5 aplicações da realidade virtual na medicina

5 aplicações da realidade virtual na medicina

Realidade virtual (RV) é um ambiente simulado por computador que proporciona efeitos visuais, sonoros e até táteis ao usuário. Dessa forma, permite a imersão completa no cenário virtual, como se a pessoa realmente estivesse presente ali. Para isso, utiliza tecnologias com displays estereoscópicos, como os populares headsets (óculos especiais que transmitem a simulação).

Por suas características, tem ganhado espaço em diversas áreas. Inclusive, na saúde.

Em seguida, veja como a realidade virtual na medicina auxilia no tratamento de diversas doenças, em treinamentos e até na melhora da qualidade de vida de idosos e deficientes físicos.

1.      Realidade virtual na medicina – tratamentos

Dor

Imagine você em um local bonito, relaxante e divertido enquanto, ao mesmo tempo, passa por um tratamento extremamente doloroso? Especialistas verificaram que o uso da terapia da realidade virtual enche o cérebro com tanta informação que não deixa espaço para processar as sensações de dor na mesma hora.

Muito além de distração, a técnica oferece uma experiência multissensorial que envolve o paciente em um nível muito mais profundo do que assistir TV ou ler, por exemplo.

Um dos primeiros programas de RV é voltado para tratamento de queimaduras. O SnowWorld é um game que os pacientes jogam durante a limpeza dos ferimentos – procedimento altamente doloroso. É simples: os usuários jogam bolas de neves em pinguins. Contudo, tem apresentado resultados significativos. Foi desenvolvido pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

A terapia também é estudada para o momento do parto e no tratamento de doenças cardiológicas, neurológicas, gastrointestinais e crônicas. Além de ser um instrumento altamente promissor, possui baixo custo.

Fobias

A Terapia de Exposição à Realidade Virtual (VRET) tem auxiliado a psiquiatria no tratamento de fobias. Isso porque a técnica promove a abordagem mais direta dos medos e angústias do paciente em um ambiente controlado. Ou seja, em vez de visualizar ou mentalizar os seus medos, pode vivenciar a situação dentro do consultório, um espaço seguro e acolhedor.

Durante a terapia, médicos e psicólogos podem avaliar as respostas do paciente e indicar os melhores tratamentos.

realidade virtual na medicina

Ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Outros transtornos mentais em que a Terapia de Exposição à Realidade Virtual (VRET) é útil são ansiedade, depressão, síndrome do pânico e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

No ambiente virtual, os pacientes também experimentam alterações no corpo e na mente parecidas com os sintomas da vida real. Tudo em um cenário controlado e com acompanhamento de especialistas, como psiquiatras e psicólogos.

Um estudo realizado em St George’s Hospital, em Londres, avaliou o uso de VR em pacientes com ansiedade durante internação para procedimentos cirúrgicos. Eles visualizam paisagens tranquilas e ouviam música relaxantes por meio de um fone de ouvido.

Os resultados: 94% ficaram mais relaxados, 80% sentiram menos dor e 73% tiveram menos ansiedade.

Dor fantasma

A realidade virtual na medicina tem apresentado resultados até para tratamento de dor fantasma em pacientes paraplégicos e amputados. Por exemplo, há jogos que estimulam o usuário a mover o membro faltante.

Com isso, auxiliam o cérebro a reconectar as áreas de estímulo, amenizando a dor ou até mesmo a eliminando por determinado período.

2.      Fisioterapia

Na fisioterapia, a realidade virtual auxilia na avaliação e reabilitação de pacientes com distúrbios do movimento, do equilíbrio postural e da marcha. Por exemplo, há tecnologias não imersivas que criam exercícios com aprendizado de máquina para personalizar cada atividade às necessidades terapêuticas dos pacientes.

Diversas pesquisas demonstram que a RV reduz tontura e outros sintomas otoneurológicos e melhora o equilíbrio corporal, a capacidade funcional e a qualidade de vida.

3.      Reabilitação cognitiva

Há diversas pesquisas que estudam a realidade virtual na reabilitação e desenvolvimento cognitivo de pessoas com distúrbios neuropsiquiátricos e autismo. Neste último, cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, simularam realidades virtuais em que os pacientes interagiam com outras pessoas, como realizar compras no supermercado.

Após o treinamento, oito jovens adultos com autismo sem grande comprometimento do entendimento apresentaram aumentos significativos nas medidas cognitivas sociais da teoria da mente e reconhecimento de emoções e no funcionamento social e ocupacional da vida real.

Atualmente, a universidade oferece um programa de treinamento que ajuda jovens com autismo a trabalharem as suas habilidades sociais.

4.      Treinamentos de médicos

Por meio da realidade virtual na medicina, é possível ver detalhes do corpo humano e treinar procedimentos.  

Estudante, imagine praticar cirurgia em um ambiente virtual? A Universidade de Stanford possui um simulador que permite o treinamento mais completo para o futuro cirurgião.

Para os pesquisadores, um ambiente cirúrgico virtual tridimensional pode permitir um planejamento e ensaio pré-operatório aprimorado. Desse modo, melhora os resultados do paciente, diminui as taxas de complicações e aprimora as habilidades técnicas.

O Stanford Virtual Surgical Environment (VSE) é desenvolvido para procedimentos rinológicos. A tecnologia permite que o cirurgião interaja com reconstruções tridimensionais específicas do paciente de conjuntos de dados de TC de seio nasal usando um dispositivo de interface háptico modificado, acionando um endoscópio virtual.

No Brasil, também há opções de simuladores. Por exemplo, o Eyesi é voltado para treinamento de cirurgia intraocular de catarata e procedimentos vítreo retinianos. Apresenta score de performance e avalia tremor, precisão do movimento e repetitividade, dentre outras análises. Com isso, é uma boa ferramenta para a prática de residentes e a introdução de novas técnicas em cirurgia oftalmológica.

Há também os sistemas cirúrgicos para cirurgia robótica da Vinci, que já estão na quarta geração. A tecnologia realiza cirurgias minimamente invasivas em diferentes procedimentos. Uma de suas ferramentas é um console – inspirado nos simuladores de voo – em que os médicos visualizam as imagens em 3D de alta definição e fazem os movimentos operatórios com as próprias mãos, que são transmitidos para o robô.

Outra aplicação é o treinamento e requalificação de estudantes, residentes e especialistas em atendimento ou dentro do centro cirúrgico. Dessa forma, é possível realizar uma análise etnográfica da atuação do profissional, que fica sozinho durante o procedimento, por meio da captação das imagens por câmera instalada no local.

5.      Qualidade de vida para idosos e deficientes físicos

De fato, idosos e deficientes físicos podem ter dificuldade de locomoção. Então, imagine poder vivenciar experiências como andar de bicicleta e mergulhar no mar? Há projetos que desenvolvem estes cenários de maneira tão realista que até mudam a temperatura, luz e direção do vento.

Há também tecnologias que ajudam na redução da depressão em idosos que vivem acamados ou em asilos. Por exemplo, a startup Rendever combina o uso de aparelhos de realidade virtual, software personalizado e um tablet para recriar memórias escolhidas pelos idosos, como a casa da infância.

Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.

 

Realidade virtual na medicina é um assunto que te interessa? Então, acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades.

6 etapas para a digitalização de prontuários médicos

6 etapas para a digitalização de prontuários médicos

A digitalização de prontuários médicos é amparada na lei n° 13.787/2018, que dispõe sobre a utilização de sistemas informativos para a guarda, armazenamento e o manuseio das informações do paciente.

Todo o processo deve assegurar a integridade, autenticidade e confidencialidade do documento digital. Para isso, é obrigatória a análise de uma comissão permanente de revisão de prontuários e avaliação de documentos, especificamente criada para essa finalidade.

Outra exigência é utilizar um certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) ou outro padrão legalmente aceito.

O texto também autoriza a eliminação dos documentos após a digitalização.

Como é necessário guardar por no mínimo 20 anos as informações, a adesão ao digital libera espaço na sua clínica e também garante a segurança de dados do paciente. Ainda mais agora com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em que torna obrigatório o sigilo das informações e autorização para o compartilhamento de dados pessoais.

Para isso, invista em um digitalizador de imagens, como um scanner, ou o próprio smartphone. Em seguida, veja como digitalizar os prontuários médicos em 6 etapas.

1.      Organize os prontuários

Antes de começar a capturar as imagens, você e sua equipe precisam organizar os prontuários. O primeiro passo é separar as pastas por ordem alfabética. Em seguida, prepare os documentos: retire grampos e clipes e limpe o papel com cuidado, caso precise.

Lembre-se que os prontuários digitais precisam fornecer todas as informações de forma nítida.

digitalização de prontuários médicos

2.      Defina o sistema de digitalização de prontuários médicos

Com tudo organizado, escolha qual dispositivo utilizará: scanner ou smartphone. Neste caso, o mais adequado é o scanner, pois oferece alta qualidade da imagem e possibilidade de conversão em diferentes formatos (PNG, JPG, PDF ou TIF).

De fato, o celular pode agilizar todo o processo, desde que tenha uma boa câmera. Porém, pode deixar alguns papéis desfocados e você terá que repetir o processo mais vezes.

3.      Configure o scanner

digitalização de prontuários médicos

Se optou pelo scanner, você precisará instalar o dispositivo no seu computador, por um cabo USB ou pelo wi-fi. Geralmente, a impressora tem um programa para digitalização, que vem em um CD ou fica disponível no site da empresa.

Outra possibilidade é acessar o “dispositivos e impressoras” pelo painel de controle do seu computador.

Finalizada a digitalização, você pode salvar a imagem em pasta pré-criada.

Entretanto, se escolheu realizar o processo pelo smartphone, há dois caminhos: tirar fotos com a câmera e depois salvar em um local seguro ou baixar um aplicativo de scanner. No app, você também utilizará a câmera, porém a imagem ficará mais nítida e você poderá escolher o formato do arquivo.

4.      Confira a qualidade da imagem

Essa etapa é fundamental: verifique se cada imagem capturada está legível antes de prosseguir a digitalização de prontuários médicos. Isso porque o documento pode ficar embaçado, por exemplo. E as chances de isso acontecer aumentam se for utilizado o celular.

Dessa forma, será necessário refazer o processo até garantir a alta qualidade do documento digital.

5.      Armazene os prontuários digitais na nuvem

Como já falamos, é essencial garantir a segurança dos dados do paciente no ambiente digital. Para isso, armazene os prontuários na nuvem. Lá, você e sua equipe podem acessar a qualquer momento, em todo lugar, e compartilhar as informações.

Também evita perder os dados caso seu computador quebre, por exemplo, ou que ocupem muito espaço no seu dispositivo.

Atualmente, há diversas opções de armazenamento em nuvem no mercado. Um dos sistemas mais populares hoje em dia é o Google Drive. De fato, ele é bem simples de usar e oferece diversas versões, tanto para pessoas físicas quanto para empresas.

Mas, um dos principais fatores que precisa levar em consideração é a garantia da segurança dos dados do seu paciente. O sistema precisa ser confiável e seguro.

Neste sentido, vale a pena consultar empresas que oferecem opções específicas para médicos, consultórios, clínicas e instituições de saúde.

digitalização de prontuários médicos

6.      Comece a usar prontuários eletrônicos

Com a digitalização de todos os prontuários do seu consultório, que tal já começar a usar um sistema de prontuário eletrônico? Hoje, a ferramenta é bastante popular e uma das principais em gestão.

Ao reunir as informações do paciente, a tecnologia facilita o acompanhamento por vários especialistas e profissionais da saúde. Além disso, é possível consultar todo o histórico do paciente, como atendimentos, exames, medicamentos e tratamentos realizados de forma rápida e simples.

Aqui, também vale escolher o que garante a segurança e sigilo das informações do paciente.

Acompanhe dicas práticas de gestão do seu negócio no blog da Phelcom.

10 podcasts de medicina para você acompanhar agora

10 podcasts de medicina para você acompanhar agora

Os podcasts de medicina estão em alta! Fácil de acessar e consumir, os programas de áudio sob demanda entregam conteúdos relevantes, realizam debates pertinentes e trazem informações que auxiliam os médicos na atualização sobre as novidades da área.

Por tudo isso, o formato tem ganhado cada vez mais adesão devido aos programas especializados e de referência em suas áreas de atuação e que conquistam ouvintes fiéis.

Sem dúvida, vale a pena acompanhar! Então, selecionamos 10 podcasts de medicina para você conhecer e incluir como fonte de informação confiável e rápida no seu dia a dia tão atribulado.

10 podcasts de medicina

  1. Ausculta Cast
  2. AVASCast
  3. Biomedcast
  4. DrauzioCast
  5. #LinhaDeFrente
  6. Maratona da Saúde
  7. Medcast
  8. NEJM This Week
  9. Neurocast
  10. PEBMED
  11. Saúde Digital
  12. Ted Talks Health

1. Ausculta Cast

O Ausculta Cast aborda os principais temas da medicina atual, com alta qualidade técnica e variedade de especialidades. Na programação, revisões clínicas, entrevistas, artigos científicos, relatos de casos e informações sobre eventos na área da saúde.

É apresentado e produzido pelos estudantes de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Nicolas Najar e Faissal Hajar.

2. AVACast

O AVACast é produzido e distribuído pelo AVAS21, um programa de inserção da tecnologia no ensino na área de saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Atualmente, o principal conteúdo produzido é sobre a pandemia de Covid-19. Com a participação de acadêmicos, professores e jornalistas, o programa fomenta discussões importantes sobre a doença, baseadas em dados científicos.

3.  Biomedcast

O podcast semanal Biomedcast trata de assuntos relacionados à biomedicina, ciência e saúde. Oferece conteúdo de boa qualidade com o objetivo de orientar os ouvintes e disseminar o conhecimento científico e a biomedicina por meio da internet.

Hoje, já disponibiliza mais de 100 episódios em que compartilham informações, opiniões, reflexões, conhecimento e cultura para desenvolver e melhorar a atuação do biomédico e das ciências da saúde.

A abordagem dos assuntos é bem leve e lúdica, o que torna o programa agradável de escutar. Além disso, é uma boa ideia para acompanhar as últimas novidades no segmento.

4.  DrauzioCast

O DrauzioCast é um dos podcasts de medicina mais populares. Comandado pelo oncologista Drauzio Varella, aborda diversos assuntos de forma didática e leve, desde AIDS até a importância de lavar as mãos. Desse modo, até os pacientes conseguem acompanhar.

Além disso, faz comentários sobre os temas em alta e produz episódios curtos, de até 1 minuto.

5.  #LinhaDeFrente

O #LinhaDeFrente é um programa voltado aos médicos sobre a pandemia do novo coronavírus. É produzido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

O podcast conta com a participação de diversos especialistas e convidados que discutem um novo tema sobre a doença a cada episódio.

6.  Maratona da Saúde

Esse podcast faz parte do Projeto Solidário Maratona da Saúde e busca aprofundar o conhecimento das doenças sem cura e acelerar a descoberta de terapêuticas mais eficazes.

Para isso, traz conteúdos completos por meio de entrevistas com grandes médicos do país sobre diferentes especialidades. Além disso, alguns episódios debates algumas doenças e casos específicos.

7.  MedCast

O MedCast é um dos podcasts de medicina mais antigos do Brasil e também um dos mais populares – há episódios com 11 mil ouvintes. Inclusive, possui premiações e já foi destaque em publicações de educação médica e de tecnologia na área de saúde.

Já são mais de 90 episódios direcionados exclusivamente para médicos e estudantes de medicina. Dentre os temas mais frequentes, estão ética médica, casos clínicos; desenvolvimento de carreira; entrevistas com médicos de referência e inteligência financeira.

É desenvolvido pelo Núcleo MD Educação Médica e tem como responsáveis os médicos Daniel Coriolano e Roberto Maranhão.

8.      NEJM This Week

O NEJM This Week é o podcast do popular jornal NEJM. Nele, trazem o resumo da semana dos textos publicados no periódico sobre pesquisas médicas, análises e perspectivas.

É uma ótima forma de se atualizar com as principais novidades da medicina mundial.

9.      Neurocast SBN

O objetivo do Neurocast SBN é difundir dados, evidências e informações que contribuam para a prática clínica da classe médica, especialmente os neurocirurgiões. Por isso, é mais técnico. É produzido pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).

É uma ótima fonte de informação e educação para profissionais da área e já tem disponível vários episódios. Conta ainda com a participação de vários especialistas da SBN, trazendo entrevistas, opiniões sobre temas da profissão, tratamentos, literaturas e opiniões sobre assuntos controversos.

10. PEBMED

Um dos podcasts de medicina que vem crescendo bastante é o produzido pelo portal PEBMED. Já são mais de 200 episódios trazendo os estudos mais relevantes da área, condutas médicas, entrevistas com especialistas etc.

Uma das séries do programa é o Check-up Semanal, em que o editor-chefe do portal, professor e cardiologista Ronaldo Gismondi comenta os assuntos mais relevantes da semana.

11. Saúde Digital

podcast de medicina

O programa Saúde Digital busca apresentar novas tecnologias e inovações que melhoram a vida de médicos e pacientes e que têm transformado o setor.

O objetivo do podcast é informar e inspirar os profissionais a aderirem aos principais avanços da tecnologia da melhor maneira possível.

12. Ted Talks Health

O já conhecido Ted Talks tem um podcast voltado para a área de saúde, o Ted Talks Health. E o programa tem a mesma proposta: levar especialistas para falar sobre variados assuntos, desde hábitos diários inteligentes até a novas descobertas médicas. Sempre de forma didática e leve.

É voltado para médicos, profissionais da saúde e paciente que buscam ampliar o conhecimento e ter uma vida mais saudável.

Conclusão

De fato, existem dezenas de podcasts de medicina de qualidade, em diferentes streamings, que valem a pena acompanhar. Neste post, indicamos 10. Mas uma rápida pesquisa já pode revelar ainda mais opções interessantes para sua área médica.

Gostou das dicas? Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades da área.

Óculos e coronavírus: estudo aponta redução do risco de contaminação em até três vezes

Óculos e coronavírus: estudo aponta redução do risco de contaminação em até três vezes

Desde o ano passado, cientistas levantam a hipótese de os óculos ajudarem a barrar a contaminação pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) por meio dos olhos. Isso porque essa região também é porta de entrada do vírus, além de ser fonte de contágio.

Agora, um estudo recente descobriu que o risco de infecção por covid-19 em usuários de óculos pode ser de duas a três vezes menor. A pesquisa realizada na Índia foi publicada no site medRxiv.

Em seguida, saiba mais sobre o trabalho preliminar, como foi feito, os resultados e os próximos passos. Vale ressaltar que são necessárias novas investigações, mas, como a doença é nova, é importante acompanhar os estudos nesta área.

Óculos e coronavírus: a pesquisa

A pesquisa avaliou 304 pessoas, sendo 223 homens e 81 mulheres, de 10 a 80 anos, residentes do norte da Índia, durante duas semanas. Todos apresentavam sintomas de covid-19.

Do total, 58 pacientes (19%) relataram usar óculos de grau com frequência ou óculos de sol todas às vezes em que estavam expostos à luz solar. Por meio de um questionário, os voluntários afirmaram que tocaram o rosto 23 vezes e os olhos 3 vezes a cada hora, em média.

Óculos e coronavírus: resultados

De acordo com os cientistas, os resultados foram muito significantes em relação ao uso prolongado dos óculos. A taxa de contaminação atual de 1,35 da população, no geral, caiu para 0,48 entre aqueles que usavam óculos regularmente. A razão de risco calculada, segundo o estudo, foi de 0,36%.

Ou seja, a chance de contrair covid-19 diminuiu em três vezes.

Os pesquisadores acreditam que a baixa transmissão se deve a dois fatores: os óculos protegerem contra as gotículas contaminadas espalhadas pelo ar e aos toques menos frequentes nos olhos durante a utilização da armação.

Óculos e coronavírus: pesquisa chinesa

Um estudo feito na China e publicado na revista JAMA Ophthalmology, em setembro de 2020, apontou que o uso prolongado de óculos diminui em cinco vezes a chance de infecção pelo novo coronavírus.

Os cientistas avaliaram 276 pacientes positivados para covid-19. Os fatores são os mesmos: menos toques nos olhos e proteção contra gotículas no ar.

Conclusão

De fato, a relação entre o uso de óculos e coronavírus ainda é inconclusivo, ressaltam os cientistas. Isso porque o estudo ainda não foi revisado por pares, a amostragem foi pequena e também havia a dificuldade de medir o uso dos óculos durante a pandemia.

Então, são necessárias novas investigações para avaliar os efeitos dos óculos como proteção contra a covid-19. Porém, como a doença é nova, é importante acompanhar os estudos da área.

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades na área de saúde dos olhos.

Exame oftalmológico: midríase x não midriático. Qual escolher?

Exame oftalmológico: midríase x não midriático. Qual escolher?

Atualmente, parte dos exames oftalmológicos podem ser feitos de duas maneiras: com midríase ou não midriático.

A dilatação da pupila ainda é o processo mais adotado devido à visualização completa da estrutura dos olhos. Porém, as avaliações não midriáticas vem ganhando cada vez mais espaço por oferecer alta qualidade da imagem, conforto ao paciente, redução de custos, aumento da produtividade e, consequentemente, maior rentabilidade ao consultório.

Dessa forma, qual método você deve escolher? De fato, nem todos os exames podem ser realizados sem a dilatação da pupila. O não midriático é uma opção para retinografias e fundoscopia, por exemplo.

Em seguida, veja quais são as vantagens da midríase e do não midriático na execução do exame oftalmológico.

Exame oftalmológico: midríase

Para enxergar toda a estrutura dos olhos, usamos colírios anticolinérgicos e/ou alfa-adrenérgicos para dilatar a pupila. O primeiro engloba a atropina, tropicamida e ciclopentolato. Já o alfa-adrenérgico trata-se de fenilefrina. Pode-se aplicá-los separadamente ou de modo combinado.

Cada colírio tem características próprias, como início do tempo de ação, período de duração, sintomas e reações. Os efeitos mais comuns apresentados são visão turva, ofuscamento e sensibilidade à luz durante a ação do produto.

De fato, a midríase é bastante seguro ao paciente. Porém, em poucos casos, podem ocorrer reações como alergia ao colírio, tontura ou mal-estar. E, em raríssimas situações, complicações mais graves, como crise de glaucoma agudo, principalmente em pacientes com o ângulo da câmara anterior estreito, geralmente relacionado ao alto grau de miopia (a partir de seis graus).

Dilatar a pupila também traz algumas desvantagens ao médico e paciente, ainda mais em meio à atual pandemia. Por exemplo, menor número de atendimento diário devido à limitação de pessoas na sala de espera, necessidade de acompanhante e desconforto ao paciente.

Colírios anticolinérgicos

Dilatação da pupila

Os colírios anticolinérgicos realizam a dilatação da pupila ao relaxar os músculos responsáveis pela contração dessa estrutura. Além disso, também paralisam momentaneamente o reflexo da acomodação.

A tropicamida é o mais utilizado em consultórios oftalmológicos. Isso por causa de dois fatores: o tempo de duração é menor, entre duas e seis horas, e o início de ação é mais rápido, entre 10 e 20 minutos. Se combinado com fenilefrina, dilata ainda mais.

Já o ciclopentolato bloqueia a ação do esfíncter da íris e do músculo ciliar e é bastante eficaz no cálculo do grau do paciente, em exames de fundo de olho e no mapeamento da retina. Também tem uso terapêutico contra uveítes. Faz a dilatação da pupila entre 20 e 30 minutos e tem duração prolongada, de 12 a 24 horas.

A atropina inicia entre 20 e 30 minutos, mas a dilatação dura por um longo período. Isso porque a degradação é lenta e os efeitos, como visão embaçada, podem durar de três a 14 dias.

Desse modo, é adotada em alguns tratamentos de estrabismo, quando provoca visão turva no olho em boas condições para estimular o olho desviado. Outras finalidades são no tratamento de inflamações oculares e no combate à progressão da miopia, com aplicações de doses muito baixas.

Colírios alfa-adrenérgicos

Os colírios alfa-adrenérgicos provocam a dilatação da pupila ao estimular a contração dos músculos dos olhos. Neste agente, está a fenilefrina, que tem ação direta nos receptores alfa-adrenérgicos e deixa a pupila mais dilatada em comparação aos colírios anticolinérgicos. Também apresenta início rápido, em torno de 10 minutos, e duração entre duas e quatro horas.

É mais empregado para exames de fundo de olho ou mapeamento da retina e em cirurgias oculares, como a de catarata. Se combinado com tropicamida, dilata ainda mais.

Exame oftalmológico: não-midriático

Eyer vence WSA 2020

Smartdevice Phelcom Eyer captura imagens de fundo do olho em alta qualidade e permite envio para a plataforma on-line Eyer Cloud.

Os exames não midriáticos também permitem uma ótima visualização do fundo do olho, mas sem a necessidade de dilatar a pupila. Com isso, são mais rápidos de fazer. São indicados para retinografias e fundoscopia.

Desse modo, é possível aumentar o número de atendimentos diários, já que elimina o tempo de espera para o colírio agir e o tempo do exame, diminui o período de atendimento e a necessidade de acompanhante para o paciente.

Sem falar no maior conforto do paciente por não dilatar a pupila, passar menos tempo no consultório e precisar arranjar companhia – ainda mais com a atual pandemia.

Outra vantagem do exame oftalmológico não midriático é reduzir custos com colírios anestésicos no consultório, que é mais caro em relação ao produto sem anestésico.

A retirada da midríase de alguns exames também elimina o risco de complicações, mesmo sendo raríssimas.

Por fim, você pode optar por equipamentos não midriáticos, portáteis ou de mesa, que oferecem ainda mais nitidez nas fotografias de fundo do olho. Além disso, há opções conectadas à nuvem, que permitem o diagnóstico remoto, e com ótimo custo-benefício.

Com informações do artigo “Colírios Anticolinérgicos ou alfa-adrenérgicos”, do oftalmologista Pedro Paulo Cabral.

Acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades em saúde dos olhos.

Com Eyer, pesquisa detecta alterações retinianas em pacientes graves com covid-19

Com Eyer, pesquisa detecta alterações retinianas em pacientes graves com covid-19

Uma pesquisa realizada em dois centros de referência para covid-19 no Rio de Janeiro (RJ) identificou alterações na retina de pacientes internados em estado grave. O estudo ocorreu em maio de 2020, nos hospitais de clínica Mario Lioni e de Jacarepaguá, e foi publicado no periódico Plos One em dezembro do mesmo ano.

O trabalho também foi um dos primeiros a descobrir danos retinianos em casos críticos da doença. Vale ressaltar que outros estudos brasileiros, da Faculdade de Medicina do ABC (FAMBC) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicados pouco antes, também detectaram alterações retinianas.

Os pesquisadores utilizaram o smartdevice Phelcom Eyer para fazer a retinografia em 47 olhos de 25 pacientes. Acoplado a um smartphone, o aparelho realiza exames de fundo do olho em alta qualidade, em poucos minutos e sem necessidade de dilatação da pupila. Por ser conectado à uma plataforma on-line, o Eyer Cloud, permite o diagnóstico remoto e garante a segurança dos dados na nuvem.

“Nosso estudo demonstrou que, dos pacientes internados em estado grave para estabilização clínica da covid-19, 12% apresentaram algum achado”, conta um dos médicos responsáveis pelo trabalho, Rafael Lani Louzada, residente de oftalmologia no Hospital da Gamboa (RJ).

Dr Rafael Louzada

O residente de oftalmologia, Rafael Lani Louzada, é um dos responsáveis pelas descobertas realizadas no trabalho.

Destes, um homem de 35 anos, que teve diversas intercorrências clínicas durante a internação, manifestou infartos bilaterais na camada de fibras nervosas e micro-hemorragias no feixe papilomacular; outro homem de 56 anos, que precisou ser submetido a anticoagulação plena, teve hemorragia em forma de “chama de vela” unilateral e isolada; e um terceiro homem hipertenso de 49 anos apresentou micro-hemorragias retinianas discretas e bilaterais.

Para Louzada, o estudo mostra que alterações retinianas podem ocorrer em casos graves de covid-19. “Provavelmente, eram secundárias a intercorrências clínicas ou comorbidades em vez de um dano direto por SARS-CoV-2, já que não foi possível correlacionar o problema diretamente com o vírus. Desse modo, os achados retinianos podem ser marcadores importantes e facilmente acessíveis de intervenções terapêuticas, além de sentinelas de doenças neurológicas e sistêmicas durante a pandemia”.

O médico ressalta que novos estudos, com número maior de pacientes, são necessários para estabelecer correlações estatísticas entre a covid-19 e lesões retinianas.

Phelcom Eyer

phelcom eyer

Louzada afirma que o Phelcom Eyer foi fundamental para o projeto, já que o estudo se baseou na avaliação de pacientes que estavam internados em isolamento, com um vírus altamente contagioso e pouco estudado. “A utilização de um aparelho portátil, de fácil manipulação e higienização, possibilitou darmos um passo a mais na busca de uma melhor compreensão dessa doença que tanto aflige a humanidade”, observa.

Ainda sobre o equipamento, o pesquisador também ressalta outras vantagens: curva de aprendizado curta, backup rápido das imagens e possibilidade de análise minuciosa em qualquer computador com acesso à internet. “Sem contar que as retinografias adquiridas são muito bonitas, com ótima resolução, e as fotos coloridas são automaticamente duplicadas com imagens red-free”, analisa.

Além da pandemia

Louzada também destaca que a facilidade técnica da avaliação retiniana com o Eyer abre novos horizontes para exames de triagem, não apenas no contexto pandêmico atual, como também para outras doenças oftalmológicas. “Ter a possibilidade de adquirir retinografias de maneira portátil, fácil, prática e por meio de um backup de imagens acessível, permitindo o estudo cuidadoso de cada um remotamente, é fundamental para o avanço em pesquisas oftalmológicas e melhores diagnósticos”, finaliza.

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