Os olhos são o espelho da alma, já diz a popular frase. Quando a empregamos na área da saúde, talvez possamos adaptá-la um pouco para “os olhos são o espelho do corpo”. Isso porque várias doenças que afetam o nosso organismo se manifestam também pelos olhos.
Desse modo, os exames oftalmológicos conseguem identificar indícios de comportamentos anormais no nosso corpo. Com isso, podem ajudar na formação do diagnóstico final do paciente. Por exemplo, a retinografia e a fundoscopia podem detectar distúrbios infecciosos, crônicos, vasculares, hematológicos, reumáticos, neurológicos e, claro, também dos olhos.
Na neurologia, algumas doenças também podem afetar as estruturas da órbita e do globo ocular, como alguns tipos de cefaleias, aneurismas cerebrais, esclerose múltipla e hipertensão intracraniana — esta última pode estar relacionada a tumores cerebrais.
Desde o ano passado, o neurologista Marcos Christiano Lange utiliza o retinógrafo portátil Eyer para mapear a retina do paciente logo na primeira consulta. O equipamento funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
“O Eyer ajuda bastante na triagem. Além de ser mais prático, quando o mapa de atenção aponta possíveis alterações que não são da minha área, indico ao paciente procurar o seu oftalmologista ou encaminho o exame para um oftalmologista parceiro”, conta.
Foi assim que uma paciente de Lange foi diagnosticada com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). “Ela relatou piora na visão e atribuiu isso a uma possível catarata. Ao fazer o exame, vi acúmulo proteico na mácula e encaminhei ao oftalmologista, que diagnosticou a DMRI e já iniciou o tratamento. Se eu tivesse feito um fundo de olho tradicional do neurologista, para avaliação apenas do nervo óptico, não teria encontrado esses achados”, conta.
Mapa de Calor
Recentemente, o Eyer ganhou uma nova funcionalidade: o EyerMaps, um inovador sistema de Inteligência Artificial (IA) que detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja detectada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina.
Sincronizada ao EyerCloud, sistema em nuvem da Phelcom para gerenciamento de dados e exames dos pacientes, a ferramenta classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos nas imagens e exames:
- Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
- Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
- Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).
A IA apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, papiledema e cefaleia. “Gosto de acompanhar as novas tecnologias e já conhecia o Eyer. Em um curso que administrei sobre cefaleia, a Phelcom disponibilizou o equipamento para realizarmos as avaliações de fundo de olho. Depois de utilizar na prática, decidi investir na aquisição do aparelho”, recorda.
De lá para cá, o neurologista já fez mais de 400 exames com o Eyer, que estão armazenados no EyerCloud para laudo e acompanhamento. “Assim que capturo a imagem, subo na plataforma e já abro no computador para mostrar ao paciente e explicar os detalhes em caso de suposta patologia”, conta.
Eyer para Neurologistas
Para Lange, investir em um retinógrafo portátil como o Eyer é importante para o neurologista ter uma visão ampliada da retina. “Por mais que doenças da retina não sejam nossa especialidade, conseguimos auxiliar o paciente. E isso não tem preço”, ressalta.
Outra vantagem é fazer o seguimento do paciente que apresenta papiledema e alterações degenerativas, como retinopatia diabética e retinopatia hipertensiva. Além disso, o médico observa que o Eyer é uma ferramenta que está em constante avanço tecnológico.
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia está presente no Brasil, Estados Unidos, Japão, Chile, Colômbia e, em breve, em outros países.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.