“A retinografia é imprescindível para o diagnóstico de glaucoma”, afirma o oftalmologista e pesquisador Fábio Lavinsky

“A retinografia é imprescindível para o diagnóstico de glaucoma”, afirma o oftalmologista e pesquisador Fábio Lavinsky

A Clínica Lavinsky, em Porto Alegre (RS), utiliza o retinógrafo portátil Eyer para tirar fotografias do fundo do olho para registro e acompanhamento dos pacientes. O equipamento é usado com mais frequência em uma das unidades em que a tomografia de coerência óptica (OCT) não conta com essa opção.

“Por exemplo, em casos de glaucoma, o exame de OCT fornece informações estruturais fundamentais para o diagnóstico e progressão, mas apenas a foto mostra achados como a hemorragia do disco óptico. Combinando os dois exames, conseguimos diagnosticar melhor e acompanhar o progresso da doença. Dessa forma, a retinografia é imprescindível no glaucoma”, afirma o especialista em glaucoma e coordenador da Unidade Diagnóstica da Clínica Lavinsky, Fábio Lavinsky.

Foto do oftalmologista e pesquisador Fábio Lavinsky.

Fábio Lavinsky é especialista em glaucoma, pesquisador e coordenador da Unidade Diagnóstica da Clínica Lavinsky.

As imagens feitas com o Eyer são disponibilizadas na plataforma online EyerCloud, permitindo a documentação completa, acompanhamento dos pacientes e laudos remotos. 

Do mesmo modo, a imagem do fundo do olho auxilia na identificação de outros problemas na retina. “Por isso, o Eyer pode ser um diferencial para o diagnóstico do glaucoma, já que faz uma fotografia excepcional”, ressalta. 

Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.

Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.

Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.

Imagem feita com o Eyer de um paciente diagnosticado com glaucoma.

Lavinsky também utiliza o sistema de inteligência artificial (IA) EyerMaps, embarcado no Eyer, que detecta possíveis alterações retinianas em tempo realCaso uma suspeita de alteração seja identificada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina. “Para as clínicas que não tem a OCT, isso pode ser um direcionador para solicitar o exame”.

O oftalmologista pontua que a IA ainda não identifica com precisão alterações do nervo óptico como a escavação. Entretanto, o Eyer oferece ferramentas específicas para o diagnóstico da doença.

Estereofoto e CDR – Cup to Disk Ratio

A estereofoto é um vídeo produzido pelo Eyer a partir da sobreposição das retinografias com nervo e mácula no centro da imagem. Desse modo, o médico pode ter uma visualização mais nítida da região de interesse para diagnóstico do glaucoma.

Estereofoto produzido pelo Eyer.

Já a ferramenta CDR – Cup to Disk Ratio apresenta a relação percentual entre nervo óptico e escavação, medida que, junto a outros achados clínicos e diagnósticos, pode indicar a presença ou risco da doença. 

Com poucos cliques e a partir da seleção dos círculos que contornam o nervo e a escavação, na tela do próprio equipamento, o Eyer, além do cálculo do CDR, apresenta também as medidas da RIMA neural e o gráfico ISNT, métricas que apoiam a interpretação diagnóstica do exame de forma rápida e mais precisa.

Ferramenta CDR - Cup to Disk Ratio embutida no Eyer.

Ferramenta CDR – Cup to Disk Ratio embutida no Eyer.

Educação

Atualmente, Lavinsky está nos Estados Unidos atuando como pesquisador em imagem e oftalmologia no Wills Eye Hospital, na Filadélfia, Pensilvânia. Mas, também integra o corpo docente do curso de medicina da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS). 

Além de trazer melhores resultados clínicos para os pacientes, o professor acredita que o Eyer pode auxiliar no ensino dos futuros médicos. “O Eyer deveria ser como um estetoscópio para a medicina. Os cursos deveriam possuir alguns aparelhos em equipes de medicina interna e em especialidades afins para realização de fotos de pacientes com patologias sistêmicas com repercussão ocular e em sala de aula, além de promoverem a discussão com os alunos dos achados na retina e suas repercussões nos olhos”, reflete.

Lavinsky explica que o oftomoscópio direto tem o campo de visão muito pequeno. Apesar de apresentar algumas vantagens, como a tridimensionalidade e mostrar o nervo óptico com nitidez, o Eyer sai na frente por ter uma ótica excelente e imagens de alta qualidade que podem ser visualizadas digitalmente por vários alunos. “Mais especificamente, o Eyer deveria fazer parte da matéria de semiologia. Seria fantástico, algo quase revolucionário na educação”.

Para o médico, a tecnologia não deveria ser usada apenas na área de oftalmologia, mas também naquelas em que as doenças apresentam manifestações oculares, como endocrinologia, cardiologia e neurologia. “Utilizando o EyerCloud, oftalmologistas poderiam dar suporte diagnóstico aos colegas das especialidades afins. Isto agilizaria muito o diagnóstico e manejo de complicações oculares importantes, impactando positivamente para o resultado clínico dos pacientes”, avalia.

Fábio Lavinsky não possui qualquer relação comercial ou recebe honorários da Phelcom. A entrevista para este artigo se deve à sua expertise e experiência na área médica, visando compartilhar informações relevantes sobre glaucoma e tecnologias oftalmológicas.

Amor de irmãos: a história inspiradora por trás da Phelcom

Amor de irmãos: a história inspiradora por trás da Phelcom

Na infância, o Co-Founder e CTO da Phelcom, Diego Lencione, sonhava em ser oftalmologista. O objetivo era ajudar pessoas que sofriam de comprometimento da retina e da visão como o seu irmão mais velho, Welber Lencione. 

Welber foi diagnosticado com alta miopia aos sete meses de vida. Durante a infância, chegou a ter 17 graus. A principal dificuldade da doença é conseguir enxergar objetos distantes com nitidez. Contudo, para quem tem alto grau, os sintomas são ainda mais graves e impactam significativamente a qualidade de vida. 

Na escola, enxergar as letras pequenas na lousa era um verdadeiro desafio para Welber. “Para eu conseguir ver bem, preciso me aproximar bastante do celular, computador ou da televisão, por exemplo. Sem os óculos não consigo nem sair de casa”, explica. 

A miopia elevada pode causar uma série de complicações oculares e danos significativos à visão. Aos 11 anos, Welber sofreu descolamento da retina em ambos os olhos. Na época, ficou internado em um hospital durante dois meses para realizar o tratamento. 

Aos 18 anos, teve um novo episódio de descolamento de retina, também nos dois olhos. Porém, já existia a técnica de cirurgia a laser. No mesmo dia, voltou para casa. Desde então, não teve mais complicações e a miopia caiu para 11 graus nos últimos anos. “Tudo isso fez eu crescer bastante interiormente. No final, o tempo vai passando e as coisas vão se acertando”, reflete. 

Atualmente, Welber leva uma vida produtiva e repleta de conquistas. Trabalha como vigilante na Universidade de São Paulo (USP) há 18 anos, tem um filho, o jovem Andrew, de 12 anos, é um leitor assíduo e, recentemente, se tornou maratonista. 

Img Welber Lencione Corrida

Welber Lencione durante uma competição.

Corrida 

Welber conta que sempre gostou muito de esporte. Há sete anos, começou a correr. “Não tenho nenhuma dificuldade relacionada à minha visão. Me sinto 100% eu na corrida”.

O atleta participa de competições em São Carlos (SP) e região há três anos. Para se preparar, treina no próprio bairro, dia sim e dia não, na companhia de alguns colegas. Em janeiro, conquistou algo inédito: completou uma maratona, em Ribeirão Preto (SP). 

Welber ganhou a companhia do filho, Andrew, nos últimos 100 metros da Maratona de Ribeirão Preto.

Welber revela que tem vontade de repetir a dose, mas na famosa Corrida Internacional de São Silvestre, que ocorre anualmente em 31 de dezembro, na cidade de São Paulo. O empecilho? “É uma data muito ruim”, brinca. 

Inspiração

Na primeira cirurgia de Welber, Diego tinha quatro anos de idade. Ele precisou passar dias longe do tão querido irmão e da mãe, que ficou com o primogênito por dois meses no hospital.

Durante a infância e adolescência, Diego acompanhou toda a jornada do irmão. “Quando cresci, a vida foi me levando para outras áreas e acabei cursando Física. Na faculdade, me especializei em óptica e, quando me dei conta, já estava trabalhando com pesquisa e desenvolvimento de equipamentos oftalmológicos”, relembra Diego. 

Img Welber Lencione E O Irmao Diego Lencione

O Co-Founder e CTO da Phelcom, Diego Lencione, com o irmão, Welber Lencione.

Daí surgiu a Phelcom e a ideia de criar o Eyer – um retinógrafo portátil que visa auxiliar no combate à deficiência visual grave e à cegueira. Os primeiros exames, dos primeiros protótipos, aconteceram nos olhos de Welber. “Foi um momento inesquecível. Criamos algo que possibilitou vermos com nitidez as alterações na retina dele e que, em breve, seria útil para muitas outras pessoas. Muitas vezes, ao longo da história da Phelcom, me vi voltando a essa essência, especialmente nos momentos mais difíceis da empresa”, revela. 

E o irmão continua sendo fonte de inspiração para Diego. Há pouco tempo, o caçula fez uma nova retinografia em Welber com o auxílio do EyerMaps, sistema de Inteligência Artificial (IA) que roda embarcado no Eyer e detecta com alta acurácia qualquer suspeita de anormalidades retinianas.

A IA apontou a presença de algo novo no fundo do olho de Welber. “Meu irmão até desconfiou de um novo descolamento de retina. Mas, com mais exames, o oftalmologista concluiu que é uma espécie de membrana que nasceu no local e que não afeta a visão”, conta, aliviado. 

Sobre a Phelcom  

A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer, vencedor dos prêmios World Summit Award 2020 e Falling Walls Lab 2016.

Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.

EyerMaps é destaque no Globo Repórter

EyerMaps é destaque no Globo Repórter

Em 17 de novembro, o Globo Repórter exibiu uma edição especial sobre os desafios dos brasileiros que convivem com problemas de visão e os avanços nos tratamentos médicos.

Uma das doenças que podem afetar os olhos é a diabetes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 16,8 milhões de pessoas sofrem com a doença no país. 

A engenheira civil Danierik Danelon é uma delas. Aos 23 anos, desenvolveu retinopatia diabética que, posteriormente, evoluiu para glaucoma. “No olho esquerdo, é como se eu estivesse olhando através de um box de banheiro embaçado com vapor”, disse Danierik no programa.

A retinopatia diabética é uma das complicações mais frequentes do diabetes e uma das principais causas de cegueira evitável em adultos. A doença é silenciosa na fase inicial e, por isso, o diagnóstico precoce é essencial.

Por outro lado, nem todo mundo consegue chegar a um oftalmologista a tempo. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), havia 1 oftalmologista para cada 10.875 habitantes no Brasil em 2021. E a maioria desses profissionais atendem no eixo Sul-Sudeste. 

É neste cenário que entra a tecnologia. O programa demonstrou como a telemedicina e a inteligência artificial vêm auxiliando em diagnósticos mais rápidos para que, dessa forma, os pacientes tenham acesso aos serviços especializados o quanto antes. 

EyerMaps

O Globo Repórter entrevistou o oftalmologista Fernando Malerbi, que demonstrou como usa a inteligência artificial EyerMaps, embarcada no retinógrafo portátil Eyer, para detecção de possíveis alterações retinianas em tempo real

Em poucos segundos após capturar a foto do fundo do olho, caso uma suspeita de alteração seja identificada, a IA gera uma nova imagem com um mapa de atenção (heatmap) destacando potenciais anormalidades na retina. 

Img Exame Eyermaps Globo Reporter.jpg

Do lado esquerdo, imagem do fundo do olho captada com o retinógrafo portátil Eyer. Do lado direito, a inteligência artificial EyerMaps detecta possíveis alterações retinianas. Foto: reprodução Globo Repórter.

Sincronizada ao EyerCloud, sistema em nuvem para gerenciamento de dados e exames dos pacientes, a ferramenta classifica de forma simples e visual as imagens e exames capturados em função da probabilidade de alteração utilizando marcadores coloridos nas imagens e exames:

  • Verde: imagem ou exame com baixa probabilidade de alteração (até 30%);
  • Amarelo: imagem ou exame com média probabilidade de alteração (de 31 a 70%);
  • Vermelho: imagem ou exame com alta probabilidade de alteração (71 a 100%).

“A gente consegue ver na imagem vários pontos de alteração e o algoritmo detecta, ele acaba realçando essas áreas. É importante a gente deixar claro que são ferramentas de triagem. Quem vai tratar o paciente é o especialista”, diz Malerbi na reportagem. 

A IA consegue auxiliar na detecção de doenças como glaucoma, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva, tortuosidade vascular, oclusões, papiledema, retinose pigmentar e nevus, dentre outras.

Em seguida, confira o trecho do programa que demonstra como o EyerMaps auxilia os médicos na identificação de possíveis problemas nos olhos:

Img Eyermaps Globo Reporter

Eyer

Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.

Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão. Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.

A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.

Sobre a Phelcom

A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.

Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.

Oftalmopediatria: conheça histórias reais de como o Eyer fez a diferença no atendimento de bebês e crianças

Oftalmopediatria: conheça histórias reais de como o Eyer fez a diferença no atendimento de bebês e crianças

Sem dúvida, um dos obstáculos da oftalmopediatria é conseguir realizar exames nos pequenos. Afinal, manter uma criança quieta por alguns minutos é um verdadeiro milagre. 

Essa dificuldade faz parte da rotina da oftalmologista, professora e doutora Patrícia Dotto no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, no Hospital Municipal São José (HMSJ) e em seu consultório, todos em Joinville (SC), e na clínica Lavinsky, em Porto Alegre (RS). 

“O principal desafio é a avaliação fundoscópica não midriática de crianças entre dez meses e três anos sem sedação ou contenção. Por isso, é fundamental criar um ambiente lúdico e calmo que traga tranquilidade para toda a família. Nesse contexto, a documentação fotográfica, ou ainda, a imagenologia fundoscópica, em tempo real permite envolver os pais no atendimento, o que melhora a relação médico-paciente e, consequentemente, impacta positivamente no seguimento e/ou tratamento da criança”. 

Dotto conta que utiliza o retinógrafo portátil Eyer para agilizar os exames nos pequenos. O equipamento, bastante indicado para investigação em bebês e crianças pela portabilidade e alta qualidade de imagem, funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina em poucos minutos, além de disponibilizar as fotografias na plataforma online EyerCloud, facilitando o estudo e acompanhamento da progressão dos casos.

“O campo de visão é excelente. Sob midríase medicamentosa, também é um excelente instrumento propedêutico complementar à avaliação da média periferia da retina, particularmente de lesões hiperpigmentadas diminutas da coroide (nevus) e da retina (melanocitomas), utilizando-o como escaneamento pelo infravermelho”, explica. 

Em seu consultório, com auxílio de suporte próprio e universal adquirido com Eyer, a oftalmologista fixa o aparelho na lâmpada de fenda para facilitar a realização dos exames. “Apesar de gostar muito de utilizá-lo dessa forma, é mágico usá-lo na forma ‘móvel’ em UTIs, centro cirúrgico, home care e dentro do próprio consultório, como avaliações das crianças no colo da mãe ou na sala de espera”, ressalta. 

A médica também usa o Eyer no pronto socorro, em atendimento adulto e infantil, para documentação de doenças infecciosas e de Retinopatia da Prematuridade (ROP) nas UTIs neonatais e de adultos gravemente debilitados em UCIs, UTIs e Unidades de Queimados, além de interconsultas para neurologia, neurocirurgia, nefrologia e cardiologia e na perícia médica da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). “Carrego o Eyer, literalmente, na minha bolsa. Facilita muitíssimo o meu trabalho”, afirma.

Oftalmologista Patricia Dotto

A oftalmologista, professora e doutora Patrícia Dotto atende bebês e crianças no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, no Hospital Municipal São José (HMSJ) e em seu consultório, todos em Joinville (SC)

Shaken Baby Syndrome

Com o uso diário do Eyer em diversos locais, Dotto já presenciou vários casos marcantes, como o atendimento de uma criança vítima de Shaken Baby Syndrome (Síndrome do Bebê Sacudido). A síndrome ocorre quando o nenêm é chacoalhado intensamente, gerando danos cerebrais permanentes ou até morte. 

Segue relato da médica sobre o episódio:

“A criança estava em seguimento há alguns meses no hospital por convulsões e desnutrição grave. A suspeita diagnóstica do Shaken Baby foi aventada ao observarem alterações à neuroimagem (hematoma) durante a investigação complementar do estado de mal epiléptico. 

Durante a avaliação oftalmológica, no exame da acuidade visual (de grades), identifiquei que a visão de um dos olhos estava fora do intervalo de normalidade para a idade dela, apesar de não apresentar alterações da motilidade ocular. 

Ao deitá-la na maca para o mapeamento da retina, ela começou a chorar desesperadamente. Foi um exame muito difícil e chamou a minha atenção o fato de a criança eventualmente largar-se, quase que desistindo, e depois voltar a reagir, sem exibir alteração do nível de consciência. 

Foi num desses momentos que consegui fotografar o fundo do olho e identificar lesões retinianas, indicando dano grave ao sistema nervoso central. Em um caso em especial, a hemorragia era muito pequena, provavelmente por estar em reabsorção, e só consegui ter certeza do diagnóstico por causa do exame. Foi um milagre para mim e para ela.

Fiquei acabada naquele dia, mas muito grata a HaShem e à Phelcom [empresa inventora do Eyer]. O caso foi realmente investigado do ponto de vista social, as agressões foram confirmadas e as medidas cabíveis foram tomadas. 

Salvamos uma vida. E na minha religião, o judaísmo, salvar uma vida é salvar o mundo inteiro.”

Em seguida, veja as imagens desse caso feitas por Dotto com o Eyer:

Img Imagem De Fundo De Olho Feita Com O Eyer De Bebe Vitima De Shaken Baby Syndrome

Img Imagem De Fundo De Olho Feita Com O Eyer De Bebe Vitima De Shaken Baby Syndrome 4

Img Imagem De Fundo De Olho Feita Com O Eyer De Bebe Vitima De Shaken Baby Syndrome 2

Img Imagem De Fundo De Olho Feita Com O Eyer De Bebe Vitima De Shaken Baby Syndrome 3

Mais casos

Dotto faz retinografia em todos os pacientes, pois considera importante a documentação do oposto. Ou seja, do estado de normalidade da retina. “Geralmente, procuramos doenças e esquecemos da importância de deixar assegurado o registro do fundo de olho normal, pois problemas acontecem no curso da vida e é importante assegurar o momento no qual se perdeu o estado de saúde ocular”, frisa. 

Ela ressalta o caso de uma jovem de 22 anos, que deu entrada no PS com visão de movimento de mãos, grave retinopatia hipertensiva e descolamento seroso da mácula. A equipe suspeitou de Nefropatia Autoimune (IgA). “Inacreditavelmente, quatro ou cinco dias após o controle pressórico (na UTI), evoluiu para acuidade visual 20/20 (VINTE/VINTE) e resolução total do descolamento seroso”. 

Outra situação foi de uma paciente do PS com uveíte anterior e USG aparentemente normal. Após a remissão do quadro, ao mapear a retina, a médica observou uma lesão enegrecida periférica. “Usando o Eyer, consegui documentá-la. Refizemos o USG pensando em melanoma. E era mesmo um melanoma ao nível do corpo ciliar”, conta. 

Em crianças, a oftalmologista relembra o atendimento de duas pacientes com hemorragia vítrea tênue. “Após melhora da transparência dos meios, foi possível registrar a presença de malformação vascular tênue ao nível do nervo óptico”, recorda. 

Dentre as doenças mais diagnosticadas em bebês, estão a ROP, infecções congênitas, hipoplasia do nervo óptico e colobomas da retina e do nervo óptico. “Uso muito o Eyer também para quantificar o tamanho do nervo óptico e da escavação. Isso ajuda para o diagnóstico diferencial dos glaucomas suspeitos, particularmente em crianças míopes”, finaliza.

Veja abaixo algumas imagens feitas pela oftalmologista com o Eyer:

Img Imagem De Fundo De Olho Feita Com Eyer De Paciente Com Deslocamento De Retina

Paciente com deslocamento de retina.

Img Imagem De Fundo De Olho Feita Com Eyer De Paciente Com Microembilizacoes Na Coroide Devido A Covid

Paciente com microembilizações na coroide devido ao covid.

Img Imagem De Fundo De Olho Feita Com Eyer De Paciente Com Oclusao Arterial

Paciente com oclusão arterial.

Eyer

Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.

A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, ROP, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.

Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.

A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.

Confira quais congressos de saúde a Phelcom participará ainda neste ano

Confira quais congressos de saúde a Phelcom participará ainda neste ano

A Phelcom entrou no último trimestre do ano com a presença confirmada nos maiores congressos de saúde do Brasil e dos Estados Unidos. 

“Valorizamos a presença nos principais eventos científicos dedicados à oftalmologia e à saúde visual desses países em que atuamos diretamente. Os congressos são momentos importantes, não apenas para apresentar como o Eyer, EyerCloud e EyerMaps podem facilitar o dia a dia do médico e do paciente, mas também para ter importantes feedbacks da classe médica que nos ajudam no aprimoramento contínuo do equipamento e de seus recursos, pensando nas diferentes especialidades e situações de uso”, ressalta a gerente de marketing da Phelcom, Amanda Magalhães Rodrigues Arthur.  

Ao todo, são nove eventos até dezembro. Confira a programação completa: 

Brasil 

XIV Congresso Brasileiro de AVC – III Jornada Paranaense de Neurologia

O AVC 2023 ocorre de 12 a 15 de outubro, em Curitiba (PR). O congresso abordará toda a linha de cuidado do AVC, que inicia com temas de prevenção primária, se estende ao pré-hospitalar, atendimento hospitalar, prevenção secundária e reabilitação.

A programação ainda inclui palestras de terapias emergentes, como robótica e inovação tecnológica. 

Saiba mais: https://avc2023.com.br/

CIEPO / CIOP – 30º Congresso Internacional de Oculoplástica e 9º Congresso Internacional de Estética Periocular

O CIEPO/CIOP 2023 será nos dias 13 e 14 de outubro, em São Paulo. O evento é organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO), que certifica cirurgiões especialistas em cirurgias palpebrais, vias lacrimais e de órbita. 

Saiba mais: https://www.sbcpo.org.br/congresso/

34º Congresso Cearense de Oftalmologia

O CCO 2023 ocorre de 26 a 28 de outubro, em Fortaleza (CE). O congresso reunirá cursos, discussão de casos, concurso de fotografia, além de celebrar os 60 anos da Sociedade Cearense de Oftalmologia, organizadora do evento. 

Saiba mais: https://cco2023.com.br/

XI Congresso Brasileiro da SOBLEC

O XI Congresso Brasileiro da SOBLEC será nos dias 27 e 28 de outubro, em São Paulo, com muitas inovações, novidades e tecnologias. 

Filiada ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (SOBLEC) é voltada à preservação da saúde ocular e ao ensino da adaptação de lentes de contato.

Saiba mais: https://soblec.com.br/

1º Congresso de Neuro-Oftalmologia

O 1º Congresso Brasileiro de Neuro-Oftalmologia ocorre em 28 de outubro, em São Paulo. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Neuro-Oftalmologia (ABNO), conta com uma grade científica que abordará os mais diversos temas da especialidade, além de apresentações que contribuirão para manutenção da atualização dos profissionais da área.

Saiba mais: https://congressoneurooftalmologia.com.br/

42º Congresso do Hospital São Geraldo

O 42º Congresso do Hospital São Geraldo será realizado de 15 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG). 

Alguns destaques especiais neste ano são o Simpósio de Miopia Infantil, o debate sobre novas tecnologias em implantes de lentes intraoculares e os encontros com experts das diversas subespecialidades da oftalmologia.

Saiba mais: https://saogeraldo2023.com.br/

26º Congresso de Oftalmologia da USP 

O COUSP 2023 ocorre de 28 de novembro a 02 de dezembro, em São Paulo. O congresso reunirá centenas de convidados nacionais e internacionais que transmitirão suas expertises em oftalmologia e medicina por meio de cursos, simpósios e palestras em diversas subespecialidades. 

Saiba mais: https://cousp.com.br/

Estados Unidos 

Img Phelcom Congresso Ascrs 2023

Phelcom no congresso ASCRS 2023, em San Diego.

Academy 2023 New Orleans

A Academy 2023 New Orleans será de 11 a 14 de outubro, em New Orleans (LA). Organizada pela AAOPT, o evento contará com workshops, palestras e cursos.

Saiba mais: https://aaopt.org/meetings/annual-meeting/

AAO 2023

A 127º Reunião Anual da Academia Americana de Oftalmologia ocorre de 03 a 06 de novembro, San Francisco (CA). O encontro global de oftalmologistas é organizado pela Academia Americana de Oftalmologia (AAO), a maior e mais antiga organização especializada em visão. 

Saiba mais: https://www.aao.org/

Phelcom Eyer

Img Eyer Congresso Cbo 2023

Apresentação do Eyer no estande da Phelcom no CBO 2023, em Fortaleza (CE).

Phelcom Eyer é um retinógrafo portátil que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade, em poucos minutos e sem a necessidade de dilatação da pupila.

A tecnologia apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.

Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.

A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.

Sobre a Phelcom

A Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.

Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.

Phelcom leva mostra do projeto Retina Prática ao CBO 2023

Phelcom leva mostra do projeto Retina Prática ao CBO 2023

A Phelcom Technologies marcou presença no 67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que ocorreu de 23 a 26 de agosto, em Fortaleza (CE). Durante o evento, os três sócios fundadores da empresa, José Augusto Stuchi, Flávio Pascoal Vieira e Diego Lencione, apresentaram o retinógrafo portátil Eyer e o sistema de inteligência artificial EyerMaps.

Exposição do retinógrafo portátil Eyer no estande da Phelcom
Technologies no CBO 2023.

Retinógrafo portátil Eyer.

Na ocasião, os visitantes também conheceram o projeto Retina Prática. A partir do registro e compartilhamento de casos, o Retina Prática tem como objetivo estudar, documentar e sensibilizar sobre a etiologia das patologias e condições que acometem os diferentes perfis etários de pacientes, entre eles os recém-nascidos, para os quais imagens de retina estão raramente disponíveis.

A iniciativa conta com os médicos oftalmologistas Daiane Memória Ribeiro Ferreira, Daniel da Rocha Lucena, Davyson Sampaio Braga, Karlos Ítalo Souza Viana e Samuel Montenegro Pereira e com o apoio da Phelcom.

Os médicos Karlos Ítalo, Samuel Montenegro, Daiane Memória e Daniel Lucena na mostra Retina Prática, no estande da Phelcom no CBO 2023.

Da esquerda para a direita: Karlos Ítalo, Samuel Montenegro, Daiane Memória e Daniel Lucena na mostra Retina Prática, no estande da Phelcom no CBO 2023.

Os casos da mostra apresentados no CBO foram documentados por imagens capturadas com o Eyer e fazem parte do acervo do projeto. Para conhecer mais sobre a iniciativa, visite a página @retinapratica no Instagram.

Prêmio

O trabalho “Inteligência artificial para rastreio de retinopatia diabética com uma imagem de retina por olho”, do oftalmologista Fernando Korn Malerbi e equipe, foi premiado como o melhor trabalho do CBO 2023 na categoria Região Sul. O médico utilizou o Eyer para realizar o projeto.

Img Blog Fernando Malerbi Cbo2023

O oftalmologista Fernando Korn Malerbi recebeu o prêmio de melhor trabalho do CBO 2023 na categoria Região Sul.

“A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira. Nosso objetivo foi avaliar o desempenho de um sistema de inteligência artificial incorporado em uma câmera retinal portátil baseada em smartphone – o Eyer – para triagem de RD com base na avaliação de apenas uma imagem retinal por olho”, explica.

Para isso, operadores treinados coletaram imagens de pacientes com diabetes durante uma iniciativa de triagem em massa de RD em Blumenau (SC). A análise automática da foto foi realizada pelo EyerMaps. 

Mais da metade dos pacientes realizaram o primeiro exame de retina durante o evento. A maioria (82,5%) contando exclusivamente com o sistema público de saúde. 

Ao todo, 86,9% foram diagnosticados com RD leve ausente ou não proliferativa. Já 13,1%, com RD mais que leve. As taxas percentuais de IA de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valores preditivos negativos para mtmDR foram (IC 95%) 93,6 (87,8-97,2), 71,7 (67,8-75,4), 42,7 (39,3-46,2) e 98,0 (96,2- 98,9), respectivamente.

“Foi obtida alta sensibilidade para triagem de RD com o Eyer e EyerMaps com apenas uma imagem por olho, um protocolo mais simples em comparação ao protocolo tradicional de duas imagens por olho. A simplificação do processo de rastreio de RD pode contribuir para aumentar as taxas de adesão e a cobertura global dos programas”, avalia Malerbi.

CBO 2023

O 67º Congresso Brasileiro de Oftalmologia (CBO) reuniu aproximadamente quatro mil médicos e pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, França, Argentina, Colômbia, Canadá, Bulgária e Portugal. Atualmente, é o maior e mais importante evento de oftalmologia da América Latina.

Conta com uma grade científica ampla e aprofundada, oportunidades de aprendizado e reciclagem em diferentes formatos, possibilidades de networking, atualização científica e com as principais novidades do mercado.

O 68º CBO já tem data marcada: 04 a 07 de setembro de 2024, em Brasília (DF).

Sobre o Eyer

Mulher jovem sendo examinada com o retinógrafo portátil Eyer da Phelcom
Technologies.

Exame sendo realizado com o retinógrafo portátil Eyer.

Eyer é um retinógrafo portátil não midriático que funciona acoplado a um smartphone e realiza exames de retina de alta qualidade em poucos minutos.

A portabilidade, conectividade e integração a funções inteligentes como o EyerMaps, juntamente com o valor mais acessível da tecnologia, contribuem para o aumento do acesso aos exames de retina.

O equipamento apoia no diagnóstico de mais de 50 doenças, dentre elas glaucoma, catarata, retinopatia diabética, DMRI, retinoblastoma, retinopatia hipertensiva e toxoplasmose ocular. Atualmente, já foram feitos mais de 10 milhões de exames no Brasil, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Japão.

Recentemente, foi aprovado nos Emirados Árabes e está com processos regulatórios para a comercialização no México, Egito e Arábia Saudita.

Sobre a Phelcom

Phelcom Technologies é uma medtech brasileira sediada em São Carlos, interior de São Paulo. A história da empresa começou em 2016, quando três jovens pesquisadores – um físico, um engenheiro eletrônico e um engenheiro de computação (PHysics, ELetronics, COMputing) – criaram um retinógrafo portátil integrado a um smartphone.

O projeto do primeiro protótipo nasceu do interesse do sócio Diego Lencione pela saúde visual, pois seu irmão tem uma condição que comprometeu a retina e a visão de forma severa desde a infância.

Em 2019, a Phelcom lançou no mercado brasileiro o seu primeiro produto: o retinógrafo portátil Eyer. Hoje, a tecnologia já alcançou mais de duas milhões de pessoas em todo o Brasil e nos países em que está presente.

Em quatro anos, a empresa já participou de mais de 100 ações sociais e recentemente foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras do Brasil pela Forbes.