De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a Síndrome do Olho Seco atinge 35% da população e mais de 2 milhões de pessoas são tratadas anualmente no país. Já no mundo, são 337 milhões de casos, segundo dados do primeiro simpósio sobre a doença, realizado no final de 2018, no México.
Para entender melhor, o problema ocorre quando há uma anomalia na produção ou na qualidade das lágrimas. Dessa forma, o olho perde lubrificação. Um dos principais fatores de risco é o envelhecimento. Porém, o uso excessivo de telas (celulares, tablets, computadores, televisão etc) também contribui para o surgimento da doença.
Recentemente, duas novas tecnologias foram lançadas no mercado para auxiliar no diagnóstico e tratamento da síndrome do olho seco. O E-Eye IRPL utiliza luz pulsada regulada para cuidar da disfunção. Já o I-Pen mede a qualidade da lágrima para identificar o distúrbio.
Quer conhecer mais sobre essas novidades? Então, continue lendo este post.
E-Eye IRPL
O E-Eye IRPL emite um feixe de luz pulsada regulada que estimula e desobstrui as glândulas meibomianas. Dessa forma, a tecnologia consegue restaurar a produção correta da lágrima.
Cada sessão dura apenas cinco minutos e é minimamente invasiva e indolor. Os efeitos são quase imediatos ao final de cada aplicação.
Diferentemente do tratamento convencional, com colírios aplicados diversas vezes ao dia, com o equipamento são necessárias apenas três sessões no intervalo de 15 dias cada. E os resultados duram por até três anos, dependendo da gravidade da doença.
I-Pen
Desenvolvido pela empresa canadense I-MED Pharma, o I-Pen é um dispositivo de diagnóstico eletrônico que mede a osmolaridade do filme lacrimal por meio de um sensor descartável posicionado na pálpebra inferior do paciente. O resultado sai em poucos segundos no visor do dispositivo, já possibilitando o diagnóstico e permitindo ao oftalmologista iniciar o tratamento correto.
Sem dúvida, o equipamento permite uma triagem rápida e prática e é útil também para monitorar o progresso do tratamento do olho seco.
Conclusão
Agora, você conhece duas novidades no combate a síndrome do olho seco. O E-Eye IRPL, com a luz pulsada, oferece tratamento mais eficaz e de longa duração, com sessões rápidas, indolores e minimamente invasivas.
Já o I-Pen auxilia no diagnóstico precoce e ágil, uma vez que é portátil e o resultado fica pronto em 2 segundos.
Com toda a certeza, são tecnologias inovadoras bem-vindas no controle de uma doença que afeta 377 milhões no mundo todo e que só tende a aumentar.
As novidades na área de oftalmologia interessam você? Então, acompanhe o blog da Phelcom.
A startup Phelcom Technologies acaba de produzir o seu 200º Eyer, tecnologia inovadora que permite realizar exames de retina pelo smartphone. O retinógrafo portátil foi lançado em abril. “O Eyer teve uma ótima aceitação no mercado. Desse modo, atingimos a nossa meta de produção muito antes do planejado”, revela o cofundador e CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi. O aparelho está com fila de espera.
O equipamento já está presente em todas as regiões do Brasil. Inclusive, em instituições como USP, Unifesp, Hospital Albert Einstein, Santa Casa de São Paulo, Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, Prevent Senior e Grupo Opty, dentre outros.
Até o momento, mais de 15 mil exames foram feitos. Para 2020, a expectativa é que a tecnologia seja utilizada para realizar exames de retina em mais de 100 mil pessoas.
O Eyer tem inteligência artificial (IA) embarcada e funciona por meio de tecnologia móvel e telemedicina. Os dados dos exames são disponibilizados no sistema de nuvem EyerCloud e o diagnóstico pode ser feito remotamente. “A portabilidade e o custo baixo fazem do Eyer uma das ferramentas de melhora no acesso à saúde dos olhos para mais pessoas. Principalmente em comunidades afastadas e em regiões com infraestrutura deficiente em saúde. Hoje, apenas 15% das cidades brasileiras oferecem serviços de oftalmologia”, explica o cofundador e COO da Phelcom, Flávio Pascoal Vieira.
Phelcom Eyer
Primeiro produto da startup, o Eyer é o que há de mais moderno em retinografia portátil para prevenção e diagnóstico de doenças relacionadas à visão.
O aparelho funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Por ser integrado à nuvem, disponibiliza automaticamente os dados na plataforma online EyerCloud para serem analisados por um especialista em qualquer lugar do mundo. Ou seja, permite o diagnóstico remoto.
O Eyer visa auxiliar no combate à deficiência visual e cegueira mundial, que atingem 2,2 bilhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde. Destes, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção. Ou seja, ocorreram por falta de acesso aos cuidados necessários, como exames e tratamentos.
Phelcom Technologies
A Phelcom Technologies é uma startup que une tecnologia e saúde, com sede em São Carlos (SP). Cria dispositivos portáteis, conectados e vestíveis com o propósito de democratizar o acesso à saúde, oferecendo mais com menos e para mais pessoas.
Para desenvolver o seu primeiro produto, a startup recebeu aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Programa de Promoção da Economia Criativa da Samsung. Além disso, conta com o apoio das incubadoras Supera Parque e Eretz.bio, essa última do Hospital Israelita Albert Einstein.
Em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Diabetes, uma data para reafirmar a importância da prevenção e controle dessa doença que afeta 250 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, são 13 milhões de casos, estima a Sociedade Brasileira de Diabetes.
Durante todo o mês ocorrem diversos mutirões por todo o país com o objetivo de conscientizar, orientar e prevenir as complicações causadas pela doença. Milhares de voluntários se unem para realizar diversos tipos de exames, como avaliação do fundo do olho, pé diabético, avaliação renal e bioquímica e encaminhamento para tratamentos.
Ao oferecer orientação, prevenção e tratamento, os mutirões promovem a melhoria da qualidade de vida de milhares de pacientes de uma doença silenciosa e perigosa, responsável por milhares de mortes e casos de falência renal, cegueira e amputações no Brasil.
Mutirão do Diabético de Itabuna
Um dos maiores mutirões acontece em Itabuna (BA), promovido pela ONG Unidos pelo Diabetes com o apoio de diversas instituições de todo o Brasil. O Mutirão do Diabético de Itabuna ocorre desde 2004. Neste ano, atendeu mais de 5 mil pessoas com o auxílio de aproximadamente 1 mil voluntários, incluindo médicos, estudantes de medicina, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, odontólogos e outros profissionais de saúde.
Ao todo, foram realizados mais de 35 mil procedimentos, entre exames médicos, avaliações e orientações multidisciplinares em diabetes e detecção de novos casos.
Diabetes e os olhos
A diabetes exige vários cuidados, pois pode causar diversas complicações quando está fora de controle. Uma delas é nos olhos. Hoje, cerca de 40% dos diabéticos apresentam alterações oftalmológicas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).
Os altos níveis de glicose no sangue podem provocar doenças oculares como glaucoma, catarata e retinopatia diabética – a mais frequente nesse quadro. Todas elas, se não tratadas, podem evoluir para cegueira.
Por isso, é fundamental fazer o acompanhamento da diabetes o ano todo por meio de exames e consultas regulares com o médico.
As chances de você sofrer com alguma deficiência visual ou ficar cego podem aumentar consideravelmente dependendo do lugar em que mora. Quanto mais pobre a comunidade, maior a probabilidade.
Ao todo, 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia. Ou seja, são pessoas que não receberam os cuidados necessários, como diagnósticos precoces e tratamentos efetivos.
O documento ainda expõe outros números alarmantes. Portanto, vamos apresentar neste post os principais dados mundiais sobre os problemas de visão, as causas e as soluções que devem ser adotadas para melhorar esse cenário.
Relatório Mundial sobre Visão – números
Em primeiro lugar, vamos mostrar os principais números sobre os problemas de visão apresentados pelo Relatório Mundial sobre Visão, da OMS.
2,2 bilhões de pessoas têm alguma deficiência visual ou cegueira;
Destes, 1 bilhão de casos poderia ter sido evitado ou corrigido por meio de diagnósticos precoces e tratamentos;
1,95 bilhões sofrem com miopia. Em 2030, serão 3,36 bilhões;
800 milhões de indivíduos não tem acesso a óculos;
65 milhões estão cegos ou enxergam com elevada dificuldade devido à catarata;
Em 2030, 76 milhões de idosos devem ser diagnosticados com glaucoma, 196 milhões com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e 2 bilhões com presbiopia (vista cansada).
Relatório Mundial sobre Visão – causas
O documento ainda elencou os fatores que mais influenciam nos problemas de visão no mundo todo. Inclusive, nos dados projetados para o futuro. São elas: falta de acesso à saúde de qualidade em locais com baixa e média renda, mudança do estilo de vida e envelhecimento da população.
Em seguida, entenda mais sobre cada um deles:
Acesso limitado à assistência oftalmológica
De acordo com o relatório, as comunidades de baixa e média renda são as mais afetadas com problemas de visão. Isso porque sofrem com a precariedade do acesso à saúde, como falta de atendimento especializado, exames regulares, diagnóstico precoce, medicamentos e tratamentos.
Nesse quadro, estão moradores de áreas rurais e de locais afastados, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, minorias étnicas e população indígena.
Isso acontece porque fazemos os olhos focarem em objetos mais próximos por mais tempo. Dessa forma, afeta o mecanismo de acomodação ocular: o ajuste de foco para perto ou para longe.
Ao mesmo tempo, ficamos mais em ambientes fechados. E a falta de luz solar também pode causar problemas de visão, já que ela é responsável por produzir substâncias que impedem o crescimento axial do globo ocular.
De fato, o envelhecimento é um dos fatores de risco para muitas doenças dos olhos, como DMRI e glaucoma. Desse modo, a expectativa cada vez mais alta de vida interfere naturalmente no aumento de problemas de visão.
Além disso, os idosos geralmente cuidam menos dos olhos porque acreditam que deficiências nessa região são normais por causa da idade. E, sendo assim, não procuram ajuda médica até para casos reversíveis.
Relatório Mundial sobre Visão – soluções
A OMS também define algumas soluções para amenizar os problemas de visão no mundo todo. Sem dúvida, a principal é a democratização do acesso à saúde, levando infraestrutura de qualidade para comunidades e grupos negligenciados atualmente. Isto é, atendimento, especialistas, equipamentos, medicamentos, exames e tratamentos, dentre outros.
Dentre desse cenário, há iniciativas que já estão ajudando a melhorar o acesso à saúde. Uma delas é o retinográfo portátil Phelcom Eyer. Acoplado ao celular, o aparelho realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos, e envia os dados automaticamente para uma plataforma online, possibilitando o diagnóstico remoto. Além disso, a tecnologia tem valor bem mais acessível: ele é em torno de 6 a 10x mais acessível que os retinógrafos tradicionais, em média.
Em relação ao novo estilo de vida, uma das indicações é passar mais tempo ao ar livre – e sem celular. Já sobre o envelhecimento, é essencial realizar consultas regulares ao oftalmologista e adotar bons hábitos para prevenção de doenças.
Conclusão
De acordo com o relatório da OMS, os problemas de visão no mundo todo merecem atenção especial. Mais do que isso, atitudes. Por exemplo, é inadmissível que 1 bilhão de pessoas sofra com doenças que poderiam ser evitadas e até corrigidas por falta de acesso à saúde de qualidade. Dentre elas, estão a miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia.
Só em relação à catarata, 65 milhões estão cegas ou enxergam muito mal porque não tiveram acesso a atendimento médico, a exames, que poderiam diagnosticar a doença no início, e a tratamentos efetivos.
Outro dado chocante é que 800 milhões de indivíduos não conseguem adquirir óculos.
Por tudo isso, tecnologias inovadoras que prometem levar saúde às comunidades de baixa renda, como o Phelcom Eyer, devem ganhar cada vez mais espaço no mercado.
Saúde dos olhos é um assunto que interessa você? Então, acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades da área.
A Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS, na sigla em inglês) é uma complicação potencialmente devastadora da cirurgia intraocular. Causada por substâncias não infecciosas, seu diagnóstico é difícil até para os profissionais mais experientes.
Sem dúvida, a Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) é uma das mais temidas complicações após procedimentos oftalmológicos invasivos. Por isso, vamos explicar neste post o que é TASS, o que causa, sintomas e medidas de prevenção que os oftalmologistas devem adotar. Para, assim, reduzir ao máximo os riscos relacionados e garantir a segurança dos pacientes.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – o que é
Em primeiro lugar, vamos entender rapidamente o que é a Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS). Trata-se de um processo inflamatório causado por substâncias não infecciosas.
Atualmente, a média de incidência de TASS é de 0,98%. Porém, pode variar desde 0,07% até 2,13%. Está relacionada a algumas cirurgias oftalmológicas como remoção de catarata (que apresenta as maiores taxas), vitrectomia posterior, transplante de córnea e cirurgias combinadas de vitrectomia posterior e extração da catarata.
O que causa a TASS são substâncias com grau de toxicidade maior que o tolerado pelas estruturas intraoculares, sobretudo o endotélio corneano e a malha trabecular. De acordo com estudos, um nível maior que 0,25 Unidades de Endotoxina por mililitro (UE/mL), que pode estar presente nas soluções de uso intraocular, já é capaz de gerar TASS.
Desse modo, qualquer produto que apresente alterações em suas formulações pode provocar TASS se ultrapassado o limiar de toxicidade suportado.
Outro fator que favorece o surgimento de TASS é o processamento inadequado de instrumentais cirúrgicos e de produtos usados durante as cirurgias oftalmológicas. Por exemplo, o processo de limpeza e esterilização dos instrumentais tem sido constantemente citado como um fator associado à ocorrência de TASS.
Vale lembrar que soluções desinfetantes como glutaraldeído ou ortoftaldeído apresentam toxicidade incompatível com as estruturas intraoculares. Logo, altamente capaz de causar TASS. Todavia, estes saneantes não são registrados como esterilizantes no Brasil. Além disso, os produtos para saúde utilizados em procedimentos invasivos devem obrigatoriamente ser esterilizados. Então, não há a possibilidade de se usar estes saneantes para o processamento desses produtos.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – sintomas
Geralmente, os sinais clínicos aparecem nas primeiras 24 horas. Os mais frequentes são edema de córnea e reação de câmara anterior (CA). Já em menor proporção, há relatos de pupila irregular ou não reagente, midríase, aumento de pressão intraocular, hipópio, baixa acuidade visual (BAV) e, raramente, dores na região.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – diagnóstico e tratamento
De fato, o diagnóstico é difícil até mesmo para os oftalmologistas mais experientes. Isso porque é normal e até comum uma reação inflamatória leve e transitória na câmara anterior do olho após as cirurgias de catarata.
Na maioria das vezes, a evolução dos casos de TASS tem um prognóstico favorável. Entretanto, complicações podem ocorrer nos casos mais graves, necessitando de intervenção cirúrgica como transplante da córnea ou cirurgia antiglaucomatosa. Esse último devido à elevação da PIO quando impossível de ser controlada por meio de terapia medicamentosa.
Já em relação ao tratamento, normalmente é feito com medicamentos a base de corticoides.
Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS) – medidas de prevenção
Em seguida, conheça as principais medidas de prevenção relativas ao processamento de instrumentos cirúrgicos durante as cirurgias oftalmológicas:
Lavar os instrumentais imediatamente após o uso ou fazer uma pré-lavagem ainda no expurgo do centro cirúrgico, caso a lavagem imediata não seja possível;
Lavar os instrumentais oftalmológicos separadamente dos outros instrumentais;
Promover enxágue abundante dos instrumentais e vias de irrigação e aspiração, com água purificada utilizando preferencialmente pistola de enxágue com alta pressão;
Secar os instrumentais com ar comprimido medicinal filtrado;
Nunca utilizar soluções químicas como glutaraldeído, ortoftaldeído e ácido peracético no processamento dos instrumentais oftalmológicos;
Reutilizar produtos passíveis de processamento apenas após uma análise cuidadosa, atendendo as normas sanitárias e com envolvimento do Comitê de Processamento do Serviço de Saúde;
Adquirir quantidade suficiente de produtos para saúde, incluindo os instrumentais cirúrgicos para permitir tempo suficiente para o seu processamento, segundo POP padronizado;
Manter os colaboradores do centro cirúrgico e central de material e esterilização (CME) cientes dos possíveis eventos adversos e como preveni-los.
Agora, você sabe tudo sobre Síndrome Tóxica do Segmento Anterior (TASS): o que é, o que causa, sintomas e medidas de prevenção em procedimentos cirúrgicos invasivos. Como vimos, o problema é de difícil diagnóstico e apresenta taxas de incidência baixas. Porém, é uma complicação potencialmente devastadora e que pode gerar diversos prejuízos à saúde do paciente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 285 milhões de pessoas sofrem com deficiência visual de moderada a severa no mundo todo. Desse total, 39 milhões são completamente cegas. Os dados constam no relatório “As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2019”, elaborado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que aproximadamente 1,5 milhões sejam cegos. Isto é, 0,75% da população brasileira.
Porém, há uma nova pesquisa que pode ajudar os pacientes permanentemente com cegueira. Publicada recentemente no periódico Nature Biomedical Engineering, o estudo criou um novo modelo de eletrodo intraneural que estimula diretamente o nervo óptico e, desse modo, gera a sensação de luz ao paciente.
Quer saber mais como funciona essa nova tecnologia? Então, continue lendo este post para entender como o trabalho foi desenvolvido, os resultados e quais serão os próximos passos.
A pesquisa
Os cientistas da Ecole Polytechnique Federal de Lausanne (EPFL), da Suíça, e da Scuola Superiore Sant’Anna, da Itália, elaboraram um novo modelo de eletrodo intraneural, nomeado de OpticSELINE, que circula o globo ocular e manda mensagens diretamente ao cérebro por meio do nervo óptico.
O estímulo da região produz fosfenos – sensação de ver a luz por meio de padrões brancos, mas sem vê-la diretamente. Com isso, esse dispositivo pode auxiliar as pessoas com deficiência visual a ter mais qualidade no dia a dia, uma vez que muitos indivíduos apresentam o nervo óptico e sua conexão com o cérebro intacto e funcional.
Para você entender melhor, a nova tecnologia possui uma matriz com 12 eletrodos que entram diretamente no nervo óptico. Os pesquisadores mediram a atividade do cérebro no córtex visual por meio de testes em coelhos.
Ao final da avaliação, os cientistas observaram que cada eletrodo forneceu um padrão único no cérebro, sugerindo que a estimulação intraneural do nervo óptico é seletiva e informativa.
Os resultados
“Acreditamos que a estimulação intraneural pode ser uma solução valiosa para vários dispositivos neuroproséticos para restauração da função sensorial e motora”, afirma Silvestro Micera, pesquisador envolvido no estudo. “O potencial de tradução dessa abordagem é extremamente promissor”.
Vale lembrar que, em meados de 1990, foi realizado um estudo que também testou essa técnica. Porém, os eletrodos eram do nervo do manguito: rígidos e que se movimentam, tornando instável a estimulação elétrica das fibras nervosas. Além disso, é provável que tenham seletividade limitada porque recrutaram fibras superficiais.
Por ser uma pesquisa preliminar, a percepção visual por trás desses padrões corticais permanece desconhecida. “Por enquanto, sabemos que a estimulação intraneural tem o potencial de fornecer padrões visuais informativos. Será necessário o feedback dos pacientes em futuros ensaios clínicos para ajustar esses padrões. De uma perspectiva puramente tecnológica, poderíamos fazer testes clínicos amanhã”, relata Diego Ghezzi, também pesquisador do estudo.
Conclusão
De fato, a pesquisa mostra um novo caminho para o tratamento de pessoas com deficiência visual, especialmente as cegas. Isso porque essa nova tecnologia pode ajudar na melhora da qualidade de vida ao permitir a sensação de ver a luz.
Contudo, o estudo deve seguir com os testes até obter resultados satisfatórios para ser agregado nos tratamentos atuais.
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