Atualmente, o cartão de débito e crédito é um dos meios de pagamento mais populares. Inclusive, na área de saúde. Além da facilidade e comodidade, oferecer essa opção ao paciente torna a sua clínica mais acessível.
Isso porque consultas e serviços têm valor mais elevado e, dessa forma, o usuário pode escolher o parcelamento. E tudo isso influencia diretamente no aperfeiçoamento da jornada do paciente.
Por outro lado, há vantagens também para o seu consultório: mais segurança, facilidade no controle de recebimentos, redução da inadimplência e aumento de faturamento.
Mas, para ser bom para dois lados, a maquininha de cartão deve atender às necessidades de seu negócio. Para isso, é preciso avaliar as taxas, custo do terminal, divisões de pagamento, período de recebimento e acesso aos dados financeiros, dentre outras questões.
Mas, realmente preciso aderir ao cartão de débito e crédito?
De fato, algumas pessoas não têm o hábito de usar cartão e ainda se sentem mais seguras com cheque. Porém, essa realidade está cada vez mais distante, mesmo com novas soluções propostas pelos bancos, como cheques com fotografia.
Mas, a integração e a praticidade oferecidas por esse meio de pagamento estão alcançando cada vez mais lugares. Como exemplo, até o Bolsa Família já é sacado por cartão.
De acordo com pesquisa do Banco Central, 23,5% dos brasileiros preferem cartão de débito e 34,5% cartão de crédito nas compras acima de R$ 100. Mesmo diante de um cenário em que mais da metade da população usa cartão, ainda há médicos com dúvida se devem ou não aderir a esse meio de pagamento.
Isso porque muitos consideram as taxas de aluguel da maquininha e as para débito e crédito muito altas. Além disso, há outra limitação que afeta diretamente os que compartilham a clínica com outros colegas: há empresas que atrelam a maquinha a um único CPF/CNPJ. Ou seja, a apenas uma conta bancária.
Na prática, um consultório com cinco médicos e cinco CNPJ diferentes necessita de cinco maquininhas, o que encarece ainda mais a adoção desse meio de pagamento.
Mas, além das tradicionais empresas do segmento, há sistemas exclusivos de máquina de cartão para profissionais da saúde que podem gerar benefícios personalizados. Como a possibilidade de apenas uma maquininha de cartão no consultório, por exemplo.
Para encontrar propostas com o melhor custo-benefício, é preciso pesquisar bastante. Desse modo, veja abaixo quais fatores levar em consideração na hora de escolher a maquininha de cartão como um dos meios de pagamento para clínicas.
Meios de pagamento para clínicas: máquina de cartão
Em seguida, selecionamos alguns fatores que devem ser analisados para escolher a maquininha certa:
Taxas
A taxa é um percentual deduzido sobre cada uma de suas transações. Muda de acordo com a modalidade de pagamento (crédito ou débito) e com o número de parcelas. Cada empresa tem os seus valores cobrados.
Custo do terminal
A maior parte dos fornecedores cobra uma taxa pelo uso da maquininha. Como não existe uma tabela fixa, é preciso avaliar não apenas o valor, mas também o custo-benefício como um todo.
Bandeiras
De fato, quanto mais bandeiras aceitar, mais fácil fica para o paciente. Além das mais populares Mastercard e Visa, há maquininhas que também trabalham com Elo, Hipercard e outras.
Parcelamento
Nem todas as máquinas de cartão aceitam parcelamento. Neste caso, avalie quais têm essa opção e os juros cobrados.
Split de pagamento
Há soluções no mercado que oferecem a possibilidade de dividir os percentuais de repasse para cada prestador de serviço no mesmo momento do pagamento. Por exemplo, parte do valor recebido vai direto para a conta da clínica e outra para a do médico que fez a consulta.
Períodos de recebimento
Neste quesito, cada fornecedor pode transferir os valores em diferentes períodos. Por exemplo, é mais comum os pagamentos em débito entrarem na conta em dois dias. Já os realizados no crédito, em 30 dias.
No caso de parcelamento, o recebimento é de acordo com o número de parcelas e de 30 em 30 dias.
Entretanto, há empresas que repassam o débito em até 24 horas, mas geralmente cobram a mais por esse serviço.
Suporte
Não adianta ter as menores taxas do mercado, se o fornecedor simplesmente some na hora em que precisa resolver algum problema, como a maquininha quebrar, por exemplo. Então, avalie também o suporte técnico oferecido pelo prestador de serviço para aderir como um dos meios de pagamento para clínicas.
Dados financeiros
Para você fazer o controle eficiente de recebimentos, a empresa precisa disponibilizar os dados financeiros de forma fácil e transparente. Para isso, muitas têm aplicativos com relatórios com as datas e valores de entrada, dentre outras funcionalidades.
Vínculo ao sistema de gestão da clínica
Para facilitar ainda mais o controle financeiro da maquininha de cartão, vale a pena vinculá-la ao sistema de gestão utilizado na clínica. Dessa forma, você terá acesso às entradas de todos os meios de pagamento, como dinheiro, cheques, links e PIX.
Máquinas de cartão exclusivas para profissionais da saúde
Atualmente, há soluções no mercado voltadas para profissionais da saúde. Uma delas é a Saúde Service, que não cobra mensalidade e maquininha dependendo dos valores movimentados pelo cliente.
Já a Cont Self tem uma opção exclusiva para médicos que promete economizar até 40% com impostos ao eliminar a bitributação. Isso porque regulariza os recebimentos através do repasse de pagamentos automatizado entre a instituição e os prestadores de serviços. Ou seja, realiza o split de pagamento.
A Medicina Solutions também oferece essa opção, mas voltada para profissionais de saúde de modo geral. Outro diferencial é possibilidade de antecipar os pagamentos para 1 dia útil.
A Stone, uma das empresas líderes de mercado, também lançou uma solução apenas para profissionais de saúde. A Ton tem três opções de maquininhas e a possibilidade de gerar boletos.
Sem dúvida, o cartão de débito e crédito como um dos meios de pagamento para clínicas traz vantagens não apenas aos pacientes, mas também para o seu negócio. Para conseguir as melhores taxas e benefícios, é só analisar cada ponto detalhado neste artigo: taxas, custo da maquininha, bandeiras aceitas, parcelamento, split de pagamento, períodos de recebimento, suporte, dados financeiros e integração ao sistema de gestão do consultório.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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