Desde o início da pandemia, diversas pesquisas investigam como o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode afetar os olhos. Agora, um estudo recente descreveu dois casos de pacientes que sofreram rejeição do transplante de córnea após serem imunizados contra a covid-19. O trabalho foi publicado no periódico British Journal of Ophthalmology.
Em seguida, entenda como o estudo foi feito e os resultados. De fato, ainda é muito cedo para correlacionar a rejeição à vacina, mas é útil como sinal de alerta aos médicos.
O estudo
O trabalho relatou dois casos de rejeição de enxerto de córnea endotelial após os pacientes receberem a vacina contra a covid-19. Vale ressaltar que os procedimentos ocorreram antes da imunização.
O primeiro caso avaliado é o de uma mulher de 66 anos, que tomou a primeira dose da vacina 14 dias após o transplante (DMEK unilateral combinado com facoemulsificação e implantação de LIO).
A paciente apresentou início agudo de visão turva, vermelhidão e fotofobia sete dias após a vacinação. Para tratar a rejeição aguda do enxerto endotelial, os médicos aumentaram a frequência do medicamento para cada uma hora. No terceiro dia de acompanhamento, os sintomas e sinais de inflamação começaram a desaparecer. Quatro semanas depois, já não havia mais sinais de inflamação na acuidade visual.
Já uma paciente de 83 anos desenvolveu rejeição do transplante de córnea em ambos os olhos, ao mesmo tempo, três semanas após a aplicação da segunda dose da vacina. Ela havia feito a cirurgia seis anos antes no olho direito e três anos antes, no esquerdo.
Dentre os sintomas apresentados, estavam início súbito de visão turva bilateral, dor, fotofobia e vermelhidão. O tratamento foi feito com aplicação de colírios de hora em hora. No sétimo dia, os sinais de inflamação diminuíram e a frequência do medicamento foi reduzido.
Os resultados
Este é o primeiro trabalho que descreve evidências de possível associação entre a rejeição do transplante de córnea e a vacinação contra a covid-19. Além disso, são os primeiros relatos de insucesso do procedimento DMEK após qualquer imunização.
A hipótese para esta ocorrência é a de que a resposta do anticorpo do hospedeiro pode ter desencadeado a resposta alogênica.
Neste sentido, os pesquisadores levantam a possibilidade de os médicos considerarem realizar as cirurgias não urgentes somente depois da vacinação. Já para os procedimentos realizados, avaliar a necessidade de aumentar a frequência da ingestão dos medicamentos ou evitar a redução do tratamento na época da vacinação.
Conclusão
Não há evidências definitivas que a imunização contra a covid-19 levou à rejeição do transplante de córnea. Esse é um relato de caso que, em relação à evidência científica, se encontra em um patamar baixo. Estudos com uma maior casuística, seguidos por tempo prolongado, podem confirmar a hipótese dos autores.
Portanto, é preciso ficar atento a quaisquer sinais de rejeição para entrar com o tratamento logo no início.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Há dois meses, o médico veterinário oftalmologista Robson Oliveira dos Santos adquiriu o smartdevice Phelcom Eyer. Acoplado a um smartphone, o equipamento realiza exames de fundo do olho, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila. Em seguida, permite o envio das imagens para uma plataforma on-line, o Eyer Cloud.
“Investi na aquisição do aparelho por ser portátil e pela boa definição de imagem”, conta. Nesse período, já fez 60 exames em cães e gatos e utiliza uma vez ao dia, pelo menos, em seu centro oftalmológico veterinário Oftalmopets, em São Paulo.
Santos explica como faz para avaliar os pets. “Para captura de imagem, realizamos contenção mecânica do corpo e cabeça. Assim, conseguimos fazer o exame na maioria dos pacientes”. Em seguida, acessa o Eyer Cloud para verificar as imagens, fechar diagnóstico, mostrar aos tutores dos pets e fazer download.
Eyer na clínica veterinária
A aquisição do smartdevice Phelcom Eyer por médicos veterinários já começa a ser uma realidade. Santos afirma que “é difícil cobrar pelo exame à parte. Mas, como diferencial de atendimento, é bom. A qualidade das imagens é excelente”, afirma.
Vale ressaltar que o equipamento não foi desenvolvido especificamente para este segmento, mas é usual na área de veterinária a utilização de equipamentos médicos humanos para atender as demandas do setor.
Para ser mais funcional aos veterinários, Santos sugere modificar o botão de disparo da câmera, para a parte superior ou central da tela, e acrescentar um cordão ao equipamento para evitar acidentes de queda.
Sobre se vale a pena o uso pelos profissionais da área, o médico veterinário é categórico. “Com certeza”, finaliza.
Imagine perder a visão na infância e recuperar parte dela depois de muitos anos? É o que aconteceu com um paciente atendido por um tratamento genético experimental que busca recuperar a visão de portadores de amaurose congênita de Leber (LCA) e de deficiência visual grave. A doença é rara e pode causar cegueira.
A pesquisa é liderada pelo Instituto Scheie Eye, da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos (EUA). O relato do caso foi publicado recentemente na revista Nature.
Em seguida, saiba mais sobre o estudo, os resultados e como houve a recuperação da visão, por mais de um ano, após o paciente receber o medicamento.
A pesquisa
Os pesquisadores aplicaram injeções intraoculares de sepofarsen, uma pequena molécula (oligonucleotídeo), nos pacientes com amaurose congênita de Leber (LCA), que causou a deficiência visual grave.
O oligonucleotídeo é um pequeno pedaço do RNA (código genético) que age no aumento dos níveis da proteína CEP290 nos fotorreceptores do olho. Isso acaba resultado na melhoria da função da retina em condições de visão diurna.
A pesquisa utilizou engenharia genética, que busca melhorar a função das células que não são responsivas. Para isso, o paciente precisa apresentar uma quantidade relativamente boa de células para que as ao redor conseguissem a recuperação da visão.
Em 2019, os cientistas observaram que reaplicar as injeções a cada três meses melhorava cada vez mais a visão dos dez pacientes que participaram dos testes.
Porém, há pouco tempo, o estudo apresentou resultados surpreendentes com a aplicação de apenas uma dose.
Recuperação da visão após uma única dose
Após a primeira administração, o 11º voluntário do estudo não quis receber as injeções subsequentes devido ao receio de desenvolver catarata. Até aquele momento, o paciente apresentava redução da acuidade visual, pequenos campos visuais e ausência de visão noturna.
Porém, o que aconteceu em seguida surpreendeu os pesquisadores: após um mês da aplicação, o paciente teve melhora na visão. Mas foi no mês seguinte que o paciente apresentou os melhores resultados de acuidade visual. Durante 15 meses, os efeitos da injeção ainda podiam ser notados.
Os resultados demostraram que o tratamento promoveu mudanças marcantes na fóvea, o ponto de visão central humana. “Isso define um novo padrão em que melhorias biológicas são possíveis com a terapia de oligonucleotídeo em amaurose de Leber causada por mutações”, acredita o professor e pesquisador em oftalmologia, Artur Cideciyan.
Próximos passos
Agora, os pesquisadores estão investigando os motivos pelos quais apenas uma dose gerou resultados tão satisfatórios, com a recuperação da visão. Uma das hipóteses é que, mesmo sendo minúsculas, as moléculas de RNA são grandes demais para serem eliminadas precocemente, o que permite a contínua melhoria visual.
Para os próximos estudos, os pesquisadores planejam criar terapias genéticas específicas para outros distúrbios hereditários que afetam a retina e que são incuráveis.
Conclusão
De fato, o resultado deste único paciente demonstra que os tratamentos genéticos podem, cada vez mais, trazer mais vantagens aos pacientes, com resultados mais duradouros.
Para confirmar essa teoria, ainda são necessárias diversas pesquisas. Contudo, essa descoberta já fomenta novos estudos com base em terapia genética.
Revisado por Paulo Schor, médico oftalmologista, professor livre docente e diretor de inovação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador da Faculdade de Medicina do Hospital Albert Einstein.
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Desde o ano passado, cientistas levantam a hipótese de os óculos ajudarem a barrar a contaminação pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) por meio dos olhos. Isso porque essa região também é porta de entrada do vírus, além de ser fonte de contágio.
Agora, um estudo recente descobriu que o risco de infecção por covid-19 em usuários de óculos pode ser de duas a três vezes menor. A pesquisa realizada na Índia foi publicada no site medRxiv.
Em seguida, saiba mais sobre o trabalho preliminar, como foi feito, os resultados e os próximos passos. Vale ressaltar que são necessárias novas investigações, mas, como a doença é nova, é importante acompanhar os estudos nesta área.
Óculos e coronavírus: a pesquisa
A pesquisa avaliou 304 pessoas, sendo 223 homens e 81 mulheres, de 10 a 80 anos, residentes do norte da Índia, durante duas semanas. Todos apresentavam sintomas de covid-19.
Do total, 58 pacientes (19%) relataram usar óculos de grau com frequência ou óculos de sol todas às vezes em que estavam expostos à luz solar. Por meio de um questionário, os voluntários afirmaram que tocaram o rosto 23 vezes e os olhos 3 vezes a cada hora, em média.
De acordo com os cientistas, os resultados foram muito significantes em relação ao uso prolongado dos óculos. A taxa de contaminação atual de 1,35 da população, no geral, caiu para 0,48 entre aqueles que usavam óculos regularmente. A razão de risco calculada, segundo o estudo, foi de 0,36%.
Ou seja, a chance de contrair covid-19 diminuiu em três vezes.
Os pesquisadores acreditam que a baixa transmissão se deve a dois fatores: os óculos protegerem contra as gotículas contaminadas espalhadas pelo ar e aos toques menos frequentes nos olhos durante a utilização da armação.
Os cientistas avaliaram 276 pacientes positivados para covid-19. Os fatores são os mesmos: menos toques nos olhos e proteção contra gotículas no ar.
Conclusão
De fato, a relação entre o uso de óculos e coronavírus ainda é inconclusivo, ressaltam os cientistas. Isso porque o estudo ainda não foi revisado por pares, a amostragem foi pequena e também havia a dificuldade de medir o uso dos óculos durante a pandemia.
Então, são necessárias novas investigações para avaliar os efeitos dos óculos como proteção contra a covid-19. Porém, como a doença é nova, é importante acompanhar os estudos da área.
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Olhos como porta de entrada. Lágrimas contaminadas como possível fonte de contágio. Conjuntivite. Alterações na retina. Glaucoma.
De sintomas, como conjuntivite, até possíveis sequelas, como retinopatia e glaucoma, diversos estudos e relatos apontam a relação entre o novo coronavírus e olhos.
Como a doença é nova, ainda não sabemos ao certo como atinge esse órgão. Por isso, hoje as pesquisas servem, principalmente, como alerta.
Agora, um novo estudo identificou pequenos nódulos nos olhos de pacientes com quadro grave de covid-19. O trabalho da Sociedade Francesa de Neurorradiologia (SFNR) foi publicado no periódico científico Radiology.
Em seguida, saiba mais sobre a pesquisa, os resultados e como os dados são importantes para entender melhor e incentivar a investigação das possíveis sequelas do novo coronavírus nos olhos.
O estudo
Entre março e maio de 2020, os pesquisadores submeteram 129 pacientes graves de covid-19, sendo 43 mulheres e 86 homens, a exames de ressonância magnética cerebral. O objetivo era detectar possíveis anomalias nos olhos.
Os resultados
Do total, nove pacientes apresentaram um ou mais pequenos nódulos na parte posterior da região macular, sendo:
Oito com anormalidades em ambos os olhos;
Oito estiveram internados na UTI;
Sete permaneceram de bruços por período prolongado;
Seis eram obesos;
Dois tinham diabetes;
Dois sofriam com hipertensão.
A equipe não conseguiu identificar o motivo do surgimento dos nódulos. Entretanto, levantaram algumas hipóteses:
Inflamação provocada pelo vírus;
Má circulação do sangue nas veias oculares em pacientes entubados na UTI, como danos ou bloqueio;
Pequenas hemorragias no olho;
Interrupção das fibras nervosas.
De acordo com os cientistas, é a primeira vez que há documentação deste tipo de sequela por meio de ressonância magnética.
Próximos passos
Os voluntários continuam em monitoração para observar possíveis mudança nos nódulos dos olhos ou comprometimento da visão. Além disso, novos pacientes em quadro grave da segunda e terceira onda estão em avaliação.
De fato, o estudo precisa ser aprofundado para comprovar a formação de nódulos nos olhos devido ao novo coronavírus. Porém, já reforça a importância de documentar imagens dos olhos em casos graves de covid-19 e acompanhar a evolução do paciente pós-tratamento.
Para isso, pode-se recorrer aos exames de ressonância magnética cerebral, fundoscopia e tomografia de coerência óptica.
“Nosso estudo defende a triagem de todos os pacientes hospitalizados na UTI com covid-19 grave. Acreditamos que devem receber tratamentos de proteção ocular específicos”, disse em nota o autor principal do estudo, Augustin Lecler, professor associado da a Universidade de Paris e neurorradiologista do Departamento de Neurorradiologia da Fundação Hospital Adolphe de Rothschild em Paris.
Conclusão
De fato, ainda há um longo caminho para comprovar a correlação entre coronavírus e olhos. Porém, os estudos são fundamentais para incentivar a atenção maior aos olhos em pacientes infectados, por meio de exames e monitoramento após a cura.
Além disso, essa pesquisa reforça que pacientes com doenças preexistentes, como diabetes e hipertensão, tem maior fator de risco. Por isso, devem passar por investigações nos olhos também.
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Atualmente, estima-se que 1,5 milhão de pessoas percam a visão em todo o mundo, por ano, devido às lesões e doenças na córnea. Desse modo, os problemas nesta membrana são a terceira maior causa global de deficiência visual, ficando atrás somente da catarata e do glaucoma.
Mas, este cenário pode mudar. Recentemente, médicos israelenses realizaram o primeiro transplante de córnea artificial bem-sucedido do mundo. O paciente, um homem de 78 anos, conseguiu recuperar a visão após 10 anos com cegueira.
De fato, já existem implantes de córnea sintética, mas por necessitarem de cirurgias mais complexas, eram utilizados só como último recurso, como rejeição em transplantes de córnea. Já a nova tecnologia pode ser implantada de forma relativamente simples, com cortes mínimos e pouca sutura.
Em seguida, entenda como ocorreu o transplante de córnea artificial, como ela age dentro do organismo, os próximos passos e como o resultado pode mudar a realidade de milhões de pessoas que aguardam o transplante de córnea para voltar a enxergar.
O transplante de córnea artificial
A startup israelense CorNeat Vision desenvolveu o implante artificial KPro para substituir a córnea deformada do paciente. O procedimento foi realizado no hospital Rabin Medical Center, em Israel.
O dispositivo dispõe de um nano-tecido sintético não degradável, que é alocado sob uma membrana que reveste a superfície da pálpebra e a parte branca do globo ocular. Ao ser implantado, se unifica com o tecido vivo e incita a proliferação celular dentro do olho.
A córnea sintética é indicada apenas nos casos em que o tecido esteja deformado, opaco ou com cicatrizes.
Em entrevista ao site Israel Hayom, o médico e criador da tecnologia, Gilad Litvin, contou que a cirurgia foi relativamente simples e durou menos de uma hora.
Idoso reconhece parentes após operação
O paciente Jamal Furani conseguiu recuperar a visão já no dia seguinte ao transplante de córnea artificial. O idoso afirma que a luz foi a primeira coisa que enxergou. Depois, conseguiu reconhecer familiares e até ler textos.
“O resultado superou todas as nossas expectativas”, afirma o médico Irit Bahar, chefe do Departamento de Oftalmologia do Rabin Medical Center.
Próximos passos
A expectativa é que o procedimento se torne viável e acabe com a fila de espera por doadores ao redor do mundo. “Essa tecnologia era a chave para virar a maré contra a cegueira global. É muito emocionante estar na vanguarda desde projeto que, sem dúvida, impactará milhões de vidas”, acredita Bahar.
“Esperamos que isso permita que milhões de pacientes cegos em todo o mundo, em áreas onde não há prática corneana nem cultura de doação de órgãos, recuperem a visão”, afirma Gilad Litvin, diretor médico da CorNeat Vision. Contudo, a empresa ainda não anunciou a data de lançamento no mercado.
Agora, os testes clínicos continuam. Mais 10 pacientes israelenses aprovados aguardam o transplante de córnea artificial no hospital Rabin Medical Center. Além disso, países como Canadá, França, Estados Unidos e Holanda também já possuem pacientes aptos aos testes clínicos.
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