Estão abertas as inscrições para a segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”, realizado pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
O lançamento oficial do concurso ocorreu no dia 08 de agosto e contou com a participação do presidente da ABLAO, Pedro Pires, do diretor de extensão da ABLAO, Augusto César, do cofundador e CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, e do retinólogo e professor de Oftalmologia na FURB, Fernando Penha. Com o objetivo de inspirar os ligantes participantes do concurso, Penha apresentou os resultados do Mutirão do Diabetes de Blumenau, ação social que lidera desde 2018.
O concurso selecionará 10 projetos que objetivem a redução da cegueira por patologias do segmento posterior por meio da realização de exames de fundo de olho e uso de telemedicina e de inteligência artificial. Para apoiar os alunos, a Phelcom disponibilizará 20 unidades do seu retinógrafo portátil Eyer, com acesso ao recurso EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, com alta qualidade, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, facilitando laudos remotos e o acompanhamento da progressão do paciente. Já o sistema de IA EyerMaps detecta com alta acurácia e em poucos segundos qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
Os interessados devem se inscrever até às 14h de 09 de setembro. As equipes receberão treinamento para manusear o Eyer e terão dois meses para executar o projeto. Os vencedores serão premiados durante a sessão ABLAO no Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (SIMASP), em 22 de fevereiro, em São Paulo.
O projeto vencedor ganhará um Eyer da Phelcom e convite para apresentar o projeto na sessão ABLAO no Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO) 2025. Já o segundo e terceiro colocados receberão um Eyer cada.
Confira o edital completo da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro” aqui ou acesse através do QRCode abaixo:
Mudanças
Para a edição deste ano, três mudanças principais foram implementadas: a avaliação dos projetos pelo número de vidas impactadas, a possibilidade de continuidade e a oportunidade de publicação dos resultados obtidos. “Nosso objetivo é que o aluno de medicina participe ativamente das ações para que tenha a oportunidade de pensar em termos epidemiológicos, nas dores da população e consiga, de fato, resolver o problema”, ressaltou o presidente da ABLAO, Pedro Pires, durante o lançamento.
O CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, destacou que o concurso possui três pilares com potencial de transformar o país:
Educação – permitir que estudantes de medicina realizem exames oftalmológicos, conheçam diversas doenças oculares, atuem diretamente com pacientes e adquiram experiência prática, familiarizando-se com a realidade da saúde no Brasil antes de seguirem para a residência e para o mercado de trabalho;
Impacto social – promover ações sociais de grande impacto voltadas para pacientes que realmente necessitam, como idosos, indígenas, diabéticos e outras minorias;
Inovação – junto com os outros dois pilares, é possível promover transformações e avanços no Brasil. “E nada melhor do que trabalhar com os estudantes, que trazem consigo brilho, energia e o desejo de transformar a realidade, não se contentando com o status quo e sempre buscando fazer o melhor”, afirma Stuchi.
Vantagens para o estudante
Além de impactar no diagnóstico de patologias da retina e encaminhamento de pacientes, o concurso busca estimular o ensino oftalmológico na graduação, fomentar a criatividade e senso de voluntariado, estimular a prática exercida na realidade, desenvolver habilidades de gestão e criação de projetos e incentivar o uso de novas tecnologias para o ensino médico e para o desenvolvimento em saúde.
Objetivos também da ABLAO, que desde 2013 incentiva o ensino, a pesquisa e projetos de extensão das Ligas Acadêmicas de Oftalmologia filiadas, além de criar oportunidades para integração das ligas e fomentar o interesse pela área.
Para o diretor de extensão da ABLAO, Augusto César, o concurso é uma oportunidade tanto para identificar doenças em estágios iniciais quanto para fazer uma diferença significativa na vida de pacientes com condições avançadas. “Nas ligas acadêmicas, os atendimentos são geralmente realizados em um ambiente controlado, com pacientes selecionados e inseridos em um contexto específico. No entanto, ao propor um projeto e começar a recrutar pacientes, você se depara diretamente com a realidade da saúde pública, sem filtros”, explica.
Projeto vencedor deu continuidade aos projetos sociais
O projeto “Mutirão de Olho no Diabetes em Guaraciaba-MG”, da Liga Acadêmica de Oftalmologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais – Campus Betim, foi o vencedor da primeira edição do “De Olhos para o Futuro”. Para os estudantes da liga, a experiência de realizar dois mutirões de diabetes foi de grande aprendizado, enriquecimento e crescimento.
“A participação no concurso ampliou significativamente nosso networking e consolidou parcerias fundamentais para o desenvolvimento de nossa trajetória, bem como para a futura carreira médica que almejamos seguir. O crescimento da Liga tem sido exponencial, com a expansão dos nossos projetos de maneira notável”, relata a ligante Júlia Pinheiro Amantéa Vilela, atualmente membro do setor de Extensão da ABLAO e colaboradora na coordenação do concurso.
Liga da PUC-MG durante projeto social realizado na primeira edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
A liga vencedora recebeu um retinógrafo portátil Eyer, o que permitiu a continuidade dos trabalhos sociais. Após a participação no concurso, os estudantes concluíram os atendimentos pendentes em Guaraciaba (MG) e iniciaram um novo projeto de extensão voltado para a saúde ocular em uma comunidade quilombola dos Arturos, localizada em Contagem (MG).
Simultaneamente, realiza mini mutirões em diversas unidades de saúde na região metropolitana de Belo Horizonte, onde os integrantes fazem estágios. Além disso, têm ministrado aulas para capacitar os ligantes no uso do Eyer, garantindo que eles aprimorem suas técnicas. “E, em primeira mão, já definimos a nova cidade para realizar o mutirão de diabetes em 2025”, revela Vilela.
Com toda a experiência adquirida por meio do concurso, Vilela oferece um conselho às ligas participantes da próxima edição. “Foquem em inovação. Busquem ideias inéditas que gerem grande impacto social. Além disso, nunca subestimem a importância da colaboração. Um trabalho em equipe bem-feito e bem-organizado é fundamental para que tudo flua de forma eficiente e para que alcancem os resultados desejados”, afirma.
Exame do fundo de olho feito com o Eyer em mutirão de rastreamento de retinopatia diabética em Guaraciaba (MG) realizado na primeira edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente e foi utilizada em mais de 100 ações sociais.