No dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, uma iniciativa criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para sensibilizar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e manejo adequado da doença.
A data foi escolhida em homenagem ao aniversário de Frederick Banting, um dos cientistas responsáveis pela descoberta da insulina. Atualmente, o diabetes afeta cerca de 537 milhões de adultos (entre 20 e 79 anos) no mundo, segundo a IDF. Projeções indicam que esse número pode chegar a 643 milhões até 2030 e 783 milhões até 2045. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que 20 milhões de pessoas convivam com a doença.
Um dos exames mais eficazes para detectar manifestações do diabetes é a retinografia, que identifica lesões oculares causadas pela retinopatia diabética, uma das complicações mais frequentes da doença. O diabetes pode danificar os vasos sanguíneos da retina, levando à perda de visão se não tratado a tempo. Além de facilitar o diagnóstico precoce, a retinografia também auxilia no monitoramento da progressão da condição, possibilitando intervenções mais rápidas e eficazes para preservar a saúde do paciente.
A Phelcom participa ativamente de diversos mutirões pelo Brasil durante o mês de novembro, contribuindo de forma significativa com trabalho voluntário dos fundadores e colaboradores, além do empréstimo de até 10 unidades do retinógrafo portátil Eyer2 e acesso à plataforma EyerCloud para agilizar a realização e análise dos exames.
Além disso, a Phelcom inovou ao desenvolver, sem custos e de forma exclusiva, um aplicativo para tornar digital toda a jornada do paciente nos mutirões. Temporariamente denominado “Gestão de Prontuário Eletrônico em Mutirões de Diabetes”, o app permitiu o acompanhamento em tempo real das etapas do atendimento por meio de um “mutirômetro” — um painel que exibe na televisão os dados coletados, como a quantidade de pessoas atendidas e o tempo médio de permanência em cada fase do atendimento.
Com Eyer, voluntário faz a leitura do QR Code com prontuário eletrônico da paciente no Mutirão do Diabetes de Itabuna em 2023.
O presidente da ONG Unidos pelo Diabetes, Rafael Andrade, mostra “mutirômetro” gerado por aplicativo da Phelcom durante o Mutirão do Diabetes de Itabuna em 2023.
20º Mutirão de Diabetes de Itabuna (BA)
O Mutirão do Diabetes de Itabuna, na Bahia, é reconhecido como o maior evento de prevenção e tratamento do diabetes no Brasil. A 20ª edição, realizada nos dias 9 e 10 de novembro, reafirmou essa importância ao atender mais de 600 pacientes com uma ampla gama de exames, incluindo avaliação do fundo do olho, pé diabético, avaliação renal e bioquímica, além de encaminhamentos para tratamentos específicos.
Este evento é tão impactante que foi classificado pela IDF como um dos maiores do mundo em sua categoria. Seu modelo de atendimento é referência e tem sido replicado em mais de 40 cidades brasileiras e no exterior, em países como a Dinamarca.
Desde sua criação, o mutirão já atendeu mais de 30 mil pacientes, sendo que cerca de 3 mil deles foram tratados gratuitamente com fotocoagulação a laser para combater a retinopatia diabética grave ou o edema macular diabético, prevenindo a cegueira em muitos casos.
O evento conta com o apoio da Phelcom, que nesta edição levou novamente tecnologias de telemedicina e inteligência artificial para o rastreamento da retinopatia diabética. “Essa inovação ampliou nossa capacidade de atendimento e trouxe agilidade, reduzindo a necessidade de recursos humanos especializados no local. A evolução da IA tem transformado nossos mutirões, tornando-os cada vez mais eficientes”, destaca o presidente da ONG Unidos Pelo Diabetes e coordenador do evento, Rafael Andrade.
Ao final do mutirão, a Phelcom doou um retinógrafo portátil Eyer2 para a ONG Unidos Pelo Diabetes, organizadora da ação.
Exame feito com o Eyer2 em paciente no 20º Mutirão de Diabetes de Itabuna (BA).
O evento também incorporou, desde o ano passado, o aplicativo desenvolvido pela Phelcom, que digitaliza toda a coleta de dados clínicos em uma ficha inteligente, adaptada ao fluxo multidisciplinar de avaliação da retina, sistema cardíaco, renal e do pé diabético. Essa solução cria um banco de dados robusto em tempo real, facilitando a gestão das informações.
Outras vantagens são a significativa economia de papel, a redução de falhas no processo e a maior eficiência no rastreamento de cada paciente durante o evento. Em poucas horas após o término do mutirão, todos os dados são consolidados e analisados, permitindo um feedback ágil para a equipe.
Além dos atendimentos clínicos, a ação promove a Cidade do Diabetes, uma feira de saúde que oferece diversas ações de prevenção, como testes de glicemia, consultas endocrinológicas, cuidados com a saúde bucal, oficinas educativas, aulas de atividades físicas e a Pedalada Azul, que reuniu cerca de mil ciclistas este ano.
“É essencial conscientizar a população, os gestores e os profissionais de saúde sobre a gravidade do diabetes. Essa é a doença crônica que mais mata e que causa as complicações mais severas, mas que podem ser prevenidas”, destacou o presidente da Federação Nacional do Diabetes e coordenador da IDF para a América do Sul, Fadlo Fraige, em entrevista para o portal Cacau e Chocolate.
Colaboradores da Phelcom foram voluntários no 20º Mutirão de Diabetes de Itabuna (BA).
6º Mutirão do Diabetes de Blumenau (SC)
O 6º Mutirão do Diabetes de Blumenau, em Santa Catarina, será realizado no dia 23 de novembro, no Setor 3 do Parque Vila Germânica, com a expectativa de atender até 1.500 pessoas. Também liderada pela ONG Unidos Pelo Diabetes, a iniciativa busca oferecer exames e orientações gratuitas para o controle e prevenção da doença.
O atendimento será gratuito, mas os interessados devem realizar o agendamento prévio em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) mais próxima, por meio da rede municipal de saúde, até o dia 14 de novembro.
27ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes – ANAD
A 27ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes, promovida pela Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) com o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes, será realizada no dia 1º de dezembro na Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo. Esse mutirão é voltado para o combate ao diabetes no país, oferecendo uma gama de exames e avaliações gratuitos à população.
Durante o evento, os participantes terão acesso a exames como fundo de olho, glicemia, aferição de pressão arterial, hemoglobina glicada e perfil lipídico, além de avaliações cardiológicas, vasculares, odontológicas e fisioterápicas. Também serão oferecidas orientações sobre nutrição, atividade física e de cuidados com os pés e encaminhamentos para tratamentos especializados.
A Phelcom estará presente, contribuindo com suas tecnologias e o apoio voluntário de seus colaboradores. “Para nós, apoiar campanhas como essa é uma forma de contribuir para um impacto positivo na saúde pública. Ao levar nossas tecnologias para esses mutirões, estamos não apenas ampliando o acesso ao diagnóstico precoce, mas também nos alinhando ao nosso propósito de transformar vidas por meio da inovação e tecnologia”, afirma o Co-Founder e COO da Phelcom Technologies, Flávio Pascoal Vieira.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O primeiro protótipo da Phelcom foi inspirado pela experiência pessoal de um dos sócios, Diego Lencione, cujo irmão enfrentou uma grave condição que comprometeu severamente sua visão desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Cinco anos depois, lançou o Eyer2, uma plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Atualmente, a tecnologia da Phelcom já beneficiou mais de duas milhões de pessoas no Brasil e em diversos países, sendo utilizada também em mais de 100 ações sociais.
Estão abertas as inscrições para a segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro”, realizado pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
O lançamento oficial do concurso ocorreu no dia 08 de agosto e contou com a participação do presidente da ABLAO, Pedro Pires, do diretor de extensão da ABLAO, Augusto César, do cofundador e CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, e do retinólogo e professor de Oftalmologia na FURB, Fernando Penha. Com o objetivo de inspirar os ligantes participantes do concurso, Penha apresentou os resultados do Mutirão do Diabetes de Blumenau, ação social que lidera desde 2018.
O concurso selecionará 10 projetos que objetivem a redução da cegueira por patologias do segmento posterior por meio da realização de exames de fundo de olho e uso de telemedicina e de inteligência artificial. Para apoiar os alunos, a Phelcom disponibilizará 20 unidades do seu retinógrafo portátil Eyer, com acesso ao recurso EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, com alta qualidade, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, facilitando laudos remotos e o acompanhamento da progressão do paciente. Já o sistema de IA EyerMaps detecta com alta acurácia e em poucos segundos qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
Os interessados devem se inscrever até às 14h de 09 de setembro. As equipes receberão treinamento para manusear o Eyer e terão dois meses para executar o projeto. Os vencedores serão premiados durante a sessão ABLAO no Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (SIMASP), em 22 de fevereiro, em São Paulo.
O projeto vencedor ganhará um Eyer da Phelcom e convite para apresentar o projeto na sessão ABLAO no Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO) 2025. Já o segundo e terceiro colocados receberão um Eyer cada.
Confira o edital completo da segunda edição do concurso “De Olhos para o Futuro” aqui ou acesse através do QRCode abaixo:
Mudanças
Para a edição deste ano, três mudanças principais foram implementadas: a avaliação dos projetos pelo número de vidas impactadas, a possibilidade de continuidade e a oportunidade de publicação dos resultados obtidos. “Nosso objetivo é que o aluno de medicina participe ativamente das ações para que tenha a oportunidade de pensar em termos epidemiológicos, nas dores da população e consiga, de fato, resolver o problema’, ressaltou o presidente da ABLAO, Pedro Pires, durante o lançamento.
O CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi, destacou que o concurso possui três pilares com potencial de transformar o país:
Educação – permitir que estudantes de medicina realizem exames oftalmológicos, conheçam diversas doenças oculares, atuem diretamente com pacientes e adquiram experiência prática, familiarizando-se com a realidade da saúde no Brasil antes de seguirem para a residência e para o mercado de trabalho;
Impacto social – promover ações sociais de grande impacto voltadas para pacientes que realmente necessitam, como idosos, indígenas, diabéticos e outras minorias;
Inovação – junto com os outros dois pilares, é possível promover transformações e avanços no Brasil. “E nada melhor do que trabalhar com os estudantes, que trazem consigo brilho, energia e o desejo de transformar a realidade, não se contentando com o status quo e sempre buscando fazer o melhor”, afirma Stuchi.
Vantagens para o estudante
Além de impactar no diagnóstico de patologias da retina e encaminhamento de pacientes, o concurso busca estimular o ensino oftalmológico na graduação, fomentar a criatividade e senso de voluntariado, estimular a prática exercida na realidade, desenvolver habilidades de gestão e criação de projetos e incentivar o uso de novas tecnologias para o ensino médico e para o desenvolvimento em saúde.
Objetivos também da ABLAO, que desde 2013 incentiva o ensino, a pesquisa e projetos de extensão das Ligas Acadêmicas de Oftalmologia filiadas, além de criar oportunidades para integração das ligas e fomentar o interesse pela área.
Para o diretor de extensão da ABLAO, Augusto César, o concurso é uma oportunidade tanto para identificar doenças em estágios iniciais quanto para fazer uma diferença significativa na vida de pacientes com condições avançadas. “Nas ligas acadêmicas, os atendimentos são geralmente realizados em um ambiente controlado, com pacientes selecionados e inseridos em um contexto específico. No entanto, ao propor um projeto e começar a recrutar pacientes, você se depara diretamente com a realidade da saúde pública, sem filtros”, explica.
Projeto vencedor deu continuidade aos projetos sociais
O projeto “Mutirão de Olho no Diabetes em Guaraciaba-MG”, da Liga Acadêmica de Oftalmologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais – Campus Betim, foi o vencedor da primeira edição do “De Olhos para o Futuro”. Para os estudantes da liga, a experiência de realizar dois mutirões de diabetes foi de grande aprendizado, enriquecimento e crescimento.
“A participação no concurso ampliou significativamente nosso networking e consolidou parcerias fundamentais para o desenvolvimento de nossa trajetória, bem como para a futura carreira médica que almejamos seguir. O crescimento da Liga tem sido exponencial, com a expansão dos nossos projetos de maneira notável”, relata a ligante Júlia Pinheiro Amantéa Vilela, atualmente membro do setor de Extensão da ABLAO e colaboradora na coordenação do concurso.
Liga da PUC-MG durante projeto social realizado na primeira edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
A liga vencedora recebeu um retinógrafo portátil Eyer, o que permitiu a continuidade dos trabalhos sociais. Após a participação no concurso, os estudantes concluíram os atendimentos pendentes em Guaraciaba (MG) e iniciaram um novo projeto de extensão voltado para a saúde ocular em uma comunidade quilombola dos Arturos, localizada em Contagem (MG).
Simultaneamente, realiza mini mutirões em diversas unidades de saúde na região metropolitana de Belo Horizonte, onde os integrantes fazem estágios. Além disso, têm ministrado aulas para capacitar os ligantes no uso do Eyer, garantindo que eles aprimorem suas técnicas. “E, em primeira mão, já definimos a nova cidade para realizar o mutirão de diabetes em 2025”, revela Vilela.
Com toda a experiência adquirida por meio do concurso, Vilela oferece um conselho às ligas participantes da próxima edição. “Foquem em inovação. Busquem ideias inéditas que gerem grande impacto social. Além disso, nunca subestimem a importância da colaboração. Um trabalho em equipe bem-feito e bem-organizado é fundamental para que tudo flua de forma eficiente e para que alcancem os resultados desejados”, afirma.
Exame do fundo de olho feito com o Eyer em mutirão de rastreamento de retinopatia diabética em Guaraciaba (MG) realizado na primeira edição do concurso “De Olhos para o Futuro”.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente e foi utilizada em mais de 100 ações sociais.
Mais de 410 mil atendimentos oftalmológicos em 25 estados brasileiros e três países, além de mais de 180 mil óculos doados. Esses são os resultados da Renovatio, uma organização sem fins lucrativos que leva saúde visual e óculos de grau para aqueles que mais precisam.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada seis brasileiros apresenta algum problema na visão. Com um ônibus adaptado de 100m², transformado em duas clínicas oftalmológicas móveis de última geração, a ONG consegue atender locais que sofrem com falta de acesso à saúde, como cidades do interior, aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas, dentre outros.
“Acreditamos que os lugares de mais difícil acesso são os que mais precisam de nós. Hoje, 71% dos municípios brasileiros não têm sequer um médico oftalmologista”, conta a oftalmologista e diretora médica da Renovatio, Bruna Gil Ferreira.
Desde 2022, a ONG utiliza o retinógrafo portátil Eyer para triagem dos pacientes. Atualmente, contam com quase 50 equipamentos. Os principais fatores para a escolha do Eyer foram a portabilidade, o fato de ser um produto brasileiro e a plataforma em nuvem EyerCloud, que permite o armazenamento e compartilhamento dos exames de forma remota e em tempo real.
“A possibilidade de enviar as imagens para análise e consulta médica imediata, mesmo em áreas remotas, contribui para uma avaliação mais ágil e eficaz dos pacientes. Às vezes, estou em São Paulo e acesso, em tempo real, o exame de um paciente sendo atendido no Parque Indígena do Xingu”, destaca Ferreira.
ONG investiu no Eyer devido à plataforma em nuvem EyerCloud, dentre outros fatores.
Durante as ações sociais, a equipe avalia acuidade visual, tonometria, ceratometria e fundo de olho com o Eyer. Quando o sistema de inteligência artificial EyerMaps detecta possíveis alterações retinianas, o paciente é encaminhado para uma consulta médica com um especialista.
Em caso de suspeita de alteração, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina. O sistema consegue auxiliar na detecção de doenças como glaucoma, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, tortuosidade vascular, oclusões, papiledema, retinose pigmentar e nevus, dentre outras.
Ferreira ressalta que a maioria dos trabalhos sociais na área oftalmológica segue protocolos baseados apenas na acuidade visual e, dessa forma, outras doenças não são diagnosticadas. “Incluir o Eyer em nosso protocolo contribuiu muito para identificarmos doenças silenciosas que podem passar despercebidas nas triagens focadas apenas na visão”.
Criança é examinada com Eyer durante ação social da ONG Renovatio.
Coriorretinite causada por toxoplasmose
Com o armazenamento de todas as retinografias feitas no EyerCloud, a Renovatio realizou um estudo comparativo da frequência de cicatrizes de coriorretinite devido à toxoplasmose em regiões do Brasil.
Ao todo, foram avaliadas 9.648 retinografias, sendo:
Distrito Federal (DF) – 2.496;
Tocantins (TO) – 2.426;
São Paulo (SP) – 1.862;
Minas Gerais (MG) – 1.602;
Rio Grande do Norte (RN) – 742;
Rio de Janeiro (RJ) – 502.
A maioria dos exames (89,04%) não apresentaram alterações. De 10,95% de imagens com alterações, 7,09% continham suspeitas e confirmações de cicatrizes de coriorretinite, sendo:
Tocantins (TO) – 62,7%;
Minas Gerais (MG) – 14,7%;
Distrito Federal (DF) – 10,07%;
São Paulo (SP) – 8%;
Rio de Janeiro (RJ) – 2,7%;
Rio Grande do Norte (RN) – 1,3%.
Dentre os resultados obtidos em todos os estados, observou-se maior prevalência em mulheres (74,7%) e maior número de casos no olho esquerdo (37,3%), seguido de ambos os olhos (33,3%) e olho direito (29,3%).
Ainda vale ressaltar que o estado de Tocantins apresentou a maior incidência da doença no olho esquerdo (26,7%), em ambos os olhos (17,3%) e no olho direito (18,7% dos casos diagnosticados).
O uso do Eyer integrado ao EyerCloud permitiu à ONG fazer este importante mapeamento, que pode auxiliar em condutas futuras relacionadas à toxoplasmose, patologia que pode levar à perda de visão.
ONG Renovatio já percorreu 25 estados brasileiros levando consultas oftalmológicas grátis e doação de óculos de grau para aqueles que mais precisam.
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
Atualmente, já foram feitos mais de 15 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão. A tecnologia também está presente nos Emirados Árabes e com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
Recentemente, a Phelcom lançou o Eyer2, uma verdadeira plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
Com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas, o novo equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, terçol, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente e foi utilizada em mais de 100 ações sociais.
Em 2019, o Co-Founder e COO da Phelcom Technologies, Flávio Pascoal Vieira, participou pela primeira vez do Mutirão do Diabetes de Itabuna, na Bahia. A empresa havia disponibilizado o retinógrafo portátil Eyer, recém-lançado no mercado, para os exames de retina dos pacientes.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, além de disponibilizar as fotografias na plataforma online EyerCloud, facilitando o diagnóstico remoto.
Ao chegar no mutirão, Vieira presenciou uma cena que não saiu mais da sua cabeça: em uma sala pequena, duas voluntárias estavam rodeadas de montanhas de papel. “Eram os prontuários dos pacientes. Elas passavam as informações dos arquivos, um por um, para uma planilha de Excel”, relembra.
Para se ter uma ideia, a International Diabetes Federation (IDF) classificou o Mutirão de Itabuna como um dos maiores eventos de prevenção e tratamento da doença no mundo. Aproximadamente 500 pessoas são atendidas por edição.
No ano seguinte, a mesma situação, mas com o agravo da pandemia de covid-19. Diante desse cenário, Vieira começou a pensar em formas de ajudar nesse processo. A primeira ação foi pré-preencher as fichas dos pacientes que já haviam participado de outras edições. Isso diminuiu o tempo necessário para a triagem.
Com a experiência e os aprendizados de quatro anos de ações realizadas, a equipe da Phelcom, em parceria com a ONG Unidos pelo Diabetes, organizadora do evento, desenvolveu um aplicativo para tornar digital toda a jornada do paciente no mutirão.
COO da Phelcom, Flávio Pascoal Vieira, e o presidente da ONG Unidos pelo Diabetes, Rafael Andrade, no Mutirão do Diabetes de Itabuna 2023.
O aplicativo
O aplicativo, batizado temporariamente de Gestão de Prontuário Eletrônico em Mutirões de Diabetes, foi utilizado pela primeira vez no Mutirão de Itabuna em 2023, que ocorreu em novembro.
Confira abaixo como funciona:
Triagem
Cadastro dos dados do paciente. Se ele participou de outras edições, a ficha já está pré-preenchida. Em seguida, o paciente ganha um crachá com QRCode para o exame de retinografia. “Isso economiza tempo, pois não é mais necessário digitar nome, idade e outros dados. Dessa forma, atende-se mais pessoas com o mesmo número de equipamentos”, explica Vieira.
Com Eyer, voluntário faz a leitura do QR Code com prontuário eletrônico da paciente.
Anamnese
Perguntas sobre saúde de modo geral, como prática de exercícios físicos, alimentação, tabagismo, comorbidades, se possui diabetes e há quanto tempo etc. “O cardiologista e o nefrologista não precisam mais perguntar sobre isso, por exemplo, pois as informações já estão preenchidas. Tudo o que puder ser automatizado libera os médicos para cuidar apenas da parte humana” ressalta Vieira.
Retinografia
Exame feito com o Eyer e com o uso da inteligência artificial EyerMaps, que detecta possíveis alterações retinianas em poucos minutos. Dois oftalmologistas, um presencial e outro remoto, confirmavam se a indicação da IA estava correta.
Imagem do aplicativo com perguntas sobre os resultados do exame de retinografia.
“A telemedicina com retinografia digital e inteligência artificial trouxe um grande diferencial na amplificação e agilidade na capacidade de atendimento com menor necessidade de recursos humanos especializados presentes. Isto vem mudando nossos mutirões, tornando-os cada vez melhores com a evolução exponencial da IA”, conta o presidente da ONG e coordenador do mutirão, Rafael Andrade.
Exame de fundo de olho feito com Eyer. No lado esquerdo, retina saudável. No lado direito, mapa de atenção gerado pela inteligência artificial EyerMaps indica possíveis alterações retinianas.
Exames adicionais
Caso o Eyer indique possíveis alterações na retina, o paciente é encaminhado para exames cardiológicos, dos rins e do pé diabético.
Imagem do aplicativo com perguntas para o exame de rim.
Orientações finais
No final da jornada, todos os pacientes recebiam orientações sobre os cuidados necessários e, os que apresentavam complicações da diabetes, como retinopatias e outros problemas, eram encaminhados para o tratamento adequado.
Imagem do aplicativo com resultados e orientações finais ao paciente.
Por meio do aplicativo, todos os dados clínicos coletados foram compilados por uma ficha digital inteligente adaptada ao fluxo multidisciplinar de avaliação da retina, cardíaca, renal e do pé diabético, construindo um banco de dados complexo em tempo real.
Mutirômetro
No mutirão de 2023, os dados coletados eram exibidos em tempo real no “mutirômetro”, um dashboard na televisão, que mostrava a quantidade de pessoas e o tempo médio de permanência em cada etapa de atendimento. Por exemplo, se a fila da cardiologia estava pequena e a da anamnese grande, os organizadores conseguiam remanejar a equipe rapidamente.
Mutirômetro exibiu dados coletados pelo aplicativo em tempo real.
O uso do aplicativo no Mutirão do Diabetes de Itabuna também permitiu:
Economia no uso de papel;
Diminuir falhas ao longo do processo, como assinalar opções erradas ou pular perguntas – o app não salva a ficha do paciente se estiver algum item sem preencher;
Rastrear o paciente em cada etapa;
Compilar os dados em poucas horas após o fim do mutirão. Antes, esse processo demorava entre três e quatro meses.
“Tudo isso agilizou muito o processo e permitiu fazer mais pacientes por hora”, ressalta Vieira.
Além do mutirão de Itabuna, as tecnologias foram utilizadas no mutirão de diabetes em Blumenau (SC), em dezembro. “Por terem a mesma jornada do paciente, foi fácil adaptarmos o aplicativo de um evento para o outro”, fala Vieira.
Resultados gerais, em tempo real, exibidos no mutirômetro no Mutirão do Diabetes de Blumenau.
Mutirômetro mostrava em tempo real a jornada do paciente.
Comorbidades detectadas durante o Mutirão do Diabetes de Blumenau.
Resultados dos exames de pé diabético realizados no mutirão.
Exames de rim realizados no mutirão.
Diretoria de Inovação
O aplicativo e o mutirômetro são as primeiras ferramentas da recém-criada Diretoria de Inovação da Phelcom. A nova diretoria da Phelcom é dividida em três pilares:
Innovation for Phelcom – ferramentas feitas pela Phelcom para a Phelcom;
Phelcom for Education – apoio para pesquisa e artigos acadêmicos;
Phelcom Social – ações de saúde voltadas para a comunidade.
“A inovação faz parte do nosso DNA. Desde os primeiros meses, quando nos reunimos para criar um retinógrafo portátil que pudesse revolucionar a maneira como a saúde visual é acessada e tratada, sabíamos que estávamos embarcando em uma jornada de constante evolução e descoberta. E a Diretoria de Inovação é uma manifestação concreta desse compromisso”, afirma Vieira.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Rastreamento de retinopatia diabética e ações de ensino e de incentivo científico no interior de Minas Gerais. Investigação da prevalência de alterações retinianas em pacientes do norte do Rio Grande do Sul. Rastreamento de retinopatia diabética no ABC paulista. Esses foram os respectivos projetos vencedores do concurso “De Olhos para o Futuro”, realizado pela Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) em parceria com a Phelcom Technologies e com apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
O concurso selecionou 10 projetos com foco na redução da cegueira por patologias do segmento posterior por meio da realização de exames de fundo de olho e uso de telemedicina e de inteligência artificial. Para apoiar os alunos, a Phelcom disponibilizou 20 unidades do seu retinógrafo portátil Eyer, com acesso ao recurso EyerMaps e ao sistema em nuvem EyerCloud.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, com alta qualidade, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, facilitando laudos remotos e o acompanhamento da progressão do paciente. Já o sistema de IA EyerMaps detecta com alta acurácia e em poucos segundos qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
A premiação ocorreu em 01 de dezembro, durante o Congresso de Oftalmologia da Universidade de São Paulo (COUSP), em São Paulo, e reuniu o presidente da ABLAO, Luís Expedito Sabage, o diretor científico da ABLAO, Pedro Pires, o co-fundador e COO da Phelcom, Flávio Pascoal Vieira, a analista de marketing da Phelcom e líder do projeto em nome da empresa, Manoela Campos, e representantes de oito ligas participantes.
Sabage abriu o evento destacando que a participação das ligas excedeu as expectativas. Ao todo, 25 ligas de todo o Brasil enviaram seus projetos. Em seguida, Vieira destacou a importância da participação em projetos sociais na construção da vida acadêmica dos alunos e o quanto a Phelcom valoriza ações como essas, até mesmo nas contratações dos colaboradores da empresa.
Após compartilhar os feedbacks da banca avaliadora e os pontos de melhorias para a continuação dos projetos, o presidente da ABLAO entregou os certificados para os 10 grupos selecionados, destacando a relevância dos trabalhos realizados, e revelou os ganhadores do 1º De Olhos para o Futuro:
1º. “Mutirão de Olho no Diabetes em Guaraciaba-MG” – Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais – Campus Betim.
2º. “De Olhos Para o Futuro: Prevalência de Alterações de Retina em Pacientes Atendidos em Ambulatórios de Especialidades no Norte do Rio Grande Do Sul” – Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Passo Fundo.
3º. “Projeto de Implementação do Programa de Rastreio de Retinopatia Diabética na região do ABC” – Faculdade de Medicina do ABC.
Os três primeiros lugares ganharam um Eyer cada e inscrições para o Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO) de 2024, além de troféus consagrando o pódio.
A estudante Júlia Pinheiro Amantéa Vilela, da liga vencedora do concurso, conta que a experiência de realizar dois mutirões de diabetes inteiramente organizados por acadêmicos foi algo de grande aprendizado, enriquecimento e crescimento. “Ver de perto a importância da oftalmologia e dos exames na prevenção e poder levar isso àqueles que não têm acesso a esse serviço há anos é gratificante. Além disso, despertou em nós um olhar mais atencioso a essas populações, tanto que desenvolvemos outras ações simultâneas e estamos pensando em novos projetos para o futuro”, conta.
Por fim, o COO da Phelcom entregou um troféu para Sabage, representando a ABLAO, como forma de agradecimento pela parceria durante os seis meses de execução do concurso.
Mutirão de Olho no Diabetes em Guaraciaba (MG)
Liga de oftalmologia da PUC Minas fez exames do fundo de olho com o Eyer em 250 pessoas durante três mutirões em Guaraciaba (MG).
A Liga Acadêmica de Oftalmologia da PUC Minas promoveu mutirões para rastreamento de retinopatia diabética em três Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guaraciaba (MG), cidade com 11 mil habitantes.
Todos os alunos voluntários tiveram a oportunidade de atuar em diversas atividades dos mutirões, como aplicação de colírio, entrevista com o paciente, medição da acuidade visual e exame de fundo do olho.
Nos casos em que o EyerMaps apontou possíveis achados patológicos no fundo de olho, o paciente era submetido a uma fundoscopia com o oftalmoscópio binocular indireto, diagnosticado e encaminhado para tratamento.
Ao todo, 250 pessoas foram atendidas, sendo 80 diagnosticadas com alterações retinianas e conduzidas para tratamento e duas encaminhadas para tratamento de urgência. Participaram dos mutirões 29 alunos voluntários.
A ação social realizada pela liga também venceu o Festival de Vídeos 2023 do Instituto de Olhos da Ciências Médicas (IOCM), de Belo Horizonte (MG), na categoria “Quero ser um R1”, destinada a acadêmicos.
“Durante os dois meses em que ficamos com o Eyer, pensamos no que poderíamos fazer além de dois mutirões previamente planejados. Foi a partir disso que começamos a elaborar outras atividades que englobassem tudo aquilo que constitui uma liga acadêmica: o ensino, a pesquisa e a extensão”, conta Vilela.
Ações de ensino
Em complemento aos mutirões, os estudantes organizaram a aula “Alterações mais comuns identificadas na retinografia”, ministrada pelo oftalmologista, fellow do segundo ano em Retina Clínica e Cirúrgica e professor de Semiologia Oftalmológica da PUC Minas, Bernardo Carvalho.
O professor ensinou como deve ser descrita uma retinografia normal e uma com alterações mais frequentes em doenças como retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).
Os 47 alunos identificaram alterações em retinografias e, ao final da aula, realizaram exames do fundo de olho com o Eyer pela primeira vez nos colegas, descrevendo o que viam nas imagens.
Retinografia realizada pelos estudantes de medicina da PUC Minas com o auxílio do Eyer.
Os estudantes, em parceria com outras ligas de medicina da PUC Minas, também realizaram a ação “No Fundo do Meu Olho” com alunos do ensino fundamental e médio da Escola Estadual Gramont Alves Gontijo, em Betim (MG).
Os alunos desenharam como imaginavam o fundo do olho. Em seguida, os acadêmicos realizaram a retinografia dos alunos com o Eyer e mostraram, em tempo real, como realmente é o fundo do olho. Por último, os jovens desenharam o que viram na foto e os acadêmicos explicaram sobre as estruturas oculares.
“O nosso objetivo foi que os jovens pudessem conhecer os elementos do próprio fundo de olho, sendo assim protagonistas de seus próprios aprendizados”, ressalta Vilela.
Por fim, a liga, em parceria com a Sociedade Acadêmica de Medicina de Minas Gerais (SAMMG), promoveu o curso “Oftalmologia para a Atenção Básica”, em que diversos estudantes e médicos recém-formados de Belo Horizonte conheceram e aprenderam a realizar exames de fundo de olho com o Eyer.
“Dessa forma, buscamos preparar o médico generalista para atender às principais afecções oftalmológicas no contexto da atenção primária em saúde e no atendimento pediátrico, do idoso e de trauma neste nível de complexidade”, observa Vilela.
Ações de extensão
Os membros da liga realizaram pequenos mutirões com o auxílio do Eyer, semelhantes aos feitos em Guaraciaba, nas UBSs em que fazem estágio nos municípios mineiros de Betim, Contagem, Igarapé e Itaguara. Além de aprenderem mais sobre exames oftalmológicos, a ação buscou diminuir a fila de espera da consulta oftalmológica para os usuários. Ao todo, foram atendidas 183 pessoas.
Quando detectadas possíveis alterações provocadas por doenças oculares, o paciente era encaminhado para uma consulta oftalmológica completa. Já nos casos em que não havia indícios de problemas retinianos, os pacientes foram orientados a manterem consultas anuais preventivas com o oftalmologista.
Continuidade
A liga realizará mais uma ação de rastreamento de retinopatia diabética em Guaraciaba (MG). “Devido ao curto prazo, uma das quatro UBSs da cidade não foi contemplada com os mutirões realizados”, explica Vilela.
Liga de oftalmologia da PUC Minas com voluntários e pacientes durante mutirão de rastreamento de retinopatia diabética na UBS do Cafe, zona rural de Guaraciaba (MG).
Os estudantes também planejam ampliar o projeto para a comunidade quilombola de Contagem (MG) e para as UBS em que fazem estágio.
Em relação ao ensino e pesquisa, o Eyer será utilizado em sala de aula e os dados já coletados serão analisados em trabalhos de relevância epidemiológica e científica.
Até 2030, mais de meio bilhão de pessoas devem ser diagnosticadas com diabetes. Atualmente, o Brasil é o sexto país com a maior população de diabéticos do mundo.
Hoje, não há estratégia nacional de rastreamento de retinopatia diabética pelo SUS. Por isso, ações sociais para o diagnóstico da doença em comunidades com infraestrutura deficitária em saúde são tão importantes.
Como exemplo, temos o Mutirão do Diabetes de Itabuna (BA) e oIluminar, no interior do estado de Sergipe, apoiado pela ONG Retina Global. A instituição norte-americana atua na criação de soluções sustentáveis para o controle de doenças da retina em áreas carentes do mundo todo.
De setembro de 2021 a março de 2022, o Iluminar utilizou o retinógrafo portátil Eyer para triagem de retinopatia diabética em Itabi, Graccho Cardoso, Canindé de São Francisco e Poço Redondo.
O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, com alta qualidade, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, facilitando laudos remotos.
Os resultados do projeto piloto foram apresentados no ARVO 2023, um dos congressos internacionais mais renomados da oftalmologia, que ocorreu em abril nos Estados Unidos.
O estudo
Um dos líderes do projeto Iluminar, o oftalmologista Fernando Malerbi, explica que o objetivo do estudo clínico observacional retrospectivo foi avaliar a capacidade de graduação da imagem da retina obtida com uma câmera retiniana portátil de baixo custo e não midriática — no caso, o Eyer — e o uso de inteligência artificial e telemedicina na triagem de retinopatia diabética (RD).
Ao todo, 968 pessoas com diabetes foram avaliadas:
65,9% eram mulheres;
Idade média de 60,3 ± 14,2 anos;
Duração do diabetes de 8,0 ± 7,2 anos;
64,2% tinham hipertensão sistêmica;
17,7% faziam uso de insulina;
28,5% haviam realizado exame de fundo de olho no passado;
20,6% eram analfabetos;
50,6% tinham apenas o ensino fundamental;
3,4% tinham plano de saúde.
Um técnico treinado obteve as imagens oculares sem dilatação da pupila e depois avaliou a qualidade da imagem. A RD encaminhável, definida como não proliferativa grave ou proliferativa ou a presença de maculopatia diabética, foi detectada automaticamente por um sistema de inteligência artificial (IA) embutido no dispositivo, o EyerMaps. Na ocasião, a IA foi disponibilizada para validação clínica.
O EyerMaps apontou possibilidade de retinopatia com alta taxa de sensibilidade em alguns segundos. Todos os exames foram posteriormente avaliados por oftalmologistas.
Os pacientes com imagens inadequadas foram submetidos à dilatação pupilar e, a seguir, nova avaliação. Aqueles com imagens não graduáveis mesmo após midríase, juntamente com casos de RD encaminháveis, foram conduzidos para avaliação oftalmológica.
Já os critérios de exclusão foram opacidades da córnea que impediam a classificação de RD. A principal medida de resultado foi a gradabilidade da imagem.
Os resultados
A classificação foi possível para 858 indivíduos (88,6%), sendo que 85 destes (9,9%) apresentaram RD encaminhável. A não classificação foi associada à idade avançada e maior duração do diabetes.
Dentre os pacientes com imagens graduáveis, 81% não precisaram de dilatação pupilar. A necessidade de midríase esteve associada à idade avançada, maior duração do diabetes, maiores taxas de hipertensão e RD mais grave.
A estratégia de usar uma câmera portátil de baixo custo com sistema de IA embutido e midríase, quando necessário, obteve imagens adequadas em 90% dos casos em um ambiente real com poucos recursos. “Evitar a dilatação pupilar desnecessária contribui para aumentar a adesão aos programas de triagem de retinopatia diabética”, pontua Malerbi.
Portabilidade facilitou triagem
A triagem, inédita na região, foi realizada em clínicas de atenção primária localizadas próximas às residências dos pacientes para incentivar a adesão.
Malerbi aponta que a portabilidade do Eyer foi um dos facilitadores para isso, assim como a conectividade. “Contamos com especialistas remotos avaliando as imagens, às vezes em tempo real”, explica. Todos os exames foram enviados para o EyerCloud.
Por fim, Malerbi também ressalta a disponibilidade do EyerMaps para uso na ação social. “Os oftalmologistas parceiros eram notificados instantaneamente toda vez que o EyerMaps identificava alta chance de retinopatia. Assim, podíamos direcionar os pacientes prioritários para exame de confirmação e, quando indicado, o tratamento”, conta.
A IA detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas. Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja detectada, o sistema gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina.
Sincronizada ao EyerCloud, classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos:
Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).
Todos os pacientes diagnosticados com retinopatia diabética foram encaminhados para tratamento de laser gratuito.
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