As chances de você sofrer com alguma deficiência visual ou ficar cego podem aumentar consideravelmente dependendo do lugar em que mora. Quanto mais pobre a comunidade, maior a probabilidade.
Chocante? Com certeza. Essa conclusão faz parte do primeiro Relatório Mundial sobre Visão, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao todo, 2,2 bilhões de pessoas sofrem com problemas de visão em todo o mundo. Desse total, 1 bilhão de casos seriam evitáveis ou passíveis de correção, como miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia. Ou seja, são pessoas que não receberam os cuidados necessários, como diagnósticos precoces e tratamentos efetivos.
O documento ainda expõe outros números alarmantes. Portanto, vamos apresentar neste post os principais dados mundiais sobre os problemas de visão, as causas e as soluções que devem ser adotadas para melhorar esse cenário.
Relatório Mundial sobre Visão – números
Em primeiro lugar, vamos mostrar os principais números sobre os problemas de visão apresentados pelo Relatório Mundial sobre Visão, da OMS.
- 2,2 bilhões de pessoas têm alguma deficiência visual ou cegueira;
- Destes, 1 bilhão de casos poderia ter sido evitado ou corrigido por meio de diagnósticos precoces e tratamentos;
- 1,95 bilhões sofrem com miopia. Em 2030, serão 3,36 bilhões;
- 800 milhões de indivíduos não tem acesso a óculos;
- 65 milhões estão cegos ou enxergam com elevada dificuldade devido à catarata;
- Em 2030, 76 milhões de idosos devem ser diagnosticados com glaucoma, 196 milhões com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e 2 bilhões com presbiopia (vista cansada).
Relatório Mundial sobre Visão – causas
O documento ainda elencou os fatores que mais influenciam nos problemas de visão no mundo todo. Inclusive, nos dados projetados para o futuro. São elas: falta de acesso à saúde de qualidade em locais com baixa e média renda, mudança do estilo de vida e envelhecimento da população.
Em seguida, entenda mais sobre cada um deles:
Acesso limitado à assistência oftalmológica
De acordo com o relatório, as comunidades de baixa e média renda são as mais afetadas com problemas de visão. Isso porque sofrem com a precariedade do acesso à saúde, como falta de atendimento especializado, exames regulares, diagnóstico precoce, medicamentos e tratamentos.
Nesse quadro, estão moradores de áreas rurais e de locais afastados, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, minorias étnicas e população indígena.
Mudanças no estilo de vida
Atualmente, passamos muito mais tempo em frente a telas: celular, tablet, computador e televisão. E, sem dúvida, esse novo hábito traz consequências para a saúde dos olhos.
Isso acontece porque fazemos os olhos focarem em objetos mais próximos por mais tempo. Dessa forma, afeta o mecanismo de acomodação ocular: o ajuste de foco para perto ou para longe.
Ao mesmo tempo, ficamos mais em ambientes fechados. E a falta de luz solar também pode causar problemas de visão, já que ela é responsável por produzir substâncias que impedem o crescimento axial do globo ocular.
Por exemplo, uma delas é a miopia. Considerada o mal do século, essa doença deve afetar 35% do mundo todo em 2020 e 52% da população em 2050, de acordo com a OMS.
Envelhecimento da população
De fato, o envelhecimento é um dos fatores de risco para muitas doenças dos olhos, como DMRI e glaucoma. Desse modo, a expectativa cada vez mais alta de vida interfere naturalmente no aumento de problemas de visão.
Além disso, os idosos geralmente cuidam menos dos olhos porque acreditam que deficiências nessa região são normais por causa da idade. E, sendo assim, não procuram ajuda médica até para casos reversíveis.
Relatório Mundial sobre Visão – soluções
A OMS também define algumas soluções para amenizar os problemas de visão no mundo todo. Sem dúvida, a principal é a democratização do acesso à saúde, levando infraestrutura de qualidade para comunidades e grupos negligenciados atualmente. Isto é, atendimento, especialistas, equipamentos, medicamentos, exames e tratamentos, dentre outros.
Dentre desse cenário, há iniciativas que já estão ajudando a melhorar o acesso à saúde. Uma delas é o retinográfo portátil Phelcom Eyer. Acoplado ao celular, o aparelho realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos, e envia os dados automaticamente para uma plataforma online, possibilitando o diagnóstico remoto. Além disso, a tecnologia tem valor bem mais acessível: aproximadamente US$ 5 mil contra US$ 120 mil do retinógrafo atual, que ainda necessita de integração com o computador.
Em relação ao novo estilo de vida, uma das indicações é passar mais tempo ao ar livre – e sem celular. Já sobre o envelhecimento, é essencial realizar consultas regulares ao oftalmologista e adotar bons hábitos para prevenção de doenças.
Conclusão
De acordo com o relatório da OMS, os problemas de visão no mundo todo merecem atenção especial. Mais do que isso, atitudes. Por exemplo, é inadmissível que 1 bilhão de pessoas sofra com doenças que poderiam ser evitadas e até corrigidas por falta de acesso à saúde de qualidade. Dentre elas, estão a miopia, catarata, glaucoma e hipermetropia.
Só em relação à catarata, 65 milhões estão cegas ou enxergam muito mal porque não tiveram acesso a atendimento médico, a exames, que poderiam diagnosticar a doença no início, e a tratamentos efetivos.
Outro dado chocante é que 800 milhões de indivíduos não conseguem adquirir óculos.
Por tudo isso, tecnologias inovadoras que prometem levar saúde às comunidades de baixa renda, como o Phelcom Eyer, devem ganhar cada vez mais espaço no mercado.
Saúde dos olhos é um assunto que interessa você? Então, acompanhe o blog da Phelcom e fique por dentro das principais novidades da área.