A oftalmologista e docente do curso de medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Simone Brandão, utiliza o retinógrafo portátil Eyer há dois anos. De lá para cá, já realizou mais de cinco mil exames em seu consultório, em sala de aula, no Hospital Escola de São Carlos e em um projeto social desenvolvido pela Liga Acadêmica de Oftalmologia da UFSCar.
Devido ao constante uso do equipamento, a Phelcom convidou a médica para testar o Eyer2, uma verdadeira plataforma de exames visuais que permite realizar registros dos segmentos posterior e anterior com alta qualidade de imagem.
“O aumento do Campo de Visada Instantâneo (FOV) das retinografias de 45º para 55º na horizontal permite agora fotodocumentar a superfície ocular e periocular em apenas uma foto. Antes, eram necessárias três imagens, por exemplo. Além disso, o flash do aparelho é mais confortável para o paciente, tornando o processo de exame mais agradável”, ressalta Brandão, especialista em plástica ocular.
Com novas ferramentas embarcadas e funcionalidades aprimoradas, o novo equipamento possibilita a detecção de diversas doenças e condições do segmento anterior do olho, como blefarite e demais alterações de cílios, disfunção das glândulas meibomianas, terçol, tumores conjuntivais, tumores palpebrais, catarata avançada, corpo estranho, queimaduras, lesões na córnea e ceratites em geral causadas por olho seco, lente de contato, infecções e úlceras, dentre outros.
Casos
Recentemente, Brandão diagnosticou uma queimadura por solda. “Tirei a foto com o Eyer2 e mostrei ao paciente de como o olho ficou ao não utilizar os óculos de proteção durante a soldagem”, conta.
Em outro caso, uma paciente relatou que bateu uma folha no olho, mas que não se machucou. A oftalmologista fez o exame e detectou uma lesão ocular, para a surpresa da paciente. Em outra situação, um paciente desenvolveu uma úlcera após o filho jogar água nos olhos dele durante uma brincadeira na piscina.
Exame feito com o Eyer2 de paciente com úlcera no olho após brincadeira na piscina com filho.
A médica utiliza o retinógrafo portátil em todas as consultas e permite que os pacientes visualizem o próprio fundo de olho durante o exame. “Essa possibilidade de ver as imagens em tempo real é educativa e motivadora, pois eles compreendem melhor sua condição ocular, se comprometem mais com o tratamento e acompanham o processo de recuperação”, explica.
Os exames são documentados instantaneamente na plataforma em nuvem EyerCloud, diretamente no prontuário do paciente. Nas consultas subsequentes, a médica refaz as imagens e mostra o antes e depois do tratamento. “Após uma operação, uma paciente disse que a sutura feita no olho era imperceptível. Fiz a foto e conseguimos ver perfeitamente o fio 10-0, que é mais fino do que um fio de cabelo”, relembra.
Para Brandão, a plataforma agiliza o processo de emissão de laudos e permite o acesso rápido e o compartilhamento dos exames, facilitando a comunicação com outros profissionais de saúde, alunos e com o próprio paciente. “Uma vez, uma colega solicitou os exames da minha paciente que estava internada no Hospital Escola de São Carlos. Eu acessei remotamente, emiti o laudo e enviei para ela”.
No consultório, antes do Eyer, a oftalmologista costumava buscar imagens no Google para explicar melhor a situação ao paciente. Agora, acessa o EyerCloud e exemplifica com fotos reais como deve ser um olho saudável ou com uma determinada doença.
Novas funcionalidades
A médica também destaca a praticidade do módulo por conexão imantada do Eyer2, que facilita a troca de módulos durante os exames e não se desencaixa do equipamento, tornando o processo mais eficiente e preciso.
A luz infravermelha e a luz cobalto também são novidades no retinógrafo portátil, já utilizadas pela oftalmologista. “Por exemplo, às vezes em um pós-operatório de blefaroplastia, podem ocorrer complicações como ceratites. Eu aplico a fluoresceína e tiro a foto com a luz cobalto para que o paciente compreenda o quadro. Além disso, essa combinação de técnicas permite uma avaliação mais precisa e detalhada das condições oculares, auxiliando no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes”, reforça.
Exame com luz cobalto feito com o Eyer2 de paciente com úlcera no olho após brincadeira na piscina com filho.
A luz infravermelha auxilia na detecção de alterações na coróide, como o nevus, pois penetra mais profundamente nas estruturas do fundo do olho, e na realização da meibografia. Esse exame, que avalia as glândulas de meibômio localizadas na pálpebra, é fundamental na investigação da síndrome do olho seco, doença que afeta 26 milhões de pessoas só no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).
Atendimento domiciliar
Para Brandão, outra vantagem do Eyer2 é a qualidade da imagem do segmento anterior e posterior em situações desfavoráveis, como no atendimento domiciliar. “Tenho uma paciente acamada e fui fazer os exames na casa dela. Com o Eyer2, você tem praticamente uma lâmpada de fenda manual, pois possibilitou uma visualização clara e detalhada da região de pálpebra, da conjuntiva e dos cílios, mesmo em um quarto onde a claridade não era a ideal”.
Além do atendimento domiciliar, a oftalmologista utiliza o aparelho no hospital escola e na universidade. “Após os alunos realizarem diversos exames, precisei contatar a assistência técnica da Phelcom para resolver uma questão específica. Imediatamente, a equipe acessou remotamente, mas o equipamento teve que voltar para a fábrica. Fiquei alguns dias sem e ali percebi que já não vivo mais sem o Eyer”, brinca.
Ela explica que, além da qualidade, a tecnologia acelerou suas consultas por não necessitar de midríase na maioria dos casos. “Agora, uso esse tempo extra para explicar os resultados e tratamentos aos pacientes, que também não precisam mais ficar horas no consultório aguardando o colírio fazer efeito ou ir em outro local fazer a retinografia e depois retornar com o resultado”.
Exame feito com o Eyer2 pela dra Brandão mostra verruga de borda de PSE.
Eyer2
O retinógrafo portátil Eyer2 oferece potência, versatilidade e inteligência para simplificar a rotina do consultório, proporcionando atendimentos mais ágeis, exames completos e tecnologias impactantes para o diagnóstico e tratamento ocular.
Dentre as principais funcionalidades do novo portátil, destacam-se:
- Registros com apenas um clique;
- Ergonomia projetada para proporcionar maior comodidade durante as capturas;
- Plataforma portátil de imageamento ocular capaz de realizar seis registros em um único equipamento, sem necessidade de midríase;
- Retinografia colorida de alta qualidade: 55º em uma única imagem para detecção de lesões periféricas na retina;
- Red free gerado instantaneamente após o registro colorido;
- Registro de segmento posterior com luz infravermelha, importante para avaliação de áreas mais profundas da retina sem desconforto ao paciente, como diagnóstico de nevus de coróide e olho seco evaporativo;
- Estereofoto de papila para visualização 3D da escavação;
- Retinografias panorâmicas com até 120°;
- Edição e gráficos para análise de cup-to-disk ratio (CDR);
- Fotodocumentação em alta definição da superfície ocular para acompanhamento da progressão de patologias;
- Avaliação e fotodocumentação de lesões de córnea com luz azul cobalto;
- Mobilidade para atendimento em diversas clínicas, locais remotos que requerem atenção primária e exames em pacientes acamados e recém-nascidos;
- Possibilidade de integração com o EyerMaps, inteligência artificial que sinaliza em segundos as áreas da retina com possíveis anomalias;
- Integração com o EyerCloud, plataforma online para gerenciamento dos exames.
Sobre a Phelcom
A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.
Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer, vencedor dos prêmios World Summit Award 2020 e Falling Walls Lab 2016.
Hoje, a tecnologia dos produtos da Phelcom já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.