Sem dúvida, o diagnóstico de Alzheimer é um desafio. Isso porque alguns procedimentos que podem detectar sinais da doença apresentam altos custos, como imagens do cérebro, ou até sérios riscos. Desse modo, é muito difícil utilizar esses meios para realizar a triagem de milhões de pessoas.
Por causa disto, atualmente o diagnóstico ocorre por meio de testes de memória ou alterações comportamentais do paciente. Mas, infelizmente, esses indícios só surgem quando o quadro já está avançado.
Embora não exista cura, a detecção na fase inicial auxiliaria na busca por novos tratamentos que retardem a progressão do distúrbio. Isso é apenas um benefício dentre tantos outros que poderia acarretar.
Em seguida, entenda como funciona a tecnologia, que ainda está na fase de testes, e como pode representar um grande avanço no diagnóstico precoce do Alzheimer.
Como funciona
Por meio da tecnologia de reconhecimento facial do celular, o aplicativo realiza o mapeamento da pupila para verificar sua dimensão milimetricamente. Para isso, usa sensor de infravermelho para calcular o tamanho e, em seguida, faz uma foto colorida do olho por meio de selfie. A câmara também checa a distância entre o celular e o paciente.
A experiência é a mesma de um pupilômetro. Diversos trabalhos anteriores apontaram que as medidas da pupila podem fornecer dados sobre possíveis problemas neurológicos.
Um diagrama do fluxo da aquisição de dados para os dados finais. Um usuário autoadministra um teste de resposta da pupila e, em seguida, os dados são coletados fora do dispositivo para calcular a distância e o diâmetro da pupila. O resultado final é mostrado na extrema direita. Crédito: Laboratório de Saúde Digital
Resultados
Os resultados do teste alcançaram parâmetros próximos aos exames de diagnóstico usados atualmente. Porém, são realizados por meio de equipamentos especializados e caros. Já o aplicativo pode ser uma solução mais econômica e viável.
Isso porque o próprio paciente poderá realizar o exame na sua casa desde que possua um celular compatível com a nova ferramenta. Hoje, a maioria dos novos celulares estão aptos para receber o aplicativo.
Outra finalidade pode ser medir o nível de consciência de pacientes em coma ou que sofreram traumas cranianos. A tecnologia também poderá ser utilizada em larga escala em exames comunitários.
Como os idosos são os que mais sofrem com a doença, a ferramenta oferece mecanismos de comando de voz e orientações com base em imagens. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima 35 milhões de pessoas com 65 anos ou mais com Alzheimer. Só no Brasil, a Associação Brasileira de Alzheimer fala em 1 milhão de pacientes.
Próximos passos
Agora, os pesquisadores planejam abranger pacientes com déficit cognitivo leve para verificar a praticidade e funcionalidade do aplicativo.
Sem dúvida, a tecnologia pode permitir que problemas neurológicos sejam identificados já na fase inicial, além de ocorrer de forma rápida, não invasiva e com custo baixo. Mais testes nos dirão da aplicabilidade no cotidiano das pessoas sobre esses incríveis avanços.
Desse modo, pode alcançar uma busca realizada há décadas pela medicina: o diagnóstico precoce do Alzheimer.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Há anos, vários relatos de casos e pequenos estudos epidemiológicos quantificam o risco de eventos adversos oculares associados ao uso de remédios para disfunção erétil.
Agora, uma pesquisa da Universidade da Columbia Britânica (UBC), no Canadá, aponta que a utilização de inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5Is) pode aumentar em até 85% o risco de doenças oculares graves. Inclusive, problemas que podem causar cegueira. O estudo foi publicado na revista JAMA Ophthalmology.
Em seguida, entenda como foi feita o estudo, os resultados e as hipóteses levantadas de como esses remédios para disfunção erétil podem aumentar o risco de doenças oculares.
A pesquisa
A pesquisa levantou informações de planos de saúde de 213 mil homens nos Estados Unidos no período entre 2006 e 2020. Esses pacientes não haviam informado problemas de visão um ano antes de ingerirem regularmente os remédios para disfunção erétil que incluíam sildenafil, tadalafil, vardenafil e avanafil.
Depois, os pesquisadores compararam os dados sobre quantos desses indivíduos desenvolveram uma ou mais condições após o uso dos medicamentos e quantos permaneceram sem distúrbios.
Os resultados
O risco para descolamento de retina aumentou 2,5 vezes; o para oclusão venosa da retina (OVR), 1,4 vezes e o para neuropatia óptica isquêmica (NOIA), 2,2 vezes. Atualmente, a oclusão venosa da retina é uma das principais causas de cegueira no mundo. A neuropatia óptica isquêmica também pode provocar perda súbita de visão.
Os pacientes que apresentaram esses problemas tinham também, como doenças relacionadas mais frequentes, hipertensão, diabetes, doença arterial coronariana e apneia do sono.
“Estas são condições raras, e o risco individual de desenvolver uma delas permanece muito baixo para qualquer usuário. No entanto, o grande número de prescrições realizadas a cada mês nos EUA – cerca de 20 milhões – significa que um número significativo de pessoas pode ser afetado. Os usuários regulares desses medicamentos que percebem alguma alteração na visão devem levar isso a sério e procurar atendimento médico”, afirma em comunicado o professor do departamento de oftalmologia e ciências visuais da Faculdade de Medicina da UBC, Mahyar Etminan.
O trabalho constatou uma conexão estatística entre a utilização regular dos remédios e o aumento no risco de doenças. Entretanto, não elucidou precisamente o mecanismo que causa esse crescimento. Mas, os pesquisadores levantaram algumas hipóteses.
“Esses medicamentos tratam a disfunção erétil melhorando o fluxo sanguíneo na área, mas sabemos que eles também podem dificultar o fluxo sanguíneo em outras partes do corpo. Então, embora nosso estudo não prove causa e efeito, existe um mecanismo pelo qual esses medicamentos podem levar a esses problemas. A totalidade das evidências aponta para um vínculo forte”, observou Etminan.
Fonte: O Globo
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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De acordo com o primeiro Relatório Mundial sobre Visão, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia. Ou seja, são pessoas que não receberam os cuidados necessários, como diagnósticos precoces e tratamentos efetivos.
Para reforçar esses números, diversas pesquisas demonstram que está crescendo os casos de pacientes com baixa visão funcional devido à alguma deficiência.
Neste sentido, um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, analisou os prontuários médicos de pacientes do Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP) entre 2009 e 2017. O artigo foi publicado na revista Scientific Reports.
Em seguida, veja como ocorreu a pesquisa e os resultados sobre como doenças evitáveis podem causar deficiência visual intratável.
A pesquisa
Os pesquisadores levantaram os dados dos prontuários médicos dos pacientes atendidos no ambulatório de Reabilitação Visual do Centro de Reabilitação (CER) do HCFMRP. Dentre as principais informações, estavam causa da baixa visão funcional, o quanto enxergavam e quais foram os auxílios ópticos prescritos.
Ao todo, foram avaliados 1.393 pacientes, separados em três grupos: de 0 a 14 anos, de 15 a 49 anos e com 50 anos ou mais. Os idosos representavam 38,8% dos pacientes e as crianças, 36,7%.
Os resultados
As três maiores causas identificadas de baixa visão funcional nas crianças foram paralisia cerebral (27,9%), toxoplasmose ocular (8,2%) e retinopatia da prematuridade (7,8%). Esses resultados apontam na direção da necessidade de um acompanhamento pré e perinatal das crianças.
Já entre os adultos de meia-idade, estão retinite pigmentosa (7,4%) e distrofia de cones-bastonetes (6,5%). Por fim, os motivos nos idosos são degeneração macular relacionada à idade (25,3%) e retinopatia diabética (18%).
A importância do levantamento está em aumentar o conhecimento sobre as doenças que estão relacionadas à baixa visão funcional. “Se conseguimos evitar a cegueira, melhoramos a qualidade de vida das pessoas e aumentamos a chance desses indivíduos atingirem um maior nível de estudo e produtividade no trabalho. Isto gera um benefício direto para quem sofre a ação em saúde, mas também para seu entorno e a sociedade em geral”, acredita o professor da FMRP e coordenador do estudo, João Marcello Furtado.
Fonte: Giovanna Grepi/Jornal da USP
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Cientistas do mundo todo continuam buscando entender como o novo coronavírus (SARS-Cov-2) afeta o organismo. Em relação aos olhos, desde o surgimento da pandemia, já foram relatadas alterações na conjuntiva, esclera, retina e a presença do vírus nas lágrimas.
Em seguida, saiba mais como foi feita a pesquisa, os resultados e quais serão os próximos passos para entender melhor sobre olhos e covid-19.
Olhos e covid-19: a pesquisa
Os pesquisadores recrutaram 23 pacientes que foram contaminados anteriormente pelo SARS-Cov-2 e 46 voluntários não infectados para compor o grupo de controle.
Todos os indivíduos foram examinados com microscopia confocal in vivo para obter imagens de fibras nervosas subbasais da córnea. O objetivo era estudar a presença de estruturas semelhantes a neuroma, esferas axonais e células dendríticas.
O questionário Ocular Surface Disease Index (OSDI) e o teste lacrimal de Schirmer foram usados como indicadores para avaliar síndrome do olho seco e a doença de superfície ocular.
Olhos e covid-19: os resultados
Em relação ao grupo infectado anteriormente com o novo coronavírus, 91,31% dos pacientes apresentaram alterações do plexo subbasal corneano e tecido corneano compatível com neuropatia de fibras finas. Já oito relataram aumento da sensação de secura ocular após a doença e apresentaram indicadores de síndrome de olho seco.
Axônios em contas foram encontrados em 82,60% dos casos, principalmente em pacientes com sintomas de irritação ocular. Imagens semelhantes a neuroma foram encontradas em 65,22% dos pacientes, mais frequentemente naqueles com escores OSDI >13. Células dendríticas foram encontradas em 69,56% dos pacientes e foram mais frequentes em pacientes assintomáticos mais jovens.
A presença de alterações morfológicas em pacientes até 10 meses após a recuperação da infecção por Sars-CoV-2 aponta para a natureza crônica da neuropatia.
Sobre o grupo de controle, não foram encontrados danos significativos nas fibras nervosas ou no tecido da córnea. Somente em 4% foram identificados neuromas.
Fig. 2 . IVCM captura de indivíduos saudáveis e pacientes que superaram a infecção por COVID19, mostrando sinais morfológicos típicos de neuropatia de fibras pequenas .
Conclusão
O estudo é o primeiro relato de neuropatia induzida por Sars-CoV-2 na superfície ocular. A infecção viral causa axonopatia das fibras sensoriais que se torna crônica após a recuperação dos pacientes.
As alterações morfológicas encontradas em córneas de pacientes com covid-19 são semelhantes às encontradas em córneas diabéticas e com síndrome do olho seco. Além disso, são acompanhadas de perda funcional e alteração da sensibilidade.
Esses pacientes também sofrem dor e desconforto consistentes com os sintomas da síndrome do olho seco.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, autorizou a primeira lente de contato que libera cetotifeno, um fármaco antialérgico, diretamente na córnea (lente mais externa dos olhos). O modelo é elaborado pela farmacêutica Johnson & Johnson Vision Care e também conta com o aval dos ministérios da saúde do Canadá e Japão, países em que os pacientes já utilizam o produto.
Em seguida, entenda como a nova lente libera medicamento nos olhos e como pode ajudar aproximadamente 40% de usuários que relatam precisar de colírios devido às alergias oculares.
Nova lente
O novo modelo de lente é voltado somente para usuários que necessitam do produto e, simultaneamente, sofrem com alergias oculares. Cada lente contém 19 mcg de cetotifeno e podem ser usadas por até 12 horas por dia. Depois disso, devem ser descartadas para não afetar a correção da visão. Segundo o fabricante, o produto alivia os sintomas rapidamente, em aproximadamente três minutos após a colocação.
Vale ressaltar que a nova lente não é indicada para pacientes que apresentam olhos vermelhos, mais de 1,00 D de astigmatismo, doenças oftalmológicas que afetem a córnea, conjuntiva ou pálpebras e olho seco severo.
Estudos
A Johnson & Johnson conduziu uma pesquisa que revelou que 8 a cada 10 usuários que sofrem com alergia ocular ficam frustrados ao precisar pingar o colírio antialérgico ao mesmo tempo em que usam lentes de contato.
Os testes clínicos realizados com 244 participantes demonstraram que não ocorreu efeitos adversos graves. Os resultados foram publicados na revista científica Cornea.
Brasil
Em relação à comercialização da nova lente de contato com medicamento antialérgico no Brasil, a Johnson & Johnson disse, em comunicado oficial, que já deu início ao processo de regularização nos órgãos competentes.
Fonte: O Globo
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A degeneração da retina, por meio de deterioração progressiva e perda da função dos fotorreceptores, é um dos principais motivos de perda definitiva da visão em todo o mundo.
Atualmente, o tratamento envolve próteses retinianas colocadas em neurônios retinianos sobreviventes, que são eletricamente estimulados com dispositivos implantados no olho, além de terapia optogenética.
Dessa forma, os procedimentos são invasivos, como cirurgias de implantação complexas e terapia gênica. Agora, uma pesquisa divulgada na revista científica BME Frontiers descobriu que a estimulação da retina por meio de ultrassom pode acionar certos circuitos neurais ligados ao cérebro e restabelecer parte da visão.
Em seguida, veja como foi feito o estudo e como os resultados podem levar ao desenvolvimento de prótese de retina não invasiva e capacitada para funcionar sem necessidade de cirurgia.
Recuperação da visão: a pesquisa
Os cientistas aplicaram estímulos na retina de ratos cegos por meio de ultrassom em área específica da membrana. Dessa forma, pequenos grupos de neurônios, incluindo o colículo superior e o córtex visual primário (V1), foram ativados e conseguiram enviar sinais para o cérebro.
As atividades dos neurônios induzidas pelo transdutor de ultrassom de 3,1 MHz com foco esférico personalizado mostraram boa resolução espacial de 250 μm e resolução temporal de 5 Hz nos centros visuais dos roedores. Além disso, um transdutor helicoidal de 4,4 MHz personalizado adicional foi implementado para gerar um padrão de estimulação estática de formas de letras.
Agora, os pesquisadores pretendem desenvolver um dispositivo para realizar experimentos em pacientes humanos. Isso porque, durante o estudo, os neurônios liberavam sinal mais forte quando ativados cinco vezes por segundo. Entretanto, o cérebro humano possui velocidade de cálculo muito maior, o que pode gerar imagens muito irregulares.
Neste sentido, a pesquisa investigará se é necessário aplicar uma frequência maior do ultrassom para ativar os neurônios de forma mais intensa.
Uma empresa demonstrou interesse em comprar a licença sobre a técnica e fornecer suporte para a realização de futuros experimentos em outros animais, como coelhos e macacos. A expectativa é que experimentos sejam feitos em humanos nos próximos cinco anos.
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