Há anos, vários relatos de casos e pequenos estudos epidemiológicos quantificam o risco de eventos adversos oculares associados ao uso de remédios para disfunção erétil.
Agora, uma pesquisa da Universidade da Columbia Britânica (UBC), no Canadá, aponta que a utilização de inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5Is) pode aumentar em até 85% o risco de doenças oculares graves. Inclusive, problemas que podem causar cegueira. O estudo foi publicado na revista JAMA Ophthalmology.
Em seguida, entenda como foi feita o estudo, os resultados e as hipóteses levantadas de como esses remédios para disfunção erétil podem aumentar o risco de doenças oculares.
A pesquisa
A pesquisa levantou informações de planos de saúde de 213 mil homens nos Estados Unidos no período entre 2006 e 2020. Esses pacientes não haviam informado problemas de visão um ano antes de ingerirem regularmente os remédios para disfunção erétil que incluíam sildenafil, tadalafil, vardenafil e avanafil.
Depois, os pesquisadores compararam os dados sobre quantos desses indivíduos desenvolveram uma ou mais condições após o uso dos medicamentos e quantos permaneceram sem distúrbios.
Os resultados
O risco para descolamento de retina aumentou 2,5 vezes; o para oclusão venosa da retina (OVR), 1,4 vezes e o para neuropatia óptica isquêmica (NOIA), 2,2 vezes. Atualmente, a oclusão venosa da retina é uma das principais causas de cegueira no mundo. A neuropatia óptica isquêmica também pode provocar perda súbita de visão.
Os pacientes que apresentaram esses problemas tinham também, como doenças relacionadas mais frequentes, hipertensão, diabetes, doença arterial coronariana e apneia do sono.
“Estas são condições raras, e o risco individual de desenvolver uma delas permanece muito baixo para qualquer usuário. No entanto, o grande número de prescrições realizadas a cada mês nos EUA – cerca de 20 milhões – significa que um número significativo de pessoas pode ser afetado. Os usuários regulares desses medicamentos que percebem alguma alteração na visão devem levar isso a sério e procurar atendimento médico”, afirma em comunicado o professor do departamento de oftalmologia e ciências visuais da Faculdade de Medicina da UBC, Mahyar Etminan.
O trabalho constatou uma conexão estatística entre a utilização regular dos remédios e o aumento no risco de doenças. Entretanto, não elucidou precisamente o mecanismo que causa esse crescimento. Mas, os pesquisadores levantaram algumas hipóteses.
“Esses medicamentos tratam a disfunção erétil melhorando o fluxo sanguíneo na área, mas sabemos que eles também podem dificultar o fluxo sanguíneo em outras partes do corpo. Então, embora nosso estudo não prove causa e efeito, existe um mecanismo pelo qual esses medicamentos podem levar a esses problemas. A totalidade das evidências aponta para um vínculo forte”, observou Etminan.
Fonte: O Globo
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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De acordo com o primeiro Relatório Mundial sobre Visão, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia. Ou seja, são pessoas que não receberam os cuidados necessários, como diagnósticos precoces e tratamentos efetivos.
Para reforçar esses números, diversas pesquisas demonstram que está crescendo os casos de pacientes com baixa visão funcional devido à alguma deficiência.
Neste sentido, um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, analisou os prontuários médicos de pacientes do Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP) entre 2009 e 2017. O artigo foi publicado na revista Scientific Reports.
Em seguida, veja como ocorreu a pesquisa e os resultados sobre como doenças evitáveis podem causar deficiência visual intratável.
A pesquisa
Os pesquisadores levantaram os dados dos prontuários médicos dos pacientes atendidos no ambulatório de Reabilitação Visual do Centro de Reabilitação (CER) do HCFMRP. Dentre as principais informações, estavam causa da baixa visão funcional, o quanto enxergavam e quais foram os auxílios ópticos prescritos.
Ao todo, foram avaliados 1.393 pacientes, separados em três grupos: de 0 a 14 anos, de 15 a 49 anos e com 50 anos ou mais. Os idosos representavam 38,8% dos pacientes e as crianças, 36,7%.
Os resultados
As três maiores causas identificadas de baixa visão funcional nas crianças foram paralisia cerebral (27,9%), toxoplasmose ocular (8,2%) e retinopatia da prematuridade (7,8%). Esses resultados apontam na direção da necessidade de um acompanhamento pré e perinatal das crianças.
Já entre os adultos de meia-idade, estão retinite pigmentosa (7,4%) e distrofia de cones-bastonetes (6,5%). Por fim, os motivos nos idosos são degeneração macular relacionada à idade (25,3%) e retinopatia diabética (18%).
A importância do levantamento está em aumentar o conhecimento sobre as doenças que estão relacionadas à baixa visão funcional. “Se conseguimos evitar a cegueira, melhoramos a qualidade de vida das pessoas e aumentamos a chance desses indivíduos atingirem um maior nível de estudo e produtividade no trabalho. Isto gera um benefício direto para quem sofre a ação em saúde, mas também para seu entorno e a sociedade em geral”, acredita o professor da FMRP e coordenador do estudo, João Marcello Furtado.
Fonte: Giovanna Grepi/Jornal da USP
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Metade da população brasileira com 16 anos ou mais afirma ter dificuldades de visão. A maioria (58%) não tem o hábito de consultar-se com oftamologista anualmente e 10% afirmam ter diabetes, principal causa de cegueira evitável.
Estes são alguns dados da Pesquisa sobre Saúde Ocular, realizada Instituto Datafolha e encomendada pela AbbVie, em outubro de 2021. Ao todo, foram entrevistados 2.088 brasileiros com 16 anos ou mais em todas as regiões do país.
De acordo com o Atlas Vision, publicado pela IABP (International Agency for Blindeness Prevention) em 2020, estima-se que no Brasil quase 30 milhões de pessoas sofrem com perda de visão, sendo que 1,8 milhão são cegos.
Em seguida, veja mais dados levantados pela pesquisa e quais são as principais dificuldades de visão relatadas pelos brasileiros.
Pesquisa sobre dificuldades de visão
Segundo a pesquisa, um em cada três brasileiros afirmou não ir ao consultório de especialistas ou não se lembrar de ter ido. Em relação aos que frequentam um oftalmologista, 34% disseram que a última consulta foi há dois anos ou mais.
Quase todos (95%) os pacientes que visitam um oftalmologista realizam somente o “teste de letrinha” para medir grau de correção visual. Já outros exames, como mapeamento de retina, são realizados por quatro em cada dez pacientes e 5% dos que se consultam com especialistas não realizam nenhum teste.
O mapeamento da retina é fundamental para detectar doenças como retinopatia diabética, glaucoma, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), retinopatia hipertensiva, deslocamento de retina, tumores, retinopatia da prematuridade e até doenças reumáticas, neurológicas ou do sangue.
Há três anos no mercado, o smartdevice Phelcom Eyer permite realizar exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Por ser portátil e acoplado a um smartphone, pode ser utilizado com mais facilidade em
Integrado a uma plataforma online, o Eyer Cloud, envia os dados automaticamente para análise de especialistas alocados em qualquer lugar do mundo. Ou seja, permite o diagnóstico remoto.
Phelcom Eyer
Exame de retina feito com o Phelcom Eyer.
Com tecnologia de ponta, o Eyer oferece o que há de mais moderno em retinografia portátil para prevenção e diagnóstico de doenças relacionadas à visão. Conheça todas as vantagens:
Alta qualidade
A tecnologia patenteada pela Phelcom permite que exames de alta qualidade sejam realizados em um equipamento portátil integrado ao smartphone.
Telemedicina
Os exames gerados com o Eyer são automaticamente sincronizados com a internet, habilitando o diagnóstico remoto.
Área de atenção
O Eyer possui funções inteligentes para auxílio ao diagnóstico médico e a captura dos exames de retina.
Conectividade
O Eyer é naturalmente conectado por ser integrado ao smartphone, facilitando o compartilhamento e acesso de dados dos exames na nuvem.
Não midriático
Com o Eyer, é possível realizar exames de retina em qualquer local sem a necessidade de usar colírios para a dilatação da pupila. Desse modo, gera mais conforto ao paciente e rapidez no exame.
Autofoco
Com a função Autofoco, é possível compensar os erros refrativos do paciente no intervalo de -20D até +20D. Isso permite exames de retina com alto nível de detalhes.
Acessível
O Eyer permite a democratização do acesso à tecnologia de exames de retina através de modelos de negócio inovadores e mais acessíveis.
Fácil operação
Qualquer profissional de saúde minimamente treinado pode usar o Eyer para realizar exames de retina de alta qualidade em menos de 1 minuto. Isto é, garante diagnósticos mais rápidos e precisos.
Panorâmicas
O Eyer gera exames panorâmicos com campo visual de mais de 100 graus. Isso porque o aparelho possui pontos de fixação interna que auxiliam na captura e geração das panorâmicas.
Portabilidade
Por ser portátil, o Eyer pode realizar exames em qualquer lugar e ter o diagnóstico emitido remotamente. Portanto, essa característica auxilia na democratização da saúde uma vez que 85% das cidades brasileiras não tem acesso a especialistas e aparelhos que façam o diagnóstico de doenças nos olhos.
Baixo custo
A portabilidade e o tamanho reduzido permitem que o Eyer apresente um custo muito mais baixo em relação aos retinógrafos tradicionais. Isso mesmo com tecnologias de ponta aplicadas na produção do aparelho.
Além disso, possibilita a redução do tempo de atendimento e de custos operacionais. Isso porque, principalmente, diminui o deslocamento de pacientes a hospitais e grandes centros urbanos, já que o diagnóstico pode ser realizado por especialistas e profissionais de referência localizados em qualquer parte do mundo.
Prevenção e diagnóstico
Aumento na prevenção e diagnóstico precoce de doenças como retinopatia diabética, glaucoma, catarata, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), retinoblastoma, deslocamento da retina, retinopatia da prematuridade e cegueira, dentre outros.
Phelcom Technologies
O Eyer é o primeiro equipamento da Phelcom Technologies, startup que une tecnologia e saúde, com sede em São Carlos (SP). Lançado em abril de 2019, a tecnologia já alcançou 500 mil pessoas em todo o Brasil e em países como Estados Unidos, Chile e Japão.
A startup cria dispositivos portáteis, conectados e vestíveis com o propósito de democratizar o acesso à saúde, oferecendo mais com menos e para mais pessoas.
O Eyer visa auxiliar no combate à deficiência visual grave e cegueira mundial. Aliás, esses problemas atingem mais de 250 milhões de pessoas. Além disso, ocorre em mais de 75% dos casos por conta da falta de prevenção e correto tratamento.
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Escolher um bom secretário para consultório médico pode ser um verdadeiro desafio. Isso porque é preciso levar em consideração vários fatores, como confiabilidade, competência, inovação, domínio de sistemas de gestão e a garantia de oferecer um atendimento humanizado ao paciente.
Desse modo, conhecer técnicas de recrutamento e seleção pode ajudar você a contratar o profissional certo para o seu negócio. Em seguida, separamos algumas dicas para encontrar o secretário ideal. Confira!
1. Definir as atribuições da função e salário
Antes de tudo, é preciso entender quais são as necessidades do seu consultório em relação ao secretário. Quais serão as tarefas do funcionário? Por exemplo, além de atender os pacientes e agendar as consultas, também cuidará dos recebimentos e contas a pagar? Auxiliará nas consultas? Ficará responsável pela organização da recepção e pelo consultório quando não estiver presente?
A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) define o cargo de secretário recepcionisto para clínica médica (CBO 4221.10) com as seguintes atribuições:
Recepcionam e prestam serviços de apoio a pacientes;
Prestam atendimento telefônico e fornecem informações em consultórios, hospitais e outros estabelecimentos;
Marcam entrevistas ou consultas e recebem pacientes;
Averiguam suas necessidades e dirigem ao lugar ou a pessoa procurada;
Agendam serviços;
Observam normas internas de segurança, conferindo documentos e idoneidade dos pacinetes e notificando seguranças sobre presenças estranhas;
Fecham contas e estadias de pacientes;
Organizam informações e planejam o trabalho do cotidiano.
De fato, quanto mais complexas as responsabilidades, maior é o nível de exigência no processo seletivo. Com as atribuições definidas, faça o escopo da vaga.
Algumas competências são essenciais em um secretário médico: boa comunicação, comprometimento, confiabilidade, facilidade em lidar com tecnologias e foco no paciente.
Se já possui outros secretários, os inclua no recrutamento. Com certeza, as opiniões deles facilitarão na nova escolha. Além disso, organize bem a divisão de funções para ficar claro quais são as responsabilidades de cada um.
Nessa etapa, também é muito importante definir a faixa de salário. Para isso, consulte colegas da região. Dessa forma, pode propor valores praticados no mercado.
2. Fazer a divulgação da vaga de secretário para consultório médico
Agora, é hora de todo mundo saber que está procurando um secretário para consultório médico. Divulgue no site e redes sociais da sua clínica e em sites especializados, como Catho, Vagas.com, Trabalha Brasil e LinkedIn.
A oportunidade deve conter o nome da vaga, atribuições e benefícios. Além disso, também solicite cartas de recomendação. Não se esqueça de colocar o canal em que receberá os currículos (e-mail, WhatsApp ou ligação telefônica) e a data limite de envio.
Em seguida, peça para os outros funcionários indicarem alguém, caso conheçam um perfil que atenda aos requisitos. Vale também compartilhar a oportunidade nos grupos de WhatsApp. Às vezes, alguns colegas têm boas profissionais para recomendar.
3. Organize as entrevistas
O ideal é organizar os dias das entrevistas. Busque agendar poucos candidatos por dia. Confira o currículo de cada um antes de entrar na sala. Separe de 30 a 45 minutos para cada conversa. Tenha a lista de perguntas em mãos e também faça questionamentos específicos para cada candidato.
Após selecionar os currículos mais aderentes à vaga, faça uma lista com as principais perguntas. Busque fazer questionamentos mais abertos e situacionais.
Por exemplo, ao invés de perguntar se o candidato alcança as metas estabelecidas, pergunte quais resultados entregou e como fez para atingir o objetivo em determinada experiência profissional.
Também é necessário avaliar se realmente possui as principais competências. Veja como analisar cada uma delas:
1. Comunicação
O secretário para consultório médico precisa apresentar boa dicção, organização de pensamentos e objetividade na fala. Isso porque é necessário conciliar atendimentos telefônicos e presenciais, por exemplo, além de organizar documentos e encaminhar pacientes para consulta.
Outra situação recorrente é passar informações desagradáveis, como falta de agenda, atrasos e adiamentos, e saber lidar com a possível frustração dos pacientes.
Para certificar-se que ele possui essa habilidade, faça perguntas como:
Como sabe que a outra pessoa entende perfeitamente a mensagem que você quer passar?;
Fale sobre uma situação em que precisou lidar com muita informação simultânea. Como se organizou?;
Como deu uma notícia ruim para alguém?
Você se considera tímido? Conte uma situação em que enfrentou isso para alcançar o seu objetivo.
2. Tecnologia
Hoje em dia, há diversos softwares que facilitam a gestão médica: agendamento e confirmação de consultas, prontuário eletrônico, teleconsulta, entrada e saída de materiais etc.
Dessa forma, é essencial que o novo colaborador saiba lidar com tecnologias. Para ter certeza dessa capacidade, você pode perguntar:
Usa a internet com frequência?;
Utiliza e-mail, WhatsApp e redes sociais?;
Sabe o básico de excel?;
Já usou alguma ferramenta de gestão? Conte-me qual e como foi a experiência.
3. Atendimento humanizado
Oferecer um atendimento humanizado de ponta a ponta é muito importante para o sucesso de qualquer clínica médica. Por isso, é fundamental que o secretário tenha foco no paciente.
Para avaliar esse requisito, faça os seguintes questionamentos:
Como você reage quando alguém é mal-educado com você?
Se ligassem procurando uma consulta urgente, mas não há agenda disponível no mês, como você lidaria com a situação?
Com a correria do dia a dia, o novo secretário precisa ser organizado e proativo. Afinal, não sobra muito tempo para “microgerenciar” cada funcionário. Para isso, você precisa avaliar a capacidade do candidato em tomar decisões, solucionar problemas, organizar processos e documentos e trabalhar em equipe.
Para identificar essas habilidades, pergunte:
Fale sobre um momento em que precisou tomar uma decisão;
Como organiza a sua semana?;
Como trabalha em equipe? Conte uma situação em que liderou.
5. Escolher o melhor candidato para secretário de consultório médico
Mesmo que algum candidato tenha se sobressaído, é importante organizar todas as entrevistas e suas percepções em uma planilha. Por exemplo, liste todas as competências e dê uma nota para cada. Ao final, escreva suas percepções sobre cada um.
Dessa maneira, ficará mais fácil escolher o melhor secretário para consultório médico.
Vale ressaltar que dificilmente encontrará alguém que atenda perfeitamente a todos os requisitos. Então, invista no profissional que apresente mais competências, potencial de desenvolvimento e identificação com o ambiente de trabalho do seu negócio.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Cientistas do mundo todo continuam buscando entender como o novo coronavírus (SARS-Cov-2) afeta o organismo. Em relação aos olhos, desde o surgimento da pandemia, já foram relatadas alterações na conjuntiva, esclera, retina e a presença do vírus nas lágrimas.
Em seguida, saiba mais como foi feita a pesquisa, os resultados e quais serão os próximos passos para entender melhor sobre olhos e covid-19.
Olhos e covid-19: a pesquisa
Os pesquisadores recrutaram 23 pacientes que foram contaminados anteriormente pelo SARS-Cov-2 e 46 voluntários não infectados para compor o grupo de controle.
Todos os indivíduos foram examinados com microscopia confocal in vivo para obter imagens de fibras nervosas subbasais da córnea. O objetivo era estudar a presença de estruturas semelhantes a neuroma, esferas axonais e células dendríticas.
O questionário Ocular Surface Disease Index (OSDI) e o teste lacrimal de Schirmer foram usados como indicadores para avaliar síndrome do olho seco e a doença de superfície ocular.
Olhos e covid-19: os resultados
Em relação ao grupo infectado anteriormente com o novo coronavírus, 91,31% dos pacientes apresentaram alterações do plexo subbasal corneano e tecido corneano compatível com neuropatia de fibras finas. Já oito relataram aumento da sensação de secura ocular após a doença e apresentaram indicadores de síndrome de olho seco.
Axônios em contas foram encontrados em 82,60% dos casos, principalmente em pacientes com sintomas de irritação ocular. Imagens semelhantes a neuroma foram encontradas em 65,22% dos pacientes, mais frequentemente naqueles com escores OSDI >13. Células dendríticas foram encontradas em 69,56% dos pacientes e foram mais frequentes em pacientes assintomáticos mais jovens.
A presença de alterações morfológicas em pacientes até 10 meses após a recuperação da infecção por Sars-CoV-2 aponta para a natureza crônica da neuropatia.
Sobre o grupo de controle, não foram encontrados danos significativos nas fibras nervosas ou no tecido da córnea. Somente em 4% foram identificados neuromas.
Fig. 2 . IVCM captura de indivíduos saudáveis e pacientes que superaram a infecção por COVID19, mostrando sinais morfológicos típicos de neuropatia de fibras pequenas .
Conclusão
O estudo é o primeiro relato de neuropatia induzida por Sars-CoV-2 na superfície ocular. A infecção viral causa axonopatia das fibras sensoriais que se torna crônica após a recuperação dos pacientes.
As alterações morfológicas encontradas em córneas de pacientes com covid-19 são semelhantes às encontradas em córneas diabéticas e com síndrome do olho seco. Além disso, são acompanhadas de perda funcional e alteração da sensibilidade.
Esses pacientes também sofrem dor e desconforto consistentes com os sintomas da síndrome do olho seco.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, autorizou a primeira lente de contato que libera cetotifeno, um fármaco antialérgico, diretamente na córnea (lente mais externa dos olhos). O modelo é elaborado pela farmacêutica Johnson & Johnson Vision Care e também conta com o aval dos ministérios da saúde do Canadá e Japão, países em que os pacientes já utilizam o produto.
Em seguida, entenda como a nova lente libera medicamento nos olhos e como pode ajudar aproximadamente 40% de usuários que relatam precisar de colírios devido às alergias oculares.
Nova lente
O novo modelo de lente é voltado somente para usuários que necessitam do produto e, simultaneamente, sofrem com alergias oculares. Cada lente contém 19 mcg de cetotifeno e podem ser usadas por até 12 horas por dia. Depois disso, devem ser descartadas para não afetar a correção da visão. Segundo o fabricante, o produto alivia os sintomas rapidamente, em aproximadamente três minutos após a colocação.
Vale ressaltar que a nova lente não é indicada para pacientes que apresentam olhos vermelhos, mais de 1,00 D de astigmatismo, doenças oftalmológicas que afetem a córnea, conjuntiva ou pálpebras e olho seco severo.
Estudos
A Johnson & Johnson conduziu uma pesquisa que revelou que 8 a cada 10 usuários que sofrem com alergia ocular ficam frustrados ao precisar pingar o colírio antialérgico ao mesmo tempo em que usam lentes de contato.
Os testes clínicos realizados com 244 participantes demonstraram que não ocorreu efeitos adversos graves. Os resultados foram publicados na revista científica Cornea.
Brasil
Em relação à comercialização da nova lente de contato com medicamento antialérgico no Brasil, a Johnson & Johnson disse, em comunicado oficial, que já deu início ao processo de regularização nos órgãos competentes.
Fonte: O Globo
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