visualizar e manipular objetos reais e virtuais sem o uso das mãos, apenas pela interface do sistema.
Como exemplo, fornece imagens em 3D em tempo real para médicos, o que pode beneficiar no planejamento de procedimentos. Estudantes e especialistas também podem aprender mais sobre técnicas cirúrgicas por meio de sobreposições. Outra vertente é auxiliar médicos nos diagnósticos.
Realidade virtual (RV) é um ambiente simulado por computador que proporciona efeitos visuais, sonoros e até táteis ao usuário. Dessa forma, permite a imersão completa no cenário virtual, como se a pessoa realmente estivesse presente ali. Para isso, utiliza tecnologias com displays estereoscópicos, como os populares headsets (óculos especiais que transmitem a simulação).
Por suas características, tem ganhado espaço em diversas áreas. Inclusive, na saúde. Uma de suas aplicações é no tratamento de dor. Especialistas verificaram que o uso da terapia da realidade virtual enche o cérebro com tanta informação que não deixa espaço para processar as sensações de dor na mesma hora.
Muito além de distração, a técnica oferece uma experiência multissensorial que envolve o paciente em um nível muito mais profundo do que assistir TV ou ler, por exemplo. Um dos primeiros programas de RV é voltado para auxiliar durante o tratamento de queimaduras. A terapia tem sido estudada também para uso no momento do parto e no tratamento de doenças cardiológicas, neurológicas, gastrointestinais e crônicas. Além de ser um instrumento altamente promissor, possui baixo custo.
Outras aplicações incluem o apoio no tratamento de fobias, ansiedade, depressão, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), dor fantasma, fisioterapia, reabilitação cognitiva, qualidade de vida para idosos e pacientes e treinamentos médicos.
4. Aumento de telecirurgias por meio da robótica
O 5G na saúde deve acelerar as telecirurgias, hoje pouco realizadas devido às possíveis falhas e atrasos no sinal. Além de possibilitar que equipes médicas em diferentes locais operem um paciente, a tecnologia promete impulsionar a área de robótica.
Atualmente, os robôs-cirurgiões só funcionam com o acompanhamento presencial do cirurgião. Com mais velocidade e estabilidade da internet, essa realidade pode mudar.
O uso da robótica na saúde vem crescendo cada vez mais nos últimos anos. Até 2025, o investimento mundial neste setor deve aumentar aproximadamente 20%, de acordo com relatório da Zion Market Research.
A oftalmologia é uma das áreas em que o uso da robótica é feito há mais tempo. Um dos primeiros empregos foi no tratamento de retinopatia diabética por meio de laser. A tecnologia mede a duração, tamanho e potência de cada pulso. Para isso, o dispositivo é pré-programado para que cada tiro de laser seja igual ao anterior.
Hoje, a ferramenta também é utilizada em cirurgias refrativas para correção da miopia. Toda a programação do procedimento e a colocação dos tiros de laser na córnea do paciente é guiado por robôs, monitorado sempre por um especialista.
Outra facilidade é a utilização de filtros digitais e imagens tridimensionais para personalizar a visualização durante o procedimento cirúrgico, aumentando o tamanho da imagem das estruturas oculares e permitindo identificar as camadas de tecido.
Há também robôs voltados para cirurgia de catarata e transplante de córnea, que operam por meio do laser de femtosegundo e tem indicação e uso específico ainda restrito no nosso meio.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Agora, uma pesquisa dos Estados Unidos, em parceria com a Coreia do Sul, desenvolveu um tipo de lente de contato com nanoagulhas que podem melhorar a aplicação de medicamentos para o tratamento de doenças oculares.
Vale ressaltar que a córnea é muito sensível a colírios anestésicos e essa lente poderá ser utilizada sem incômodo até se dissolver sozinha. O artigo foi publicado recentemente na revista Science Advances.
Em seguida, entenda como ocorreu o estudo, os resultados e como a nova lente pode ajudar, no futuro, pacientes com outros problemas nos olhos.
A pesquisa
Os pesquisadores da Purdue University e da University of Michigan, dos EUA, e da Hanyang University, Hongik University e do Kumoh National Institute of Technology, da Coreia do Sul, desenvolveram nanoagulhas que liberam medicamentos nos olhos e, em seguida, se degradam. E, para não causar dor ou desconforto, os cientistas as tornaram 10 vezes menor e mais fina do que as tradicionais.
Para colocá-las no olho, foi necessário prendê-las a uma lente de contato que se dissolvia logo após a aplicação. O modelo é solúvel em lágrimas e pode se ajustar a diversos tamanhos de córnea. A dissolução ocorre rapidamente, em um minuto, enquanto libera os remédios anti-inflamatórios.
Os resultados
A lente foi testada em coelhos com neovascularização da córnea e apresentou uma redução quase completa do problema em 28 dias.
Agora, os estudos continuam para que a terapia baseada em nanoagulhas possa ser usada para tratar pacientes humanos. Para isso, precisará ser testada tanto em eficácia quanto em segurança. Além disso, os cientistas precisam criar um meio para armazenar a lente de contato.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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