A Clínica Lavinsky, em Porto Alegre (RS), utiliza o retinógrafo portátil Eyer para tirar fotografias do fundo do olho para registro e acompanhamento dos pacientes. O equipamento é usado com mais frequência em uma das unidades em que a tomografia de coerência óptica (OCT) não conta com essa opção.
“Por exemplo, em casos de glaucoma, o exame de OCT fornece informações estruturais fundamentais para o diagnóstico e progressão, mas apenas a foto mostra achados como a hemorragia do disco óptico. Combinando os dois exames, conseguimos diagnosticar melhor e acompanhar o progresso da doença. Dessa forma, a retinografia é imprescindível no glaucoma”, afirma o especialista em glaucoma e coordenador da Unidade Diagnóstica da Clínica Lavinsky, Fábio Lavinsky.
Fábio Lavinsky é especialista em glaucoma, pesquisador e coordenador da Unidade Diagnóstica da Clínica Lavinsky.
As imagens feitas com o Eyer são disponibilizadas na plataforma online EyerCloud, permitindo a documentação completa, acompanhamento dos pacientes e laudos remotos.
Do mesmo modo, a imagem do fundo do olho auxilia na identificação de outros problemas na retina. “Por isso, o Eyer pode ser um diferencial para o diagnóstico do glaucoma, já que faz uma fotografia excepcional”, ressalta.
Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.
Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.
Lavinsky também utiliza o sistema de inteligência artificial (IA) EyerMaps, embarcado no Eyer, que detecta possíveis alterações retinianas em tempo real. Caso uma suspeita de alteração seja identificada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina. “Para as clínicas que não tem a OCT, isso pode ser um direcionador para solicitar o exame”.
O oftalmologista pontua que a IA ainda não identifica com precisão alterações do nervo óptico como a escavação. Entretanto, o Eyer oferece ferramentas específicas para o diagnóstico da doença.
Estereofoto e CDR – Cup to Disk Ratio
A estereofoto é um vídeo produzido pelo Eyer a partir da sobreposição das retinografias com nervo e mácula no centro da imagem. Desse modo, o médico pode ter uma visualização mais nítida da região de interesse para diagnóstico do glaucoma.
Estereofoto produzido pelo Eyer.
Já a ferramenta CDR – Cup to Disk Ratio apresenta a relação percentual entre nervo óptico e escavação, medida que, junto a outros achados clínicos e diagnósticos, pode indicar a presença ou risco da doença.
Com poucos cliques e a partir da seleção dos círculos que contornam o nervo e a escavação, na tela do próprio equipamento, o Eyer, além do cálculo do CDR, apresenta também as medidas da RIMA neural e o gráfico ISNT, métricas que apoiam a interpretação diagnóstica do exame de forma rápida e mais precisa.
Ferramenta CDR – Cup to Disk Ratio embutida no Eyer.
Educação
Atualmente, Lavinsky está nos Estados Unidos atuando como pesquisador em imagem e oftalmologia no Wills Eye Hospital, na Filadélfia, Pensilvânia. Mas, também integra o corpo docente do curso de medicina da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS).
Além de trazer melhores resultados clínicos para os pacientes, o professor acredita que o Eyer pode auxiliar no ensino dos futuros médicos. “O Eyer deveria ser como um estetoscópio para a medicina. Os cursos deveriam possuir alguns aparelhos em equipes de medicina interna e em especialidades afins para realização de fotos de pacientes com patologias sistêmicas com repercussão ocular e em sala de aula, além de promoverem a discussão com os alunos dos achados na retina e suas repercussões nos olhos”, reflete.
Lavinsky explica que o oftomoscópio direto tem o campo de visão muito pequeno. Apesar de apresentar algumas vantagens, como a tridimensionalidade e mostrar o nervo óptico com nitidez, o Eyer sai na frente por ter uma ótica excelente e imagens de alta qualidade que podem ser visualizadas digitalmente por vários alunos. “Mais especificamente, o Eyer deveria fazer parte da matéria de semiologia. Seria fantástico, algo quase revolucionário na educação”.
Para o médico, a tecnologia não deveria ser usada apenas na área de oftalmologia, mas também naquelas em que as doenças apresentam manifestações oculares, como endocrinologia, cardiologia e neurologia. “Utilizando o EyerCloud, oftalmologistas poderiam dar suporte diagnóstico aos colegas das especialidades afins. Isto agilizaria muito o diagnóstico e manejo de complicações oculares importantes, impactando positivamente para o resultado clínico dos pacientes”, avalia.
Fábio Lavinsky não possui qualquer relação comercial ou recebe honorários da Phelcom. A entrevista para este artigo se deve à sua expertise e experiência na área médica, visando compartilhar informações relevantes sobre glaucoma e tecnologias oftalmológicas.
Na infância, o Co-Founder e CTO da Phelcom, Diego Lencione, sonhava em ser oftalmologista. O objetivo era ajudar pessoas que sofriam de comprometimento da retina e da visão como o seu irmão mais velho, Welber Lencione.
Welber foi diagnosticado com alta miopia aos sete meses de vida. Durante a infância, chegou a ter 17 graus. A principal dificuldade da doença é conseguir enxergar objetos distantes com nitidez. Contudo, para quem tem alto grau, os sintomas são ainda mais graves e impactam significativamente a qualidade de vida.
Na escola, enxergar as letras pequenas na lousa era um verdadeiro desafio para Welber. “Para eu conseguir ver bem, preciso me aproximar bastante do celular, computador ou da televisão, por exemplo. Sem os óculos não consigo nem sair de casa”, explica.
A miopia elevada pode causar uma série de complicações oculares e danos significativos à visão. Aos 11 anos, Welber sofreu descolamento da retina em ambos os olhos. Na época, ficou internado em um hospital durante dois meses para realizar o tratamento.
Aos 18 anos, teve um novo episódio de descolamento de retina, também nos dois olhos. Porém, já existia a técnica de cirurgia a laser. No mesmo dia, voltou para casa. Desde então, não teve mais complicações e a miopia caiu para 11 graus nos últimos anos. “Tudo isso fez eu crescer bastante interiormente. No final, o tempo vai passando e as coisas vão se acertando”, reflete.
Atualmente, Welber leva uma vida produtiva e repleta de conquistas. Trabalha como vigilante na Universidade de São Paulo (USP) há 18 anos, tem um filho, o jovem Andrew, de 12 anos, é um leitor assíduo e, recentemente, se tornou maratonista.
Welber Lencione durante uma competição.
Corrida
Welber conta que sempre gostou muito de esporte. Há sete anos, começou a correr. “Não tenho nenhuma dificuldade relacionada à minha visão. Me sinto 100% eu na corrida”.
O atleta participa de competições em São Carlos (SP) e região há três anos. Para se preparar, treina no próprio bairro, dia sim e dia não, na companhia de alguns colegas. Em janeiro, conquistou algo inédito: completou uma maratona, em Ribeirão Preto (SP).
Welber ganhou a companhia do filho, Andrew, nos últimos 100 metros da Maratona de Ribeirão Preto.
Welber revela que tem vontade de repetir a dose, mas na famosa Corrida Internacional de São Silvestre, que ocorre anualmente em 31 de dezembro, na cidade de São Paulo. O empecilho? “É uma data muito ruim”, brinca.
Inspiração
Na primeira cirurgia de Welber, Diego tinha quatro anos de idade. Ele precisou passar dias longe do tão querido irmão e da mãe, que ficou com o primogênito por dois meses no hospital.
Durante a infância e adolescência, Diego acompanhou toda a jornada do irmão. “Quando cresci, a vida foi me levando para outras áreas e acabei cursando Física. Na faculdade, me especializei em óptica e, quando me dei conta, já estava trabalhando com pesquisa e desenvolvimento de equipamentos oftalmológicos”, relembra Diego.
O Co-Founder e CTO da Phelcom, Diego Lencione, com o irmão, Welber Lencione.
Daí surgiu a Phelcom e a ideia de criar o Eyer –um retinógrafo portátil que visa auxiliar no combate à deficiência visual grave e à cegueira.Os primeiros exames, dos primeiros protótipos, aconteceram nos olhos de Welber. “Foi um momento inesquecível. Criamos algo que possibilitou vermos com nitidez as alterações na retina dele e que, em breve, seria útil para muitas outras pessoas. Muitas vezes, ao longo da história da Phelcom, me vi voltando a essa essência, especialmente nos momentos mais difíceis da empresa”, revela.
E o irmão continua sendo fonte de inspiração para Diego. Há pouco tempo, o caçula fez uma nova retinografia em Welber com o auxílio do EyerMaps, sistema de Inteligência Artificial (IA) que roda embarcado no Eyer e detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas.
A IA apontou a presença de algo novo no fundo do olho de Welber. “Meu irmão até desconfiou de um novo descolamento de retina. Mas, com mais exames, o oftalmologista concluiu que é uma espécie de membrana que nasceu no local e que não afeta a visão”, conta, aliviado.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
De olho na temporada 2024, o time do Flamengo passou por uma bateria de exames e testes físicos nos dias 8 e 9 de janeiro, no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, os jogadores também fizeram um check-up dos olhos. “É o primeiro clube profissional de futebol da América Latina que inclui, dentro do centro de treinamento, exames oftalmológicos na rotina de avaliação médica dos atletas”, afirma o oftalmologista do Flamengo, Almyr Sabrosa.
Dentre os principais exames realizados, estão o teste de acuidade visual, aferição da pressão intraocular, fundoscopia e retinografia. Esses dois últimos foram feitos com o auxílio do retinógrafo portátil Eyer. Acoplado a um smartphone, o equipamento realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem midríase, e disponibiliza as imagens na plataforma online EyerCloud, permitindo a documentação completa e acompanhamento dos pacientes.
Sabrosa conta que muitos jogadores ainda não haviam feito uma avaliação completa dos olhos. “O Eyer disponibiliza a foto do fundo de olho do paciente no próprio aparelho, instantes após a captura. Isso fez tanto sucesso entre o time que até a comissão técnica e demais funcionários quiseram fazer os exames ali na hora”, revela.
O oftalmologista também atende em seu consultório os atletas olímpicos do Flamengo, por meio da parceria entre o Centro Unificado de Identificação e Desenvolvimento de Atleta de Rendimento (Cuidar) e o Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro (IORJ).
Mas, é a primeira vez que o médico conseguiu levar parte do seu consultório para avaliações no centro de treinamento (CT). “É muito difícil tirar os jogadores de alta performance da rotina, sem atrapalhar o rendimento. Por isso, fazer os exames no CT é muito importante”, ressalta.
Sabrosa explica que a portabilidade do Eyer facilitou a realização de parte dos exames oftalmológicos necessários aos atletas. O médico optou pelo equipamento por utilizá-lo há seis anos no mutirão “RJ contra a diabetes”, feito anualmente no Hospital da Gamboa, no Rio de Janeiro.
“Além da portabilidade, as imagens feitas pelo Eyer possibilitam uma avaliação bem detalhada da parte central do nervo óptico e de parte da vascularização do fundo do olho. Além disso, é um exame que não causa dor e não precisa necessariamente de midríase. Dessa forma, ganhamos mais tempo para avaliar todos no Flamengo”, afirma.
Com o armazenamento dos exames no EyerCloud, o oftalmologista já planeja usá-los para a próxima temporada. “Poderemos comparar com as imagens anteriores. Com isso, esperamos contribuir com a melhora constante da performance dos atletas”, ressalta.
Flamengo é o primeiro clube da América Latina a realizar exames dos olhos no centro de treinamento.
Eyer
O Eyer apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, ROP, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Confira o calendário dos principais congressos e simpósios da oftalmologia previstos para o primeiro semestre de 2024. Crie a sua programação para o ano para ficar por dentro dos avanços científicos, novas técnicas, inovações oftalmológicas, networking e excelentes negociações com os principais players do segmento.
Reunimos aqui informações como datas, locais, sites oficiais dos organizadores e a localização dos estandes da Phelcom Technologies. Confira abaixo:
CALENDÁRIO congressos de OFTALMOLOGIA BRasil 2024 – próximos eventos
Estamos ansiosos para nos encontrarmos nos congressos e compartilharmos experiências sobre o impacto da retinografia portátil na vida dos pacientes em todo o mundo! Nos vemos em breve!
Em 17 de novembro, o Globo Repórter exibiu uma edição especial sobre os desafios dos brasileiros que convivem com problemas de visão e os avanços nos tratamentos médicos.
Uma das doenças que podem afetar os olhos é a diabetes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 16,8 milhões de pessoas sofrem com a doença no país.
A engenheira civil Danierik Danelon é uma delas. Aos 23 anos, desenvolveu retinopatia diabética que, posteriormente, evoluiu para glaucoma. “No olho esquerdo, é como se eu estivesse olhando através de um box de banheiro embaçado com vapor”, disse Danierik no programa.
A retinopatia diabética é uma das complicações mais frequentes do diabetes e uma das principais causas de cegueira evitável em adultos. A doença é silenciosa na fase inicial e, por isso, o diagnóstico precoce é essencial.
Por outro lado, nem todo mundo consegue chegar a um oftalmologista a tempo. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), havia 1 oftalmologista para cada 10.875 habitantes no Brasil em 2021. E a maioria desses profissionais atendem no eixo Sul-Sudeste.
É neste cenário que entra a tecnologia. O programa demonstrou como a telemedicina e a inteligência artificial vêm auxiliando em diagnósticos mais rápidos para que, dessa forma, os pacientes tenham acesso aos serviços especializados o quanto antes.
Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja identificada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina.
Do lado esquerdo, imagem do fundo do olho captada com o retinógrafo portátil Eyer. Do lado direito, a inteligência artificial EyerMaps detecta possíveis alterações retinianas. Foto: reprodução Globo Repórter.
Sincronizada ao EyerCloud, sistema em nuvem para gerenciamento de dados e exames dos pacientes, a ferramenta classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos nas imagens e exames:
Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).
“A gente consegue ver na imagem vários pontos de alteração e o algoritmo detecta, ele acaba realçando essas áreas. É importante a gente deixar claro que são ferramentas de triagem. Quem vai tratar o paciente é o especialista”, diz Malerbi na reportagem.
A IA consegue auxiliar na detecção de doenças como glaucoma, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, tortuosidade vascular, oclusões, papiledema, retinose pigmentar e nevus, dentre outras.
Em seguida, confira o trecho do programa que demonstra como o EyerMaps auxilia os médicos na identificação de possíveis problemas nos olhos:
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão. Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.
Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.
Sem dúvida, um dos obstáculos da oftalmopediatria é conseguir realizar exames nos pequenos. Afinal, manter uma criança quieta por alguns minutos é um verdadeiro milagre.
Essa dificuldade faz parte da rotina da oftalmologista, professora e doutora Patrícia Dotto no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, no Hospital Municipal São José (HMSJ) e em seu consultório, todos em Joinville (SC), e na clínica Lavinsky, em Porto Alegre (RS).
“O principal desafio é a avaliação fundoscópica não midriática de crianças entre dez meses e três anos sem sedação ou contenção. Por isso, é fundamental criar um ambiente lúdico e calmo que traga tranquilidade para toda a família. Nesse contexto, a documentação fotográfica, ou ainda, a imagenologia fundoscópica, em tempo real permite envolver os pais no atendimento, o que melhora a relação médico-paciente e, consequentemente, impacta positivamente no seguimento e/ou tratamento da criança”.
Dotto conta que utiliza o retinógrafo portátil Eyer para agilizar os exames nos pequenos. O equipamento, bastante indicado para investigação em bebês e crianças pela portabilidade e alta qualidade de imagem, funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, além de disponibilizar as fotografias na plataforma online EyerCloud, facilitando o estudo e acompanhamento da progressão dos casos.
“O campo de visão é excelente. Sob midríase medicamentosa, também é um excelente instrumento propedêutico complementar à avaliação da média periferia da retina, particularmente de lesões hiperpigmentadas diminutas da coroide (nevus) e da retina (melanocitomas), utilizando-o como escaneamento pelo infravermelho”, explica.
Em seu consultório, com auxílio de suporte próprio e universal adquirido com Eyer, a oftalmologista fixa o aparelho na lâmpada de fenda para facilitar a realização dos exames. “Apesar de gostar muito de utilizá-lo dessa forma, é mágico usá-lo na forma ‘móvel’ em UTIs, centro cirúrgico, home care e dentro do próprio consultório, como avaliações das crianças no colo da mãe ou na sala de espera”, ressalta.
A médica também usa o Eyer no pronto socorro, em atendimento adulto e infantil, para documentação de doenças infecciosas e de Retinopatia da Prematuridade (ROP) nas UTIs neonatais e de adultos gravemente debilitados em UCIs, UTIs e Unidades de Queimados, além de interconsultas para neurologia, neurocirurgia, nefrologia e cardiologia e na perícia médica da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). “Carrego o Eyer, literalmente, na minha bolsa. Facilita muitíssimo o meu trabalho”, afirma.
A oftalmologista, professora e doutora Patrícia Dotto atende bebês e crianças no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, no Hospital Municipal São José (HMSJ) e em seu consultório, todos em Joinville (SC)
Shaken Baby Syndrome
Com o uso diário do Eyer em diversos locais, Dotto já presenciou vários casos marcantes, como o atendimento de uma criança vítima de Shaken Baby Syndrome (Síndrome do Bebê Sacudido). A síndrome ocorre quando o nenêm é chacoalhado intensamente, gerando danos cerebrais permanentes ou até morte.
Segue relato da médica sobre o episódio:
“A criança estava em seguimento há alguns meses no hospital por convulsões e desnutrição grave. A suspeita diagnóstica do Shaken Baby foi aventada ao observarem alterações à neuroimagem (hematoma) durante a investigação complementar do estado de mal epiléptico.
Durante a avaliação oftalmológica, no exame da acuidade visual (de grades), identifiquei que a visão de um dos olhos estava fora do intervalo de normalidade para a idade dela, apesar de não apresentar alterações da motilidade ocular.
Ao deitá-la na maca para o mapeamento da retina, ela começou a chorar desesperadamente. Foi um exame muito difícil e chamou a minha atenção o fato de a criança eventualmente largar-se, quase que desistindo, e depois voltar a reagir, sem exibir alteração do nível de consciência.
Foi num desses momentos que consegui fotografar o fundo do olho e identificar lesões retinianas, indicando dano grave ao sistema nervoso central. Em um caso em especial, a hemorragia era muito pequena, provavelmente por estar em reabsorção, e só consegui ter certeza do diagnóstico por causa do exame. Foi um milagre para mim e para ela.
Fiquei acabada naquele dia, mas muito grata a HaShem e à Phelcom [empresa inventora do Eyer]. O caso foi realmente investigado do ponto de vista social, as agressões foram confirmadas e as medidas cabíveis foram tomadas.
Salvamos uma vida. E na minha religião, o judaísmo, salvar uma vida é salvar o mundo inteiro.”
Em seguida, veja as imagens desse caso feitas por Dotto com o Eyer:
Mais casos
Dotto faz retinografia em todos os pacientes, pois considera importante a documentação do oposto. Ou seja, do estado de normalidade da retina. “Geralmente, procuramos doenças e esquecemos da importância de deixar assegurado o registro do fundo de olho normal, pois problemas acontecem no curso da vida e é importante assegurar o momento no qual se perdeu o estado de saúde ocular”, frisa.
Ela ressalta o caso de uma jovem de 22 anos, que deu entrada no PS com visão de movimento de mãos, grave retinopatia hipertensiva e descolamento seroso da mácula. A equipe suspeitou de Nefropatia Autoimune (IgA). “Inacreditavelmente, quatro ou cinco dias após o controle pressórico (na UTI), evoluiu para acuidade visual 20/20 (VINTE/VINTE) e resolução total do descolamento seroso”.
Outra situação foi de uma paciente do PS com uveíte anterior e USG aparentemente normal. Após a remissão do quadro, ao mapear a retina, a médica observou uma lesão enegrecida periférica. “Usando o Eyer, consegui documentá-la. Refizemos o USG pensando em melanoma. E era mesmo um melanoma ao nível do corpo ciliar”, conta.
Em crianças, a oftalmologista relembra o atendimento de duas pacientes com hemorragia vítrea tênue. “Após melhora da transparência dos meios, foi possível registrar a presença de malformação vascular tênue ao nível do nervo óptico”, recorda.
Dentre as doenças mais diagnosticadas em bebês, estão a ROP, infecções congênitas, hipoplasia do nervo óptico e colobomas da retina e do nervo óptico. “Uso muito o Eyer também para quantificar o tamanho do nervo óptico e da escavação. Isso ajuda para o diagnóstico diferencial dos glaucomas suspeitos, particularmente em crianças míopes”, finaliza.
Veja abaixo algumas imagens feitas pela oftalmologista com o Eyer:
Paciente com deslocamento de retina.
Paciente com microembilizações na coroide devido ao covid.
Paciente com oclusão arterial.
Eyer
O Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.
A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, ROP, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.
Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.
A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.
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