De fato, é preciso democratizar o acesso à saúde no país. Atualmente, milhões de brasileiros vivem em regiões com déficits em infraestrutura, especialistas, exames, tratamentos e medicamentos.
Por outro lado, o uso da tecnologia na área já promove um maior alcance desses serviços, tornando-os mais rápidos e com menor custo. Há ainda mais benefícios como redução de filas, otimização de tempo e recursos, deslocamento menor e desafogamento dos principais centros especializados de atendimento, dentre outros.
Sem dúvida, a crescente utilização da tecnologia agrega valor, melhora o acesso da população e pode provocar um avanço no controle de doenças e em diagnósticos mais rápidos e assertivos.
Entretanto, para isso, é necessário investir cada vez mais no atendimento descentralizado. Ou seja, levar à saúde até o paciente.
Em seguida, conheça ações que contam com a tecnologia para auxiliar na melhora da acessibilidade em saúde no Brasil.
Atendimento descentralizado: unidades móveis do Hospital do Amor
O Hospital do Amor, em Barretos, é referência nacional no tratamento de câncer pelo SUS. Além do atendimento na sede e regionais, a entidade filantrópica oferece unidades móveis de saúde que atuam em todo o estado de São Paulo.
Uma delas é focada em acompanhar a população de risco para câncer de pulmão, o terceiro tipo mais incidente da doença no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para isso, a carreta é equipada com um tomógrafo computadorizado de baixa dose.
O programa é o único no Brasil que integra dados de diversas esferas da área da saúde e oferece gratuitamente esse exame aos usuários do Sistema Único de Saúde. Atualmente, atende 18 municípios que compõem Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V).
Segundo dados levantados pelo programa, a proporção da população que se enquadra nos critérios foi estimada em 3%. Só em Barretos, são cerca de 3.400 pessoas e na DRS-V, mais de 13 mil com alto risco para desenvolver câncer de pulmão.
Outro diferencial é o laudo elaborado para tornar a informação mais acessível ao paciente. O documento é composto por texto em linguagem mais simples e direta, acompanhado de um reforço visual que ilustra o significado dos achados. No laudo, são descritos os achados do exame potencialmente relacionados ao tabagismo e explicados os passos seguintes a partir dali.
Exames para câncer de mama e bucal
Outras unidades móveis do Hospital do Amor também atuam no combate ao câncer de mama e câncer bucal, dentre outros tipos da doença. Alguns dos exames realizados pelas carretas são mamografia, papanicolau e FIT.
O veículo equipado para prevenção ao câncer de mama conta com mamógrafo e uma sala com mesa ginecológica, para realização de exames preventivos do câncer de colo do útero.
As mulheres com idade entre 40 e 69 anos, sem diagnóstico prévio de câncer, realizam o agendamento nas unidades de saúde dos municípios atendidos. Depois de fazer o exame preventivo, se tiver algum tipo de alteração, o Hospital do Amor entra em contato com a paciente para agendar uma consulta na instituição.
Já a van odontológica conta com cadeira, aparelhos, dentistas e enfermeiros, que participam de ações de prevenção e visitam as Unidades Básicas de Saúde (UBS), domicílios, indústrias, usinas, áreas rurais, alojamentos e outros locais propícios onde encontram-se os pacientes com fatores de risco.
Atendimento descentralizado: projetos sociais em comunidades remotas
Além das unidades móveis de saúde, entidades sociais também realizam ações para levar atendimento médico de qualidade para regiões mais afastadas.
É o caso das expedições realizadas pelo Barco Hospital São Francisco, construído com o intuito de levar saúde e assistência para mais de 1 mil comunidades ribeirinhas na Região Amazônica. A embarcação foi idealizada pela Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus e realizou dezenas de expedições no último ano.
O hospital flutuante conta com consultórios médicos, odontológicos, centro cirúrgico, sala oftalmológica completa, laboratório de análises, sala de medicação, sala de vacinação e leitos de enfermaria. Além disso, possui equipamentos para exames como raio-X, ultrassom, eletrocardiograma, mamógrafo, esteira ergométrica e eletrocardiograma.
Para cumprir a sua missão, conta com voluntários em todas as áreas da saúde, como enfermeiros, técnicos de equipamentos, dentistas e médicos de diversas especialidades, como oftalmologia, pediatria, ginecologia, oncologia, psiquiatria, dermatologia dentre outros.
Em outubro de 2019, a oftalmologista Mariana Lafetá foi uma das voluntárias nessa viagem. Para realizar os exames necessários, a médica utilizou o retinógrafo portátil Phelcom Eyer.
Confira aqui como foi a experiência de Lafetá.
Reservas indígenas no Mato Grosso
Médicos do Departamento de Medicina Social, da Faculdade de Medicina da USP (Ribeirão Preto), e do Departamento de Endocrinologia, da Escola Paulista de Medicina, da Unifesp, realizam expedições periódicas com o intuito de levar atendimento médico gratuito a reservas indígenas do Estado do Mato Grosso.
As excursões contam com voluntários de diferentes especialidades, como oftalmologia, endocrinologia, medicina preventiva e social, dentre outras.
O oftalmologista Fernando Korn Malerbi embarcou em uma dessas expedições em janeiro desse ano. Para realizar exames como retinografia e tonometria de aplanação, o médico também optou pelo Phelcom Eyer.
Confira aqui o seu relato completo.
Equipamentos portáteis de alta tecnologia auxiliam no atendimento descentralizado
Para um atendimento descentralizado de qualidade, há uma crescente oferta de tecnologias de ponta embarcadas em equipamentos portáteis de fácil manuseio e custo acessível.
Por exemplo, há diversos dispositivos que já são conectáveis em um smartphone. É o caso do retinógrafo portátil Phelcom Eyer.
O Eyer funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Integrado a uma plataforma online, o Eyer Cloud, os dados são enviados automaticamente e podem ser analisados por um especialista em qualquer lugar do mundo. Ou seja, permite o diagnóstico remoto.
Além disso, a inteligência artificial embarcada fornece funções inteligentes para auxílio ao diagnóstico médico e a captura dos exames de retina. Por outro lado, a portabilidade e o valor mais acessível da tecnologia democratiza o acesso a exames de retina. Pois ele custa aproximadamente US$ 5 mil contra US$ 120 mil do retinógrafo atual, que ainda necessita de integração com o computador.
Conclusão
De fato, a tecnologia pode abrir caminho para o aumento do atendimento descentralizado em saúde. Desse modo, permitir o acesso de milhares de pessoas a consultas, exames e tratamentos essenciais. Além disso, diminuir custos, encurtar distâncias, reduzir filas e desafogar hospitais e instituições especializadas.
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