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Saiba como prevenir endoftalmite em cirurgias oftalmológicas
outubro 31, 2019
Gabriela Marques

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A endoftalmite é uma temida complicação em procedimentos invasivos. Veja neste post quais são as medidas de prevenção no pré, intra e pós-operatório.

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ocorreram 16 surtos de endoftalmite em vários estados brasileiros entre 2005 e 2017. Ao todo, 154 pacientes foram atingidos. De fato, esse tipo de infecção pós-operatória apresenta uma incidência variável conforme o procedimento cirúrgico, podendo chegar até 0,70%.

Como o seu prognóstico é difícil, o problema pode evoluir rapidamente, sendo preciso realizar transplante de córnea ou até remoção do olho. Infelizmente, há também registros de óbito.

Sem dúvida, a endoftalmite é uma das mais temidas complicações após procedimentos oftalmológicos invasivos. Portanto, vamos reforçar neste post quais são as medidas necessárias de prevenção e controle no pré, intra e pós-operatório que os oftalmologistas devem adotar. Para, assim, reduzir ao máximo os riscos relacionados e garantir a segurança dos pacientes.

Endoftalmite – o que é

Em primeiro lugar, vamos entender rapidamente o que é endoftalmite. Trata-se de um processo inflamatório que ocorre no interior do globo ocular em decorrência de uma cirurgia invasiva oftalmológica, de uma lesão no local ou provocado por organismos que viajaram pela corrente sanguínea até o olho – menos comum. Aliás, é uma complicação rara.

Os agentes etiológicos que causam essa infecção são os Gram-positivos, sobretudo o Staphylococcus coagulase negativa, os Gram-negativos, especialmente o Pseudomonas spp. Além disso, os fungos.

Atualmente, as maiores incidências são após alguns procedimentos oftalmológicos. Em seguida, conheça quais:

  • Transplantes de córnea: 0,36%;
  • Cirurgias antiglaucomatosas: 0,23%;
  • Cirurgias para remoção da catarata: 0,17%;
  • Injeções intravítreo: 0,06%;
  • Cirurgias de vitrectomia posterior: 0,05%.

Endoftalmite – sintomas

Em seguida, conheça os principais sintomas apresentados pelos pacientes com quadro de endoftalmite:

  • Hipópio;
  • Reação de câmara anterior (CA);
  • Edema de córnea;
  • Hiperemia conjuntival;
  • Presença de fibrina na CA;
  • Membrana inflamatória na região pupilar;
  • Efeito Tyndall (Flare);
  • Turvação do humor vítreo;
  • Dor na região;
  • Baixa acuidade visual (BAV).

Endoftalmite – medidas de prevenção e controle

De fato, dentre os possíveis fatores associados à endoftalmite, estão aqueles relacionados às inadequações aos processos de trabalho, do processamento do instrumental cirúrgico, dos insumos e medicamentos e do ambiente.

Por exemplo, em alguns surtos, foram identificados uma série de problemas, como a quebra sistemática nas técnicas cirúrgicas, inadequações e não adesão à procedimentos e medidas básicas de prevenção e controle de infecções – incluindo higienização de mãos pelos profissionais de saúde; processamento inadequado de materiais, manipulação de produtos e soluções estéril.

Em seguida, saiba quais são as medidas para prevenir e controlar os riscos de  endoftalmite em procedimentos invasivos oftalmológicos.

Pré-operatório

Orientações relacionadas aos fatores de risco:

  • Antissepsia para a remoção da microbiota endógena conjuntival e periocular;
  • Avaliação do estado imunológico;
  • Presença de infecções secundárias como do trato respiratório, superior e inferior, dentárias, do trato geniturinário, gastrointestinais, erisipelas, celulites, ferimentos pérfuro-cortantes/úlceras infectados, úlceras por pressão infectadas e micoses interdigitais com solução de continuidade;
  • Avaliação clínica geral;
  • Correção do estado nutricional, imunidade, focos infecciosos, excesso de peso e tabagismo;
  • Compensação de doenças de base como diabetes mellitus e hipertensão arterial, dentre outras;
  • Avaliação de quadros de hiperemia ocular;
  • Correção de conjuntivite infecciosa, ceratite bacteriana ou fúngica, blebite, dacriocistite aguda ou agudizada, hordéolo, meibomite e blefarite grave;
  • Avaliação dos riscos de conjuntivite alérgica, uveíte, esclerite e episclerite.

Orientações referentes aos cuidados do paciente em casa:

  • Tomar banho antes de ir ao serviço de saúde com sabonete neutro;
  • Não deixar cair sabão dentro do olho.

Orientações para antissepsia:

  • Rigorosa antissepsia em toda área do globo ocular;
  • Fazer antissepsia periocular com solução aquosa de povidine a 10% com 1% de iodo livre (PVPI tópico). Em seguida, espalhe na pele em movimentos circulares. No caso de pacientes alérgicos a iodo, optar por clorexidina solução aquosa a 2%;
  • Após a antissepsia periocular, realizar antissepsia da córnea e da conjuntiva com colírio de iodopovidona a 5%, mantendo o antisséptico em contato com a área por no mínimo três minutos;
  • Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços do médico.

Orientações para antibioticoprofilaxia cirúrgia:

  • Realizar a antibioticoprofilaxia cirúrgica.

Intra-operatório

endoftalmite

Orientações relacionadas à técnica cirúrgica

 

  • Evite incisões na área de fenda palpebral ou inferior. Se for realmente necessário, lembre-se que a incisão deve estar selada ao final do procedimento;
  • No momento do implante da lente intraocular, evite o contato desta com a superfície ocular do paciente. Portanto, use injetores.

Orientações ao uso de antimicrobianos intra-operatório

  • Para os medicamentos de uso intracameral, utilize frascos de uso único ou um para cada paciente;
  • Manipulação de colírios: sempre higienizar as mãos; cuidado com o frasco aberto; sem contato da ponta do frasco em toda a região do olho; fechar imediatamente após o uso; controlar data de abertura, validade e orientações do fabricante quanto ao descarte; nunca utilizar colírios fora do prazo aceitável de utilização após a abertura.

Orientações ao uso de injeção intravítrea

  • Procedimentos de segurança: adequada paramentação cirúrgica, utilização de campos esterilizados e isolamento dos cílios.

Orientações sobre reaproveitamento de insumos

  • Nunca reaproveitar soluções remanescentes.

Orientações relacionadas ao isolamento de cílios

  • Isole os cílios do campo operatório com campos adesivos esterilizados.

Orientações referentes à paramentação cirúrgica

  • Uso de avental, máscara, e gorros esterilizados;
  • Troca de toda a paramentação cirúrgica e nova antissepsia cirúrgica das mãos a cada novo procedimento cirúrgico;
  • Substituição da máscara a cada 2 horas, no máximo;
  • Troca das luvas a cada olho a ser operado, mesmo sendo ainda o mesmo paciente.

Orientações sobre o ambiente cirúrgico

  • Estrutura física adequada conforme RDC nº 50 da Anvisa e Resolução CFM n° 1.886/2008;
  • Limitação de pessoas na sala operatória;
  • Evitar abrir e fechar a porta da sala;
  • Não levar para dentro bolsas e equipamentos eletrônicos;
  • Apenas um paciente por sala cirúrgica;
  • Limpeza da sala operatória entre os procedimentos.

Pós-operatório

Orientações ao paciente

  • Procurar imediatamente o médico responsável em caso de sintomas de complicações pós-operatórias, principalmente dor, diminuição da acuidade visual e sinais de infecção;
  • Higienizar as mãos antes de tocar no olho operado e antes da aplicação dos colírios;
  • Evitar atividades que possam comprometer a sua recuperação ou permitir a penetração de poeira ou outras sujidades no olho operado, como por nadar, varrer casa etc.

Orientações em relação ao curativo

  • Usar curativo oclusivo, protetor próprio ou outra forma semelhante de proteção;
  • Retirar os pontos com pinças, tesouras ou lâminas estéreis.

Orientações sobre administração pós-operatória de antimicrobianos tópicos

  • Se optar pela administração de antimicrobianos, faça uma abordagem inicialmente mais vigorosa e por período curto, evitando redução das doses dos antimicrobianos.

Orientações para avaliação pós-operatória

  • Realizar no primeiro dia, dentro da primeira semana e um mês após o procedimento;
  • Verificar a existência de sinais de infecção;
  • Durante a avaliação, higienizar as mãos antes e após o contato com o olho operado.

Fonte: cartilha Medidas de Prevenção de Endoftalmites e de Síndrome Tóxica do Segmento Anterior Relacionadas a Procedimentos Oftalmológicos Invasivos, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Conclusão

Agora, você sabe como prevenir e controlar a endoftalmite em procedimentos cirúrgicos invasivos no pré, intra e pós-operatório. Então, é só seguir as dicas desse post, retiradas da Anvisa.

Contudo, para mais informações, acesse a cartilha disponibilizada pela Anvisa aqui.

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