O glaucoma é a principal causa de cegueira nos Estados Unidos e o tipo primário de ângulo aberto é o mais comum. Como os pacientes geralmente apresentam poucos ou nenhum sintoma até que a doença progrida e tenham perda irreversível da visão, é fundamental a triagem e detecção precoce em grupos de alto risco.
Com o uso de Inteligência Artificial (IA), uma pesquisa estadunidense identificou que pacientes negros têm seis vezes mais chance de perda de visão avançada após diagnóstico de glaucoma quando comparados a pacientes brancos. O estudo foi publicado no periódico Translational Vision Science and Technology.
O trabalho aponta que a origem africana pode ser um fator de risco para o declínio drástico da visão. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce de glaucoma em pacientes negros.
Em seguida, veja como foi feito o estudo, os resultados e como pode auxiliar na detecção precoce da doença.
A pesquisa
Os pesquisadores analisaram quase 210 mil pacientes de três bancos de dados populacionais de enfermeiras e profissionais de saúde do Nurses ‘Health Study (inscritos entre 1980-2018 e 1989-2019) e do Health Professionals Follow-up Study (inscritos entre 1986-2018).
Os participantes tinham mais de 40 anos e seus dados foram coletados durante exames oftalmológicos abrangentes. Nenhum deles tinha glaucoma no início do estudo.
Eles foram acompanhados a cada dois anos e forneceram informações atualizadas sobre seu estilo de vida, dieta e estado de saúde, incluindo diagnóstico de glaucoma.
Dentro do grupo de estudo, 1.946 pacientes desenvolveram glaucoma. Os cientistas analisaram os registros mais antigos de perda de campo visual usando análise de arquétipo, uma forma de inteligência artificial.
Resultados
O algoritmo identificou 14 arquétipos: quatro representando padrões de perda avançada, nove de perda precoce e um sem perda de campo visual.
Pacientes negros representaram 1,3% do estudo, mas tiveram um risco quase duas vezes maior de arquétipos de perda de campo visual precoce e um risco seis vezes maior de arquétipos de perda de campo avançado, quando comparados a pacientes brancos.
Os participantes asiáticos, que constituíram 1,2% dos participantes, tiveram um risco quase duas vezes maior de perda de campo visual precoce em comparação com pacientes brancos. Entretanto, não tiveram uma taxa dramaticamente maior de padrões avançados de perda de campo visual.
Já pacientes hispânicos representaram 1,1% da população do estudo e não apresentaram risco aumentado de nenhum arquétipo em comparação com pacientes brancos. No entanto, o estudo mostrou que eles corriam o risco de um arquétipo apresentando perda inicial perto do centro de seu campo visual.
Os resultados foram controlados por uma série de variáveis, incluindo socioeconomia, frequência de exames oftalmológicos, doenças cardíacas e diabetes.
“Este estudo começou décadas atrás em três locais que não eram tão diversos quanto os números atuais. Se coletássemos mais representações de pessoas de cor, os resultados provavelmente seriam ainda mais profundos”, acredita o pesquisador Louis R. Pasquale, vice-presidente de pesquisa em oftalmologia da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai e Diretor do NYEE Eye and Vision Research Institute.
“A ascendência africana é um fator de risco para cegueira por glaucoma. Suspeitamos que a razão pela qual os negros apresentaram padrões de perda mais avançados em comparação aos brancos é porque a doença começou uma a duas décadas antes no primeiro grupo em comparação com o segundo. Isso enfatiza a importância de estratégias de triagem precoce em negros para identificar o glaucoma de início precoce, de modo que a deficiência visual nessa população seja evitada”, ressalta.
Agora, o próximo passo é descobrir os fatores de risco específicos para os diferentes padrões de perda visual observados em pacientes com glaucoma – incluindo fatores genéticos e ambientais – para desvendar totalmente a patogênese do glaucoma primário de ângulo aberto.
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A nova Cédula de Identidade de Médico (CRM Digital) é confeccionada em cartão rígido e possui um avançado sistema antifraude, com chip criptográfico para certificação digital. Sem dúvida, o uso desta tecnologia tornou o documento mais atualizado e adequado aos dias de hoje.
Entretanto, não é obrigatório. Porém, é mais seguro e oferece benefícios como integração com o certificado digital, acesso ao Portal Médico e sistema antifraude, dentre outros.
Em seguida, conheça os diferenciais da CRM Digital, os benefícios, como utilizar com segurança e como obter.
CRM Digital
É importante ressaltar que a certificação digital é facultativa, e sua carteira pré-existente continua valendo. Entretanto, para utilizá-la nos sistemas de informação, o médico deve procurar uma Autoridade Certificadora (AC) capaz de inserir o certificado digital padrão ICP-Brasil. Veja como fazer neste artigo.
As suas quatro principais vantagens do certificado digital são:
Autenticidade (garantia da identidade de quem executou a transação);
Integridade (garantia de que o conteúdo da transação não foi alterado);
Confidencialidade entre as partes;
Não repúdio às transações efetuadas ou documentos assinados.
Dessa maneira, o CRM Digital é mais seguro, pois dificulta a falsificação. A leitura de informações é feita por dispositivos eletrônicos de segurança, com a gravação de dados cadastrais de acordo com o padrão ICP-Brasil.
Além disso, possui duas senhas de segurança: o PIN e o PUK. O Personal Identification Number (PIN) é a senha de utilização do cartão, que é alterada pelo médico no momento da validação.
Já o Personal Unlocking Key (PUK) é uma senha de emergência (utilizada apenas para desbloqueio do PIN). Caso esqueça o PIN e erre o número três vezes, a senha é bloqueada e só poderá ser desbloqueada com a utilização do PUK.
CRM Digital – benefícios
Sem dúvida, a proteção antifraude é uma das principais vantagens do CRM Digital. O cartão vem com um chip criptografado que libera a ativação do Certificado Digital ICP-Brasil.
Dessa forma, o médico pode assinar documentos de forma on-line, com o mesmo valor jurídico. Por exemplo, fazer prescrição de receitas e atestados digitais durante as teleconsultas e ampliar o uso dos prontuários eletrônico no Brasil. Com isso, deve oferecer mais segurança no atendimento e sigilo do paciente, melhorando e diminuindo os custos com a saúde.
Além disso, traz mais praticidade no dia a dia, garantia de integridade do documento, redução do uso de papel no consultório e segurança dos dados do paciente.
O documento também é integrado com o Portal Médico, em que é possível realizar cursos, acessar os próximos congressos e outras atividades.
CRM Digital – como utilizar
O CRM Digital com certificado é válido em todo Brasil e pode ser utilizado de várias formas:
Sistemas de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), por meio de certificação digital;
Serviços do sistema Conselho de Medicina no Portal Médico, que serão disponibilizados. Para isso, é necessária a certificação digital.
Uso pessoal
Enviar declarações de impostos pela internet;
Recuperar informações sobre histórico de declarações;
Assinar contratos digitais;
Consultar situação fiscal e cadastral na Receita Federal;
Gerar procurações eletrônicas;
Acesso online a certidões e serviços da Receita Federal;
Transações bancárias e online.
Para utilizar o CRM Digital com segurança, é preciso adotar alguns cuidados importantes:
A nova cédula de identidade médica não deve ser plastificada para não comprometer a imagem latente, um dos itens de segurança de suma importância do novo documento;
Nunca emprestar a cédula/certificado digital para terceiros (secretária/estagiário);
O CRM Digital tem validade jurídica, é pessoal e intransferível e deve ser usado somente pelo titular;
Guardar o PIN/PUK em local seguro para que não seja copiado ou usado por terceiros;
Ter atenção ao digitar o PIN/PUK para que não seja bloqueado. Caso isso ocorra, será necessário comprar um novo certificado digital;
Não emita um certificado digital fora da hierarquia da ICP-Brasil, pois não tem validade jurídica no Brasil.
CRM Digital – como obter
O médico deve realizar a solicitação do CRM Digital junto ao seu Conselho Regional de Medicina. Lá, será orientado sobre os procedimentos necessários. Depois, deve ainda atender aos seguintes requisitos:
Dispor de uma leitora de cartão inteligente;
Instalar o driver do seu hardware criptográfico (Cartão com chip PKI) fornecido pelo fabricante do equipamento;
Para cartões adquiridos antes de janeiro de 2020, instalar o software do Gerenciador Criptográfico (SafeSign):
Guia de Instalação do Software Gerenciador (SafeSign)
Para usuários de sistema operacional Windows:
Software Gerenciador Criptográfico (Safesign 3.0.76)
Windows: 32 bits | 64 bits
Para usuários dispositivos Mac: Para versões do sistema operacional 10.9, 10.10 ou 10.11, utilize a versão Safesign 3.0.88 Para versões do sistema operacional 10.12, 10.13 ou 10.14, utilize a versão Safesign 3.5.0
Para cartões adquiridos após janeiro de 2020, instalar o software do Gerenciador Criptográfico (IDprotect Client):
Guia de Instalação do Software gerenciador (IDprotect Client)
Para usuários de sistema operacional Windows:
Software de Gerenciamento Criptográfico (IDprotect Client 7.19.04.
Windows: 32 bits | 64 bits
Para usuários dispositivos Mac:
MacOS: download OBS: Caso o seu cartão apresente a mensagem de “Token desconhecido”, o gerenciador que você está utilizando não corresponde com a versão correta do seu cartão.
E-CRM
O E-CRM disponibiliza a Cédula de Identidade de Médico também no celular. A plataforma pode ser usada por aqueles que possuem identidade médica em cartão emitido a partir de 1 de agosto de 2017.
A tecnologia é protegida pela infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e também serve como prova de identificação igual ao documento impresso.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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O aprimoramento da manipulação e da qualidade de imagens em exames oftalmológicos tem levado à descobertas relevantes sobre diversas doenças. Inclusive, àquelas que afetam outras áreas do corpo.
Agora, pesquisadores do National Eye Institute (NEI), dos Estados Unidos, determinaram que as lesões retinianas da distrofia macular viteliforme variam de acordo com a mutação genética. Isso foi possível mesclando técnicas de imagem e
desenvolvendo nova metodologia multimodal.
Em seguida, saiba como ocorreu a pesquisa e como os resultados podem ajudar na criação de tratamentos eficazes para este e outros problemas raros.
Distrofia Macular Viteliforme
A distrofia macular viteliforme é uma doença genética hereditária que causa perda progressiva da visão através da degeneração da retina. A principal lesão ocorre na mácula e é parecida com uma gema de ovo. Na verdade, é um acúmulo de material gorduroso tóxico chamado lipofuscina.
A idade do surgimento da disfunção e a gravidade variam de acordo com o gene (BEST1, PRPH2, IMPG1 ou IMPG2) e o tipo de mutação. Nos Estados Unidos, o distúrbio atinge aproximadamente 1 em 5,5 mil pessoas. Atualmente, não existe
tratamento e nem cura.
A pesquisa
Os cientistas selecionaram 11 participantes com distrofia macular viteliforme por meio de testes genéticos e outras avaliações clínicas. Em seguida, fizeram imagens multimodais para avaliar as retinas.
Uma das modalidades de imagem utiliza foi a óptica adaptativa, uma técnica que emprega espelhos deformáveis para melhorar a resolução e, assim, visualizar células vivas na retina. Isso inclui fotorreceptores sensíveis à luz, células epiteliais
pigmentares da retina e vasos sanguíneos em detalhes surpreendentes.
Os resultados
Retina com lesão semelhante a gema de ovo em uma pessoa com distrofia macular viteliforme. Imagem Johnny Tam – NEI.
A avaliação das densidades celulares próximas às lesões da doença revelou diferenças de acordo com as várias mutações.
Por exemplo, as mutações IMPG1 e IMPG2 tiveram um efeito maior na densidade de células fotorreceptoras do que na densidade de células epiteliais pigmentares.
Já o oposto foi verdadeiro com as mutações PRPH2 e BEST1. Em participantes com apenas um olho afetado, os pesquisadores notaram efeitos semelhantes na densidade celular no olho não afetado, apesar da ausência de lesões.
Agora, os pesquisadores estão usando imagens multimodais em uma variedade de outras doenças raras da retina e mais comuns, incluindo a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).
“O nosso investimento de longo prazo em tecnologia de imagem está mudando nossa compreensão das doenças oculares. Este estudo é apenas um exemplo de como imagens aprimoradas podem revelar detalhes sutis sobre patologia em uma
doença ocular rara que podem ajudar no desenvolvimento de terapias”, disse o diretor do NEI, Michael F. Chiang, em comunicado.
Fonte: National Eye Institute (NEI)
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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A perda do fator derivado do epitélio pigmentar da proteína (PEDF, na sigla em inlês), que protege as células de suporte da retina, pode provocar alterações relacionadas à idade na retina. Vale ressaltar que o PEDF é chamado de proteína “juventude” porque é abundante em retinas jovens, mas diminui conforme as pessoas envelhecem.
Essa é a conclusão de um novo estudo em camundongos realizado pelo National Eye Institute (NEI), dos Estados Unidos. O trabalho foi publicado recentemente no periódico International Journal of Molecular Sciences.
Em seguida, saiba como foi feita a pesquisa e como os resultados podem, no futuro, auxiliar na prevenção à Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e outros problemas de envelhecimento do olho.
Envelhecimento do olho – Epitélio pigmentar da proteína (PEDF)
Se o epitélio pigmentar da retina (EPR) não puder fornecer componentes reciclados de pontas de segmentos externos mais antigos de volta aos fotorreceptores, essas células perdem a capacidade de fazer novos segmentos e, eventualmente, tornam-se incapazes de detectar a luz.
E, sem nutrientes fornecidos pelo EPR, os fotorreceptores morrem. Em pessoas com DMRI ou certos tipos de distrofias retinianas, o envelhecimento ou morte das células do EPR na retina leva à perda da visão.
Trabalhos anteriores mostraram que o PEDF protege as células da retina, evitando danos e crescimento anormal dos vasos sanguíneos na região.
As células RPE produzem e secretam a proteína PEDF. A proteína então se liga ao seu receptor, PEDF-R, que também é expresso pelas células RPE. A ligação do PEDF estimula o PEDF-R a quebrar as moléculas lipídicas, componentes-chave das membranas celulares que envolvem os segmentos externos dos fotorreceptores e outros compartimentos celulares. Esta etapa de decomposição é uma parte fundamental do processo de reciclagem do segmento externo.
E, embora os pesquisadores saibam que os níveis de PEDF caem na retina durante o processo de envelhecimento, não ficou claro se essa perda de PEDF estava causando ou apenas correlacionada com alterações relacionadas à idade na retina.
A pesquisa
Para examinar o papel retiniano do PEDF, os pesquisadores estudaram um modelo de camundongo que não possui o gene PEDF (Serpin1). Os pesquisadores examinaram a estrutura celular da retina, descobrindo que os núcleos das células do RPE estavam aumentados, o que pode indicar mudanças na forma como o DNA das células é empacotado.
As células RPE também ativaram quatro genes associados ao envelhecimento e senescência celular, e os níveis do receptor PEDF estavam significativamente abaixo do normal.
Finalmente, lipídios não processados e outros componentes do segmento externo do fotorreceptor se acumularam na camada RPE da retina. Alterações semelhantes na expressão gênica e defeitos no metabolismo do EPR são encontrados na retina envelhecida.
RPE de camundongos sem Serpin1 acumulam mais lipídios do que camundongos do tipo selvagem. Microscopia confocal de super-resolução de tecido RPE de camundongos de tipo selvagem (superior) e Serpin1 – nulo (inferior). Imagens detalhadas à direita são regiões ampliadas do tecido RPE visualizado à esquerda (área quadrada pontilhada). Os limites das células RPE são corados em vermelho e os lipídios acumulados são corados em verde. Crédito da imagem: Ivan Rebustini, NEI.
Os resultados
O estudo mostrou, pela primeira vez, que apenas a remoção do PEDF leva a uma série de alterações genéticas que imitam o envelhecimento na retina.
“Sempre nos perguntamos se a perda de PEDF era causada pelo envelhecimento ou estava causando o envelhecimento. Este estudo, especialmente com a clara ligação com o metabolismo lipídico alterado e a expressão gênica, indica que a perda é um fator de mudanças relacionadas ao envelhecimento na retina”, aponta o pesquisador Ivan Rebustini.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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As terapias regenerativas para substituição dos fotorreceptores são uma abordagem promissora para o tratamento da cegueira incurável. Entretanto, ainda enfrentam obstáculos significativos, incluindo a necessidade de melhorar a via de injeção subretiniana e a taxa de sobrevivência a longo prazo das células transplantadas, além de promover a integração suficiente na retina do hospedeiro.
Mas, um novo estudo realizado em cães desenvolveu uma técnica em que as células sobreviveram nas retinas por meses e formaram conexões com as células existentes.
A pesquisa foi feita na Universidade da Pensilvânia, em parceria com a Universidade de Wisconsin-Madison e com o National Institutes of Health’s National Eye Institute (NEI), dos Estados Unidos. Os resultados foram publicados no periódico Stem Cell Reports.
Em seguida, saiba mais sobre o trabalho, os resultados e como os achados podem contribuir com o futuro da terapia celular na recuperação da visão.
A pesquisa
Como base da terapia celular, os cientistas utilizaram precursores derivados de células-tronco de fotorreceptores humanos desenvolvidos em laboratório, as chamadas “IPS CELLS”.
Depois, criaram uma nova abordagem cirúrgica para injetar as células, que receberam marcadores fluorescentes, nas retinas de sete cães com visão normal e três com uma forma de degeneração retiniana hereditária.
A escolha dos cachorros para o estudo é devido ao tamanho dos olhos parecido com humanos e por sofrerem naturalmente com a degeneração da retina. Dessa forma, foi possível otimizar um procedimento cirúrgico seguro e eficiente para fornecer doses de células que poderiam ser usadas em pacientes.
Os resultados
Os pesquisadores observaram que a incorporação de células foi significativamente melhor nos animais com degeneração da retina em comparação com aqueles com retinas normais.
Isso provavelmente porque os três animais estavam em estágio avançado da doença, o que deve ter tornado a barreira da retina mais permeável. Assim, as células conseguiriam se mover com mais facilidade para a camada correta da retina.
Como as células humanas transplantadas podiam ser interpretadas pelo sistema imunológico como entidades estranhas, os receptores receberam drogas imunossupressoras.
Desse modo, as células sobreviveram nas retinas por meses e começaram a formar conexões com as células retinianas existentes.
Agora, a próxima etapa será continuar otimizando a terapia e, em seguida, testar se há uma melhora na recuperação da visão dos receptores.
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A bitributação em clínicas médicas é quando ocorre a cobrança duplicada de impostos e taxas sobre o mesmo serviço. Pode ser feita por mais de uma instituição de unidade ou entes federativos, como estados, municípios ou união mais o estado ou municípios.
E é isso é legal? Não. A constituição federal de 1988 veda a bitributação sobre a mesma fonte. Porém, há casos em que a duplicação do mesmo fato gerador pela mesma empresa é considerada lícita, como o “bis in idem”.
Um pouco confuso? Em seguida entenda melhor o que é bitributação em clínicas médicas, como acontece, o que fazer caso seu negócio pague imposto duplicado e como evitar.
Bitributação em clínicas médicas – o que é
Como já falamos, a bitributação em clínicas médicas é quando o serviço prestado é cobrado duas vezes no mesmo período. Como exemplo, a renda é tributada pelo governo federal e os lucros, pelo estado posteriormente.
É dividida em dois tipos: dupla tributação simples e dupla tributação cumulativa. Na primeira, somente um ente federativo cobra imposto sobre um mesmo produto ou serviço. Já no segundo tipo, mais de um poder público tributa o mesmo produto ou serviço.
A bitributação é inconstitucional, exceto em duas situações: em caso de guerra externa (para arrecadação federal) ou bitributação internacional.
Além disso, existe também o “bis in idem”, que é quando um mesmo ente federativo tem leis e impostos distintos, mas resultante de um mesmo fato gerador. Ou seja, quando é cobrado mais de um tipo de imposto sobre o mesmo serviço ou produto.
Bitributação em clínicas médicas – como acontece?
Um dos momentos mais comuns da cobrança duplicada é quando a clínica emite uma nota fiscal sobre uma consulta ou exame. Depois, emite uma nova nota para repassar o valor ao profissional que realizou o serviço.
Outro exemplo são imóveis localizados no limite entre duas cidades, que pode gerar confusão na hora de cobrar o imposto.
Como fazer em casos de bitributação?
Ao desconfiar que a sua clínica sofreu bitributação, contrate uma assessoria contábil com experiência nos impostos da área de saúde. Ela pedirá uma revisão da cobrança.
Porém, o poder público pode considerar a cobrança legal. Neste cenário, é possível recorrer ao judiciário com o auxílio de um advogado tributarista.
Vale ressaltar que a sua empresa tem até 5 anos para recuperar o valor pago em duplicidade, a partir da data de pagamento, de acordo com o Artigo 168 do Código Tributário Nacional (CNT).
Se tiver dúvidas sobre um imposto próximo do vencimento, pague a cobrança mesmo assim. Mais tarde, se a contabilidade verificar que foi indevido, entrará com pedido de revisão e você receberá o valor corrigido.
Bitributação em clínicas médicas – como evitar
No caso da cobrança em duplicidade referente às emissões de nota ao paciente e ao profissional que prestou o serviço, é possível adotar o “split” de pagamento. Há maquininhas de cartão no mercado que oferecem a possibilidade de dividir os percentuais de repasse para cada prestador de serviço no momento do pagamento.
Por exemplo, parte do valor recebido vai direto para a conta da clínica e outra para a do médico que fez a consulta. E isso pode ser dividido para centenas de prestadores envolvidos no mesmo serviço. Nesses casos, a empresa tende a pedir que todos tenham conta no mesmo banco, com o qual a intermediadora tem contrato.
Assim, os impostos são recolhidos de uma única vez, extinguindo a bitributação, e as notas fiscais são feitas automaticamente.
Mas, acima de tudo, tenha uma boa gestão fiscal da sua clínica médica. Isso pode ser feito com a contratação de um contador, uma equipe ou de um escritório de contabilidade e de ferramentas de gestão administrativa específicas para o setor de saúde. Alguns programas de gerenciamento ajudam com isso, e são de uso relativamente fácil.
Assim, seu negócio terá um planejamento fiscal estratégico e tudo estará sob controle, de modo organizado, para facilitar checagens e auditorias. Lembre-se que, hoje em dia, nosso valor de marca no mercado passa por esses controles também.
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